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21 de julho de 2015adminBlog
O Deburu não foi escolhido por acaso para ser alimento desse Orixá que tem o poder
de causar a doença e a cura física, espiritual e mental.
A pipoca possui um nível muito alto de polifenóis (substâncias que agem como
antioxidantes naturais).
Precisamos nos aliviar das pressões internas para não estourarmos… Deixemos isso
para a pipoca!!!
Confira no artigo algumas das histórias e lendas que explicam tal fato.
Esta deve ser, preferencialmente, estourada, não em óleo como costumamos fazer em
casa, mas em areia da praia.
Mas, para rituais feitos em casa ou onde não seja possível obter areia de praia,
Omulú pode aceitar a pipoca estourada em óleo de soja, azeite de oliva ou de dendê,
a depender dos objetivos da oferenda.
Há muitas lendas, ou Itans, que buscam explicar como a pipoca se tornou a oferenda
principal de Omulú. Confira algumas delas a seguir.
1 – Abandonado por sua mãe Nanã, Omulú é resgatado por Iemanjá e alimentado com
pipocas
Omolú nasceu com o corpo coberto de chagas e foi, por isso, abandonado pela sua
mãe, Nanã na beira do mangue.
Assim, ela criou Omulú com todo amor e carinho, como se fosse seu próprio filho.
Para fortalecê-lo, Iemanjá o alimentava com pipocas estouradas na areia quente de
suas praias, e, com folhas de bananeira, ela curou todas as suas feridas.
Com o passar tempo, Omulú transformou-se num grande guerreiro e hábil caçador, que
se cobria com palha-da-costa para que ninguém visse suas marcas.
2 – As pipocas aplacam a ira de Omulú para que ele não castigue seu povo
Uma das lendas sobre a relação entre Omulú e a pipoca, ou deburu, conta que Omolú
era o rei dos Tapas, mas, em viagens guerreando e conquistando, chegou, então, ao
território do antigo Daomé.
Quando Omulú apareceu pela primeira vez neste território, chegou não só
aterrorizando com guerras e batalhas, como também trazendo a peste e a fome.
Desde então, o povo nunca mais deixou de oferendar Omulú com belíssimas oferendas
de pipoca para, assim, tê-lo sempre calmo e satisfeito.
3 – Iansã levanta as palhas de Omulú com seus ventos e suas feridas se transformam
em pipoca, deburu ou abadô
Chegando de viagem a sua aldeia, Omulú viu que estava havendo uma festa com a
presença de todos os orixás.
Omulú não se permitia entrar na festa, por medo de que sua medonha aparência
incomodasse os outros e estragasse a festa, por isso ficou espreitando pelas
frestas do terreiro.
Ao perceber sua presença e sua angústia, Ogum cobriu Omulú com uma veste de palha
da costa que ocultava suas feridas e, assim, convidou-o a entrar e aproveitar a
alegria dos festejos.
Timidamente, Omulú entrou, mas ninguém se aproximava dele, Iansã observava tudo e
se compadeceu da situação. O xirê estava animado. Os orixás dançavam alegremente.
Quando Iansã viu que Omulú havia se posicionado bem no centro do terreiro, ela se
aproximou e dançou com ele.
Iansã, então, chegou então bem perto dele e soprando seus ventos, levantou as
vestes de palha de Omulú que escondiam suas feridas.
Nessa ventania, as feridas de Omulú pularam para o alto, transformadas numa linda
chuva de pipocas brancas, que se espalharam pelo terreiro.
Desde então, a pipoca, ou deburú, passou a ser a principal comida ofertada a Omulú,
principalmente para quem busca por saúde e cura.