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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADES

LICENCIATURA EM ENSINO DE INGLÊS

GASPAR JOÃO ANTÓNIO

GETE BASTANTE BASÍLIO

SARA ARMANDO ÁLVARO

TIAGO ANASTÁCIO JORGE

TIPOS E FORMAS DE FRASE

Quelimane

2021
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GASPAR JOÃO ANTÓNIO

GETE BASTANTE BASÍLIO

SARA ARMANDO ÁLVARO

TIAGO ANASTÁCIO JORGE

TIPOS E FORMAS DE FRASE

Trabalho apresentado ao curso de


licenciatura em ensino de Inglês da
Faculdade de Letras e Humanidades
com requisito para avaliação na
cadeira de Lingua portuguesa 2 pelo
PhD. Brain Tachiua

Quelimane

2021
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
2.Frase...............................................................................................................................5
3. Tipos e formas de frases................................................................................................5
3.1.1.Interrogativas............................................................................................................6
3.1.1.1.Interrogativas totais...............................................................................................6
3.1.1.2.Interrogativas parciais...........................................................................................7
3.1.1.3.Interrogativas tags.................................................................................................7
3.1.2.Na frase Imperativa..................................................................................................7
3.1.3.Declarativas..............................................................................................................7
3.1.4.Optativas...................................................................................................................8
3.1.5.Exclamativas.............................................................................................................8
3.2.Formas de Frase...........................................................................................................8
3.2.1.Forma afirmativa e negativa.....................................................................................8
3.2.2. Forma enfática.........................................................................................................9
3.2.3.Forma activa e passiva............................................................................................10
3.Conclusão.....................................................................................................................12
4.Bibliografia...................................................................................................................13
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Introdução
O presente trabalho fará menção aos tipos e formas de frase. Entende-se por
frase, a sequência de palavras coerentes e coesas, estruturadas como unidade de sentido
autónoma e mais ou menos completa, independente do contexto da expressão, facto que
torna o número de frases praticamente infinitivo. Toda frase, por sua vez, é constituída
por sintagma (combinação de unidades significativas elementares que ocorrem numa
cadeira falada) para exprimir um certo sentido. Isto é, uma opinião ou ideias
organizadas de forma eficaz, com o objectivo de permitir a comunicação efectiva entre
os envolventes. De acordo com a intenção do falante, reconhece-se quatro tipos de
frases; interrogativas, exclamativas, imperativas e declarativas. Por outro lado, as frases
podem apresentar-se sob a forma afirmativa, negativa e enfática. O objectivo primordial
do trabalho é descrever e explicar os tipos e formas de frases numa abordagem holística.
O trabalho teve como metodologia, a elaboração conjunta tendo em vista diferentes
materiais que permitiu assim a compilação e obtenção do trabalho final.
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2.Frase
Segundo Moura (2006:212), frase é uma sequência de palavras coerentes e
coesas, estruturada formalmente como unidade de sentido autónomo e mais ou menos
completa, para a comunicação, independentemente do contexto da enunciação, facto
que torna o número de frases praticamente infinito.
Para MADEIRA (2009) frase é todo enunciado de sentido completo, podendo
ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase pode
ser apresentada através da fala, escrita, ideias, emoções, ordens ou apelo’. Por outro
lado Ferreira aponta que, frase é qualquer elaboração de um enunciado com sentido
completo que transmite determinada mensagem. a mesma linha de ideias, é partilhada
por Cunha & Cintra (2005:119) ao afirmar que, frase é um enunciado de sentido
completo, a unidade mínima de comunicação.

Das abordagens acima apresentadas, pode se entender que frase é um conjunto


de palavras coerentes e coesas, associadas umas as outras para exprimir um certo
sentido. Isto é, uma opinião ou ideias organizadas de forma eficaz, com o objectivo de
permitir a comunicação efectiva entre os envolventes.
Exemplos:
a) Que pena!
b) Proteja-te da COVID-19!
c) O país precisa de cidadãos proactivos?
d) Ndambi Guebuza esta sendo julgado.
e) Não se deve estar ao público sem o uso mascara.

3. Tipos e formas de frases


As frases podem ser classificadas quanto ao tipo assim como a forma:
3.1.Tipos de Frases

A princípio, a tipologia de frases, depende da intenção comunicativa do locutor


para o alocutário, ou a si mesmo. Isto é, quando o locutor pretende saber sobre um certo
facto ou informação, ele dirige-se por meio de questionamento (interrogativo). Por outro
lado, o enunciador pretendendo admirar algo, expressa-se mediante a exclamação. Ao
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passo que, o tipo declarativo intenciona-se em concordar sobre um enunciado, o que


difere com a imperativa (que visa dar uma ordem).

Vários autores destacam que, existem quatro "tipos de frase", sendo elas "frase
declarativa", a "frase interrogativa", a "frase imperativa", e a "frase exclamativa"
(MOREIRA, 2008: 199). Ferreira (s/d), aborda, de forma específica, que os sinais de
pontuação fazem toda a diferença quando se trata dos diferentes tipos de frases, levando
em consideração o contexto em que se encontram inseridas e a finalidade discursiva, de
acordo com o sentido que se deseja transmitir, as frases podem assim se classificar:
declarativas, interrogativas, exclamativas, optativas e imperativas. Ao passo que,
Bechara (2001) divide os enunciados tendo em conta “a intenção comunicativa do
enunciado que o falante quer transmitir ao seu interlocutor”, por outro lado Vilela
(1999) define “tipos de frase” também de acordo com a intenção do falante,
distinguindo dois grupos a seguir:

 Se o falante se dirige a um destinatário:


Neste caso, são frases com que se pretende provocar uma reacção no destinatário:
3.1.1.Interrogativas utilizadas quando se pretende obter alguma informação sobre algo,
sendo que tal questionamento pode se dar tanto de forma directa quanto indirecta.
Exemplos:
a) Quem criou o nome da Empresa Pro-Índicos?
b) Quem será o ultimo arguido a ser ouvido pelo juiz?
c) Alguém queria saber se todos vacinaram contra Covid-19.
d) O policial, perguntou quem era o dono da bagagem que contem drogas.
De acordo com Mateus et all (2003:461), as frases interrogativas podem ser de dois
tipos:
3.1.1.1.Interrogativas totais (globais), proposicionais ou de SIM/NÃO, formuladas
com o objectivo de obterem, da parte do alocutário, uma resposta afirmativa ou
negativa. Desta forma, a resposta afirmativa ou negativa a uma interrogativa pode ser
sim, seguido do verbo da pergunta, mas normalmente é apenas constituída pelo verbo.

Exemplos:
a) As aulas virtuais começaram? Sim, começaram.
b) Tens-te preparado para as aulas? Sim, tenho-me preparado.
c) Falas a língua local de Quelimane? Não, não falo.
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3.1.1.2.Interrogativas parciais, caracterizam-se pela presença de constituintes


interrogativos (pronomes, adjectivos ou advérbios) que marcam precisamente o foco da
interrogação.
Exemplos:
a) Qual material será efectivo para a elaboração do trabalho?
b) Que país fala francês?
c) Onde vais?
3.1.1.3.Interrogativas tags são aquelas produzidas através do discurso anterior.
Exemplos:
a) Vais a escola, não vais?
b) Eles não se falam, se falam?

3.1.2.Na frase Imperativa procura-se fazer com que o destinatário faça algo. Vilela
(1999) frisa que sua utilização pauta-se pelo objectivo pretendido pelo emissor em
influenciar directamente sobre o comportamento do interlocutor, ou seja, quando se
quer dar uma ordem ou fazer um pedido.
Exemplos:
a) Estude para a prova!
b) Responda com urbanidade, Senhor Ndambi!
c) Vai ao Hospital!
d) Protejam se da Covid-19!
 Frases em que apenas se comunica algo:
3.1.3.Declarativas: se pretende comunicar algo, informam ou declaram acerca de
um determinado assunto, podendo ser afirmativas ou negativas. Elas informam sobre
um acontecimento, ou descreve uma situação. Temos marcas nas escritas como: ponto
final (.), dois pontos (:) e reticências (…).

Exemplos:

a) Os alunos estudam muito, porque...


b) O senhor Nhangumele confirmou ter recebido 8 milhões de dólares vindos da
Privinvest.
c) Os estudantes universitários são assim: pautam pela assiduidade.
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 Se o falante não se dirige a um destinatário:

3.1.4.Optativas são frases que exprimem um desejo, conforme temos os seguintes


exemplos:

a) Tomará que todos estejam fora da sala!


a) Espero que a vacina contra covid-19 não faça mal.
b) Gostaria que o ladrão do meu telemóvel fosse encontrado.
c) Seria bom se o docente desse segunda chance a todos.

3.1.5.Exclamativas são tipos de frases que relacionam-se à exteriorização dos


sentimentos atribuídos pelo emissor, podendo ser expressos sob várias circunstâncias.
Temos os seguintes exemplos:

b) Mas que preço tão elevado!


c) O teste foi muito difícil!
d) Epah! Não podias ter feito aquilo.

Portanto, percebe-se que as frases distinguem-se quer pela sua finalidade


comunicativa quer pelo seu tipo. Isto é, elas são intendidas consoante o valor
comunicativo que pretendem veicular. Nesta vertente, os tipos de frases são
reconhecidas tendo em vista a intenção do falante expressando a sua ideia, seja ela pela
forma declarativa, interrogativa ou exclamativa, etc.

3.2.Formas de Frase

Os vários tipos de frase apresentados neste trabalho podem assumir formas


diferentes: forma afirmativa, quando concordamos ou afirmamos uma determinada
coisa. E, a forma negativa usada para expressar oposição em relação a uma determinada
coisa, forma activa ou passiva e forma enfática ou neutra.

3.2.1.Forma afirmativa e negativa

Segundo Gomes (2008:83), ‘quando alguém atribui um valor (negativo) a uma


proposição ou oração, isso significa que a verdade enunciada é contrária á da
correspondente (forma afirmativa)ʼ.
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O mesmo autor partilha a ideia de que, múltiplos são processos de negação.


Desde logo, o uso dos advérbios de negação (de forma alguma, de manheira nenhuma,
de modo algum, não, nunca, jamais, etc.); assim sendo também através de mecanismos
de antonímia podemos formar frases de forma afirmativa e negativas:
 Prefixos: feliz/ infeliz; emprego/desemprego; conhecido/desconhecido
útil/inútil; transitável/intransitável, e por diante.
 Lexemas: dia/noite; paz/guerra; amor/ódio.
 Expressões negativas: ninguém (ninguém esta torturar te senhora Leão)
 Expressões de semântica negativa: de forma alguma, em caso algum (em caso
algum irei lá)

Tipos Formas
Afirmativa Negativa
Interrogativas Temos aulas amanhã? Não temos aulas amanhã?
Imperativas Vai assistir telejornal. Não assista isso.
Declarativas Amanha, temos um teste. Não temos teste amanhã.
Exclamativas Que caro lindo! Não tem nada de beleza!

Isso traz-nos a ideia de que, podem na forma afirmativa, isto é, aquelas que
expressam o seu sentido em concordar um certo facto ou uma ideia. Já na forma
negativa ela é expressa pelos advérbios de negação, expressões negativas, lexemas em
antonímia, assim como também pode ser através das expressões semânticas negativas.

3.2.2. Forma enfática


De acordo com Gomes (2008:87), há, na língua portuguesa vários processos de
dar ênfase., realce e destaque. Vejamos alguns exemplos para poder clarificar os
processos ocorridos:
 No código oral, fazendo incidir maior intensidade num determinado sintagma da
frase.
Exemplos:
a) O pedroca sabe cozinhar carne.
b) O pedroca sabe cozinhar carne.
c) O pedroca sabe cozinhar carne.
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Na perspectiva de Gomes, sob a aparência dos exemplos dados, estamos perante


enunciados diferentes, cujo destaque de um constituinte ou de outro revela do
conhecimento do mundo que temos.
 Recorrendo a deslocações sintácticas
Exemplos:
a) Eu conheço bem o seu sofrimento.
b) Eu estudo de manhã as matérias.
c) O seu sofrimento conheço-o eu bem.
d) As matérias estudo-as eu de manhã.

Os primeiros exemplos ilustrados nesta abordagem, indicam que as primeiras


duas frases têm uma ordem padrão ou canónica. Ao passo que, nas duas últimas frases
observa-se o destaque no complemento directo. Além disso, se optarmos em usar a
forma negativa, exigirá uma mudança na estrutura sintáctica.
Exemplos.
a) Eu prestei-lhe serviços
b) Eu não lhe prestei serviços.
c) Guedes jamais lhe dará um presente.
 Recorrendo a expressões ou ‘’partículas de realce’’ tais como:
É…que, lá, cá, mesmo, próprio etc.
Exemplos: Diz lá tu que dormes.
a) Mesmo tendo tanto domínio da língua portuguesa, ainda precisamos estudar
mais.
b) Eu mesmo, voluntariar-me-ei para vacinar contra a COVID-19.
c) Se é que tu sabes, a província de Cabo-delgado esta em guerra.
d) Mesmo tendo poucos recursos lá voltarei.

3.2.3.Forma activa e passiva


De acordo com Gomes (2008:86-87), na passagem da voz activa para a voz
passiva, verificamos que:
 O sintagma nominal com a função de sujeito, passa a sintagma
preposicional com a função da agente passiva, regido pela preposição por (ou,
mais raramente pela preposição de).
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 E o sintagma nominal com a função do complemento directo passa a sintagma


nominal com a função de sujeito da voz passiva.
 De modo geral, a voz passiva só é possível com verbos transitivos directos.
Exemplos:
a) O juiz julgou sete réus.
b) Os réus foram julgados pelo juiz.
Embora os exemplos estejam a retratar da mesma realidade, de ponto vista
semântico e pragmático estamos em temperaturas diferentes. Vejamos que, no primeiro
caso, manifestamos a inquietação perante ʽo juiz’, por isso o relevo vai para ele (dá-se-
lhe a primazia sintáctica). Já no caso as seguir, a preocupação vai para “os réus”, que
aparecem em primeiro lugar, uma vez que assumem enorme importância na vida do
enunciador.
CUNHA & CINTRA (2006, p.398) sustenta que, a ação expressa pelo verbo pode
ser representado de três formas:

a) como praticado pelo sujeito: voz activa.


Exemplo: Os alunos usaram mascra

b) como sofrido pelo sujeito: voz passiva.


Exemplo: A mascra foi usada pelos alunos

c) como praticado e sofrido pelo sujeito: voz reflexiva.


Exemplo: Marcos bateu-se.

Tipo Forma
Activa Passiva
Declarativo A equipa moçambicana O jogo foi ganho pela
ganhou o jogo. equipa moçambicana.
Interrogativo Quem prendeu os réus? Por quem foram
aprendidos os réus?
Imperativo Estejam todos atentos ao Que o julgamento seja
julgamento. seguido atentamente por
todos
Exclamativo O resultado foi O resultado sensacional foi
sensacional! aplaudido pelo público
maravilhoso!
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3.Conclusão
Chegado a consolidação, foi possível constatar que as frases são classificadas de
acordo com a finalidade comunicacional que pretende transmitir. Portanto, os tipos de
frases são reconhecidas tendo em vista a intenção do falante expressando a sua ideia,
seja ela de natureza declarativa, interrogativa, imperativa ou exclamativa, entre. Elas
podem ser dirigidas ao alocutário, ou do falante para si mesmo. Quanto a forma das
frases, verificam-se as frases afirmativas, isto é, aquelas que expressam o seu sentido
em concordar um certo facto ou uma ideia. Já na forma negativa, ela é expressa pelos
advérbios de negação, expressões negativas, lexemas em antonímia, assim como
também pode ser através das expressões semânticas negativas. É imperioso asseverar,
que, as frases podem ter a forma de enfatizar a informação, de tornar o sujeito o autor da
acção ou aquele que sofre a acção.
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4.Bibliografia
1. Bechara, E. (1999). Moderna Gramática Portuguesa, 37ª Ed., Editora Lucerna, Rio
do Janeiro.
2. Cunha, Celso & Cintra Lindley. (2005). Nova Gramática de Português
Contemporâneo. Ed. 18. Edição João Sá da Costa.
3. Ferreira, M. (s/d).Gramática: Tipos de Frases. Extraído de
https:www.colegiogeracao.com.br.
4. Gomes, Á. (2008) Gramática Pedagógica e cultura da Língua Portuguesa. Porto:
Porto editora.
5. Mateus, Maria Helena Mira et al. (2003). Gramática da Língua Portuguesa, 5ª ed.,
Editorial Caminho.
6. Moura, J. DE Almeida. (2009). Gramática do Português actual. Portugal, Lisboa
Editora.
7. Vilela, M. (1999). Gramática da Língua Portuguesa. 2ª Edição. Livraria Almedina.
Coimbrã.

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