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BÁRBARA SOBRAL
GIOVANNA FABRELLO
LARISSA TORRES
VITÓRIA PERES
CURSO DE PSICOLOGIA
SÃO PAULO
2021
BÁRBARA SOBRAL
GIOVANNA FABRELLO
LARISSA TORRES
VITÓRIA PERES
Projeto de Intervenção
SÃO PAULO
2021
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Planejamento da Oficina ......................................................................................... 14
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 5
1.1 PRÉ-ANÁLISE 5
1.2 LEVANTAMENTO DE DADOS 5
2. PROBLEMATIZAÇÃO 7
2.1 DEMANDA 7
3. OBJETIVOS 8
3.1 GERAL 8
3.2 ESPECÍFICO 8
4. JUSTIFICATIVA 9
4.1 IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA SOCIAL DO PROJETO 9
5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 10
6. PLANEJAMENTO 11
6.1 METODOLOGIA 11
6.2 OFICINAS 14
7. CONCLUSÃO 18
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18
1. INTRODUÇÃO
1.1 PRÉ-ANÁLISE
A escola X entrou em contato dizendo estar precisando de ajuda com seus alunos. A
escola em questão é pública, localizada em São Paulo. O pedido foi feito pelos professores, que
em conjunto com os familiares de alguns alunos, colegas e outras pessoas, começaram a notar
comportamentos extremamente prejudiciais.
Os professores relataram estar com dificuldade para lidar com alguns alunos, que não
estavam respeitando os educadores nem seus colegas. Relataram que nos intervalos as
agressões verbais e físicas eram intensificadas por não haver tanta supervisão, e durante as
aulas o desrespeito era apenas verbal.
Perceberam a necessidade de intervenção após uma mãe relatar que sua filha estava se
automutilando e provocando vômitos. A mãe descobriu depois de muita conversa que tudo
havia se desencadeado a partir do bullying que estava sofrendo na escola devido seu peso.
Colegas: Os colegas da garota em questão disseram que ela sempre usava roupas compridas
para esconder as lesões, porém eles já haviam reparado alguns indícios de que as agressões
recebidas por ela haviam passado do controle. Foi relatado que constantemente ela sofria com
piadas sobre sua aparência (por estar acima do peso), levava empurrões, era humilhada…
Familiares: A mãe identificou lesões em sua filha com característica de cortes com tesoura,
além de perceber que, após comer, ela ia ao banheiro provocar vômitos. O peso da garota
sempre foi uma preocupação para os familiares, não por estética e sim pela saúde, porém eles
disseram que só notaram o sofrimento da filha após muita conversa, onde foi exposto que ela
estava sofrendo insultos e agressões devido seu peso, só encontrando alívio da situação a partir
de punição a si mesmo por estar nessa situação, e provocando vômitos para não engordar mais.
2. PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 DEMANDA
Problema na escola com relação ao bullying, casos de autolesão, mal-estar docente,
lidar com comportamentos difíceis, para que esses sintomas não piorem e para que o bullying
cesse em um futuro próximo, para que tenha também cada vez mais respeito entre os
professores e os alunos.
3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
Promover uma intervenção que vise a melhora na relação estabelecida em sala de aula,
além de uma reflexão sobre bullying, respeito entre colegas e autoridades, respeito e
entendimento sobre diferentes corpos e, por fim, prevenir novos casos de autolesão.
3.2 ESPECÍFICO
O bullying é uma demanda que sempre existiu, porém podemos notar que hoje em dia
temos possibilidade de intervir e abordar com mais naturalidade. Antigamente as piadas e
ofensas eram tidas como apenas brincadeiras, porém já podemos considerar que trazem
diversos prejuízos às crianças e adolescentes. Além disso, a vítima que sofre bullying
possivelmente terá dificuldades de concentração e aprendizagem, fazendo com que haja uma
queda do rendimento escolar deste indivíduo.
Grupo-Cliente:
Escola X, tendo como foco o grupo de ensino médio, incluindo alunos e professores.
6. PLANEJAMENTO
6.1 METODOLOGIA
Pensando neste tema e nos pilares do psicólogo, onde há um compromisso com a luta
de uma escola democrática e de qualidade social, neste caso, o objetivo principal é trabalhar
com os conflitos e violência inseridos nesta escola. Além de assegurar o exercício da cidadania,
de forma que estes alunos desenvolvam habilidades de convivência, tratando alunos e
professores de forma respeitosa, a fim de criar um ambiente saudável para todos e
principalmente visando a diminuição do bullying para com os alunos e comportamentos
inadequados e desrespeitosos para com professores.
E por fim, vimos não apenas a aprendizagem como processo biológico, psicológico e
histórico, mas também a convivência entre os colegas e professores, que podem estar
convivendo com tais dificuldades devido a história que foi mudando, fazendo com que a figura
do professor deixe de ser respeitada como antes e que o bullying tenha mudado de abordagem
com o tempo, sendo possível notar que antigamente era tido como irrelevante e nomeado
apenas como brincadeira, fato que não é verídico, já que existem pesquisas que comprovam
que o bullying traz grandes prejuízos, e sabendo disso, estes são tratados com mais frequência
nos tempos atuais.
O primeiro encontro será com os alunos da escola, ao qual nos foi proposto a maior
demanda a ser atendida através da intervenção. Logo de início reuniremos todos os alunos no
pátio da escola, e como aquecimento faremos um alongamento ao som de uma música
determinada, para que os alunos venham relaxar, melhorar a preparação mental, ativar a
circulação sanguínea etc. O aquecimento tem uma grande funcionalidade tanto no corpo físico
quanto na mente. No desenvolvimento, iremos explicar o que ocorrerá no decorrer dos
próximos encontros, as dinâmicas propostas e finalizaremos com um espaço de tempo aberto
a opiniões e sugestões dos alunos nos próximos encontros.
O assunto a ser abordado no terceiro encontro com os alunos será o preconceito, que
foi uma das demandas ao qual nos foi atribuído para estarmos intervindo, por isso pensamos
em um aquecimento que já deste uma introdução ao tema, para que os alunos indiretamente se
conscientizem sobre o assunto, antes mesmo de ser abordado. A dinâmica “Encontre 10 coisas
em comum” é rápida, divertida e muito útil ao cenário, pois, quando os participantes descobrem
coisas que têm em comum ficam surpresos por serem semelhanças inesperadas. Para realização
da dinâmica é necessário que os alunos formem grupos de 4 a 5 pessoas aleatoriamente. O
instrutor deve propor a cada grupo que encontrem 10 coisas que eles têm em comum com cada
uma das pessoas da equipe, com uma condição: não pode ter nada a ver com roupa, partes do
corpo e/ou sapatos. Uma pessoa do grupo deve estar preparada para fazer essas anotações e ler
a lista assim que listarem as 10 coisas. O propósito da dinâmica será explicado no
desenvolvimento do encontro, pois, as 10 coisas em comuns tornam os integrantes do grupo
semelhantes ou parecidos e quando eles descobrem isso, se sentem confortáveis e o vínculo
grupal é fortalecido, ao contrário disso, quando os mesmos só olham as diferenças e rotulam
as pessoas por algo que são diferentes, pode causar divergências e prejuízos na inter-relação da
sala de aula, entre os alunos. A surpresa dos alunos pelas semelhanças que tem com cada um
dos seus colegas de classe pode despertar um intuito de conhecê-lo ao invés de rotulá-lo antes
de conhecer, a dinâmica servirá como um reforçamento para conhecer a pessoa, antes de rotulá-
la ou discriminá-la por alguma diferença, sem antes conhecer sua semelhança a mesma. Por
fim, faremos o encerramento do encontro, deixando um espaço de tempo aberto a opiniões e
sugestões ao próximo encontro.
No quarto encontro como quebra gelo iremos propor o filme Divertidamente aos alunos,
ao qual toda história seria em volta de cinco emoções: alegria, medo, tristeza, raiva e nojo.
Após a finalização do filme, será apresentado para os alunos oito cenas do filme impressas, ao
qual foi tirado Print Screen, que consiste na captura de tela e oito frases em ordem aleatória
que descreva o exato momento da cena do filme, as frases serão: O amigo ouve o outro na
tristeza; Conversar com os pais; O comando apenas de uma emoção (alegria); Fugir de casa;
Medo de falar em público; Não enche; Os pais também precisam de apoio e Os pais também
precisam ser perdoados. Essas serão as frases, e os alunos deverão colocá-las em cada cena do
filme, as colocando no papel impresso da cena. Após fazerem isso, iremos abordar sobre cada
cena, explicando sua importância.
1. Fugir de casa: cena quando Riley foge de casa. Iremos nos retratar com os
alunos sobre os perigos de saírem de casa sem destino e a questão da violência urbana.
Provavelmente quando passou pela cabeça deles em fugir de casa estavam sendo motivados
pela emoção da raiva e tristeza e como consequência pensavam impulsivamente e
negativamente.
3. Conversar com os pais: abordar que todas as vezes que a algum deles
estiverem sentindo alguma emoção, sentimento, ou incomodados com alguma coisa que eles
não conseguirem lidar, conversassem com seus pais, porque muitas vezes os pais de Riley não
percebiam o que ela estava sentindo.
5. Não enche!: cena quando Riley está discutindo com o pai. Abordar se a maneira
como Riley falou com os pais era correto. Na cena, o pai de Riley foi tomado pela emoção da
raiva e colocou ela de castigo, mas, depois sentiu-se culpado. Sintetizar também que o filme
também mostrou o funcionamento psicológico dos pais, e que os adultos sentem as mesmas
emoções das crianças.
6. As pessoas precisam de apoio: cena quando Riley apoia seus pais. Reflexão
com as crianças que assim como os pais precisam de apoio, outras pessoas também precisam
se sentirem acolhidas e apoiadas.
8. O amigo ouve o outro na tristeza: cena que retrata quando a emoção “tristeza”
encontra-se com o amigo imaginário de Riley. Esse amigo estava triste porque fazia um tempo
que a menina não o chamava mais para brincar, com isso, a emoção tristeza abraça o amigo
imaginário e fala que sabia o que ele estava sentindo. Reflexão, sempre que algum amigo
estiver triste, é necessário demonstrar solidariedade e companheirismo a ele.
Por todos esses aspectos apresentados, com o andamento do trabalho, esperamos que
vários valores possam ser aprendidos durante nossas atividades, suprindo todos os pilares desta
intervenção, pensando em qualidade social no ambiente escolar, entendendo a complexidade
da estrutura escolar, considerando que a instituição produz e reproduz as contradições da
sociedade na qual se insere, assegurar o exercício da cidadania, considerar os processos de
vida, as relações e a condição para ensinar e aprender, trabalhar com conflitos e violência, como
também a convivência entre alunos e professores, trabalhando nas possíveis dificuldades que
possam existir nessa situação.
Durante nossa oficina, a tendência é que no correr das atividades, os alunos comecem
a refletir sobre o sentimento do próximo, enquanto aprendem sobre isso com os filmes e com
a conscientização sobre o bullying, preconceito, dinâmicas e emoções.
Sem qualquer tipo de punição, utilizando apenas de reforçadores positivos, a nossa ideia
é que haja uma vasta melhora tanto no respeito dos alunos com os professores, quanto no
respeito entre os alunos, com a criação de espaços novos e diferentes, compreensão da situação,
valores, condições e circunstâncias, tendo como consequência, uma diminuição drástica no
desrespeito dos alunos, a prática do bullying e aumento de empatia e cuidado com o próximo.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dinâmica: Se colocando no lugar do outro. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (8 min). Publicado
pelo canal Sandra Cavalheiro. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=6DZZ4a3n4nQ>. Acesso em: 04 mai.
2021.
Educação. Instituto Claro, 2020. 6 links com atividades para trabalhar a empatia na escola.
Disponível em: <https://www.institutoclaro.org.br/educacao/nossas-novidades/noticias/6-
links-com-atividades-para-trabalhar-a-empatia-na-escola/>. Acesso em: 04 mai. 2021.