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BIOQUÍMICA – AULA 1
O ciclo de Krebs pode ser chamado de Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos.
O ciclo de Krebs forma uma quantidade de energia muito pequena, os resultados finais (NAD, FAH2)
desse ciclo entram na cadeia transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa é que existe uma
quantidade maior de energia.
O ciclo de Krebs ocorre na matriz mitocondrial.
Ele é a via comum do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas.
Ele é anfibólico, ou seja, nele existem reações catabólicas e anabólicas.
As principais funções do ciclo são: produção de energia (tanto do GTP, como dos intermediários
metabólicos NADH e FADH2 que vão ser transformados em ATP na cadeia transportadora de
elétrons e fosforilação oxidativa); biossíntese.
OBS: Algumas substâncias que participam do ciclo de Krebs podem ser desviadas para outras rotas e assim
dar origem a outras substâncias. Existem reações que repõem as substâncias que foram tiradas que são as
reaçãoes de preenchimentos ou reações anapleróticas.
As reações anapleróticas são importantes para manter o equilíbrio dos intermediários do ciclo.
A regulação do ciclo se dá principalmente pela quantidade de substratos e os produtos do ciclo.
Os principais produtos são ATP e NADH (dá origem ao ATP) que vão entrar nessa regulação, eles
vão funcionar como inibidores porque se tem ATP em grande quantidade existe energia suficiente e
não precisa estimular o ciclo.
Os substratos NAD e ADP irão funcionar como estimuladores, pelo mesmo raciocínio.
A regulação é feita através da inibição de algumas enzimas, as responsáveis por essa regulação são:
citrato sintase, isocitrato desidrogenase, α- cetoglutarato desidrogenase.
Cada NADH forma 2,5 ATP
Cada FADH2 forma 1,5 ATP
FARMACOLOGIA – AULA 1
Droga: qualquer substância química que interage com o organismo e possa causar uma alteração
de uma função orgânica. Ex: água; dipirona.
Veneno: qualquer substância química que ao interagir com o organismo possa causar uma
enfermidade. Ex: dipirona
Fármaco: é um princípio ativo responsável por desencadear um efeito terapêutico de um
medicamento.
Medicamento: é uma forma farmacêutica acabada que contém 1 ou mais princípios ativos
(fármacos) em uma determinada forma. Ex: dipirona 500mg comp.
O medicamento tem que ser utilizado para 3 fins: profiláticos; terapêuticos ou de diagnóstico.
Existe várias formas farmacêuticas disponíveis para melhorar o perfil de ação dos medicamentos,
para facilitar a administração, para que assim exista um melhor efeito do medicamento.
Dessa forma, pode-se dizer que a forma farmacêutica é o estado final que as substâncias ativas
apresentam depois de serem submetidas a alterações farmacêuticas necessárias afim de tanto
facilitar a administração como obter um maior efeito terapêutico desejado.
Existe diversas formas farmacêuticas como: sólida, líquida, semi-sólidas e gasosas.
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS: consegue exercer efeito mais rápido do que a sólida.
Solução: é uma forma farmacêutica límpida e homogênea, dessa forma o princípio ativo encontra-
se totalmente dissolvido. Elas podem ser: orais, injetáveis, auriculares, oftalmicas.
Elixir: é uma solução hidroalcoolica, também é adicionada de açúcar. Deve-se ser evitado para
crianças ou pacientes que tenham comprometimento com o uso do álcool.
Xarope: não é feito com álcool, é feito com açúcar, normalmente o mais usado é a frutose, deve-se
existir uma observação em relação aos diabéticos.
OBS: Todas as transcrições foram feitas conforme a aula do professor. Pá gina 2
TRANSCRIÇÕ ES UNIDADE A / MEDICINA P2 – ALANY CUSTÓ DIO
Suspensão: é quando o fármaco não fica totalmente dissolvido no solvente, observa-se partículas
do princípio ativo. Deve-se sempre agitar antes de administrar, porque o paciente pode ser
submedicado ou intoxicado.
OBS: Suspensão como as partículas não estão totalmente dissolvidas então o tempo de ação vai ser um
pouco mais reduzido do que a solução. A vantagem da suspensão é que pode administrar grande
quantidade de fármacos sólido.
OBS: Um medicamento por via oral vai passar por vários obstáculos até chegar na circulação sistêmica e
desencadear um efeito terapêutico, dizendo assim que ele possui uma biodisponibilidade variável. Muitas
vezes medicamento por via oral não vai garantir que exista uma concentração plasmática constante do
fármaco. Quando é utilizado a via transdérmica, como o adesivo, é um medicamento que tem uma
tecnologia que permite que haja uma liberação constante e contínua do fármaco, gerando assim
benefícios.
Medicamentos de liberação rápida: uma vez que foi administrado se ele precisar se desintegrar
rapidamente, dissolver e causar o efeito terapêutico.
Medicamentos de composição modificada: de liberação prolongada: vai ter um revestimento
específico, mas uma vez que for administrado ele vai ser desintegrado e dissolvido, porém vai ser
de forma muito lenta, a vantagem é a diminuição do número de doses para o paciente; de liberação
retardada: vai ter um revestimento, geralmente gastroresistentes, e só vai ser liberado no intestino,
a vantagem é a adesão.
Todo medicamento vai vim com um nome de um princípio ativo, com a concentração e um nome
comercial.
O nome do princípio ativo vai seguir uma denominação, a que é usada no Brasil é a Denominação
Comum Brasileira. Existe também a Denominação Comum Internacional que é a nomenclatura
utilizada em outros países.
FISIOLOGIA – AULA 1
Tudo só funciona se tiver receptor celular. O número de receptores varia de um ser para o outro.
O coração é uma bomba mecânica.
Nesse processo, como resultado ele manda para todos os tecidos o oxigênio (atua na mitocôndria
para a produção de ATP).
O principal sistema do nosso corpo, em relação a todos os processos, é o sistema porta-hepático.
Exceto os rins, todos os outros órgãos, são banhados pelo sangue que leva tudo para o fígado.
O único órgão do corpo humano que possui duas entradas de sangue é o fígado.
Acetilcolina no coração causa o relaxamento, diminuindo a pressão. Já no músculo esquelético e
liso causa a contração.
A adrenalina no coração causa aumento de frequência e força de contração. Já no músculo
esquelético causa o relaxamento.
Essas diferenças são devidas os receptores.
Pré-carga: é o que chega de sangue ao coração.
Pós-carga: é o joga fora.
Débito cardíaco: é a quantidade de sangue que sai do coração, que é dado em um determinado
tempo, aproximadamente 5L/min.
O relaxamento, também chamado de diástole, é a quantidade de sangue que o ventrículo recebeu
(pré-carga). Quando ele empurra o sangue em uma determinada pressão, fazendo a válvula da
aorta abrir é a pós-carga.
Então pré-carga é a quantidade de sangue que o ventrículo recebe e pós-carga é a força que ele faz
para vencer a válvula.
OBS: Ventrículo esquerdo é o mais forte, tem parede mais larga, é o que impulsiona sangue para todo o
corpo.
Fração de ejeção significada dizer que a quantidade de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo,
em cada sístole, é de 70ml de sangue.
A quantidade de sangue que o ventrículo capta é de 110ml e o sangue residual é de 40ml.
Débito cardíaco tem que ser igual ao retorno venoso.
A maior pressão está nas artérias.
Nas veias tem válvulas, nas artérias não precisa.
Quem faz o sangue andar através das artérias é a força de contração cardíaca, porém quem faz o
sangue andar nas veias é a contração do músculo esquelético.
Quando está com a pressão alta, um dos fatores para controlar a pressão arterial é a vasocontração
ou vasodilatação dos vasos periféricos. Ou seja, a pressão está alta, o coração precisando colocar
muita força para ejetar o sangue, para diminuir a força e aliviar o coração existe uma vasodilatação
periférica.
Quando a pressão está alta, para fazer com que o coração obtenha mais força, acontece um
vasoconstrição.
CICLO CARDÍACO:
Quando ocorre a sístole atrial as válvulas tricúspide e bicúspide tem que se abrir para passar para o
ventrículo. Quando ocorre a sístole ventricular elas tem que fechar para evitar a volta do sangue.
O trabalho mecânico do coração se apoia em 2 variáveis: volume e pressão.
Quanto maior volume ele chega mais pressão para colocar para fora aquele volume.
Na contração do músculo cardíaco o cálcio é proveniente no meio extracelular e intracelular.
Quando o potencial de ação chega na membrana do miócito (célula muscular cardíaca) abre o canal
de cálcio. O cálcio se liga a receptores do retículo sarcoplasmático e libera mais cálcio ainda para o
citoplasma da célula. Esse cálcio vai realizar as ligações de troponina para assim executar a
contração.
Depois, o cálcio é bombeado de volta para o retículo sarcoplasmático e também para fora da célula,
através do trocador sódio-cálcio.
A despolarização chegou (potencial de ação), libera cálcio e ele entra, ele está ligado a proteína, a
principal é a calsequestrina. Vai ter muito cálcio dentro do retículo sarcoplasmático, vai existir o
canal de rianodina que é bloqueado pela proteína chamada dihidroperidina.
A dihidroperidina tem carga negativa e vai ser repelida pela região perimembranar interna,
bloqueando assim o canal da rianodina. Porém, com a despolarização ocorreu a entrada de cálcio
(que é positivo), causando a atração com a dihidroperidina e ela sai, fazendo com que exista a
aberta no canal da rianodina e ocorre assim a liberada de cálcio.
GENÉTICA – AULA 1
ESTRUTURA DO DNA:
O DNA é uma molécula informacional, possui a informação genética que são características que
passam de pai para filho.
O DONA é uma fita dupla de nucleotídeos, cada nucleotídeo é composto por um átomo de fosfato,
uma molécula de pentose (açúcar) e uma base nitrogenada.
A sequência de base nitrogenada é o que vai ocasionar as diferenças de um ser humano para outro.
Algumas sequências podem sofrer alterações e assim surgir algumas doenças.
Os nucleotídeos de DNA são: adenina (A); citosina (C); guanina (G) e timina (T).
Citosina e Timina são base pirimídicas (um anel); Adenina e Guanina são base púricas (dois anéis).
No DNA existe uma dupla fita de nucleotídeos e eles são ligados entre eles, dentro de uma própria
fita, e são ligados uns com os outros em fitas diferentes.
A ligação que existe entre nucleotídeos de uma mesma fita é chamada de ligação fosfodiéster, que
é feita entre um átomo de fosfato e duas pentoses.
As ligações feitas entre fitas diferentes é chamada de ponte de hidrogênio.
A timina e adenina podem formar 2 pontes, já a guanina e citosina podem formar 3 pontes.
As duas fitas de enrolam sobre um eixo imaginário, formando uma estrutura chamada de dupla
hélice ou alfa hélice.
As fitas possuem direções opostas.
O 5’ está relacionada com a posição do fosfato, já a 3’ está relacionada com a posição da pentose.
Enquanto uma fita é 5’3’ a outra, obrigatoriamente, tem que ser 3’5’. Elas são anti-paralelas,
fazendo com que exista a ligação entre nucleotídeos.
Uma das funções do DNA é carregar o código genético, que são sequências de nucleotídeos que são
chamados de genes.
Um gene é uma unidade de características genéticas, o produto dos genes é a proteína.
Os replicons são ativados uma única vez em cada ciclo. Cada replicon está relacionado com uma
origem.
O DNA quando abre libera 2 fitas simples que servem de molde para fabricar uma nova fita.
A forquilha de replicação é quando as duas fitas estão simples, quando elas soltam. Na forquilha é
onde agem as enzimas que fabricam DNA.
Dependendo da fita que é aberta ela ganha um nome.
As enzimas que fabricam um DNA novo só conseguem fabricar um DNA a partir da região 5’, então
quando ela reconhece a região 3’ ela se liga e fabrica uma fita nova 5’. Toda fita nova só é fabricada
na direção 5’3’. Existe uma fita parental que quando abre (que é a fita 3’) ela é contínua, pois
quando as enzimas que fabricam DNA se ligam a ela são fabricadas uma fita nova 5’ sem
interrupção, fabrica DNA do início para o fim.
Porém existe a fita descontínua (5’3’), sendo assim as enzimas tem que esperar a fita abrir e
disponibilizar uma região 3’ , quando a fita 3’ está disponível as enzimas se ligam e fabricam uma
fita nova do fim para o início.
OBS: FITA CONTÍNUA: do início para o fim; FITA DESCONTÍNUA: tem que abrir mais e é do fim para o início.
Só dessa forma é possível o antiparalelismo das fitas.
OBS: Primer (inicador) é uma sequência curta de RNA que fica ligado ao DNA parental (antigo).
OBS: A diferença entre a DNA polimerase 3 e 1 em relação a produção de fitas é porque a DNA polimerase
3 é mais rápida.
O DNA é enrolado e para desenrolar ele existe a ação de 2 enzimas a DNA topisomerase 2 ou DNA
girase (tem função de desenrolar o DNA e deixa ele paralelo); depois que o DNA está desenrolado
vai acontecer a atuação de uma enzima com a função de cortar as pontes de hidrogênio (para as
fitas se abrir e formar a forquilha de replicação) que é a DNA helicase.
Quando o DNA é cortado as fitas abrem, porém quimicamente ela tende a religar, só que existe
uma proteína que não deixa isso acontecer, porque o DNA tem que ficar aberto para a DNA
polimerase 3 fabrique o DNA, a proteína é chamada de SSB (ela mantém o DNA aberto).
Para finalizar o processo a fita nova tem que ser só molécula de DNA, então o primer (RNA) que foi
usado para iniciar o processo tem que ser retirado da molécula nova e que retira ele, tanto da fita
contínua como da descontínua, é a DNA polimerase 1. Só que como o espaço do primer é maior a
DNA polimerase 1 precisa da enzima ligase que serve para ligar os fragmentos novos que foram
advindos da retirada do primer.
No cromossomo existe uma região chamada de telomero que é a região final do cromossomo e ele
está relacionado com o envelhecimento. Caso o telomero se encurte o cromosso também se
encurta e consequentemente pode existir a perda de um cromossomo durante o tempo.
No envelhecimento muitos dos sistemas enzimaticos começam a não funcionar bem e fatalmente
pode perder um telomero nesse momento.
Existe uma enzima chamada de telomerase que fabrica DNA dos telomeros. O telomero é
composto de DNA repetitivo. A fita descontínua é aberta para ir do final para o começo; quando
um telomero é aberto a região é formada de DNA repetitivo e a enzima primase não consegue
fabricar um primer de nucleotídeo repetitivo, então a telomerase sozinha fabrica o DNA dos
telomeros.
PL EMBRIOLOGIA – AULA 1
Na 3º semana existe a sinalização endoderma que faz com que ocorra o início da formação do
coração, inicia-se dos cordões angioblastos.
A formação do coração é do mesoderma, porém a sua sinalização para a formação é do
endoderma.
Existe o crescimento do coração tanto lateral como medial. O crescimento é crânio-caudal e lateral.
Com 4 semanas já pode ouvir o coração bater.
A serotonina tem capacidade de ajudar na lateralização do coração, dividindo o coração em
camadas (direita e esquerda).
Principais vasos embrionários:
Umbilicais; vitelínicos e cardinais.
Eles possuem pontos importantes como: quem leva basicamente sangue oxigenado, rico em
nutrientes, é a veia umbilical. Quem faz a parte metabólica é a artéria umbilical.
As artérias cardinais distribuem todo o sangue para o feto.
O tubo cardiaco é formado basicamente por endocardio e miocardio.
OBS: Todas as transcrições foram feitas conforme a aula do professor. Pá gina 9
TRANSCRIÇÕ ES UNIDADE A / MEDICINA P2 – ALANY CUSTÓ DIO
O coração começa a crescer e vai chegar um ponto em que ele vai realizar o dobramento cardíaco
para formar a região atrial e região ventricular.
A septação cardíaca ocorre quase ao mesmo tempo com a formação atrial e ventricular.
Ocorre a septação do cóxin que é a que normalmente ocorre, pois o cóxin é uma região átrio-
ventricular.
Também existe a septação por expansão que é comum na região ventricular.
Basicamente o segundo canal é fechado pela fusão de septos, o primário e o secundário. O septo
primário vem do teto atrial em direção ao cóxin endocárdio, só que ele não fecha completamente,
vai ocorrer a apoptose de células do septo primário que vai formar o forame secundário.
Vai crescer no cóxin endocárdio o septo secundário que basicamente vai “fechar” o espaço no
forame secundário, ele não fecha completamente porque devido o fluxo ele vai ficar como uma
válvula. Após o nascimento por diferença de pressão a válvula se fecha.
Septação do ventrículo primitivo:
Ocorre por pressão de baixo para cima e não fecha completamente.
Ocorre inicialmente a formação dos septos interventriculos.
A septação ventricular não pode fechar antes que os grandes vasos entrem para cada lado (um para
o direito e outro do esquerdo). Se fechar antes fica tudo do lado direito.
BIOQUÍMICA – AULA 2
Os elétrons que são retirados da oxidação de carboidratos, lipídeos e proteínas vão ser
transportados pela NADH e FADH2 e essa energia dos elétrons vai servir lá na frente para bombear
prótons para gerar energia para a formação do ATP.
A cadeia transportadora de elétrons ocorre nas cristas mitocondriais.
A mitocôndria contém a membrana mitocondrial externa e interna. A membrana externa é
permeável a íons, pequenas moléculas e proteínas pequenas; a membrana interna é impermeável
até mesmo a moléculas pequenas como ATP, coenzimas, fostato e prótons.
A conservação de energia vai ser nas moléculas de ATP (moeda energética)
A oxidação completa das moléculas de carboidratos, lipídeos e proteínas vão gerar intermediários
metabólicos (NADH, FADH2) e no final vai existir a transferência dos elétrons do NADH e FADH2
para o O2 gerando H2O e ATP.
Existem complexos na cadeia transportadora:
Complexo I, II, III, IV e ATP sintase, como também a ubiquinona e citocromo C.
O NADH vai entregar os elétrons ao complexo I e o FADH2 ao complexo II.
No final vai existir uma quantidade maior de ATP sendo formado por NADH do que por FADH2.
Os complexos I, III e IV são capazes de bombear H+ da matriz para o processo intermembrana.
Esses complexos vão transportar elétrons e no complexo IV vai existir um O2 que é o aceptor final
de elétrons.
No complexo I, os elétrons vem do NADH, e vai ser transportado para o III via ubiquinona, do III
para o IV via citocromo C.
Os elétrons que vão sendo transportados vão gerar energia para que sejam bombeados prótons da
matriz para o espaço intermembranar. Esses prótons, quando são bombeados para o espaço
intermembrana, eles tendem a voltar via ATP sintase, essa energia dessa volta vai fazer com que a
ATP sintase gire e assim a formação de moléculas de ATP.
As funções da mitocôndria são: oxidar combustíveis metabólicos; conservar energia livre,
sintetizando moléculas de ATP.
A quantidade de ATP gerado na glicólise e no ciclo de Krebs é uma quantidade muito pequena, por
isso que é tão importante a cadeia transportadora e fosforilação oxidativa.
No final, existem, aproximadamente, 32 moléculas de ATP.
A energia, na forma de elétrons, retirada dos carboidratos, lipídeos e proteínas vai ser armazenada
em 2 moléculas, que são as coenzimas reduzidas, NADH e FADH2. São essas moléculas que irão
transportar os elétrons para cadeia transportadora.
O NADH contém 1 próton e 2 elétrons; o FADH2 contém 2 prótons e 2 elétrons.
A fosforilação oxidativa é a energia livre da oxidação do NADH e FADH2 que é utilizada via sistema
de transporte de elétrons para bombear prótons da matriz para o espaço intermembrana.
A energia produzida quando esses prótons retornam a matriz mitocondrial, via ATP sintase,
acoplam ADP + P formando ATP.
COMPLEXOS:
Complexo I (NADH-Q redutase; NADH desidrogenase): oxida NAH mitocondrial e transfere elétrons
para a ubiquinona. Bombeia 4H+ para o espaço intermembrana.
Complexo II (succinato Q redutase): oxida FADH2 e transfere elétrons para ubiquinona.
Complexo III (ubiquinona-citocromo C redutase; QH2-citocromo C redutase): transfere elétrons
para o citocromo C
Complexo IV (citocromo C oxidase; citocromo oxidase): reduz o O2 a H2O
Complexo V: também chamado de ATP sintase.
Ubiquinona (também chamada de Q ou Q10): é lipossolúvel; existe em quase todos os seres vivos;
transfere elétrons para o complexo III.
Citocromo C: transfere elétrons do complexo III para o IV.
Hipótese Quimostática: a mitocôndria produz ATP utilizando a energia livre do gradiente de prótons
gerado durante a oxidação do NADH e FADH2.
Em teoria, a membrana interna é impermeável a moléculas. Porém, já se sabe que existe a
possibilidade de íons H+ voltarem para a matriz sem ser pela ATP sintase, eles voltam através de
proteínas desacopladoras e essa passagem não gera ATP.
Esse processo, sem geração de ATP, estimula a termongênese (aumento de temperatura).
Existem substâncias que vão inibir algum desses complexos: (VENENOS)
Rotenona: inibe o complexo I; ela não é tão problemática porque ainda vai conseguir gerar energia,
embora em menor quantidade, a partir do FADH2 que vai chegar.
Cianeto e CO: inibem o complexo IV; o CO interfere também no transporte de O2.
Oligomicina: inibem a ATP sintase.
FARMACOLOGIA – AULA 2
OBS: A biotransformação pode acontecer antes ou depois que o fármaco chega à célula alvo.
Farmacodinâmica: estuda como o fármaco consegue atingir o alvo, ou seja, de que maneira o
fármaco exerce efeito terapêutico.
Os fármacos agem se ligando a receptores (geralmente é uma molécula protéica), a enzimas (anti-
inflamatórios captopril), proteínas transportadoras (furosemida, omeprazol), canais iônicos
(anestésicos locais, anolipino).
Alvos microbianos: antibióticos.
Receptor é uma estrutura molecular que pode ser localizada na membrana plasmática ou no
citoplasma de uma célula que podem interagir com substâncias endógenas com função fisiológica e
que podem interagir com substâncias exógenas, sendo estas responsáveis pelas ações
farmacológicas ou tóxicas. Esse receptor pode estar acoplado a um canal iônico.
Receptor ianotrópico: está próximo ao canal.
As funções dos receptores farmacológicos: interagir com um determinado ligante, resultando na
propagação de uma mensagem no interior da célula.
De maneira geral os receptores controlam o crescimento, diferenciação celular, metabolismo,
movimento, secreção de moléculas, contração e relaxamento.
Um fármaco só vai modular, exacerbar ou bloquear uma resposta de uma molécula endógena
nossa desenvolve.
Um fármaco cujo alvo farmacológico é um receptor, ele só vai ser eficaz se ativar um número
máximo de receptores.
Potência (EC50): é a concentração de um fármaco necessária para ele chegar a 50% do efeito. A
potência de um fármaco está relacionada com a capacidade que ele tem de aliviar um sintoma.
Um fármaco é eficaz quando ele realmente consegue combater uma enfermidade.
Como escolher um fármaco? Pode existir 2 medicamentos de uma mesma classe, nesse caso vai
observar: as reações adversas; duração do efeito (tempo de meia-vida distintos); custo; número de
doses.
Molécula agonista: é uma molécula que se ligam e ativam receptores. Tem que existir um sítio
específico para ele.
Molécula antagonista: é uma molécula que se liga e não ativa o receptor. Ele não bloqueia o
receptor, ele impede a ação do agonista.
Existem dois tipos de antagonista: antagonista competitivo: vai competir pelo mesmo sítio de
ligação do agonista; não competitivo: vai competir por outro sítio de ligação no receptor ou uma
região vizinha, quando o antagonista se liga ele causa uma mudança conformacional no receptor e
isso impede que o agonista ative o receptor.
Sítio alostérico: local de ligação de uma molécula que não seria o agonista e sim o antagonista.
A maioria dos medicamentos é mais antagonista competitivos do que não-competitivo.
Quando é utilizado um antagonista competitivo não significa que ele pode bloquear totalmente a
ação do agonista, pois vai depender da dose.
O antagonista não-competitivo mesmo em baixas doses diminui a eficácia do agonista.
FISIOLOGIA – AULA 2
Adjuvantus: quando se toma medicação para uma determinada “doença”, porém se tem outra.
Existem 5 ondas eletrocardiográficas: P,Q,R,S e T.
Eletrogenicidade do nó sinusal ou sinoatrial: uma determinada região dispara impulsos elétricos.
Esse nó se encontra próximo a entrada das cavas, é conhecido como marca-passo cardíaco.
O sinal elétrico começa em uma região, mas se espalha de forma igual, porque as células possuem
junções comunicantes ou GAP. Quando esse sinal se espalha ele se dirige a um ponto chamado de
atrioventricular (também é eletrogênico, porém só trabalha com 40% da força elétrica do
sinoatrial).
Ele se espalha pela célula muscular atrial e une-se no atrioventricular e dispara pelos feixes de His
(conduz até a parte inferior). Quando atinge Purkinje existe a contração de baixo para cima e o
sangue sobe.
Existe a despolarização, todo o átrio se contrai e por fim converge para o átrio ventricular, daí se
distribui através dos feixes de His até as células de Purkinje onde ocorre a sístole ventricular.
O período em que se tem um impulso elétrico e que não pode aplicar outro impulso é chamado de
período refratário.
Então o período refratário é um período naquele no qual não se pode imprimir outro estímulo
elétrico. Esse período no músculo cardíaco é longo.
Platô: é o tempo do período refratário longo.
O traçado do eletrocardiograma é composto por basicamente 5 elementos:
QRS: é a sístole ventricular, por isso possui um pico mais alto.
O segmento ST: é o tempo entre o fim da despolarização e o início da repolarização ventricular.
P: é a sístole atrial.
T: é a diástole ventricular.
A diástole atrial está escondida por trás do QRS, ele não aparece porque é de força menor.
Para existir a diástole ventricular, que é quando o ventrículo relaxa para encher, antes de o átrio
contrair ele já está enchendo.
A pressão da aorta se mantém quase constante e o ventrículo esquerdo tem que vencer essa
pressão. O ventrículo vai enchendo até que em certo ponto ele tem que abrir a valva da aorta (a
semilunar), quando o ventrículo contrai o volume vai embora e ele seca.
Triângulo de Einthoven:
Ele descobriu que existem variações do teor de eletricidade entre um lado e outro. Segundo ele,
existe diferença entre o lado direito e esquerdo e entre o pé esquerdo.
A linha 1 capta informação dos átrios; a linha 2 capta informação do lado lateral do coração ou
ventrículo direito; e a 3 linha capta informação do ventrículo esquerdo.
No centro do triângulo ele deu como 0 neutro e mede os vetores, e entre os vetores existem
diferenças.
O eletrocardiograma de Einthoven possui 12 derivações, que ele utiliza para gastar sinal elétrico e
ver o que está acontecendo no coração.
Existem cores que é universal: vermelho e preto (é neutra); amarelo e verde. Sempre o mais escuro
é colocado nas pernas, vermelho braço direito e preto perna direita. Amarelo vai ser no braço
esquerdo e verde na perna esquerda.
Derivações bipolares: são as derivações clássicas do eletrocardiograma e registram a diferença de
potencial entre dois eletrodos localizados em diferentes membros D1, D2,D3.
Derivações unipolares: existe um ponto no meio do triângulo, que é 0, e vetores para 1, 2 e 3.
Quando tem AVR: significa derivação unipolar aumentada.
As derivações periféricas unipolares registram a diferença de potencial entre um ponto teórico no
centro, com valor de 0, e os eletrodos em cada extremidade.
GENÉTICA – AULA 2
A biologia celular obedece uma regra onde a informação genética é passada de molécula para
molécula e o fluxo é unidirecional. Então tudo começa no DNA, a partir dele é produzido o RNA,
sendo assim a informação genética passa do DNA para o RNA, e consequentemente isso a nível de
núcleo, depois o RNA é exportado para o citoplasma e vai ser traduzido em uma molécula protéica.
Existe enzimas que produzem DNA dupla fita a partir de uma molécula de RNA, que são as
transcriptases reversas. Ex: telomerase.
RNA é uma molécula de fita simples, possui nucleotídeos (são compostos por açúcar (ribose),
fosfato e bases nitrogenadas: C,G,U,A). Também possui ligações fosfodiéster entre os nucleotídeos
dentro da única fita de RNAm e também podem fazer ponte de hidrogênio, porém de forma
transitória no momento em que estão sendo produzidos a nível de DNA.
Em relação às funções do RNA, de acordo com o tipo, ele tem uma função específica:
RNAm: carrega a informação genética que está contida no DNA para o citoplasma.
RNAt: carrega um aminoácido que vai ser usado no momento da tradução no citoplasma.
RNAr: constituinte da molécula do ribossomo.
O DNA comparado com o RNA é menos frágil, devido à dupla fita de nucleotídeos.
Processo de transcrição lembra-se do código genético que está relacionado com trincas de
nucleotídeos, onde cada trinca está relacionada com um aminoácido ou um stop códon.
TRANSCRIÇÃO:
É um processo pelo qual a molécula de RNA é sintetizada a partir da informação contida na
sequência do DNA. Em resumo, é a produção de RNA a partir do DNA.
Apenas uma das fitas do DNA é utilizada como molde para a síntese de RNA. A fita molde direção
3’5’.
Existe o RNA informacional que está relacionado com a informação genética, é o RNAm. Existe
também os RNA funcionais, onde nunca são traduzidos em peptídeos, ou seja a sequência deles
não é usada para a leitura do ribossomo, são eles: RNAt, RNAr e outros pequenos RNA.
Nesse processo de transcrição, apenas uma enzima é utilizada, que é a RNA polimerase (ela faz
tudo).
Existem, de acordo com o tipo de RNA que está sendo produzido, tipos de RNA polimerases
diferentes. O foco principal é a RNA polimerase II que participa da produção de RNAm. Existe
também a RNA polimerase I que participa da produção de RNAr, a RNA polimerase III participa da
produção de RNAt.
O gene humano contém éxons e íntrons. Quando um RNA é transcrito é produzido tanto éxons
quanto íntrons. Um gene possui também outros elementos genéticos.
Em um gene onde existem éxons e íntrons, que é a região que vai ser transcrita, é chamada de
unidade transcricional. A unidade transcricional é a região do gene onde os nucleotídeos vão ser
transcritos e contém éxons e íntrons.
Para transcrever a unidade transcricional são necessários outros elementos. Primeiro é necessário
do promotor, que é a região que, normalmente, está antes da unidade transcricional e a partir dele
inicia-se o processo de transcrição. Em resumo, um promotor contém sequências sinais que
comandam e controla o processo de transcrição, quando essas regiões são ativadas, dentro do
promotor, o gene é transcrito.
Existe a 5’UTR e 3’UTR que significa região não transcrita, ela é uma região controladora. A 5’UTR
marca o início do processo de transcrição e a 3’UTR marca o final.
Os elementos reguladores ou elementos amplificadores servem para aumentar a velocidade da
transcrição. Porém, nem todo gene possui região amplificadora.
O PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO:
Dentro da região promotora existe sequências de nucleotídeos específicas que sinalizam para
algumas enzimas ou proteínas que iniciam o processo de transcrição para ela ocorrer.
A RNA polimerase se liga na região promotora para começar a produzir o RNA. Ela reconhece uma
sequência sinal chamada de TATA Box (região do promotor onde a RNA polimerase se liga).
Quando ela se liga nada acontece, porque precisa de um estímulo para que algo ocorra. Então, a
proteína chamada fator de transcrição se liga nessa região. Esse fator são proteínas citoplasmáticas
que tem a capacidade de migrar para o núcleo e se liga na região promotora específica.
OBS: Um estímulo externo ativa o seu receptor; transdução do sinal: passagem do sinal externo para o
interno; ativação de fator de transcrição no citoplasma e esse fator migra para o núcleo e se liga a uma
região promotora específica e ativa a transcrição.
Então, o fator de transcrição se liga a região promotora também, na TATA Box (onde também já
existe a proteína RNA polimerase ligada). Sendo assim, essa dupla ligação é um gatilho para o início
do processo de transcrição.
A RNA polimerase vai seguindo o fluxo e quando chega à região 5’UTR ela percebe que logo após
essa região, tem a região da unidade transcricional. Depois da região 5’UTR, a RNA polimerase
desenrola o DNA, abre e fabrica o RNA. Quando chega na região 3’UTR ela se desliga e acaba a
transcrição e as fitas de DNA voltam ao normal.
OBS: A RNA polimerase II possui várias subunidades. A subunidade sigma se liga a RNA polimerase II e
enquanto ela estiver ligada a proteína não funciona, quando o fator de transcrição se liga na região
promotora, a subunidade sigma se desliga da molécula de RNA polimerase, então ela é ativada.
Depois que um RNAm é transcrito (transcrito primário), na espécie humana possui éxons e íntrons.
Os íntrons são intrometidos e não precisamos deles, então eles devem ser retirados através da
atividade pós-transcricionais. Os íntrons são retirados através de várias proteínas que compõem o
complexo protéico chamado spliceosomo, splicing é a retirada de íntrons. O spliceosomo retira os
íntrons e cola os éxons.
O RNA secundário é o RNAm original, ele pode sair do núcleo e ir para o citoplasma. Porém,
biologicamente no citoplasma existe uma enzima chamada RNAse e ela quebra RNA, só que esse
RNA sair desprotegido ele vai ser um alvo das RNAses. Então, antes desse transcrito sair do núcleo
ele sai protegido, tanto na região 5’ como na 3’.
Na região 5’ é adicionada uma substância chamada metilguanosina (como se fosse uma guanina
modificada) e ela é chamada de CAP5’, ou seja, ela protege o início do RNA.
A região 3’ é protegida por uma cauda de adeninas, então existe uma enzima que é a
poliApolimerase e fabrica esse local, ela liga várias adeninas depois da região transcricional. As
várias adeninas é chamada de cauda poliA e ela possui várias funções como: proteger a região 3’ da
degradação de RNAses; manter a estabilidade da molécula de RNA.
Depois disso tudo o RNA é levado para o citoplasma.
No citoplasma existe uma organela chamada ribossomo que promove a síntese protéica, ela
consegue ler o RNAm e assim produzir as proteínas.
PROCESSO DE TRADUÇÃO:
Primeiro o RNAm chega no citoplasma e ele é reconhecido pela subunidade menor do ribossomo e
se liga. Logo depois dessa ligação, vem a subunidade maior e se encaixa em cima dele e o RNAm
fica preso lá dentro.
Na subunidade maior existe 2 sítios: um sítio P e o outro sítio A.
Todos os sítios inicialmente estão vazios, quando o RNAm se liga nas subunidades do ribossomo, se
liga sempre pela região 5’ e logo após os primeiros nucleotídeos da região 5’ vai ter uma sequência
(um códon) que é especifica para o aminoácido metionina. Esse códon é chamado de start códon
ou códon de inicialização.
Então o primeiro códon da metionina (AUG) que vem da região 5’é o primeiro aminoácido que vai
ser produzido.
O primeiro códon vai ocupar o sítio P, que é o primeiro sítio que estava vazio. E uma grande
quantidade de RNAt vai tentar se encaixar nesse sítio, porém só vai se encaixar aquele que for
complementar.
O sítio A vai estar desocupado e de acordo com o códon vai se encaixando mais RNAt.
Quando os dois sítios estão ocupados acontece uma reação química, chamada ligação peptídica,
entre os aminoácidos.
Quando acontece essa ligação, um RNAt que estava no sítio P ele doa um aminoácido que ele tinha
para o recém-chegado. Então, um RNAt sem aminoácido se desliga da reação química e o sítio P vai
ficar desocupado e o sítio A ocupado, só que existe uma grande molécula de RNA, então o
ribossomo vai deslizar por entre a molécula de RNAm.
O RNAt que tem 2 aminoácidos passa do sítio A para o sítio P dentro do ribossomo, mais uma vez o
sítio A fica desocupado e assim por diante.
Como funciona um stop-códon? Como ele age dentro da molécula de ribossomo para terminar o
processo de tradução?
Não existe nenhum RNAt, carregando um aminoácio, que se ligue a um stop-códon.
Então não existe anti-códon para um stop-códon.
No citoplasma existe uma pequena proteína chamada de fator de término, que é um peptídeo que
reconhece o stop-códon. Quando ele é reconhecido, a ligação com o fator de término provoca a
separação das duas subunidades ribossômicas.
PL HISTOLOGIA – AULA 2
O sistema cardiovascular é dividido em: coração; sistema sanguíneo vascular (artérias, veias e
capilares); vascularização dos vasos linfáticos.
O coração é um órgão muscular composto por 4 câmaras; apresenta valvas e válvulas;
Existe diferenças basicamente em relação a musculatura, a parte do ventrículo é mais espessa. A
região de átrio é mais delgada e não dá para ter a divisão do que é miocárdio, endocárdio...
As válvulas são formadas por 3 regiões, que vão estar inseridas na invaginação do endocárdio e
presas aos anéis que representa o esqueleto cardíaco. Os 3 constituintes são: parte que está em
contato com o átrio (camada esponjosa); parte que está em contato com o ventrículo (camada
ventricular ou endotelial); e uma parte mais fibrosa que faz a movimentação (camada fibrosa).
A parte mais esponjosa evita a destruição de células das hemácias.
Endocardiose: necrose; destruição da válvula
Endocardite: inflamação; proliferação a válvula
Na parte esponjosa (atrial) é mais comum ter essas lesões, pois é onde vai estar em contato com o
sangue.
O coração possui 4 camadas: pericárdio, endocárdio, miocárdio e epicárdio.
O pericárdio é uma camada mais externa. Existe 2 tipos de pericárdio: o fibroso (que é o saco
propriamente dito) e o seroso (vai revestir toda a parte que vai possuir o líquido pericárdico). A
lâmina parietal do pericárdio seroso vai estar em contato com o pericárdio fibroso; a outra lâmina
vai estar presente no epicárdio, pode ser chamada de mesoderma epicárdico ou lâmina visceral do
pericárdio seroso.
A segunda camada abaixo do mesotélio epicárdico que é basicamente a camada subepicárdica.
O epicárdio é a parte que reveste o coração.
O miocárdio é o coração propriamente dito, parte muscular.
O endocárdio é a parte interna, onde vai estar em contato com o sangue.
OBS: Se existir Fibras de Purkinje não é epicárdio. Se existir uma lâmina delimitando mais externamente é
epicárdio. Tecido conjuntivo pode existir tanto no endocárdio quanto no epicárdio.
A luz do epicárdio está em contato com o saco pericárdico, mostrando que é epicárdio. A abundância de
tecido adiposo, em algumas regiões, é epicárdio.
A parte do miocárdio: possui fibras estriadas, núcleo central; essas células vão se ramificar para
auxiliar na contração.
Em relação as células do miocárdio existem 3 tipos celulares: as células nodais (células de
contração); células mioendócrinas (vão produzir hormônios, como o natriurético); células
contráteis.
Miocárdio: plexo de Purkinje
Endocárdio: feixe de Hiss (está no septo ventricular)
A região do endocárdio tem 3 camadas: epitélio pavimentoso simples; tecido conjuntivo; a terceira
camada vai possuir grande quantidade de fibras de Purkinje ou células de Purkinje, que são células
cardíacas, porém mais especializadas.
Esqueleto cardíaco: formado pelos anéis, pelo trígono fibroso e septo membranáceo.
FISIOLOGIA – AULA 3
OBS: Inervação crânio – sacral é parassimpático (acetilcolina); se for tórax – lombar é simpático.
Quando existe uma alta de osmolaridade estimula osmorreceptores, libera ADH. Estimula também
a angiotensina II e ela estimula a sede, fazendo adquirir água, aumentando o volume de sangue e
diminuindo a osmolaridade (quantidade de soluto dissolvido no solvente).
O ADH age nas aguaporinas (nos néfrons) e a água que iria formar a urina volta para o sangue,
diminuindo assim a diurese, diminuindo a osmolaridade sanguínea e aumentando a osmolaridade
da urina.
Liberação da aldosterona, retendo assim sódio e consequentemente a água, sendo assim diminui a
diurese e aumenta a pressão, porque aumenta a volemia.
Hipovolemia: pouco volume
Hiponatremia: baixa concentração de sódio
Pouco sódio no sangue diminui a pressão sanguínea. Com isso dispara a renina (converte
angiotensiongênio em angiotensina I), quando o sangue com alta concentração de angiotensina I
chega aos pulmões a ECA transforma ela em angiotensina II, liberando ADH, aldosterona e
vasoconstrição na filtração renal, tudo isso para aumentar a pressão arterial.
A angiotensina II causa vasoconstrição periférica, aumentando a P.A.
Liberação de aldosterona reabsorve sódio e água e aumenta a P.A.
Dentro do vaso existe a pressão hidrostática que empurra o líquido para fora do vaso. Existe
também outra força atraindo a água para ficar dentro que é a pressão oncótica ou coloidosmótica.
Então são esses os fatores que influem para que o líquido saia ou não.
O NO no vaso é um potente vasodilatador, então ele regula o fluxo sanguíneo local.
O nosso organismo possui sistemas de defesa de autocontrole para suprir determinadas demandas
de necessidade. Foi feito um experimento que mostra o desenvolvimento de novos vasos ao redor
de um vaso obstruído.
Quando uma pessoa tem uma trombose o organismo tenta produzir fatores angiogênicos para
produzir uma irrigação colateral, aumentando o número de vasos para tentar melhorar a circulação
do coração.
O FNA (Fator natriurético atrial) ou ANP (Peptídeo natriurético atrial) ou hormônio atrial
natriurético: ele serve para baixar a pressão, pois coloca sódio no néfron atraindo assim água e
diminuindo o volume de sangue, aumentando a diurese.
O SNS trabalha para aumentar a P.A. ele libera adrenalina e noradrenalina; o SNP trabalha para
diminuir a P.A. liberando acetilcolina.
O diabetes insípido é caracterizado pela perda excessiva de urina (água).
Ela pode ser de 2 tipos: diabetes insípido central ou nefrogênica.
A diabetes insípido central: a urina fica muito diluída; quando não produz ADH.
A diabetes insípido nefrogênica: possui o ADH, porém ele não encontra o receptor, fazendo com
que a água seja liberada para o meio externo.
A insuficiência cardíaca congestiva:
Pode ser: esquerda ou direita.
O ventrículo contrai, deixando o sangue residual, porém por determinados fatores a capacidade de
contração cardíaca começa a ser perdida e começa a sobrar mais sangue no ventrículo.
A ICC direita: o sangue entra e o coração não tem força suficiente para bombear e começa a sobrar
sangue, porém no lugar de sobrar 40% (sangue residual) vai sobrar mais. Então quando o átrio for
colocar sangue no ventrículo vai sobrar nele, porque tem pouca quantidade para encher o
ventrículo (já que ele não expulsou todo o sangue) e assim começa a congestionar. Esse sangue
está vindo dos tecidos, então a pressão nos tecidos é aumentada desencadeando assim edemas
teciduais.
A ICC esquerda: começa a ficar mais sangue nos ventrículos, então o sangue que está vindo dos
pulmões quando vai soltar para o ventrículo tem pouco espaço para encher e o restante fica no
átrio, com isso começa a congestionar e causar edema nos pulmões, impedindo assim as trocas
gasosas.
O que fazer na ICC?
Em sumo tem que aumentar a força de contração do ventrículo, para sair o excesso de sangue que
está ficando; o íon que causa contração de músculo é o cálcio.
Os digitálicos, como a digoxina, são conhecidos como bloqueadores de bomba sódio-potássio.
Então se a bomba não funciona o sódio não vai ser colocado para fora, então os níveis de sódio fora
vai diminuir, porque ele vai entrar, mas não vai sair. Sendo assim, quando diminui o trocador não
funciona e não tira cálcio. O cálcio dentro da célula muscular causa aumento de contração.
Turbilhonamento:
Quando existe a formação de um trombo ou de uma placa ateromatosa, o fluxo de sangue que era
normal começa a bater e voltar.
Com isso, começa a juntar plaquetas e hemácias formando pequenos trombos, a pressão batendo é
imensa e desloca um pequeno trombo, aonde chegar aos capilares irá causar problemas.
GENÉTICA – AULA 3
Existem 3 técnicas de PCR: duas são um melhoramento de uma técnica de PCR comum e a outra é
bem específica.
1º TÉCNICA: RFLT
É uma PCR comum, só que além da PCR, também é usada uma enzima de restrição ou nuclease de
restrição (é aquela que age no DNA cortando uma parte dele em uma região específica).
Esse teste é usado para detectar mutações.
Essa técnica foi criada para unir a especificidade da PCR que vai limitar a produção de um gene
dentro de uma doença específica e dentro dele possui uma mutação.
As técnicas de PCR convencionais conseguem identificar um gene, porém não consegue identificar a
mutação dentro de um gene.
A RFLT é uma PCR seguida do corte com uma enzima de restrição.
Ex (no caso da anemia falciforme): existe o gene da globina beta (onde acontece o problema da
anemia falciforme) e da globina alfa. Quando quer fazer uma RFLT, primeiro é feito uma PCR para
identificar o gene da globina beta.
Existem 2 DNA, que foram usados 500 pares de bases. Para ser identificado qual dos 2 é o doente é
usado uma enzima que possui uma determinada sequência (GACC), então dentro dos 500 pares só
existe uma sequência GACC e o que ocorre é que a enzima corta o DNA do paciente normal e não
corta o do doente. Faz de conta que o corte foi feito na posição 200, então sobra um pedaço de
300.
Dessa forma, é feito outra eletroforese, onde o paciente doente (que não foi cortado) a banda que
é gerada é apenas uma de 500. Já o paciente normal possui 2 bandas (300 e 200) e a doença foi
diagnosticada.
Sendo assim, pacientes que foram cortados pela enzima são pessoas que não possui mutação,
porque se a enzima reconhece a sequência significada que não possui mutação.
OBS: Podem existir enzimas com sequências que tem a finalidade de identificar pessoas doentes.
OBS: Na genética quando existe uma variabilidade que causa doença é chamada de mutação. Quando a
variabilidade não causa doença, apenas a alteração de um aspecto ou característica, é chamada de
polimorfismo.
É preciso construir primer específicos somente para o microorganismo que está procurando; o
fragmento gerado para cada microorganismo tem que ser de tamanhos diferentes.
Para cada gene são 2 primer, se for analisada 4 doenças serão 8 primer, dentro do mesmo tubo.
Nessa técnica é identificada vários alvos (gene) ao mesmo tempo. Nessa técnica não existe enzima
para cortar, o que vai diferenciar os tamanhos é o primer (vão ser usados vários primers).
HISTOLOGIA – AULA 3
A parte vascular é subdividida em: artérias elásticas (muita elastina), artérias musculares (muita
fibra muscular) e arteríolas (pouca fibra muscular, até 2 ou 3 camadas). As metarteríolas são vasos
descontínuos, regulam o fluxo sanguíneo.
Funções:
Artérias elásticas: condução
Artérias musculares: distribuição
Arteríolas: resistências
Capilares e vênulas: intercâmbio
Vênulas: reservatório
Túnicas:
Intima: em contato com o interior.
Média:
Adventícia: existe contato com outros órgãos.
A túnica íntima: possui 3 camadas: endotelial (epitélio + lâmina basal); subendotelial (capacidade
de agregação plaquetária); lâmina limitante elástica interna (possui fenestrações, que servem para
o que foi absorvido consiga passar para a túnica média.).
A túnica média: vai depende de qual vaso está sendo citado, se for vaso elástico vai possui muita
fibra elástica, se for vaso muscular vai possuir muita fibra muscular; lâmina limitante elástica
externa.
A túnica adventícia: não é adipócitos e sim uma camada que está em contato com outro órgão.
As artérias são vasos de condução e distribuição; as arteríolas são vasos de resistência.
Funções do endotélio muscular:
Adesão imune (selectinas, integrinas); antitrombótica e fibrinolítica; migração imune (quimiocinas);
permeabilidade seletiva (vesículas pinocitóticas); regulação de fatores de crescimento; substâncias
vasoativas, vasoconstrictores e vasodilatadores; inibição da agregação plaquetária.
ARTÉRIA ELÁSTICA (MAIORES)
Túnica íntima:
Camada endotelial= células endoteliais poligonais/lâmina basal; apresenta-se pregueado em
virtude da contração post-morten da musculatura arterial.
Camada subendotelial= muito espessa e formada por fibras colágenas, elásticas; fibroblastos e
células musculares lisas no T.C.Frouxo
Lâmina elástica interna= nem sempre está bem definida devido à túnica média ser formada por
grande quantidade de fibras elásticas (podendo ser interpretada como lâminas elásticas repetidas).
Túnica média: lâminas de elásticas fenestradas, entre as quais há feixes de fibras colágenas
e células musculares lisas.
Túnica externa (adventícia): tecido conjuntivo; menos fibras elásticas e mais fibras
colágenas; vasos sanguíneos (vasa vasorum); nervos (nervi vasorum).
ARTÉRIA MUSCULARES:
Túnica íntima: células endoteliais+lâmina elástica interna (fenestradas); interposição de
uma camada de tecido conjuntivo.
Túnica média: quase que exclusivamente por fibras musculares lisas com poucas fibras
colágenas e elásticas; limite externo (lâmina elástica externa), que nem sempre é
nitidamente identificável.
Túnica externa (adventícia)
ARTERÍOLAS (VASOS TERMINAIS):
Túnica íntima:
Endotélio: TC subendotelial escasso; camada endotelial ondulado.
Túnica média: 3 a 2 camadas de fibras musculares lisas.
Túnica adventícia: T.C.Frouxo; pouco desenvolvido
CAPILARES:
Revestimento edotelial e lâmina basal
São de 3 tipos: contínuos; fenestrados e descontínuos.
BIOQUÍMICA – AULA 4
Quando falamos em lipídeos e lipoproteínas o HDL é o único que vai oferecer um fator de proteção
contra as doenças cardiovasculares.
Os triglicerídeos, colesterol, LDL e VLDL são aterogênicos, ou seja, aumentam o risco de
desenvolvimento da placa de ateroma.
Os lipídeos são transportados na corrente sanguínea, porém eles são hidrofóbicos, então para
serem transportados necessitam se associar a proteínas, formando assim as lipoproteínas.
As lipoproteínas são a associação de proteínas com lipídeos.
A parte protéica da lipoproteína é chamada de apolipoproteína.
Os lipídeos encontrados nas lipoproteínas são colesterol, trigilicerídeos e fosfolipideos.
Na parte externa das lipoproteínas são encontrados os fosfolipideos (são anfipáticos), a porção
polar vai ficar voltada para o meio externo (sangue) e a parte apolar vai ficar voltada para a parte
interna da molécula (em contato com o núcleo lipídeo).
O núcleo é rico em colesterol.
Normalmente, na porção interna possui ésteres de colesterol, que são mais hidrofóbicos do que o
colesterol isolado.
Na superfície é notório a presença de moléculas de colesterol inseridas na membrana.
OBS: Algumas partículas possuem um maior teor de triglicerídeo e outras maior teor de colesterol. Os
quilomicrons e VLDL são ricos em triglicerídeos; o LDL possui maior proporção de colesterol; e o HDL possui
uma maior proporção de proteína, porém se olhar em termos lipídeos (em relação a triglicerídeos e
colesterol) ela é mais rica em colesterol.
Como os quilomicrons são ricos em triglicerídeos, quando se fala em função, ela está relacionada
com o transporte de triglicerídeos pela via exógena. Os triacilglicerol são transportados da
alimentação e são absorvidos (os de cadeia longa) inicialmente para o sistema linfático e depois é
que ganham a circulação e vão para o fígado.
Os triacilglicerois ou triglicerídeos são sintetizados a partir de gorduras da dieta no retículo
endoplasmático dos enterócitos.
Sua função é o transporte de triglicerídeos exógenos.
VLDL: quando falamos em VLDL estamos relacionando com o transporte endógeno de
triglicerídeos. Então as partículas de VLDL serão formadas no fígado, a partir dos ácidos graxos em
excesso, do colesterol em excesso e também dos carboidratos (dão origem a lipídeos através da
lipogênese).
No fígado, os triglicerídeos (que foram formados) juntamente com os ésteres de colesterol e as
apolipoproteínas vão dá origem as partículas de VLDL.
Possui função de transporte de triglicerídeos endógenos.
OBS: Quando a VLDL sai do fígado ela vai levar colesterol para os tecidos. Nos tecidos existem enzimas que
irão retirar parte dos triglicerídeos dessa VLDL, que é a lipoproteína lípase. Quando ela perde essa parte de
triglicerídeo vai se transformar na IDL ou remanescente de VLDL e ela volta para o fígado. No fígado ela vai
entrar em contato com a enzima triglicerídeo lípase hepática e vai perder mais triglicerídeo e ser
transformado em LDL, essa LDL vai ser levada para os tecidos, (principalmente músculos, fígado e tecido
adiposo) uma parte vai para os vasos, facilitando assim o aparecimento das placas de ateroma.
A partícula de LDL como um todo pode entrar na íntima do vaso e sofre oxidação, atraindo assim
monócitos (quando vão para o tecido são chamados de macrófagos). Esses macrófagos vão
fagocitar as partículas de LDL e vão se transformar em um sistema de células espumosas. A
presença de várias células gera as primeiras lesões da formação da placa de aterosclerose, que são
as estrias.
A placa vai possuir um lipídeo, formado principalmente por colesterol, e uma cápsula fibrosa.
Algumas placas não vão aumentando lentamente, podem se tornar estáveis e se romper. Caso isso
aconteça o conteúdo do núcleo lipídeo vai entrar em contato com a circulação e funcionar como
um corpo estranho, formando assim um trombo.
O colesterol nos hepatocitos pode ser utilizado na formação das membranas celulares, para a
formação de ácidos biliares e pode ser reestirificado para formar o éster de colesterol (colesterol
mais hidrofóbico, que faz parte do núcleo das lipoproteínas).
A origem do HDL é no fígado e no intestino, ele pode capturar colesterol tanto de macrófagos como
das células espumosas (que são um macrófago cheio de partículas de LDL, gotículas lipídicas,
fagocitadas).
A maior parte do colesterol que volta para o fígado, via transporte pela HDL, é convertido em sais
biliares (são fabricados a partir do ácidos biliares primários).
De maneira geral, podemos dizer que o colesterol é precursor dos ácidos e sais biliares.
A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica possui origem multifatorial (lipídeos,
hipertensão) que ocorre em resposta à agressão endotelial, acometendo principalmente a camada
íntima de artérias de médio e grande calibre.
Pode causar infarto, AVC e doenças vasculares periféricas.
No processo de aterosclerose não vão existir só os lipídeos em sua formação. Essa placa vai se
tornar estável justamente pela existência da capa fibrosa. As células espumosas irão estimular a
migração de células musculares lisas e essas células formam uma capa no núcleo lipídico.
OLHAR VALORES DE REFERÊNCIA NO MATERIAL DA PL!!!
FARMACOLOGIA – AULA 4
Caso C3 estiver muito ativa, a lipase lipoproteica está inibida. Sendo assim, possui acumulo de
triglicerídeos.
As classes de medicamentos envolvidos no controle do colesterol são:
Estatinas (inibidores da enzima da síntese de colesterol);
Sequestradores de ácidos biliares;
Inibidores da absorção do colesterol.
As classes de medicamento envolvidos no controle dos triglicerídeos são:
Niacina;
Fibratos.
1- ESTATINAS:
Possuem como representantes sinvastatina, atorvastatina e rosuvastatina (SÃO OS PRINCIPAIS).
O mais utilizado é a sinvastatina, porém os mais potentes são atorvastatina e rosuvastatina.
Quando existe a redução de colesterol não é de forma isolada e sim redução das lipoproteínas que
transportam o colesterol.
As estatinas são as primeiras escolhas para os quadros de dislipidemia e hiperlipidemia mista
(muitas vezes são feitas associações).
O maior efeito é na dose inicial. Quando a dose é dobrada existe a regra dos 6, ou seja, só diminui
6%, conforme vai dobrando a dose a queda é muito singela.
Caso o valor continue elevado, mesmo com a dose dobrada, o indicado é fazer associação
medicamentosa.
O mecanismo de ação das estatinas:
Eles inibem a síntese do colesterol.
Dentro do hepatócito vai existir a cascata da síntese de colesterol.
A estatina inibe a ação da enzima, se não tem essa enzima não vai possuir colesterol.
Para diminuir o colesterol que está no plasma nosso corpo manda sinal para o núcleo para produzir
mais receptor de LDL, com o aumento dos receptores existe uma maior captação do LDL que está
no plasma, diminuindo assim a concentração plasmática do colesterol.
O colesterol não vai ser acumulado dentro do hepatócito, porque ele vai ser utilizado para produzir
bile.
Quando existe muito colesterol proveniente de via exógena, a síntese é reduzida. Caso exista pouco
colesterol na vida exógena a síntese aumenta.
OBS: Rabdomiólise: estresse do músculo; o músculo se desgasta e não volta. Isso pode acontecer com o
uso das estatinas em longo prazo.
As administrações das estatinas são preferencialmente a noite, pois é o horário que possuímos um
gasto menor e consequentemente um estado energético maior, nesse momento existe a síntese de
colesterol. Porém, os medicamentos potentes independem do horário de administração.
1- NIACINA:
É utilizada para o tratamento de hipertrigliceridemia isolada.
É a única utilizada isoladamente para a classe de HDL baixo (apenas quando existe só HDL baixo),
pois ela diminui a quebra de APOA1 deixando ela mais tempo na circulação.
O HDL pega o colesterol dos tecidos e leva para o fígado pra ser eliminado.
É uma vitamina (B3) e possui menores reações adversas. Tem que ser em doses altas para ter o
efeito hipolipemiante.
OBS: Se possuir aumento de LDL junto com o HDL utiliza estatina. Se tiver aumento de triglicerídeo e HDL
utiliza o fibrato.
OBS: Se um paciente estiver com hiperdislipidemia mista (aumenta triglicerídeos e LDL e diminui HDL) é
melhor associar estatina com niacina, isso se os triglicerídeos dele não for acima de 500.
2- FIBRATOS:
Os representantes mais usados são: fenofibrato e genfibrozila.
A genfibrozila não está sendo muito utilizado, pois sua associação com a estatina causa
rabdomiólise. Porém, o seu uso isolado é aceito.
O mecanismo de ação:
Eles agem aumentando HDL e diminuindo triglicerídeos.
Esse medicamento age ativando o receptor nuclear PPAR-alfa que aumenta a síntese de proteínas e
receptores. Quando os fibratos se ligarem ativando esse receptor, vai fazer com que tenha uma
maior síntese de APOA1 e isso faz com que aumente HDL.
Em relação aos triglicerídeos, esse medicamento diminui a síntese de APOC3 que inativa lipase
lipoproteica. As lipoproteínas ricas em triglicerídeos irão conter a APOC2 e C3, essa C2 vai ativar a
lipase e a lipase tira os triglicerídeos das lipoproteínas e leva para dentro do tecido para ser
utilizado na forma de energia, diminuindo assim o nível plasmático de triglicerídeo.
No nosso corpo a função do C3 é: quando vem os quilomicrons, ele passa pelos tecidos, que
contém C2. Essa C2 vai ativar a lipase e ela vai tirar os triglicerídeos e levar para os tecidos, só que
se lipase ficar ativada direto o tecido vai ficar cheio de triglicerídeo, então a C3 inativa a lipase.
Quando tem um excesso de triglicerídeo vai existir muito quilomicron e VLDL, então C2 age
ativando lipase ocorrendo uma pequena quebra.
Quando a C3 possui inativação (que é o que os fibratos fazem) a lipase fica mais tempo agindo, só
que o tecido não fica cheio de triglicerídeo porque os fibratos irão aumentar a beta-oxidação.
FISIOLOGIA – AULA 4
OBS: Macrófago, células dendríticas, ou linfócito B são conhecidos como APC (células apresentados de
antígenos), elas fagocitam, destroem e pegam um pedaço e apresenta em sua membrana. Porém, outras
células também possuem a capacidade de apresentar tudo que ocorre dentro da célula. Nós possuímos em
nossas células 2 locais principais: MHC1 e MHC2 que são locais nas membranas de nossas células para
apresentar antígenos. No MHC1 apresenta produtos internos da célula, organelas que foram destruídas,
quando chega uma célula de defesa ela identifica que é nosso e ver que está tudo certo. Já MHC2 é
apresentado o produto da fagocitose, quando as células de defesa fagocitam o antígeno e destrói e coloca
um pedaço dentro dele, para que quando chegue uma célula de defesa e fiscalize esse local ela identifique
que estamos sendo invadidos.
OBS: O HIV possui em sua membrana um mecanismo de união a um determinado linfócito, as principais
classes são os linfócitos T CD4 (help; ativam outras células de defesa) e CD8 (citotóxico). O HIV possui um
componente que se liga a membrana do CD4 sem ele saber e o vírus despeja sua carga genética dentro
dele e o infecta. Então os componentes para a produção de novos vírus irá sobrar e a célula não reconhece
e apresentam no MHC1 porque a célula acha que é dela, porém quem verifica o MHC1 é o CD8 e ele
reconhece que estamos sendo atacados e destrói o CD4 e assim começa a eliminar quem ativa nossas
defesas.
OBS: A dilatação de vasos: uma das células características de tecido conjuntivo, além de fibroblastos que
age na cicatrização, também existe uma célula chamada de mastócitos que possui diversos grânulos e
quando existe uma agressão física, química ou biologia ele se degranula e isso libera grânulos contendo 2
substâncias que é heparina e histamina. Heparina é anticoagulante; histamina é vasodilatador e abre
espaços, com isso o plasma sai e gera o edema (tumor). Com algum tempo chega mastócito e depois chega
basófilo que aumenta ainda mais a histamina. Quando existe uma agressão a primeira célula é o
mastócito, ele libera hitamina e ela causa vasodilatação e consequentemente aumenta os espaços
intercelulares do endotélio vascular o que causa tumor (edema); também vai aumentar o volume de
sangue que gera rugor (vermelhidão, eritema); gera também calor; se inchou começa a imprensar
terminações nervosas e gera dor. Quando existiu vasodilatação vai sair células sanguíneas, caso coagule
não sai as células de defesa.
OBS: Em um processo inflamatório o “chefe” é o mastócito, pois ele libera histamina (vasodilatador).
Fase crônica: longa duração; presença de linfócitos e macrófagos; proliferação de vasos e tecido
conjuntivo.
Células do tecido conjuntivo: fibroblastos, macrófago, mastócito.
Células do vaso: basófilo, eosinófilo, monócito (quando sai do vaso da origem ao macrófago).
O trauma, microorganismos, calor e reações imunes destrói tecidos causando processos
inflamatórios (rugor, edema, calor, dor e perda ou não de função).
Alterações vasculares na inflamação aguda: ocorre uma vasodilatação que provoca a saída de
líquido (plasma) e também facilita a diapedese.
Os responsáveis pelas alterações vasculares: são mastócito liberando histamina e macrófago
liberando leucocitreno B4 (agente pró-inflamatório) e óxido nítrico (vasodilatador).
Cascata do ácido araquidônico:
O ácido araquidônico é um componente de membranas celulares essenciais a nossa vida e ao
processo normal/fisiológico ou inflamatório.
Em todas as nossas membranas celulares existe um componente lipídico chamado de ácido
araquidônico e existe uma enzima inserida chamada de PLA2 (fosfolipase-A2).
Fisiologicamente, o ácido araquidônico é liberado e cai no citoplasma da célula através da
fosfolipase-A2 e quando ele chega ao citoplasma existe uma enzima chamada de ciclooxigenase-1
(conhecido como via da COX-1) e esta via é constitutiva (fisiológica) e produz prostaglandina (chega
ao estômago e estimula a produção de muco), prostaciclina (melhora o fluxo de sangue dentro do
vaso) e tromboxano (está presente nas plaquetas, quando as plaquetas se unem para formar o
processo de coagulação sanguínea elas unem os tromboxanos).
Quando estamos em um processo de agressão física, química ou biológica é liberado muito ácido
araquidônico e a COX-1 não dar conta sozinha e existe outra via enzimática conhecida como COX-2
que é a da lipooxigenase e é a via da inflamação e produz lipoxina (contra os leucotrienos) e
leucotrienos (ativa células de defesa, como neutrófilo, basófilo, eosinófilo, linfócito). Quando existe
demais tomamos um anti-inflamatório, porém ele não é específico, ele age bloqueando a produção
do ácido araquidônico.
As imunoglobulinas servem para pegar o antígeno, elas se ligam ao antígeno, esse processo de
ligação do antígeno com o anticorpo é chamado de opsonização, que serve para facilitar a
fagocitose.
OBS: Nas nossas células brancas (leucócitos) existem os linfócitos e os granulocitos (neutrófilo, basófilo e
eosinófilo). O mastócito possui grânulos, no entanto são encontrados nos tecidos.
OBS: Seleção clonal: quando o linfócito-T chega ao timo e é feito uma seleção, para que ele nem fique
muito ativo e nem muito passivo, deixa apenas os ideais.
NF-kβ:
É um complexo protéico que desempenha funções como transcrições de genes. Ele reconhece
antígenos bacterianos, porém quando ele é demais causa problemas e existem medicamentos que
inativam o NF-kβ. Ele está presente dentro das nossas células e são ativados por agentes externos e
começam a realizar transcrição gênicas de processos pró-inflamatórios.
GENÉTICA – AULA 4
CLONAGEM DE DNA:
Para fazer clonagem é usada uma enzima de restrição. A maioria das enzimas de restrição não corta
de maneira simétrica e sim de maneira assimétrica. Esse corte assimétrico faz com que as
extremidades possam se ligar novamente; as extremidades são complementares (extremidades
coesivas).
Clonagem é a inserção de um pedaço de DNA estranho (inserto) em um pedaço de DNA conhecido.
O DNA conhecido usado é uma molécula de DNA circular chamado de plasmídeo (são moléculas de
DNA extra-cromossômicas; ele é importante para a bactéria, pois a passagem da sua resistência é
feito através dos plasmídeos). Nessa técnica o plasmídeo é usado para receber um pedaço de DNA
estanho, que é o DNA clonado.
O sequenciamento vai gerar sequências de nucleotídeos, porém para fazer o sequenciamento tem
que ser feito uma clonagem.
Um determinado vírus possui 2.500 pares de base, para que seja feito o sequenciamento (reação
de PCR) tem que obedecer a regra dos 1.000, então esses 2.500 tem que ser separados em pedaços
que sejam menores do que 1.000 e de preferência que sejam de tamanhos diferentes.
Então vai ser usado uma enzima de restrição que reconhece o vírus em 3 pedaços (700, 800 e
1.000). Vai ser feito uma eletroforese que é uma técnica de separação de moléculas quanto ao
tamanho. Para descobrir a sequência de todo o vírus tem que clonar um por um e no final junta
tudo. O gel usado na eletroforese vai ser cortado e extraído um pedaço de DNA (o de 700, por
exemplo).
Para uma reação de PCR é necessário uma quantidade mínima de DNA e essa molécula não é
suficiente, dessa forma vai ser multiplicado essa quantidade de moléculas para que a reação de
sequenciamento der certo, porém PCR é feito em moléculas de sequência conhecida e essa
molécula usada ainda não é conhecido a sua sequência. Sendo assim, é feito a multiplicação de
forma biológica. Esse pedaço de DNA é inserido em um plasmídeo.
A mesma enzima de restrição usada para cortar o inserto também é usada para cortar o plasmídeo,
porque as extremidades são coesivas. O fragmento de DNA é o inserto e o plasmídeo é o vetor
(quando ele está fechado é vetor, porém quando ele é aberto e o inserto é inserido é chamado de
clonagem).
Como o plasmídeo clonado é usado para multiplicar ele milhares de vezes para ser usado em um
sequenciamento? O plasmídeo é injetado em uma bactéria (ela é modificada geneticamente, para
que assim não cause doenças em humanos). Quando os plasmídeos são multiplicados
consequentemente são multiplicados mais insertos e no final é feito o sequenciamento. O processo
de introdução do plasmídeo clonado dentro da bactéria é chamado de transformação.
Resumo: Para clonar um DNA ele é cortado com uma enzima de restrição; o plasmídeo é cortado
com a mesma enzima de restrição; são geradas extremidades coesivas (do plasmídeo e do vírus);
plasmídeo e inserto são colados (isso significa clonagem); introdução de plasmídeo clonado em
bactéria (transformação).
MULTIPLICAÇÃO DA BACTÉRIA:
A bactéria é colocada em um meio de cultura, que é um ambiente que possui muitos nutrientes
para a bactéria crescer.
Toda vez que uma bactéria é multiplicada o plasmídeo também é multiplicado e consequentemente
múltipla o inserto.
O plasmídeo é aberto com a enzima de restrição e o inserto é o pedaço de DNA que vai colar nele,
porém nem todos serão colados.
Então, no primeiro momento da clonagem pode existir um plasmídeo com inserto e outro sem
inserto.
Vai existir bactérias que irão aceitar o plasmídeo com inserto; outras que irão aceitar plasmídeo
sem inserto; e outras que não irão aceitar o plasmídeo.
Para resgatar a bactéria que tem plasmídeo e inserto é usado 2 sistemas de reconhecimento. No
plasmídeo possui genes de resistência a antibióticos e se ele for colocado em uma ambiente que
possui antibióticos ele irá sobreviver.
O gene AMP, que está no plasmídeo, é resistente e penicilina.
Então quando o meio de cultura é feito é colocado antibiótico e todas as bactérias são colocadas
nele (as boas, ruins e péssimas) e só vai crescer bactérias que possui plasmídeos (se ela possui
inserto ou não é outra história). Então a primeira forma de selecionar uma bactéria é através de
antibióticos.
RESUMO 1: Para selecionar a bactéria que não possui plasmídeo é usado antibiótico, porque o plasmídeo
possui resistência a antibiótico.
Sobrou apenas as 2 bactérias que possui plasmídeo. Antes de fazer a cultura bacteriana é feito uma
cultura em uma placa em meio sólido (nesse meio as bactérias crescem em colônias).
Esse plasmídeo além do gene de ampicilina, possui também outro gene chamado de LACZ, esse
gene expressa uma proteína chamada beta-galactosidade (enzima). Quando o plasmídeo não possui
inserto o gene é perfeito e não sofre nenhuma mutação. Quando ele está perfeito é produzido uma
enzima chamada de beta-galactosidase, ela degrada lactose (dissacarídeo). Se um inserto for
adicionado dentro gene é causado uma mutação e ele não produz a beta-galactosidase.
RESUMO 2: LACZ vai estar tanto no plasmídeo com inserto quanto no sem inserto. Bactéria que não possui
inserto não é aceita e o gene LACZ funciona bem (a enzima é produzida).
Quando o X-GAL (substância análoga a lactose) é colocado no meio de cultura e a bactéria produz a
enzima significa que não existe inserto e as colônias das bactérias ficam azuis, porque a enzima
quebra o X-GAL em uma substância azulada.
Se a bactéria possui o inserto, o gene LACZ não funciona, a enzima não funciona, o X-GAL não é
quebrado de azul e a bactéria fica branca.
OBS: Para chegar ao sequenciamento as bactérias são mortas, para resgatar o plasmídeo que está dentro
delas. No sequenciamento existem primers que reconhecem o DNA do plasmídeo.
OBS: Um plasmídeo existe um sítio de clonagem que é a região em que pode cortar com enzima; existem
plasmídeos que podem ser cortados com várias enzimas.
SEQUENCIAMENTO:
No sequenciamento (é um processo de PCR) de DNA, pega o DNA do plasmídeo e assim descobre o
que tem dentro do gene.
É uma técnica semelhante a uma PCR comum, a única diferença é a adição de um nucleotídeo novo
chamado di-desoxinucleotídeos.
Em um sequenciamento é colocado o dntp (mistura de nucleotídeos), porém é adicionado um novo
nucleotídeo diferente/modificado chamado de ddntp.
Nessa técnica existe um novo nucleotídeo que não possui nenhuma hidroxila e é chamado de di-
desoxi (retirou 2 oxigênios da molécula original). Esse oxigênio é importante porque a DNA
polimerase só consegue construir uma fita nova de DNA com esse oxigênio, caso não tenha ela para
de construir a fita.
Então toda vez que uma DNA polimerase encontrar um didesoxi ela para de construir a fita.
O sequenciamento de DNA é baseado na parada da produção da fita.
Faz de conta que a sequência que quer ser descoberta é: AGGCTTACCG. Quando é feito
sequenciamento é separado em 4 tubos: A,C,G,T.
No tubo A é colocado todos os reagentes de uma PCR e também o di-desoxiA, então significa que
vai formar bandas somente aonde tiver a letra A.
No tubo G é colocado todos os reagentes e somente o di-desoxiG, então vai parar só quando tiver o
G.
No tubo A: a enzima se liga ao primer (P1) e coloca uma letra A, nessa mistura desse tubo tem tanto
A normal quanto A modificado (existe 50% de chance da enzima adicionar um nucleotídeo A normal
e A modificado, isso na primeira letra da sequência). Faz de conta que ela colocou um A modificado,
quando isso acontece ela para de produzir. Se fosse colocado apenas 1 fita (bem leve) ela vai para
baixo (polo +), onde tem banda é onde a enzima para de produzir.
Faz de conta que ela adicionou o A normal, quando chega no outro A ela tem 2 possibilidades
(normal ou modificado), se ela colocar o modificado ela consegue produzir uma fita de 7
nucleotídeos, então a enzima só para de produzir a fita somente aonde tem um nucleotídeo
correspondente modificado.
Em um sequenciamento é contado do mais leve para o mais pesado (de baixo para cima).
VER ESQUEMA PARA ENTENDER O SEQUENCIAMENTO!
Quando abrimos o sapo, a pele dele ficou gelada, porque ocorreu uma vasoconstricção periférica.
O coração é coberto de gordura, pois ele prefere ácidos graxos ao invés de glicose.
No sapo foi aplicada adrenalina, observando assim um aumento na força de contração.
Depois da adrenalina, foi aplicado KCl e ficou visível a parada imediata do coração, porém o átrio
ainda continuo com alguns impulsos. No meio intracelular possui mais K do que no extracelular,
com a aplicação de KCl fez com que igualasse as concentrações e assim bloqueou a bomba.
Caso aplique adrenalina novamente, o coração não volta a bater.
A célula possui muito K dentro, então o K tende a sair da célula. Fora possui muito Na e o Na tende
a entrar.
Existe a bomba de sódio-potássio que quando o K sai ele manda pra dentro, o Na entra ele manda
pra fora, tudo isso acontece mediante ATP.
O K sai por difusão.
Quando foi aplicado KCl no meio extracelular (tanto é o sangue como o interstício), com isso fez
com que existisse uma alta concentração de K fora, com isso o Na não entra e a bomba não
funciona fazendo com que ocorra uma parada das células.
A glicose é muito importante para nosso corpo, quando nos alimentamos a glicose que é formada
chega ao intestino e é absorvida pelos receptores GLUT e também entra por difusão, aproveitando
o gradiente do Na.
OBS: No encéfalo existem receptores de glicose, porém ela também entra aproveitando o Na.
Quando usamos insulina: quando a insulina vai penetrar na célula normalmente arrasta o íon que
está mais concentrado para dentro, no caso é o Na.
OBS: Todas as transcrições foram feitas conforme a aula do professor. Pá gina 38
TRANSCRIÇÕ ES UNIDADE A / MEDICINA P2 – ALANY CUSTÓ DIO
Só que no caso do sapo, o íon que está mais concentrado é o K, então aplicamos glicose+insulina. A
glicose vai entrar e pegar o íon que está mais concentrado fora e jogar para dentro e a insulina vai
aumentar mais ainda esse processo, só dessa maneira o processo de parada imediata que
aconteceu no sapo é revertida.
Porém, isso depende da quantidade colocada e do tempo.
Existe um triângulo chamado de Triângulo de Einthoven, esse cara descobriu que existe um
triângulo imaginário com diferenças em potencial de ação, ou seja, diferenças elétricas em
determinados pontos.
Linha 1: mede a parte superior-anterior dos átrios.
Linha 2: mede a parte anterior lateral do ventrículo direito.
Linha 3: mede a parte posterior lateral do ventrículo esquerdo.
A parte metálica é colocada na parte interna, pois existe a pulsação arterial.
Existem cores que são mundiais:
Preto: perna direita
Vermelho: braço direito
PL – 2º SEMANA:
A PCR é baseada em uma identificação genética.
Normalmente identificamos um pedaço de um gene.
Existem várias aplicações para a PCR e também variações.
Reação de Cadeia da Polimerase: a enzima polimerase junta as bases; ela fabrica DNA.
Na prática foi utilizado um tubo em que se coloca vários reagentes.
Para um gene ser visualizado precisa ocorrer a replicação.
Para identificar um determina microorganismo, por exemplo, realizar a prática de PCR. O
genoma (conjunto de genes) de um microorganismo é medido de acordo com o número de
nucleotídeos.
Faz de conta que o zika vírus possui 3 genes (A,B e C) e que todo o genoma dele é 5.000
nucleotídeos (pares de base). Por exemplo, o gene A é 1.000; B é 1.500 e C é 2.500.
REGRA 1: A enzima usada para a replicação in vitro para identificar um gene obedece uma regra
que só pode identificar um fragmento que seja até 1.000 pares de base, pois essa replicação
(por exemplo no humano) a cada 1.000 pares de base que a DNA polimerase III coloca, ela pode
colocar 1 errado.
Para uma PCR ser criada primeiro deve-se ir ao computador para que haja a identificação da
sequência daquele determinado DNA.
Caso pegássemos o gene A, que possui 1.000 nucleotídeos, dentro desse total podemos
escolher a região e a quantidade de nucleotídeos que queremos produzir. Por acaso, dentro dos
1.000 escolhemos uma sequência de 500 nucleotídeos, então a enzima só fabrica fragmentos
de 500 pares de base.
Em uma PCR produzimos DNA in vitro de forma controlada. Por isso é chamada de reação de
cadeia, pois multiplicamos in vitro de forma controlada.
Para delimitar o tamanho do nucleotídeo que queremos, deve-se usar 2 primers.
Um se liga na região 3’ (que vai fabricar uma fita nova 5’) e o outro primer é fabricado de forma
complementar a fita de baixo. Obrigatoriamente quando escolhemos o primer, um deve se ligar
a uma fita e o outro na outra; o primeiro se liga na região 3’ e produz a fita nova de forma
direta, já o outro marca o final e vai para o começo de forma reversa.
Para essa enzima fabrique os pares de base são necessárias reações enzimáticas. Para essa
reação acontecer é necessário temperaturas.
A primeira temperatura é de 94 graus e serve para fixação, fazendo com que o DNA desnature
(ele desenrola e abre as fitas). Essa temperatura recebe o nome de temperatura de
desnaturação do DNA;
A temperatura de ligação do primer na fita (é enviada pelo fornecedor do primer) varia entre 50
a 65 graus, chamada de temperatura de anelamento;
A temperatura de 72 graus é a temperatura da enzima, fazendo com que haja a fabricação da
fita, chamada de temperatura de extensão da fita;
OBS: Nessa técnica a enzima usada não utiliza primer de RNA e sim de DNA.
PRÁTICA:
PL – 3º SEMANA: ELETROFORESE
O objetivo é colocar certo volume dentro dos potes e depois colocar no poço (buraco) que
estava no gel. A função desse poço é fazer com que o DNA entre no gel, quando o DNA entra no
gel é visualizado no aparelho chamado transluminador.
Para fazer os poços são utilizados pentes (podem existir poços finos ou grossos, vai depender do
pente).
O método correto para colocar o líquido no poço é desprezar ele e da mesma forma que foi
aplicado tirar, pois se aplicar e puxar dentro o que foi colocado vai ser aspirado de volta.
Depois que foi colocado o DNA, é colocado o peso molecular (sempre colocado no 1º poço).
A parte em acrílico chama-se cuba de eletroforese.
O preto significa pólo negativo e o vermelho pólo positivo.
Depois que é colocado na máquina fica em voltagem constante (110); existe a passagem de
corrente elétrica; fica durante 30min.
A eletroforese é uma técnica de separação de moléculas.
Vai ser visualizado moléculas em um gel e vamos conseguir separá-las. Para isso levamos em
consideração 2 características das moléculas: carga elétrica e peso da molécula.
Carga elétrica: qualquer tipo de molécula pode ser separada na eletroforese, contendo que ela
tenha carga elétrica e peso.
Quando a substância é colocada perto do pólo negativo a corrente elétrica vai fluir no tampão e
dentro do gel.
Quando a molécula entra no gel ela vai ser atraída pela carga oposta.
Na PL foi usado o DNA, que é uma carga negativa, então o adiciona perto do pólo negativo e
quando liga o sistema ela é atraída para o pólo positivo.
Peso molecular: em relação ao DNA é nucleotídeo.
O gel de agarose começa como um pó, ele é misturado com o tampão (o mesmo usado na
eletroforese). Esse tampão contém sais e quando a corrente elétrica passa pelos sais ocorre a
eletrolise e os elementos dissociam liberando elétrons, os elétrons permitem que a carga
elétrica flua no gel. Dentro do gel está passando corrente elétrica que atrai a molécula para o
pólo oposto.
Depois que forma o gel líquido ele é colocado no molde (não coloca ele muito quente). Quando
é colocado no molde é usado também o pente e quando ele vai se solidificando e quando retira
o pente forma os poços.
Esse gel de agarose (carboidrato) quando ele fica sólido forma uma rede molecular, fazendo
com que selecione o que vai ser passado. O gel não oferece resistência a passagem de
moléculas pequenas; já moléculas maiores passam, porém com mais resistência (mais força).