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CURSO BÁSICO DE
ELETRÔNICA
Ministrantes:
• Francielen Souza Borges
• Marcos Fernando Menezes Vilela
• Germano Ferreira Santos
• João Paulo Vieira Bonifácio
• João Fernando Calcagno Camargo
• Marla Souza Freitas
• Clarissa Valadares Machado
• Leandro Resende Mattioli
• Lucas Amaral Sales
CURSO BÁSICO DE ELETRÔNICA – PET/Eng. Elétrica – UFU / 2009
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Introdução à
Eletrônica
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Introdução
A eletrônica é a ciência que estuda a forma de controlar a energia elétrica por meios
elétricos nos quais os elétrons têm papel fundamental. Podemos dizer que a Eletrônica é o ramo
da ciência que estuda o uso de circuitos formados por componentes elétricos e eletrônicos, com
o objetivo principal de transformar, transmitir, processar e armazenar energia. Divide-se em
Analógica e Digital, porque suas coordenadas de trabalho optam por obedecer estas duas
formas de apresentação dos sinais elétricos a serem tratados.
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A Energia Elétrica pode ser definida como a capacidade de trabalho de uma corrente
elétrica e é fundamental na eletrônica. Como toda Energia é a propriedade de um sistema que
permite a realização de trabalho. Ela é obtida através de várias formas, pode ser um subproduto
de outras formas de Energia, como a mecânica e a química. Através de turbinas e geradores
podemos transformar estas formas de energia em eletricidade.
Uma das maneiras de se gerar Energia Elétrica acontece nas hidrelétricas, onde
a energia potencial da água é utilizada para movimentar turbinas (energia mecânica) que estão
ligadas a geradores. Nestes geradores a energia mecânica é transformada em Energia Elétrica.
Isto obedecendo ao princípio de conservação de energia, ou seja, parte da energia utilizada para
girar as turbinas é transformada em energia elétrica através da indução magnética.
Usina hidrelétrica
Tensão Elétrica
Tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua unidade de
medida é o volt. Por outras palavras, a tensão elétrica é a "força" responsável pela
movimentação de elétrons, ou seja, a capacidade de um sistema de realizar trabalho.
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Multímetro medindo a tensão elétrica em uma tomada
Corrente Elétrica
Corrente contínua (CC ou, em inglês, DC - direct current) é o fluxo constante e ordenado
de elétrons sempre numa direção. Normalmente é utilizada para alimentar aparelhos eletrônicos
e os circuitos digitais de equipamento de informática (computadores, modems, hubs, etc.). Este
tipo de circuito possui um pólo negativo e outro positivo (é polarizado), cuja intensidade é
mantida. Mais corretamente, a intensidade cresce no início até um ponto máximo, mantendo-se
contínua, ou seja, sem se alterar. Quando desligada, diminui até zero e extingue-se.
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Componentes Eletrônicos
Alguns componentes:
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Transistor
Medidas Eletrônicas
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Sinal Analógico
Sinal analógico é um tipo de sinal contínuo que varia em função do tempo. Sendo assim,
entre zero e o valor máximo, o sinal analógico passa por todos os valores intermediários
possíveis (infinitos), enquanto o sinal digital só pode assumir um número pré-determinado (finito)
de valores.
Exemplos de sinais analógicos:
• Gravação de som
o Sistemas mecânicos
Disco de vinil
o Sistemas magnéticos
Fio
Fita
Cassette
Cartucho
• Gravação de imagem
o Sistemas foto-químicos
Fotografia em película
Filme em película
o Sistemas magnéticos
Fita magnética
Cassette
Sinal Digital
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Resistores
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1. Introdução:
Resistores de Fio:
Consiste de um tubo cerâmico sobre o qual é enrolado certo comprimento de fio
altamente resistivo.
Resistores de Filme:
Consiste de um cilindro de porcelana recoberto de um filme de carbono ou metal
altamente resistivo, no qual se fazem sulcos para aumentar o seu comprimento.
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Os resistores também podem ser classificados quanto a terem resistência fixa ou
variável:
Resistores Fixos:
São os resistores projetados para apresentar determinado valor de resistência e são os
tipos apresentados acima. As resistências desses resistores não variam.
Resistores Variáveis:
Muitas vezes precisamos que o valor da resistência varie (ex: quando se aumenta o
volume do rádio, varia a luminosidade da lâmpada no painel do carro), nesses casos, deve-se
utilizar um resistor de resistência variável.
O resistor variável é um resistor cujo valor pode ser ajustado por um movimento
mecânico, por exemplo, rodando com a mão. Eles podem ser de volta simples ou de múltiplas
voltas com um elemento helicoidal. Alguns têm um display mecânico para contar as voltas.
Tradicionalmente, resistores variáveis são não-confiáveis, porque o fio ou o metal podem
se corroer ou desgastar. Alguns resistores variáveis modernos usam materiais plásticos que não
corroem.
Os tipos de resistores variáveis são:
a) Reostato:
É um resistor variável com dois terminais, sendo um fixo e outro deslizante. Geralmente
são utilizados com alta corrente.
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b) Potenciômetro:
É um tipo de resistor variável comum, muito utilizado para controlar o volume em
amplificadores de áudio. Os potenciômetros, em geral, não suportam correntes elétricas altas,
sendo comumente utilizados em aplicações de eletrônica.
Figura 8- Potenciômetros
Figura 9- Varistores
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d) Termistor PTC:
É um resistor dependente de temperatura com coeficiente de temperatura positivo.
Quando a temperatura se eleva a resistência do PTC aumenta. PTC’s são frequentemente
encontrados em televisores, em série com a bobina desmagnetizadora, lá são usados para
prover um curto pico de corrente nas bobinas quando o aparelho é ligado.
e) Termistor NTC:
Também é um resistor dependente da temperatura, mas com coeficiente negativo.
Quando a temperatura aumenta, a resistência do NTC cai. Eles são frequentemente usados em
detectores simples de temperatura e instrumentos de medidas.
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2. Primeira Lei de Ohm:
Caso a relação entre VR e IR for linear, ou seja, VR / IR for constante, o que implica em R
constante, diz-se que o resistor é ôhmico, tem gráfico VR x IR semelhante ao plotado logo abaixo:
, em que tg α = VR / IR = R
A resistência (de resistores fixos), por mais que se relacione com VR e IR, depende
apenas das características físicas dos resistores e é expressa da seguinte forma:
ρL
R= (2ª. Lei de Ohm)
A
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Em que em que ρ é a resistividade do material, L é o comprimento e A é a área da seção
transversal. A resistividade ρ é uma característica própria de cada material.
4. Associação de resistores:
5. Efeito Joule:
V2
Pd = R.I = = V .I
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6. Divisor de Tensão:
R1
a
V R2
0
Figura 15 – Circuito resistivo
Suponha que se tem uma carga que funciona quando alimentada com uma tensão de
12V. A única fonte de alimentação disponível é fixa e tem valor de tensão de saída igual a 20V.
Como fazer para utilizar essa carga com esta fonte de alimentação? Uma saída seria fazer um
divisor de tensão: escolhe-se dois resistores, R1 e R2, de tal forma que a queda de tensão VR1
sobre o resistor R1 seja de 8V e a queda de tensão VR2 sobre o resistor R2 seja de 12V. Com
isso, pode-se ligar a carga em paralelo com o resistor R2 (de acordo com a figura acima, ligaria a
carga com um dos terminais no ponto a e o outro no ponto b).
Para determinar a tensão sobre um dos resistores do divisor de tensão, sabendo-se os
valores das resistências R1 e R2, basta aplicar as seguintes fórmulas:
R1
VR1 = V fonte
R1 + R 2
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R2
VR 2 = V fonte
R1 + R 2
Figura 17 - Circuito resistivo
Ao aplicar uma tensão v senoidal a um resistor, aparecerá sobre ele uma corrente i
também senoidal e em fase com a tensão v, ou seja, quando v atingir o valor máximo, i atingirá
também o valor máximo e quando v atingir o valor mínimo, i também estará no ponto de valor
mínimo, como ilustra o gráfico 2.
V+
V
VAMPL = 3V 5 I
V-
0
Figura 18 - Resistor de 5Ω alimentado por uma fonte senoidal de 3Vpico
4.0
v max
3.0
2.0
i max
1.0
i min
-1.0
-2.0
-3.0
v min
-4.0
0s 0.1ms 0.3ms 0.5ms 0.7ms 0.9ms 1.1ms 1.3ms 1.5ms 1.7ms 1.9ms
V(R3:2,0) -I(R3)
Time
Gráfico 2 - Tensão (onda de maior amplitude) e corrente em fase, medidos no resistor do circuito da fig.18.
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8. Leitura de valores nominais de resistência de resistores:
1
/8 W (125 mW) ¼ W (250 mW) ½ W (500 mW) 1W 2W
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Resistores comerciais
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Para obter os demais valores basta multiplicar por: 10, 102, 103 (KΩ), 104, 105, 106 (MΩ)...
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CAPACITORES
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Capacitores
Um capacitor é um dispositivo elétrico formado por duas placas condutoras de metal
separadas por um material isolante chamado dielétrico, conforme mostrado na Figura 20. Os
símbolos mais comuns na representação de capacitores em esquemas de circuitos elétricos são
mostrados na Figura 21.
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Eletricamente, a capacitância é a capacidade de armazenamento de carga elétrica. A
capacitância é igual à razão quantidade de carga que pode ser armazenada num capacitor pela
tensão aplicada às placas.
Q
C= (1)
V
Onde C = capacitância, dada em [F]
Q = quantidade de carga, dada em [C]
V = tensão, dada em [V]
Material k
Água destilada 81
Álcool etílico 5,0 – 54,6
Baquelite 4,5 – 5,5
Mica 5,7
Papel 1,7 – 3,8
Porcelana 4,4
Quartzo 4,7 – 5,1
Tabela 3 – Valores da constante dielétrica de alguns materiais
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Onde C = capacitância, dada em [F]
k = constante dielétrica do material isolante
A = área da placa, dada em [m2]
d = distância entre as placas, dada em [m]
Como para a maioria dos capacitores 1 farad é uma unidade muito grande para indicar
sua capacitância, é comum utilizarmos os submúltiplos como micro-farad (µF), igual a um
milionésimo do farad (10-6 F), o nano-farad (nF), igual a um bilionésimo do farad (10-9 F) e o pico-
farad (pF), igual a um milionésimo do micro-farad (10-6 µF = 10-12 F).
Tipos de capacitores
Associação de capacitores
Associação em série
1 1 1 1 1
= + + + ... + (3)
CT C1 C 2 C 3 Cn
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onde
CT = capacitância total
Cn = capacitância do capacitor n
Desta expressão, deriva a expressão para o cálculo da capacitância de dois capacitores
em série:
C1C 2
CT = (4)
C1 + C 2
Associação em paralelo
A associação em paralelo consiste simplesmente na soma das capacitâncias de cada
capacitor
CT = C1 + C 2 + C 3 + ... + C n (5)
Reatância capacitiva
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onde XC = reatância capacitiva, [Ω]
f = freqüência, [Hz]
C = capacitância, [F]
A tensão e a corrente num circuito contendo apenas reatância capacitiva podem ser
relacionadas pela lei de Ohm, substituindo-se a resistência pela reatância capacitiva, da seguinte
forma:
VC = X C I C
VC
IC =
XC
VC
XC =
IC
onde IC = corrente que passa pelo capacitor, [A]
VC = tensão através do capacitor, [V]
XC = reatância capacitiva, [Ω]
Circuitos capacitivos:
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Circuito RC série:
A associação de resistores com elementos reativos (capacitores e indutores) é denominada
impedância. A impedância pode ser compreendida como sendo a oposição à passagem de
corrente, formada por uma parte real (resistência) e uma parte imaginária (reatância). A forma
geral da impedância é a seguinte:
Z&= R + j ( X L − X C ) [Ω] (7)
É importante notar que a reatância indutiva consiste no fator positivo da parte imaginária, ao
contrário da reatância capacitiva (fator negativo). Por enquanto, consideraremos um circuito sem
reatância indutiva, no qual a impedância é dada por:
Z&= R − jX c (8a)
ou na forma polar:
Z&= R 2 + X C2 ∠arctg ( C
X
) (8b)
R
conforme mostra a Figura 27.
Circuito RC paralelo:
Para o circuito RC paralelo devemos notar que a impedância equivalente do circuito é
dada pela associação em paralelo da resistência com a reatância capacitiva:
( R + j 0)(0 − jX C )
Z&= R&// X&C =
R − jX C
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onde Z = impedância equivalente
R = resistência
XC = reatância capacitiva
Figura 28 - RC paralelo
V&= V&C = VR
&
V&
C = &
I&
X C
V&
I&R =
R&
onde IT = corrente total do circuito
V = tensão aplicada ao circuito
VC = tensão aplicada ao capacitor
VR = tensão aplicada ao resistor
IC = corrente que circula pelo capacitor
IR = corrente que circula pelo resistor
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INDUTORES
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Indutores
O indutor é o elemento passivo que armazena energia magnética enquanto flui uma
corrente por seus terminais. A propriedade de armazenamento de energia magnética é
denominada indutância e depende das características construtivas do indutor (material,
dimensões, número de espiras etc.). A quantidade de energia armazenada por um indutor
depende da intensidade da corrente e da indutância do material. O indutor perfeito se opõe às
variações instantâneas de corrente (enquanto o capacitor se opõe às variações de tensão)
atrasando-a de 90º em relação à tensão.
Para melhor entender o funcionamento do indutor, é importante lembrarmos o enunciado
da Lei de Lenz:
“Quando um condutor é submetido à ação de um campo magnético variável, é induzida neste
condutor uma corrente elétrica de sentido tal, que gera uma oposição à variação do campo.”
A Lei de Faraday estabelece que a intensidade da força eletromotriz (tensão) induzida
entre os terminais de um condutor aberto (Figura 29) exposto a um campo magnético variável é
igual à taxa de variação no tempo do fluxo magnético:
Figura 29 - Indutor
dΦB
V =−
dt
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L = µ0 n 2la (10)
Associação de indutores
Associação série
Associação em paralelo
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A indutância equivalente de uma associação em paralelo de indutores é dada pelo inverso da
soma de cada indutância invertida:
1 1 1 1 1
= + + + ... + (12)
LEQ L1 L2 L3 Ln
Reatância Indutiva
Circuitos Indutivos
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Circuito RL série
R = R ⋅ I = RI θ
V& &&
L = X L ⋅ I = X L I 90 + θ
V& & & o
Circuito RL paralelo
Devemos calcular a impedância equivalente da associação em paralelo:
( R + j 0)(0 + jX L )
Z&EQ =
R + jX L
As tensões serão iguais no resistor, no indutor e na fonte.
R = VL = V
V& & &
V& & &
T = & = IR + IL
I&
Z EQ
V&
I&R =
R&
V&
I&L =
X& L
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Transformadores
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Transformadores
Princípio de Funcionamento
O fluxo magnético é definido como a quantidade de linhas do campo magnético externo que
atravessam uma dada área, no caso de um circuito fechado a sua área. A diferença de potencial
( ∆V ) gerada pela variação do fluxo magnético corresponde a:
∆Φ
∆V = −
∆t
O sinal negativo está associado ao sentido da corrente induzida. Esta deve ser tal que o
campo magnético por ela produzido se oponha à variação de fluxo magnético externo, que a
produziu. Este resultado é uma conseqüência da conservação da energia e é conhecida como
Lei de Lenz.
Lei de Lenz: O sentido da corrente induzida tenta contrariar a variação do campo magnético
externo.
A causa do aparecimento da corrente elétrica está relacionada à força magnética sobre uma
carga em movimento imersa em um campo magnético. A compreensão desta relação pode ser
melhor obtida analisando a situação abaixo:
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→
no campo magnético B . Na figura acima a força está sendo representada para um elétron,
devido à isso ela está em sentido contrário do que deveria estar seguindo-se a regra da mão
esquerda.
Transformador Ideal
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O fluxo f que enlaça os enrolamentos induz uma Força Eletromotriz (FEM) nestes (e1 e
e2 da figura 37). Onde E1 e E2 são os valores eficazes das tensões induzidas e1 e e2
Dividindo-se as equações tem-se:
e2 E2 N 2
= =
e1 E1 N1
Ou seja, as tensões estão entre si na relação direta do número das espiras dos
N2
respectivos enrolamentos. A razão a = é denominada relação de espiras.
N1
Logo o transformador, utilizando o enrolamento de baixa tensão como primário, constitui
um transformador elevador de tensão.
A figura abaixo apresenta o transformador ideal agora com uma carga Z 2 conectada ao
secundário.
O fato de se colocar a carga Z 2 no secundário fará aparecer uma corrente I tal que:
V2
I= . Esta corrente irá produzir uma força magnetomotriz (FMM) F = N 2 I 2 no sentido
Z2
contrária a F deve aparecer no enrolamento 1 para que o fluxo não varie. Desta maneira tem-se:
F1 = N 2 I 2 = N1 I1 = F2 , ou seja,
I1 N 2
=
I 2 N1
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Levando-se em consideração o princípio da conservação de energia, se desprezarmos
todas as perdas podemos calcular a carga Z2 em relação ao primário do transformador sabendo
V2
que Z 2 = .
I2
Tipos de Transformadores
Transformador de Potencial
• Características Particulares:
É um máquina elétrica utilizada para adequar uma determinada tensão que se deseja obter
tendo-se uma diferente fornecida. Um transformador é constituído de um núcleo ferromagnético.
Sua aplicação é diversa, como, por exemplo, na saída de uma usina geradora de energia, na
qual o transformador de potencial eleva a tensão para com isso, diminuir a corrente e diminuir as
perdas por efeito Joule no fio que estará transportando eletricidade. Esta elevação de tensão
proporcionará uma diminuição de custos da transmissão e uma melhor eficiência do processo.
Ao chegar às cidades, têm-se transformadores abaixadores que reduzem a tensão ao valor
desejado para o consumo. Encontra-se transformadores de potencial, também, em muitos
equipamentos eletrônicos, nos quais eles abaixam a tensão para adequá-la a um valor
conveniente que alimente o circuito.
V1 N 1 I 2
= =
V2 N 2 I 1
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• Transformador elevador de tensão - A tensão de entrada é menor que a tensão de saída
e entre as duas há uma relação de proporção com o número de espiras em cada
enrolamento.
Deve-se fazer um cálculo da potência do transformador para não haver mau funcionamento
do circuito ou queima de algum componente ou mesmo do transformador. Logo, a potência do
transformador terá que ser, no mínimo, igual a soma de todas as potências dos componentes ou
do aparelho que será acoplado ao transformador.
Tipos de Enrolamentos
Auto-Transformador:
Possui dois enrolamentos, um para o primário e outro para o secundário em que estes estão
eletricamente separados.
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Transformador regulador
Possui dois enrolamentos, um para o primário e outro para o secundário, sendo que este
possui várias derivações.
Transformador de Corrente:
• Características Particulares:
Transformador de corrente é aquele que dentro de limites pré-estabelecidos mantém
constante a corrente dentro do secundário, independentemente das variações da
resistência deste circuito e da tensão no circuito primário. Uma das aplicações mais
comuns do TC é na instrumentação.
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Semicondutores
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A Estrutura do Átomo
São materiais que não oferecem resistência a passagem de corrente elétrica. Quanto
menor for a oposição a passagem de corrente, melhor condutor é o material. O que caracteriza o
material bom condutor é o fato de os elétrons de valência estarem fracamente ligados ao átomo,
encontrando grande facilidade para abandonar seus átomos e se movimentarem livremente no
interior dos materiais. O cobre, por exemplo, com somente um elétron na camada de valência
tem facilidade de cedê-lo para ganhar estabilidade. O elétron cedido pode tornar-se um elétron
livre.
Materiais Isolantes
São materiais que possuem uma resistividade muito alta, bloqueando a passagem da
corrente elétrica. Os elétrons de valência estão rigidamente ligados aos seu átomos, sendo que
poucos elétrons conseguem desprender-se de seus átomos para se transformarem em elétrons
livres. Consegue-se isolamento maior (resistividade) com substâncias compostas (borracha,
mica, baquelita, etc.).
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Material Semicondutor
Materiais que apresentam uma resistividade elétrica intermediária. Como exemplo temos
o germânio e silício
Os átomos de germânio e silício tem uma camada de valência com 4 elétrons. Quando
os átomos de germânio (ou silício) agrupam-se entre si, formam uma estrutura cristalina, ou seja,
são substâncias cujos átomos se posicionam no espaço, formando uma estrutura ordenada.
Nessa estrutura, cada átomo une-se a quatro outros átomos vizinhos, por meio de ligações
covalentes, e cada um dos quatro elétrons de valência de um átomo é compartilhado com um
átomo vizinho, de modo que dois átomos adjacentes compartilham os dois elétrons.
Se nas estruturas com germânio ou silício não fosse possível romper a ligações
covalentes, elas seriam materiais isolantes. No entanto com pouco fornecimento de energia as
ligações são capazes de se romper, temos um exemplo onde que com o aumento da
temperatura algumas ligações covalentes recebem energia suficiente para se romperem,
fazendo com que os elétrons das ligações rompidas passem a se movimentar livremente no
interior do cristal, tornando-se elétrons livres.
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Com a quebra das ligações covalentes, no local onde havia um elétron de valência,
passa a existir uma região com carga positiva, uma vez que o átomo era neutro e um elétron o
abandonou. Essa região positiva recebe o nome de lacuna, sendo também conhecida como
buraco. As lacunas não apresentam existência real, pois são apenas espaços vazios provocados
por elétrons que abandonam as ligações covalentes rompidas.
Sempre que uma ligação covalente é rompida, surgem simultaneamente um elétron e
uma lacuna. Entretanto, pode ocorrer o inverso, um elétron preencher o lugar de uma lacuna,
completando a ligação covalente (processo de recombinação). Como tanto os elétrons como as
lacunas sempre aparecem e desaparecem aos pares, pode-se afirmar que o número de lacunas
é sempre igual a de elétrons livres.
Quando o cristal de silício ou germânio é submetido a uma diferença de potencial, os
elétrons livres se movem no sentido do maior potencial elétrico e as lacunas por conseqüência
se movem no sentido contrário ao movimento dos elétrons.
Impurezas
Os cristais de silício (ou germânio. Mas não iremos considerá-lo, por simplicidade e
também porque o silício é de uso generalizado em eletrônica) são encontrados na natureza
misturados com outros elementos. Dado a dificuldade de se controlar as características destes
cristais é feito um processo de purificação do cristal e em seguida é injetado através de um
processo controlado, a inserção proposital de impurezas na ordem de 1 para cada 106 átomos
do cristal, com a intenção de se alterar produção de elétrons livres e lacunas. A este processo de
inserção dá-se o nome de dopagem.
As impurezas utilizadas na dopagem de um cristal semicondutor podem ser de dois
tipos: impurezas doadoras e impurezas aceitadoras.
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Impurezas Doadoras
Impurezas Aceitadoras
São adicionados átomos trivalentes (tem 3 elétrons na camada de valência. Ex.: Boro,
alumínio e gálio). O átomo trivalente entra no lugar de um átomo de silício dentro do cristal
absorvendo três das suas quatro ligações covalentes. Isto significa que existe uma lacuna na
órbita de valência de cada átomo trivalente.
Um semicondutor pode ser dopado para ter um excesso de elétrons livres ou excesso de
lacunas. Por isso existem dois tipos de semicondutores:
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Semicondutor Tipo P
O cristal que foi dopado com impureza aceitadora é chamado semicondutor tipo p, onde
p está relacionado com positivo. Como as lacunas excedem em número os elétrons livres num
semicondutor tipo p, as lacunas são chamadas portadores majoritários e os elétrons livres,
portadores minoritários.
Semicondutor Tipo N
O cristal que foi dopado com impureza doadora é chamado semicondutor tipo n, onde n
está relacionado com negativo. Como os elétrons livres excedem em número as lacunas num
semicondutor tipo n, os elétrons são chamados portadores majoritários e as lacunas, portadores
minoritários.
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Diodos
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A união de um cristal tipo p e um cristal tipo n, obtém-se uma junção pn, que é um
dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção.
.
Figura 46 - Junção pn
Cada vez que um elétron atravessa a junção ele cria um par de íons. Os ions estão fixo
na estrutura do cristal por causa da ligação covalente. À medida que o número de ions aumenta,
a região próxima à junção fica sem elétrons livres e lacunas. Chamamos esta região de camada
de depleção.
Além de certo ponto, a camada de depleção age como uma barreira impedindo a
continuação da difusão dos elétrons livres. A intensidade da camada de depleção aumenta com
cada elétron que atravessa a junção até que se atinja um equilíbrio. A diferença de potencial
através da camada de depleção é chamada de barreira de potencial. A 25º, esta barreira é de
0,7V para o silício e 0,3V para o germânio.
O símbolo mais usual para o diodo é mostrado a seguir:
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Polarização do Diodo
Polarização Direta
No material tipo n os elétrons são repelidos pelo terminal da bateria e empurrado para a
junção. No material tipo p as lacunas também são repelidas pelo terminal e tendem a penetrar na
junção, e isto diminui a camada de depleção. Para haver fluxo livre de elétrons a tensão da
bateria tem de sobrepujar o efeito da camada de depleção.
Polarização Reversa
Invertendo-se as conexões entre a bateria e a junção pn, isto é, ligando o pólo positivo
no material tipo n e o pólo negativo no material tipo p, a junção fica polarizada inversamente. No
material tipo n os elétrons são atraídos para o terminal positivo, afastando-se da junção. Fato
análogo ocorre com as lacunas do material do tipo p. Podemos dizer que a bateria aumenta a
camada de depleção, tornando praticamente impossível o deslocamento de elétrons de uma
camada para outra.
Polarização Direta
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Nota-se pela curva que o diodo ao contrário de, por exemplo, um resistor, não é um
componente linear.
Tensão de Joelho
Obs.: Salvo o diodo feito para tal, os diodos não podem trabalhar na região de ruptura.
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Gráfico Completo
Aproximações do Diodo
1ª Aproximação:
Um diodo ideal se comporta como um condutor ideal quando polarizado no sentido direto
e como um isolante perfeito no sentido reverso, ou seja, funciona como uma chave aberta.
2ª Aproximação:
Leva-se em conta o fato de o diodo precisar de 0,7V para iniciar a conduzir.
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Pensa-se no diodo como uma chave em série com uma bateria de 0,7V.
3ª Aproximação:
Na terceira aproximação considera a resistência interna do diodo.
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Considerando o diodo como ideal, as curvas são as mostrada na figura abaixo. A saída
do secundário tem dois ciclos de tensão: Um semiciclo positivo e um negativo. Durante o
semiciclo positivo o diodo está ligado no sentido direto e age como uma chave fechada e pela lei
das malhas toda a tensão do secundário incide no resistor R. Durante o semiciclo negativo o
diodo está polarizado reversamente e não há corrente circulando no circuito. Sem corrente
elétrica circulando implica em não ter tensão sob o resistor e toda a tensão do secundário fica no
diodo. Este circuito é conhecido como retificador de meio ciclo porque só o semiciclo positivo é
aproveitado na retificação.
A figura abaixo mostra um retificador de onda completa com tap central. Observe a
tomada central no enrolamento secundário. Por causa dessa tomada, o circuito é equivalente a
dois retificadores de meia onda. O retificador superior retifica o semiciclo positivo da tensão do
secundário, enquanto o retificador inferior retifica o semiciclo negativo da tensão do secundário.
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Durante o semiciclo positivo da tensão U2 o diodo D3 recebe um potencial positivo em
seu anodo, e o D2 um potencial negativo no catodo. Desta forma D2 e D3 conduzem, D1 e D4
ficam reversamente polarizado e o resistor de carga R recebe todo o semiciclo positivo da tensão
U2.
Durante o semiciclo negativo da tensão U2, o diodo D4 recebe um potencial positivo em
seu anodo, e o diodo D1 um potencial negativo no catodo, devido à inversão da polaridade de U2.
Os diodos D1 e D4 conduzem e os diodos D2 e D3 ficam reversamente polarizados.
A corrente I percorre o resistor de carga sempre num mesmo sentido. Portanto a tensão
UR é sempre positiva. Na ilustração a seguir é mostrado as formas de ondas sobre o resistor de
carga e os diodos, considerando os diodos ideais.
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Transistores
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História do Transistor
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Em julho de 1951, a Bell anuncia a criação desse dispositivo. Em setembro de 1951 eles
promovem um simpósio e se dispõem a licenciar a nova tecnologia de ambos os tipos de
transistores a qualquer empresa que estivesse disposta a pagar $25.000,00.
Este foi o início da industrialização do transistor.
Muitas firmas retiraram o edital de licença. Antigos fabricantes de válvulas eletrônicas, tais
como RCA, Raytheon, GE e indústrias expoentes no mercado como Texas e Transitron.
Muitas iniciaram a produção de transistor de ponto de contato, que nessa época,
funcionava melhor em alta freqüência do que os tipos de junção. No entanto, o transistor de
junção torna-se rapidamente, muito superior em desempenho e é mais simples e fácil de
fabricar.
O transistor de ponto de contato ficou obsoleto por volta de 1953 na América e logo
depois, na Inglaterra.
Somente alguns milhares foram fabricados entre 120 tipos, muitos americanos (não
incluindo nestes números, versões experimentais).
O primeiro transistor de junção fabricado comercialmente era primitivo em comparação
aos modernos dispositivos, com uma tensão máxima entre coletor-emissor de 6 volts, e uma
corrente máxima de poucos miliampères.
Particularmente notável, foi o transistor CK722 da Raytheon de 1953, o primeiro
dispositivo eletrônico de estado sólido produzido em massa disponível ao construtor amador.
Vários tipos de transistor foram desenvolvidos, aumentando a resposta de freqüência diminuindo
os níveis de ruído e aumentando sua capacidade de potência.
Na Inglaterra, duas empresas mantiveram laboratórios de pesquisa não tão adiantados
quanto na América: Standard Telephones and Cables (STC) e a General Electric Company of
England "GEC", ( não tem relação com a GE americana).
Foram feitas pesquisas na França e Alemanha sem efeitos comerciais.
Em 1950, um tubarão entra nessa pequena lagoa: a PHILIPS holandesa através da
Mullard, sua subsidiaria inglesa, com uma planta completa para industrializar o transistor.
A meta da Philips era dominar 95% do mercado europeu, alcançando esse objetivo em poucos
anos. A série "OC" de transistor dominou a Europa por mais de 20 anos.
Os antigos transistores eram feitos de germânio, um semicondutor metálico, porém logo
se descobriu que o silício oferecia uma série de vantagens sobre o germânio. O silício era mais
difícil de refinar devido ao seu alto ponto de fusão, porém em 1955 o primeiro transistor de silício
já era comercializado.
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A Texas Instruments foi uma das empresas que mais tomou parte no desenvolvimento
inicial dessa tecnologia, lançando uma série de dispositivos conhecidos na época pelas siglas
"900" e "2S".
A grande reviravolta veio em 1954, quando Gordon Teal aperfeiçoou um transistor de
junção feito de silício.
O silício, ao contrário do germânio, é um mineral abundante, só perdendo em
disponibilidade para o oxigênio. Tal fato, somado ao aperfeiçoamento das técnicas de produção,
baixou consideravelmente o preço do transistor. Isto permitiu que ele se popularizasse e viesse a
causar uma verdadeira revolução na indústria dos computadores. Revolução tal que só se
repetiria com a criação e aperfeiçoamento dos circuitos integrados.
O transistor
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Montagens Básicas do Transistor
Essas denominações (Comuns) relacionam-se aos pontos onde o sinal é injetado e onde
é retirado, ou ainda, qual dos terminais do transistor é referência para a entrada e saída de sinal.
As configurações emissor comum, base comum e coletor comum, são também
denominadas emissor a terra, base a terra e coletor a terra.
Configurações Básicas:
Base Comum
Observa-se que o sinal é injetado entre emissor e base e retirado entre coletor e base.
Desta forma, pode-se dizer que a base é o terminal comum para a entrada e saída do
sinal.
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Características:
Emissor Comum
No circuito emissor comum, o sinal é aplicado entre base e emissor e retirado entre coletor
e emissor.
Características:
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Coletor Comum
Características:
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Regiões de Funcionamento De Um Transistor
A parte inicial da curva é chamada de região de saturação. É toda a curva entre a origem
e o joelho. A parte praticamente plana é chamada de região ativa. Nesta região uma variação do
VCE não influencia no valor de IC.
IC mantém-se constante e igual a IB * βCC. A parte final é a região de ruptura e deve ser
evitada.
Na região de saturação o diodo coletor está polarizado diretamente. Por isso, perde-se o
funcionamento convencional do transistor, passa a simular uma pequena resistência ôhmica
entre o coletor e emissor.
Na saturação não é possível manter a relação IC = IB * βCC.
Para sair da região de saturação e entrar na região ativa, é necessária uma polarização
reversa do diodo coletor. Como VBE na região ativa é em torno de 0,7V, isto requer um VCE
maior que 1V.
A região de corte é um caso especial na curva IC x VCE. É quando IB =0 (equivale ao
terminal da base aberto). A corrente de coletor com terminal da base aberto é designada por ICEO
(corrente de coletor para emissor com base aberta).
Esta corrente é muito pequena, quase zero. Em geral se considera: Se IB=0 IC =0.
Habitualmente o gráfico fornecido pelo fabricante leva em consideração diversos IB’s.
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Notar no gráfico acima que para um dado valor de VCE existe diversas possibilidades de
valores para IC. Isto ocorre, porque é necessário ter o valor fixo de IB. Então para cada IB há
uma curva relacionando IC e VCE.
Gráfico 14 - tensão de ruptura está em torno de 80V e na região ativa para um IB = 40µA tem-se que o
ßCC=IC/IB = 8mA/40µA=200.
Mesmo para outros valores de IB, o ßCC se mantém constante na região ativa.
Na realidade o ßCC não é constante na região ativa, ele varia com a temperatura ambiente
e mesmo com IC. A variação de ßCC pode ser da ordem de 3:1 ao longo da região ativa do
transistor.
Os transistores operam na região ativa quando são usados como amplificadores.
Sendo a corrente de coletor (saída) proporcional a corrente de base (entrada), designa-se
os circuitos com transistores na região ativa de circuitos lineares. As regiões de corte e
saturação, por simularem uma chave controlada pela corrente de base, são amplamente usados
em circuitos digitais.
Resumindo
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Funcionamento na Zona Ativa
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Para garantir a saturação é necessário que Ic << ß.Ib e o valor de Vbe é tipicamente 0.7V
(para os transistores de Sílicio).
A região de ruptura indica a máxima tensão que o transistor pode suportar sem riscos de
danos.
Os transistores são utilizados, principalmente, como elementos de AMPLIFICAÇÃO de
corrente e tensão, ou como CONTROLE ON-OFF (liga-desliga).
Tanto para estas, como para outras aplicações, o transistor deve estar polarizado.
Reta de carga
A reta de carga é o lugar geométrico de todos os pontos quiescentes possíveis para uma
determinada polarização.
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Circuitos de Aplicações
RE = (VEE – VBE) / IE
RC = (VCC – VCB) / IC
Lembrando que VBE para transistor de silício = 0,7V e para transistor de germânio = 0,3V.
Usa-se a reta de carga em transistores para obter a corrente IC e VCE considerando a
existência de um RC. A análise da malha esquerda fornece a corrente IC:
IC = (VCC - VCE ) / RC
A solução deste impasse é utilizar o gráfico IC x VCE. Com o gráfico em mãos, basta
Calcular os extremos da reta de carga:
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Exemplo: No circuito da Figura acima, suponha RB= 500 kΩ. Construa a linha de carga no
gráfico da Figura abaixo e meça IC e VCE de operação.
Após traçar a reta de carga na curva do transistor chega-se aos valores de IC =6mA e
VCE=5,5V. Este é o ponto de operação do circuito (ponto Q - ponto quiescente).
O ponto Q varia conforme o valor de IB. um aumento no IB aproxima o transistor para a
região de saturação, e uma diminuição de IB leva o transistor região de corte. Ver Gráfico a
seguir. O ponto onde a reta de carga intercepta a curva IB =0 é conhecido como corte. Nesse
ponto a corrente de base é zero e corrente do coletor é muito pequena (ICEO).
A interseção da reta de carga e a curva IB= IB (SAT) é chamada saturação. Nesse ponto a
corrente de coletor é máxima.
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R2
VR 2 = ⋅ VCC
R1 + R2
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*A tensão de VR2 não depende de βCC
Com o valor de VR2 é simples calcular IE. Deve-se olhar a malha de entrada:
Como VE = IE RE
Considerando IE = IC
(1)
(1)
Notar que βCC não aparece na fórmula para a corrente de coletor. Isto quer dizer que o circuito é imune a
variações em βCC , o que implica um ponto de operação estável. Por isso a polarização por divisor de tensão é
amplamente utilizada.
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Cálculo de VE::
Cálculo de VCE :
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Circuito de polarização EC com corrente de base constante
Para eliminar a fonte de alimentação da base VBB, pode-se fazer um divisor de tensão
entre o resistor de base Rs e a junção base-emissor, utilizando apenas a fonte VCC como
mostra a figura a seguir:
Neste circuito, como VCC e RS são valores constantes e VBE praticamente não varia, a
variação da base é desprezível. Por isso, este circuito é chamado de polarização EC com
corrente de base constante.
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Observa-se que, como não existe resistor de coletor, este terminal fica ligado diretamente
ao pólo positivo da fonte de alimentação.
Porém, para sinais alternados, uma fonte de tensão constante é considerada um curto.
Neste caso é como se o coletor estivesse conectado ao terra da fonte de alimentação, ou seja,
para sinais alternados, o coletor é comum às tensões de entrada VE e saída Vs.
VS = VE – VBE
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Tabelas de transistores
Transistores comerciais
TIPO Pol Vceo Ic (mA) Pot (mW) Hfe a Ic(ma) Vce (sat) Aplicações
BC107 NPN 45 100 300 110-450 2 200 AF/ uso geral
BC108 NPN 20 100 300 110-800 2 200 AF/ uso geral
BC109 NPN 20 100 300 200-800 100 200 AF/ baixo ruído
BC327 PNP 45 500 800 100-800 2 700 AF/ até 1W
BC328 PNP 25 500 800 100-600 100 700 AF/ até 1W
BC328 PNP 25 500 800 100-600 100 700 AF/ até 1W
BC337 NPN 45 500 800 100-600 100 700 AF/complementar BC327
BC338 NPN 25 500 800 100-600 100 700 AF/ complementar BC328
BC368 NPN 20 1000 800 85-375 500 500 AF/ até 3 W
BC369 PNP 20 1000 800 85-365 500 500 AF/ complementar BC368
BC546 NPN 65 100 500 110-450 2 600 AF/ uso geral
BC547 NPN 45 100 500 110-800 2 600 AF/ uso geral
BC548 NPN 30 100 500 110-800 2 600 AF/ uso geral
BC549 NPN 30 100 500 200-800 2 600 AF/ baixo ruído
BC557 PNP 45 100 500 75-475 2 650 AF/ uso geral
BC558 PNP 30 100 500 75-475 2 650 AF/ uso geral
Tabela 6 – Valores comerciais de transistores
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Teste de transistor
Terminais
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ANE XO
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Multivibrador Astável
Introdução
A principal utilização do astável é gerar ondas quadradas semelhantes à fornecida pelo
gerador de funções.
A geração de ondas quadradas é muito importante para circuitos digitais como, por
exemplo, os de um relógio ou de uma calculadora, o que justifica o estudo do funcionamento e
características desse circuito.
Definição
O multivibrador astável é um circuito que possui dois estados semi-estáveis.
Funcionamento
Como não é possível prever o estado inicial do astável após a alimentação, vamos
admitir que na condição inicial T1 estará saturado e t2 cortado e que os capacitores c1 e c2
estarão descarregados.
Assim, o transistor T2 cortado se comporta
como um interruptor aberto. O lado D do
capacitor C1 está conectado ao pólo
positivo através de RC2 e, o lado C, ao terra
através da junção base-emissor de T1. O
capacitor C1 começa a carregar.
O transistor T1 saturado conecta o
lado A de C2 ao terra. Como o lado B’ de C2
está conectado com a alimentação através
de RB2, inicia-se um processo de carga de C2.
Como a resistência RB2 tem valor alto ( vários kΩ ), o processo de carga ocorre
lentamente. À medida que o tempo passa, o lado B’ do capacitor vai lentamente se tornando
positivo em relação ao lado A. Como o lado B’ de C2 está conectado à base de T2 este começa
a sair do corte para a saturação.
À medida que T2 satura , C1 tem seu lado D conectado ao terra. O lado C de C1 (negativo em
relação ao lado D) aplica um potencial negativo à base de T1.
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Com a base tornando-se negativa, T1, que estava saturado, é cortado
instantaneamente. Com a troca de estado dos transistores, os circuitos de carga dos capacitores
se alteram (o capacitor que se carregou rapidamente agora se carrega lentamente e vice-versa).
A corrente de carga rápida de C2 atraves de T2 completa a saturação de T2 enquanto o
potencial negativo da base de T1 mantem T1 cortado. O processo se repete sucessivamente.
Freqüência do Circuito
O tempo que cada um dos transistores permanece em corte depende da resistência e da
capacitância associadas à sua base. se os dois resistores de base forem iguais e os capacitores
também, a forma de onda será simétrica, ou seja, os tempos de corte e saturação de cada
transistor serão iguais.
A freqüência do circuito será dada por:
1, 45
f =
RB1 ×C1 + RB2 ×C2
Caso o multivibrador seja simétrico ( RB1=RB2 e C1=C2), a equação pode ser reduzida
para:
0, 725
f =
RB ×C
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Conceitos Básicos
de Eletricidade
- Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica -
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1. Prefácio
Define-se Eletrônica como a ciência que estuda a transmissão da corrente elétrica no vácuo
e nos semicondutores, com o objetivo principal de representar, armazenar, transmitir ou
processar informações. Sendo assim, este curso tem como objetivos compreender o processo
de obtenção, transmissão e recepção da corrente elétrica ilustrando suas as propriedades físicas
mais importantes, bem como a utilização da mesma nos circuitos eletrônicos, englobando uma
introdução aos componentes mais utilizados para isso.
2. A História da eletricidade
A descoberta da eletricidade foi iniciada pelo filósofo Tales de Mileto que, ao esfregar um
âmbar (elektron, no grego) num pedaço de pele de carneiro, observou que pedaços de palha e
fragmentos de madeira começaram a ser atraídos pelo âmbar.
Mais tarde, várias experiências desse tipo foram feitas. A partir do atrito entre os
materiais houve a classificação das substâncias em condutoras e isolantes (aquelas que não
atraiam ou repulsavam após o atrito).
Já no século XVIII, uma máquina consistida de dois materiais condutores giratórios
separados por um material isolante foi inventada. Essa máquina era capaz de armazenar cargas
elétricas e foi denominada capacitor (ou condensador).
Uma invenção útil da época foi o pára-raios, feita por Benjamim Franklin. Ele concluiu
que a eletrização dos corpos se dava pela falta de um dos tipos de eletricidade: positiva
(resinosa) ou negativa (vítrea). Outra invenção, considerada por muitos a mais importante para o
desenvolvimento da tecnologia atual, foi a pilha voltaica. Ela consistia em uma série de discos de
cobre e zinco alternados, separados por pedaços de papelão embebidos em água salgada.
Obteve-se pela primeira vez uma fonte de corrente elétrica estável. Devido a isso, as
investigações sobre a corrente elétrica aumentaram cada vez mais.
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Após algumas experiencias, o físico Hans Cristian Oersted observa que um fio de
corrente elétrica age sobre a agulha de uma bússola. Com isso, percebe-se que há uma ligação
entre magnetismo eletricidade. Em 1831, Michael Faraday, descobre que a variação na
intensidade da corrente elétrica que percorre um circuito fechado induz uma corrente em uma
bobina próxima, uma corrente também é observada ao se introduzir um imã nessa bobina. Essa
indução magnética teve uma imediata aplicação na geração de correntes elétricas. Uma bobina
próxima a um imã que gira é um exemplo de um gerador de corrente elétrica alternada.
Para ocorrer a distribuição de energia elétrica, foram criados inicialmente condutores de
ferro, depois os de cobre e finalmente, em 1850, já se fabricavam os fios cobertos por uma
camada isolante de guta-percha vulcanizada, ou uma camada de pano.
Em 1825, Ampère deu com a explicação correta da fonte do magnetismo. Ele sabia que
uma espira de fio torna-se um ímã, quando uma corrente passa por ele. Portanto, o ferro é
magnético, porque correntes circulares de eletricidade correm em cada um de seus átomos.
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A publicação do tratado sobre eletricidade e magnetismo, de James Clerk Maxwell em
1873, representa um enorme avanço no estudo do eletromagnetismo. A luz passou a ser
entendida como onda eletromagnética, uma onda que consiste de campos elétricos e
magnéticos perpendiculares á direção de sua propagação. Hughes descobriu como gerar ondas
eletromagnéticas em 1874, independentemente do trabalho de Clerk Maxwell. A intenção de
Hughes não era a geração de ondas em si, mas sua detecção através de dispositivos (diodos)
semicondutores que consistiam numa agulha de ferro em contato com um glóbulo de mercúrio,
que resultava num filme de óxido de mercúrio. Este contato resultava no efeito da retificação por
semicondutividade. No início de 1880 Elster e Geitel ligaram um filamento de uma lâmpada
incandescente e uma placa metálica numa ampola com vácuo. O efeito observado foi uma
corrente elétrica que fluiu do filamento à placa através do vácuo
Heinrich Hertz, em sua experiências realizadas a partir de 1885, estuda as propriedades
das ondas eletromagnéticas geradas por uma bobina de indução. Quando um fio de cobre
conduz corrente alternada é emitida radiação electromagnética à mesma frequência que a
corrente elétrica. Dependendo das circunstâncias, esta radiação pode comportar-se como uma
onda ou como uma partícula. Nessas experiências observa que quando a radiação
eletromagnética atravessa um condutor elétrico induz uma corrente elétrica no condutor. Com o
trabalho de Hertz fica demonstrado que as ondas de rádio e as de luz são ambas ondas
eletromagnéticas, desse modo confirmando as teorias de Maxwell, as ondas de rádio e as ondas
luminosas diferem somente na sua freqüência.
Hertz não explorou as possibilidades práticas abertas por suas experiências. Mais de
dez anos se passaram, até Guglielmo Marconi utilizar as ondas de rádio no seu telegrafo sem
fio. A primeira mensagem de rádio é transmitida através do Atlântico em 1901. Todas essas
experiências vieram abrir novos caminhos para a progressiva utilização dos fenômenos elétricos,
presente praticamente em todas as atividades do homem.
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3. Porque utilizar a eletricidade como fonte de energia?
Devemos notar que a eletricidade é, antes de tudo, facilmente transportada. Ela pode ser
produzida no local mais conveniente e transmitida para consumidores distantes por uma simples
rede de condutores (fios). Além disso, é facilmente convertida em outras formas de energia como
calor, luz e movimento. E ser o elemento fundamental para a ocorrência de muitos fenômenos
físicos e químicos que formam a base de operação de máquinas e equipamentos dos tempos
atuais também ajuda bastante. Temos como exemplo desses fenômenos: eletromagnetismo,
efeito termiônico, efeito semicondutor, fotovoltaico, oxidação e redução.
Por fim, é também uma forma de energia limpa.
• Materiais magnéticos:
Figura 72 – bússula
Os imãs são materiais que possuem elevado grau de orientação dos seus domínios e
podem ser encontrados na natureza. Existem vários tipos de materiais que, quando submetidos
a um campo magnético externo, alinham seus domínios de modo a formarem imãs artificiais.
Atualmente, os materiais magnéticos desempenham papel muito importante nas
aplicações tecnológica. Nas aplicações tradicionais, como em motores, geradores,
transformadores, eles são utilizados em duas categorias: ímãs permanentes que são aqueles
que têm a propriedade de criar um campo magnético constante e os materiais doces, ou
permeáveis que são aqueles que produzem um campo proporcional à corrente num fio nele
enrolado, muito maior ao que seria criado apenas pela corrente. Outra aplicação tradicional dos
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materiais magnéticos, que adquiriu grande importância nas últimas décadas, é a gravação
magnética. Esta aplicação é baseada na propriedade que tem a corrente numa bobina (cabeça
de gravação) em alterar o estado de magnetização de um meio magnético próximo. Isto
possibilita armazenar nesse meio a informação contida num sinal elétrico. A recuperação, ou a
leitura, da informação gravada é feita, tradicionalmente, através da indução de uma corrente
elétrica pelo meio magnético. A gravação magnética é a melhor tecnologia da eletrônica para
armazenamento não-volátil de informação que permite a regravação. Ela é essencial para o
funcionamento dos gravadores de som e de vídeo, de inúmeros equipamentos acionados por
cartões magnéticos, e tornou-se muito importante nos computadores.
Para gerar um ímã permanente artificial, devemos usar materiais magnéticos duros, ou
seja, aqueles que ao retirarmos o campo magnético externo, seus domínios permanecem
alinhados, com elevado magnetismo residual (densidade de fluxo magnético que permanece
quando a força magnética é retirada). Ex: ferro.
• Condutores elétricos:
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• Isolantes elétricos:
Qualquer substância que possua uma baixa condutividade elétrica. Servem para isolar
elementos com diferenças de energia elétrica além de diminuir o valor resultante de campos
elétricos externos a ele. Ex: borracha, papel, cerâmicas e etc.
• Corrente elétrica
• Tensão elétrica
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• Resistência elétrica
*É importante ressaltar que essas três últimas grandezas se relacionam através da Lei de Ohm
pela equação:
U = R⋅I
• Potencia
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médios ou eficazes da diferença de potencial entre os terminais e a corrente que passa
através do dispositivo.Isto é,
Se não se inclui o termo cosφ que haveria que contemplar, devido a o fato de que a
corrente e a voltagem estejam defasados entre si, obtemos o valor do que se denomina potência
aparente ou teórica, que se expressa em voltampères (VA) , .
Existe também em CA outra potência, que é a chamada potência reativa que é igual a:
A potência reativa tem um valor médio nulo, pelo que não produz trabalho útil, pelo que
se diz que é uma potência devatada (não produz watts ativos) e se mede em watts reativos
(VAR). Na indústria elétrica se recomenda que todas as instalações tenham um fator de potência
(cos φ)máximo, com o qual sen φ será mínimo e portanto a potência reativa ou não útil será
também mínima.
5. Aplicações:
• Efeito semicondutor
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Um fato conhecido na física do estado sólido é que a condutividade elétrica é devida
somente aos elétrons em camadas parcialmente cheias. Portanto a condutividade dos
semicondutores à temperatura ambiente é causada pela excitação de uns poucos elétrons da
camada de valência para a banda de condução.
Nos semicondutores a condutividade não é causada apenas pelos elétrons que
conseguiram pular para a banda de condução. Os buracos também chamados de lacunas que
eles deixaram na banda de condução também dão contribuição importante. Tão importante que
este buracos são tratados como partículas normais com carga positiva, oposta à do elétron.
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Os elementos semicondutores podem ser tratados quimicamente para transmitir e
controlar uma corrente elétrica
• Efeito termiônico
Edison observou que uma lâmpada incandescente (de sua época, quando então o
filamento era de carbono), após certo tempo de uso, ficava com a superfície interna do bulbo
evacuado revestida de uma fina e escura camada (A).
Ele concluiu que isso era devido às minúsculas partículas de carvão que se destacavam
do filamento, quando o mesmo era levado à incandescência, pela corrente elétrica.
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Experimentando achar um modo de evitar esse escurecimento, Edison colocou uma
placa de metal (P) entre o vidro e o filamento (F). Isso resolveu o problema do escurecimento do
bulbo, porém, nosso ilustre observador verificou que tal placa ficava carregada (eletrizada). Um
sensível galvanômetro (G) ligado entre a tal placa e o filamento acusava uma corrente elétrica
unidirecional (contínua). Como explicar a origem dessa corrente elétrica?
Edison não foi capaz de resolver essa questão, aliás, ninguém o faria, pois o elétron
ainda não tinha sido modelado. A válvula termiônica nasceu dessa observação.
Se o elétron fosse conhecido na época, sem dúvida Edison enunciaria o efeito, que hoje
leva o seu nome, assim:
"Todo metal aquecido emite elétrons"
A primeira válvula foi a retificadora; depois De Forest inventou a grade e dai para a
frente você sabe no que isso tudo deu. Boa parte das válvulas, já há bom tempo, foram
substituídas pelos transistores que, por curiosidade, baseiam-se num efeito conhecido mesmo
antes de Edison: o efeito galena.
• Efeito fotoelétrico
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semicondutores e o fenômeno é usado em vários aparelhos para detectar não apenas a luz
visível como também a radiação infravermelha.
• Oxidação e redução
• Eletromagnetismo:
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um eixo apoiado em mancais fixos na carcaça. Sob o ponto de vista funcional distinguem-se o
indutor, que produz o campo magnético, e o induzido que engendra a corrente induzida. A
corrente induzida produz campo magnético que, em acordo com a Lei de Lenz, exerce forças
contrárias à rotação do rotor; por isso em dínamos e alternadores, o rotor precisa ser acionado
mecanicamente.
Um desenho similar ao que acontece nas hidrelétricas é apresentado abaixo:
A queda de água é responsável pela parte mecânica que faz com que a bobina (no caso,
espira) conectada por dois fios condutores nos extremos gire. Ao girar, o campo magnético na
sua secção transversal varia, provocando uma corrente induzida que é captada pelos
condutores. Essa corrente será seguinte forma.
Ф = 0 i máximo
Ф decresce i > 0
Ф mínimo i = 0
Ф cresce i < 0
Ф = 0 i mínimo
Ф cresce i < 0
Ф máximo i = 0
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Nomenclatura:
Vp: tensão de pico no enrolamento primário;
Vs: tensão de pico no enrolamento secundário;
Ip: corrente do primário;
Is: corrente do secundário;
Np: Número de espiras do primário;
Ns: Número de espiras do secundário;
n: relação de espiras.
Pp = Ps
Sendo assim, encontramos as seguintes relações:
Vp Np Ip Ns
= ; =
Vs Ns Is Np
Muitas vezes, a geração de energia elétrica ocorre em locais distantes dos centros
consumidores. No caso predominante no Brasil (geração hídrica) a natureza impõe os locais
onde sejam viáveis as construções das barragens. É comum usinas geradoras distantes
centenas ou milhares de quilômetros dos grandes centros. Assim, são necessários meios
eficientes de levar essa energia.
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Por este exemplo simples podemos notar que é impraticável transmitir energia elétrica a
longa distância com a tensão de geração. Assim sendo, após a geração é necessário que a
tensão seja elevada para a transmissão (no nosso exemplo de 13,8 kV para 138 kV).
O cabo para conduzir a energia em questão sob tensão de 13,8 kV deverá ter diâmetro
de 13 cm e aquele para o mesmo propósito, mas sob tensão de 138 kV deverá ter diâmetro de
1,3 cm. Isso deixa claro o porquê das linhas de transmissão da usina até os centros
consumidores 'funcionarem' sob altas tensões.
7. Distribuição
Uma rede de distribuição deve fazer a energia chegar até os consumidores de forma
mais eficiente possível. Conforme tópico anterior, quanto mais alta a tensão menor a bitola dos
condutores para transmitir a mesma potência. Assim, redes de distribuição em geral operam
com, no mínimo, duas tensões. As mais altas para os consumidores de maior porte e as mais
baixas para os pequenos.
A Figura abaixo mostra o esquema simplificado de uma distribuição típica. A subestação
redutora diminui a tensão da linha de transmissão para 13,8 kV, chamada distribuição primária,
que é o padrão geralmente usado nos centros urbanos no Brasil. São aqueles 3 fios que se vê
normalmente no topo dos postes. Essa tensão primária é fornecida aos consumidores de maior
porte os quais, por sua vez, dispõem de suas próprias subestações para rebaixar a tensão ao
nível de alimentação dos seus equipamentos.
A tensão primária também alimenta aqueles transformadores localizados nos postes que
reduzem a tensão ao nível de ligação de aparelhos elétricos comuns (127/220 V), para
consumidores de pequeno porte. É a chamada distribuição secundária.
A rede é formada pelos quatro fios (separados e sem isolação ou juntos e com isolação)
que se observam na parte intermediária dos postes.
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É evidente que uma distribuição simples assim é típica de uma cidade de pequeno porte.
Cidades maiores podem ser supridas com várias linhas de transmissão, dispondo de várias
subestações redutoras e estas podem conter múltiplos transformadores, formando assim várias
redes de distribuição. Também pode haver várias tensões de distribuição primária. Indústrias de
grande porte, consumidoras intensivas de energia elétrica, em geral são supridas com tensões
bastante altas, às vezes a da própria transmissão, para evitar altos custos da rede.
Numa rede de três fios A, B e C as tensões estarão dispostas da seguinte maneira:
Subtraia, ponto a ponto, as ordenadas, nos gráficos (a) e (b) (Va - Vb) e você terá a
tensão elétrica (ddp) entre os fios (a) e (b), em cada instante. Faça o mesmo nos gráficos (b) e
(c) e nos gráficos (a) e (c). Eis os resultados dessas subtrações:
É claro que, na prática, os sistemas de transmissão não são tão simples assim. Usinas
normalmente dispõem de vários conjuntos turbina-gerador que trabalham em paralelo. As
transmissões de diferentes usinas e diferentes centros consumidores são interligados de forma a
garantir o suprimento em caso de panes e outros problemas.
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8. Dentro de sua casa
A distribuição domiciliar de energia elétrica, sob tensões alternadas, como vimos, faz-se,
no caso mais geral, através do Sistema Edson de três fios. Nesse sistema, a um dos fios
associa-se potencial elétrico de referência, zero volt (fio 'neutro'). Em relação a esse fio 'neutro'
(0 V), os outros dois fios têm potenciais elétricos alternados, de mesma amplitudes e defasadas
de 180o. Daí deriva a nomenclatura, distribuição de “duas fases e três fios”. Desse modo, se (a),
(b) e (c) são os três fios em questões, que chegam em sua casa,’ com (b) tomado como
referência de potencial elétrico e os outros dois com potenciais elétricos “nominais” de 110V,
tem-se:
A diferença de potencial (ou tensão elétrica) entre pontos dos fios (a) e (b) é Va - Vb=
110 V, entre pontos de (b) e (c) é Vb - Vc = 110 V e entre pontos de (a) e (c) é Va - Vc = 220 V.
Essas d.d.p(s), assim como suas defasagens, podem ser facilmente observadas mediante o uso
de um osciloscópio de traço duplo e uso de resistor limitador (R):
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Um pouco sobre
Nicola Tesla
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Este é um texto destinado a corrigir enganos e desinformações que vem ocorrendo há
vários anos, sobre quão supostamente "grande" Edison foi, e como Nikola Tesla foi varrido para
debaixo do tapete do poderio capitalista.
Nikola Tesla era realmente um gênio; depois de ter feito muitos melhoramentos nos
bondes elétricos e trens em seu país, ele veio para a América à procura de emprego, e
eventualmente terminou indo trabalhar para Edison.
Edison tinha um contrato com a cidade de Nova Iorque para construir usinas de força de
Corrente Contínua (C.C.) em cada milha quadrada ou mais, como também para iluminar as
lâmpadas que ele supostamente tinha inventado. Iluminação pública, de hotéis, etc. Escavando
buracos por toda a cidade para assentar os cabos de cobre, tão largos quanto os bíceps de um
homem, ele disse a Tesla que se este pudesse economizar dinheiro re-projetando certos
aspectos da instalação, ele daria a Tesla uma porcentagem dos lucros. Um acordo verbal.
Depois de aproximadamente um ano, Tesla foi ao escritório de Edison e mostrou-lhe os lucros
acumulados (US$100.000,00 ou mais, o que naqueles dias era muita grana) como resultado
direto de seus projetos, e Edison fingiu ignorar qualquer acordo. Tesla saiu. Dali em diante,
tornaram-se inimigos.
Tesla inventou a utilíssima Corrente Alternada (C.A) que todos usamos hoje, em um
mundo onde Edison e outros já tinham feito um enorme investimento na energia de C.C.
Tesla fez proselitismo da energia de C.A. e teve algum sucesso construindo usinas de
força e fornecendo energia para várias entidades. Uma destas foi a prisão de Sing Sing, no
interior de Nova Iorque. Tesla forneceu energia de C.A. para a "cadeira elétrica" de lá. Edison
publicou vários artigos nos jornais de Nova Iorque dizendo que a energia de C.A. era uma
perigosa "assassina", e em geral, trouxe má fama para Tesla.
Para responder a este golpe, Tesla exibiu sua própria campanha de marketing,
aparecendo na Exposição Mundial em Chicago, passando por seu próprio corpo uma energia de
alta freqüência da C.A. "perigosa", e fazendo acender lâmpadas diante do público. Ao disparar
enormes e longas centelhas de sua "bobina de Tesla", e tocando-as, etc., ele "provou" que a
energia de C.A. era segura para o consumo público.
A vantagem da energia de C.A. era que você podia enviá-la a longas distâncias através
de fios de calibre razoável com pequenas perdas, e se você os juntasse, colocando-os em
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Ministrante
s:
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• DAI ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
ANE
"curto-circuito", somente o lugar onde eles se tocavam derretia e provocava faíscas, até que eles
deixassem de se tocar.
A energia C.C., por outro lado, necessitava de enormes cabos para atravessar qualquer
distância, os quais esquentavam quando estavam levando energia. Quando em curto, os cabos
derretiam-se por todo o caminho até a casa de força, e as ruas tinham que ser escavadas outra
vez para novos cabos serem lançados. Se um curto ocorria em uma simples lâmpada, ela
usualmente começava um incêndio, e queimava o hotel ou destruía o que quer com que
entrasse em contato! Isto era muito lucrativo para os negócios de energia com C.C., e muito bom
para os envolvidos com construção, escavação, etc.
Tesla finalmente tinha o dinheiro para começar a construir os seus laboratórios, cinco, e
realizar as experiências com a energia livre (grátis) da terra. A idéia que realmente tornou-o
impopular.
Alguma coisa grátis, que os mestres da guerra e dos negócios não podem controlar?
Eles não poderiam aceitar aquilo! Então, em seguida Tesla morreu em 1943, seu enorme
laboratório em Long Island incendiou-se misteriosamente, nenhum registro se salvou, e o que
sobrou foi destruído pelos tratores para sumir com qualquer equipamento que tivesse restado.
Foi um exagero, com a "energia grátis".
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