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05/04/2015 Aula de Anatomia ­ Sistema Cardiovascular ­ Coração

CORAÇÃO
Sistema Cardiovascular

Apesar  de  toda  a  sua  potência,  o  coração,  em  forma  de  cone,  é  relativamente
pequeno,  aproximadamente  do  tamanho  do  punho  fechado,  cerca  de  12  cm  de
comprimento,  9  cm  de  largura  em  sua  parte  mais  ampla  e  6  cm  de  espessura.  Sua
massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens adultos. 

O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da
linha média da cavidade torácica, no mediastino,  a
massa  de  tecido  que  se  estende  do  esterno  à
coluna  vertebral;  e  entre  os  revestimentos
(pleuras)  dos  pulmões.  Cerca  de  2/3  de  massa
cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo.
A  posição  do  coração,  no  mediastino,  é  mais
facilmente  apreciada  pelo  exame  de  suas
extremidades, superfícies e limites.

A  extremidade  pontuda  do  coração  é  o  ápice,


dirigida para frente, para baixo e para a esquerda.
A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é
a  base,  dirigida  para  trás,  para  cima  e  para  a
direita.

Limites  do  Coração:  A  superfície  anterior  fica  logo


abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é
a  parte  do  coração  que,  em  sua  maior  parte  repousa
sobre  o  diafragma,  correspondendo  a  região  entre  o
ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para
o  pulmão  direito  e  se  estende  da  superfície  inferior  à
base;  a  borda  esquerda,  também  chamada  borda
pulmonar,  fica  voltada  para  o  pulmão  esquerdo,
estendendo­se  da  base  ao  ápice.  Como  limite  superior
encontra­se  os  grandes  vasos  do  coração  e
posteriormente  a  traquéia,  o  esôfago  e  a  artéria  aorta
descendente.

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Limites do Coração

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Camadas da Parede Cardíaca: 

Pericárdio:  a  membrana  que  reveste  e  protege


o  coração.  Ele  restringe  o  coração  à  sua
posição  no  mediastino,  embora  permita
suficiente  liberdade  de  movimentação  para
contrações  vigorosas  e  rápidas.  O  pericárdio
consiste  em  duas  partes  principais:  pericárdio
fibroso e pericárdio seroso.

O  pericárdio  fibroso  superficial  é  um  tecido


conjuntivo  irregular,  denso,  resistente  e
inelástico.  Assemelha­se  a  um  saco,  que
repousa sobre o diafragma e se prende a ele. 

O  pericárdio  seroso,  mais  profundo,  é  uma


membrana mais fina e mais delicada que forma
uma  dupla  camada,  circundando  o  coração.  A
camada  parietal,  mais  externa,  do  pericárdio
seroso  está  fundida  ao  pericárdio  fibroso.  A
camada  visceral,  mais  interna,  do  pericárdio
seroso,  também  chamada  epicárdio,  adere
fortemente à superfície do coração.

Saco Pericárdio

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Epicárdio:  a  camada  externa  do  coração  é  uma  delgada  lâmina  de  tecido
seroso.  O  epicárdio  é  contínuo,  a  partir  da  base  do  coração,  com  o
revestimento  interno  do  pericárdio,  denominado  camada  visceral  do  pericárdio
seroso. 

Miocárdio:  é  a  camada  média  e  a  mais  espessa  do  coração.  É  composto  de


músculo  estriado  cardíaco.  É  esse  tipo  de  músculo  que  permite  que  o  coração
se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos
sangüíneos. 

Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido
composto  por  epitélio  pavimentoso  simples  sobre  uma  camada  de  tecido
conjuntivo.  A  superfície  lisa  e  brilhante  permite  que  o  sangue  corra  facilmente
sobre  ela.  O  endocárdio  também  reveste  as  valvas  e  é  contínuo  com  o
revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração.

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Clique aqui para ver a ilustração das Túnicas Cardíacas

Configuração Externa: o coração apresenta três faces e quatro margens:

FACES

Face Anterior (Esternocostal) ­ Formada principalmente pelo ventrículo direito. 

Face  Diafragmática  (Inferior)  ­  Formada  principalmente  pelo  ventrículo


esquerdo  e  parcialmente  pelo  ventrículo  direito;  ela  está  relacionada
principalmente com o tendão central do diafragma. 

Face  Pulmonar  (Esquerda)  ­  Formada  principalmente  pelo  ventrículo  esquerdo;


ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo.

MARGENS

Margem  Direita  ­  Formada  pelo  átrio  direito  e  estendendo­se  entre  as  veias
cavas superior e inferior. 

Margem  Inferior  ­  Formada  principalmente  pelo  ventrículo  direito  e,


ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo. 

Margem  Esquerda  ­  Formada  principalmente  pelo  ventrículo  esquerdo  e,


ligeiramente, pela aurícula esquerda. 

Margem  Superior  ­  Formada  pelos  átrios  e  pelas  aurículas  direita  e  esquerda


em  uma  vista  anterior;  a  parte  ascendente  da  aorta  e  o  tronco  pulmonar

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emergem  da  margem  superior,  e  a  veia  cava  superior  entra  no  seu  lado
direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior,
a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio.

Externamente  os  óstios  atrioventriculares


correspondem  ao  sulco  coronário,  que  é  ocupado  por
artérias  e  veias  coronárias,  este  sulco  circunda  o
coração  e  é  interrompido  anteriormente  pelas  artérias
aorta e pelo tronco pulmonar. 

O septo interventricular na face anterior corresponde ao
sulco  interventricular  anterior  e  na  face  diafragmática
ao sulco interventricular posterior. 

O  sulco  interventricular  termina  inferiormente  a  alguns


centímetros  do  à  direita  do  ápice  do  coração,  em
correspondência a incisura do ápice do coração.
O sulco interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores. 

O  sulco  interventricular  posterior  parte  do  sulco  coronário  e  desce  em  direção  à
incisura do ápice do coração. 

Este sulco é ocupado pelos vasos interventriculares posteriores. 

Configuração Interna: 

O  coração  possui  quatro


câmaras:  dois  átrios  e  dois
ventrículos.  Os  átrios  (as
câmaras  superiores)  recebem
sangue;  os  ventrículos
(câmaras  inferiores)
bombeiam o sangue para fora
do coração. 

Na face anterior de cada átrio
existe  uma  estrutura
enrugada,  em  forma  de  saco,
chamada  aurícula
(semelhante a orelha do cão).

O  átrio  direito  é  separado  do


esquerdo  por  uma  fina
divisória  chamada  septo
interatrial; o ventrículo direito
é  separado  do  esquerdo  pelo
septo interventricular.

Configuração Cardíaca Interna

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ÁTRIO DIREITO

O  átrio  direito  forma  a  borda  direita  do  coração  e  recebe  sangue  rico  em  dióxido  de
carbono  (venoso)  de  três  veias:  veia  cava  superior,  veia  cava  inferior  e  seio
coronário. 

A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior
recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e
o  seio  coronário  recebe  o  sangue  que  nutriu  o  miocárdio  e  leva  o  sangue  ao  átrio
direito. 

Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido
a presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados. 

O  sangue  passa  do  átrio  direito  para  ventrículo  direito  através  de  uma  válvula
chamada tricúspide (formada por três folhetos ­ válvulas ou cúspides). 

Na  parede  medial  do  átrio  direito,  que  é  constituída  pelo  septo  interatrial,
encontramos uma depressão que é a fossa oval. 

Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula
direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio. 

Os  orifícios  onde  as  veias  cavas  desembocam  têm  os  nomes  de  óstios  das  veias
cavas. 

O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e
encontramos  também  uma  lâmina  que  impede  que  o  sangue  retorne  do  átrio  para  o
seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário. 

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ÁTRIO ESQUERDO

O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores
lisas,  que  recebe  o  sangue  já  oxigenado;  por  meio  de  quatro  veias  pulmonares.  O
sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da valva bicúspide
(mitral), que tem apenas duas cúspides. 

O  átrio  esquerdo  também  apresenta  uma  expansão  piramidal  chamada  aurícula


esquerda. 

VENTRÍCULO DIREITO

O  ventrículo  direito  forma  a  maior  parte  da  superfície  anterior  do  coração.  O  seu
interior  apresenta  uma  série  de  feixes  elevados  de  fibras  musculares  cardíacas
chamadas trabéculas carnosas. 

No  óstio  atrioventricular  direito  existe  um  aparelho  denominado  valva  tricúspide  que
serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva
é  constituída  por  três  lâminas  membranáceas,  esbranquiçadas  e  irregularmente
triangulares,  de  base  implantada  nas  bordas  do  óstio  e  o  ápice  dirigido  para  baixo  e
preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos. 

Cada  lâmina  é  denominada  cúspide.  Temos  uma  cúspide  anterior,  outra  posterior  e
outra septal. 

O  ápice  das  cúspides  é


preso  por  filamentos
denominados  cordas
tendíneas,  as  quais  se
inserem  em  pequenas
colunas  cárneas
chamadas  de  músculos
papilares. 

A  valva  do  tronco


pulmonar  também  é
constituída  por  pequenas
lâminas,  porém  estas
estão  dispostas  em
concha,  denominadas
válvulas  semilunares
(anterior,  esquerda  e
direita).

No  centro  da  borda  livre  de  cada  uma  das  válvulas  encontramos  pequenos  nódulos
denominados nódulos das válvulas semilunares (pulmonares). 

VENTRÍCULO ESQUERDO

O  ventrículo  esquerdo  forma  o  ápice  do  coração.  No  óstio  atrioventricular  esquerdo,
encontramos  a  valva  atrioventricular  esquerda,  constituída  apenas  por  duas  laminas
denominadas  cúspides  (anterior  e  posterior).  Essas  valvas  são  denominadas
bicúspides.  Como  o  ventrículo  direito,  também  tem  trabéculas  carnosas  e  cordas
tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos músculos papilares. 

O  sangue  passa  do  átrio  esquerdo  para  o  ventrículo  esquerdo  através  do  óstio
atrioventricular  esquerdo  onde  localiza­se  a  valva  bicúspide  (mitral).  Do  ventrículo
esquerdo  o  sangue  sai  para  a  maior  artéria  do  corpo,  a  aorta  ascendente,  passando

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pela  valva  aórtica  ­  constituída  por  três  válvulas  semilunares:  direita,  esquerda  e
posterior.  Daí,  parte  do  sangue  flui  para  as  artérias  coronárias,  que  se  ramificam  a
partir  da  aorta  ascendente,  levando  sangue  para  a  parede  cardíaca;  o  restante  do
sangue passa para o arco da aorta e para a aorta descendente (aorta torácica e aorta
abdominal). Ramos do arco da aorta e da aorta descendente levam sangue para todo o
corpo. 

O  ventrículo  esquerdo  recebe  sangue  oxigenado  do  átrio  esquerdo.  A  principal  função
do  ventrículo  esquerdo  é  bombear  sangue  para  a  circulação  sistêmica  (corpo).  A
parede ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença
se deve à maior força necessária para bombear sangue para a circulação sistêmica.

Grandes Vasos Cardíacos

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ciclo Cardíaco 

Um  ciclo  cardíaco  único  inclui  todos  os  eventos  associados  a  um  batimento  cardíaco.
No  ciclo  cardíaco  normal  os  dois  átrios  se  contraem,  enquanto  os  dois  ventrículos
relaxam  e  vice  versa.  O  termo  sístole  designa  a  fase  de  contração;  a  fase  de
relaxamento é designada como diástole. 

Quando o coração bate, os átrios contraem­se primeiramente (sístole atrial), forçando
o  sangue  para  os  ventrículos.  Um  vez  preenchidos,  os  dois  ventrículos  contraem­se
(sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do coração. 

Valvas na Diástole Ventricular Dinamismo das Valvas Valvas na Sístole Ventricular

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Para  que  o  coração  seja  eficiente  na  sua  ação  de


bombeamento,  é  necessário  mais  que  a  contração
rítmica  de  suas  fibras  musculares.  A  direção  do
fluxo  sangüíneo  deve  ser  orientada  e  controlada,  o
que  é  obtido  por  quatro  valvas  já  citadas
anteriormente:  duas  localizadas  entre  o  átrio  e  o
ventrículo  ­  atrioventriculares  (valva  tricúspide  e
bicúspide);  e  duas  localizadas  entre  os  ventrículos
e as grandes artérias que transportam sangue para
fora  do  coração  ­  semilunares  (valva  pulmonar  e
aórtica). 

Complemento:  As  valvas  e  válvulas  são  para


impedir  este  comportamento  anormal  do  sangue,
para  impedir  que  ocorra  o  refluxo  elas  fecham
após a passagem do sangue.

Sístole  é  a  contração  do  músculo  cardíaco,  temos  a  sístole  atrial  que  impulsiona
sangue  para  os  ventrículos.  Assim  as  valvas  atrioventriculares  estão  abertas  à
passagem  de  sangue  e  a  pulmonar  e  a  aórtica  estão  fechadas.  Na  sístole  ventricular
as  valvas  atrioventriculares  estão  fechadas  e  as  semilunares  abertas  a  passagem  de
sangue. 

Sístole Ventrícular ­ Ação das Valvas Átrio­ventriculares

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de
sangue,  neste  momento  as  valvas  atrioventriculares  estão  abertas  e  as  semilunares
estão fechadas. 

Diástole Ventrícular ­ Ação das Valvas Átrio­ventriculares

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Em conclusão disso podemos dizer que o ciclo cardíaco compreende:
                        1­ Sístole atrial
                        2­ Sístole ventricular
                        3­ Diástole ventricular 

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Vascularização: a irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo
seio coronário. 

As  artérias  coronárias  são  duas,  uma  direita  e  outra  esquerda.  Elas  têm  este  nome
porque ambas percorrem o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aortas.

Esta artéria, logo depois da sua origem, dirige­se para o sulco coronário percorrendo­
o  da  direita  para  a  esquerda,  até  ir  se  anastomosar  com  o  ramo  circunflexo,  que  é  o
ramo  terminal  da  artéria  coronária  esquerda  que  faz  continuação  desta  circundado  o
sulco coronário. 

A artéria coronária direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita
e  a  parte  posterior  do  coração,  são  ela  artéria  marginal  direita  e  artéria
interventricular posterior. 

A  artéria  coronária  esquerda,  de  início,  passa  por  um  ramo  por  trás  do  tronco
pulmonar  para  atingir  o  sulco  coronário,  evidenciando­se  nas  proximidades  do  ápice
da aurícula esquerda. 

Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que
da origem a artéria marginal esquerda. 

Na  face  diafragmática  as  duas  artéria  se  anastomosam  formando  um  ramo
circunflexo. 

O  sangue  venoso  é  coletado  por  diversas  veias  que  desembocam  na  veia  magna  do
coração, que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior
e  segue  o  sulco  coronário  da  esquerda  para  a  direita  passando  pela  face

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diafragmática, para ir desembocar no átrio direito. 

A  porção  terminal  deste  vaso,  representada  por  seus  últimos  3  cm  forma  uma
dilatação que recebe o nome de seio coronário. 

O  seio  coronário  recebe  ainda  a  veia  média  do  coração,  que  percorre  de  baixo  para
cima  o  sulco  interventricular  posterior  e  a  veia  pequena  do  coração  que  margeia  a
borda direita do coração. 

Há  ainda  veias  mínimas,  muito  pequenas,  as  quais  desembocam  diretamente  nas
cavidades cardíacas. 

Inervação: 

A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos
situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no
coração e que se localiza no seu interior. 

A  inervação  extrínseca  deriva  do  sistema  nervoso  autônomo,  isto  é,  simpático  e
parassimpático. 

Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três cervicais e
quatro ou cinco torácicos. 

As  fibras  parassimpáticas  que  vão  ter  ao  coração  seguem  pelo  nervo  vago  (X  par
craniano),  do  qual  derivam  nervos  cardíacos  parassimpáticos,  sendo  dois  cervicais  e
um torácico. 

Fisiologicamente  o  simpático  acelera  e  o  parassimpático  retarda  os  batimentos


cardíacos. 

A  inervação  intrínseca  ou  sistema  de  condução  do  coração  é  a  razão  dos  batimentos
contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina em
uma  rede  de  fibras  musculares  cardíacas  especializadas,  chamadas  células  auto­
rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto­excitáveis. 

A excitação cardíaca começa no nodo sino­atrial (SA), situado na parede atrial direita,
inferior  a  abertura  da  veia  cava  superior.  Propagando­se  ao  longo  das  fibras
musculares atriais, o potencial de ação atinge o nodo atrioventricular (AV),  situado  no
septo  interatrial,  anterior  a  abertura  do  seio  coronário.  Do  nodo  AV,  o  potencial  de
ação  chega  ao  feixe  atrioventricular  (feixe  de  His),  que  é  a  única  conexão  elétrica
entre os átrios e os ventrículos. Após ser conduzido ao  longo  do  feixe  AV,  o  potencial
de  ação  entra  nos  ramos  direito  e  esquerdo,  que  cruzam  o  septo  interventricular,  em
direção  ao  ápice  cardíaco.  Finalmente,  as  miofibras  condutoras  (fibras  de  Purkinge),
conduzem rapidamente o potencial de ação, primeiro para o ápice do ventrículo e após
para o restante do miocárdio ventricular. 

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Sistema Elétrico do Coração

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