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Benefícios e efeitos fisiológicos


proporcionados por exercícios físicos
de endurance e/ou contra-resistência
em indivíduos com Diabetes mellitus

Sarah Galdino dos Santos Marcília Ingrid Lima Barroso Nunes


UECE UNP

Anna Paula Vieira Barboza Francisco Medeiros de Azevedo Filho


UECE UNP

Iris Caroline Mendes Braz Paula Matias Soares


UECE UECE

Tamires Albuquerque Sampaio Carlos Alberto da Silva


UECE UFC

Thiago Garcia Ramos Francisco Sérgio Lopes Vasconcelos-


UECE Filho
UFCA

10.37885/210705476
RESUMO

O Diabetes mellitus (DM) é uma doença endócrina caracterizada por níveis elevados
de glicemia sanguínea (hiperglicemia) contínua ou intermitente. Constitui em um grave
problema de saúde pública, sua prevalência vem alcançando grandes proporções, tanto
em termos de números de pessoas afetadas, como mortalidade prematura e incapacida-
de funcional. A prática de atividade física tem sido indicada para o controle/tratamento
de pessoas com DM. O objetivo do presente estudo é verificar os benefícios e efeitos
fisiológicos proporcionados por exercícios físicos de endurance e/ou contra resistência,
em indivíduos com Diabetes mellitus. Para isso foi realizada uma revisão bibliográfica
na base de dados do SCIELO com artigos QUALIS de A1 e B2, em português, inglês e
espanhol. Como resultado observou-se uma diminuição do colesterol total, LDL, aumento
do HDL, redução da glicemia após a realização dos exercícios, redução da glicemia de
jejum, da hemoglobina glicada e uma melhora na função vascular. Portanto o exercício
físico de endurance e contra resistência mostrou eficaz no controle de variáveis que
agravam o diabetes mellitus.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Exercício Físico, Tratamento.

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Educação Física para Grupos Especiais: exercício físico como terapia alternativa para doenças crônicas
INTRODUÇÃO

O mundo vive um processo de transformação demográfica irreversível. No Brasil, até


a década de 40, o padrão demográfico apresentava-se estável, todavia, a partir da virada
do século, os avanços da medicina, da indústria químico-farmacêutica e os cuidados com
a promoção da saúde promoveram um aumento da expectativa de vida, de tal forma a po-
pulação idosa pode duplicar até 2050 (ONU, 2021; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021; IBGE,
2011). Isso acarretou uma mudança epidemiológica da população, antes o principal respon-
sável pelas mortes eram as doenças infectocontagiosas, hoje os principais responsáveis
são as doenças crônico-degenerativas, tais como: diabetes, câncer, doenças respiratórias
e doenças cardiovasculares (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), em 2019 o mundo apresentava
uma prevalência estimada de 463 milhões de indivíduos entre 20 e 79 anos com Diabetes
Mellitus (DM). Deste total, 4,2 milhões de pessoas morreram em decorrência de complica-
ções causadas por DM. Há ainda uma projeção na qual em 2030 o número de indivíduos,
nessa mesma faixa etária, que serão acometidos por DM será de 578,4 milhões, chegando
a 700,2 milhões em 2045 (IDF, 2019).
O diabetes é uma doença crônica complexa, crescente em todos os países, indepen-
dentemente do seu grau de desenvolvimento, que requer cuidados médicos contínuos com
estratégias multifatoriais de redução de risco além do controle glicêmico. Fatores como tran-
sição nutricional, excesso de peso, maior frequência de estilo de vida sedentário, crescimento
e envelhecimento populacional, dentre outros, estão diretamente associados ao aumento na
prevalência do diabetes. A educação e o suporte contínuos sobre o autocuidado do paciente
são essenciais para prevenir complicações agudas e reduzir o risco de complicações de
longo prazo (ADA, 2019).
A DM é uma doença crônica, de etiologia múltipla, que consiste em um distúrbio me-
tabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção
de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos (SBD, 2019). A resistência à ação
da insulina e a diminuição de sua secreção pelas células β pancreáticas, resulta na menor
captação e armazenagem da glicose nos tecidos alvos da ação da insulina e no aumento
da produção de glicose pelo fígado (ADA, 2017).
O tratamento da DM é muito complexo e envolve mudanças no estilo de vida dos
pacientes, demandando cuidados com a monitorização da glicemia, a prática regular de
atividade física, a administração de medicamentos (hipoglicemiantes orais e/ou insulina) e a
adoção de uma alimentação saudável visando manter os níveis glicêmicos estabilizados e,
consequentemente, prevenir as complicações crônicas (Sociedade Brasileira de Diabetes,
2014; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
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Um estilo de vida sedentário deve ser considerado um importante fator de risco modifi-
cável para diabetes na população em geral. Dados recentes e representativos de países de-
senvolvidos indicam que crianças e adultos passam aproximadamente de 55% a 70% de seu
tempo de vigília envolvidos em atividades sedentárias (Katzmarzyk, 2019; Dempsey, 2014).
Evidências disponíveis na literatura apontam que a atividade física e programas de
exercícios físicos tem sido indicado para o tratamento de indivíduos com DM pois fornece
benefícios metabólicos e cardiovasculares. Em uma escala absoluta de intensidade de
exercício, comportamentos sedentários estão no extremo inferior do contínuo de atividade
física (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
Contudo, o objetivo desse estudo foi verificar os benefícios e efeitos fisiológicos pro-
porcionados por exercícios físicos de endurance e/ou contra resistência, em indivíduos com
Diabetes Mellitus através de uma revisão bibliográfica.

CARACTERIZAÇÃO DO DIABETES MELLITUS

A DM constitui-se como distúrbio metabólico caracterizado por níveis elevados de


glicemia sanguínea (Hiperglicemia) contínua ou intermitente, isto se deve ao fato de uma
menor sensibilidade insulínica em seus tecidos e/ou por reduzida secreção de insulina pelo
pâncreas. A mesma é classificada em DM: tipo 1 ou insulinodependente (DM1); tipo 2 ou
não insulinodependente (DM2); gestacional; e secundário a outras patologias (McARDLE
et al.,2011; ADA, 2015; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021). Não obstante, essa patologia
pode ser classificada em quatro classes clínicas: o Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1); Diabtes
Mellitus Tipo 2 (DM2); Diabetes mellitus Gestacional (DMG) e; Diabetes Mellitus por Outras
Causas Específicas.

DIABETES MELLITUS TIPO 1

O DM tipo 1 é uma doença autoimune multifatorial, determinada pela interação de fato-


res genéticos e ambientais. É caracterizada por uma hiperglicemia crônica e, complicações
microvasculares, nessa situação patológica, a lesão neurológica é extensa no organismo
humano diabético, envolvendo amplamente todo o sistema nervoso periférico em seus com-
ponentes sensormotor e autônomo, pois o efeito da insulina é o de promover o transporte
de glicose para o interior de quase todas as células, onde essa glicose vai fornecer energia
para o bom funcionamento do corpo, como a diabete é uma incapacidade do transporte de
glicose para dentro da célula não é fornecido energia suficiente para um bom funcionamen-
to. Neste tipo de DM há uma perda progressiva das células β (responsáveis pela secreção
de insulina), devido à destruição destas pelas células T ou linfócitos T (responsáveis pela
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defesa do organismo contra agentes desconhecidos), culminando com a interrupção da
produção de insulina e consequente desequilíbrio metabólico grave, sendo necessário à
administração exógena do hormônio (MICULLIS ET AL., 2010; ADA, 2015). O DM1 pode
ocorrer em qualquer idade; todavia, em geral, é diagnosticado antes dos 20 anos de idade
e compreende cerca de 5 a 10% de todos os casos de DM (ADA, 2015).

DIABETES MELLITUS TIPO 2

O DM 2 é o tipo mais comum da doença, representando cerca de 90% a 95% dos ca-
sos. Seu surgimento se dá normalmente em indivíduos após os 40 anos de idade, podendo,
entretanto, acometer adultos mais jovens, adolescentes e crianças, sendo, na maioria das
vezes, obesos (BERNARDINI, MANDA E BURINI, 2010). Está associado a uma resistên-
cia às ações da insulina, a secreção de insulina anormal e a níveis de insulina plasmática
anormais e elevados. Indivíduos com este tipo apresentam hiperglicemia de jejum devido ao
elevado e constante programa de gliconeogênese hepática e baixa capacidade de captação
e utilização da glicose no músculo esquelético. Além da hiperglicemia crônica, os indivíduos
com DM2 possuem uma disfunção no metabolismo de lipídios (excesso de ácidos graxos
livres circulantes no sistema portal), acarretando a formação de placas de ateromas, que
são manifestações da aterosclerose caracterizadas pelo acúmulo focal de lipídios, hidratos
de carbono, sangue e produtos sanguíneos, tecido fibroso e depósito de cálcio na camada
íntima da artéria. (CARVALHO et al. 2010; ADA, 2015)

DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

O diabetes mellitus gestacional (DMG) é definida como qualquer intolerância à glicose,


de magnitude variável, diagnosticada ou reconhecida pela primeira vez durante a gravidez
(Sociedade Brasileira de Diabetes, 2014). A gravidez é um estado que pode provocar hiperin-
sulinemia (excesso do hormônio insulina circulante no corpo humano), sendo caracterizada
pelo aumento progressivo da necessidade e da resistência à insulina. Nas mulheres com
deficiência parcial ou completa na função das ilhotas de Langherans, ocorre a intolerância
aos carboidratos de qualquer gravidade, quando diagnosticada durante a gravidez é deno-
minada Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) (ADA, 2015).
O comprometimento do feto se dá a uma hiperglicemia materna que é transmitida
via difusão facilitada. Após atingir um estado de hiperglicemia, haverá uma estimulação
exagerada na produção de insulina, quebrando assim, a homeostase, desencadeando:
macrossomia (excesso de peso de recém-nascidos), fetos grandes para a idade gestacio-
nal (GIG), aumento das taxas de cesárea, traumas de canal de parto e distorcia de ombro,
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hipoglicemia( diminuição da quantidade normal de glicose no sangue), hiperbilirrubinemia
(excesso de bilirrubina é uma substância amarelada encontrada na bile), hipocalcemia(ta-
xa de cálcio no sangue abaixo da considerada normal.) e policitemia (alteração sanguínea
caracterizada por grande aumento da quantidade de hemácias circulantes.) , distúrbios
respiratórios neonatais e óbitos intrauterino. A presença de DMG implica alto risco para
mãe e para o recém-nascido. A morbidade perinatal é aumentada quando comparada a da
população geral de grávidas (ADA, 2015).

ALTERAÇÕES METABÓLICAS E FISIOLÓGICAS DO DIABETES MELLI-


TUS

A diabetes é uma doença que afeta os humanos desde os tempos antigos e, é respon-
sável pelas consequências calamitosas da deficiência da insulina no organismo. (Silverthorn,
2010). A hiperglicemia crônica é característica de ambos os tipos de diabetes (tipo 1 e 2) e
leva aos principais sintomas da doença. Glicosúria e diurese osmótica são provocadas por
elevações de cargas filtradas e excretadas de glicose pelos rins. O efeito osmótico impede
a reabsorção do líquido, aparecendo poliúria, resultando em desidratação e polidpsia. Essa
hiperglicemia crônica é toxica e danifica o sistema micro e macrovascular. Nos danos micro-
vasculares podemos evidenciar a cegueira, doença renal em estágio final e uma variedade
de neuropatias debilitantes. Na macrovascular podemos citar a aterosclerose, que afeta as
artérias que suprem o coração, encéfalo e membros inferiores; causando infarto agudo do
miocárdio, derrame e amputação de extremidades inferiores, respectivamente. Um dos fato-
res que contribui para a formação de ateromas se deve a anormalidades no metabolismo de
lipídios, acarretando um aumento de ácidos graxos livres circulantes (FERREIRA et al., 2011).
A diabetes desenvolve alterações no metabolismo de proteínas por causa do hipoin-
sulinismo, o que leva o indivíduo a permanecer em um estado catabólico. Isto decorre de
uma alteração no equilíbrio entre a síntese e degradação de proteínas. Essa alteração na
síntese de proteína ocasiona uma disfunção no reparo tecidual após lesões e infecções.
Outra importante alteração no diabetes se deve ao aumento da degradação e oxidação de
gordura, resultando em excesso de cetonas, causando cetoacidose diabética, podendo levar
a morte nessa patologia (FERREIRA et al., 2011).
A Nefropatia Diabética (ND) é uma complicação crônica do diabetes que afeta, em
média 30% das pessoas com diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2, sendo responsável por
aproximadamente metade dos novos casos de insuficiência renal nos indivíduos em diálise
e tendo sido associada a aumento significativo da mortalidade, principalmente cardiovascu-
lar. A ND se dá pela presença de pequenas quantidades de albumina na urina representa o
estágio inicial da nefropatia diabética (microalbuminúria ou nefropatia incipiente), já o estágio
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avançado caracteriza a nefropatia clínica (macroalbuminúria ou proteinúria) e a fase terminal
é a insuficiência renal (Tschiedel, 2014).
A Neuropatia Diabética é uma complicação crônica que afeta de 30 a 50% dos pacientes
com DM, definida por causar danos neurológicos, mais especificamente o sistema nervoso
desses pacientes, na maioria dos casos manifestam-se como polineuropatia sensório-mo-
tora distal simétrica. Essa Polineuropatia Diabética está associada ao comprometimento
de qualidade de vida dos pacientes com DM, relacionado diretamente aos quadros clíni-
cos (quadro de dor crônica, riscos de amputações, etc) apresentados por esses pacientes
(COSTENARO et al., 2015).

EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA E DO EXERCÍCIO FÍSICO

A redução no tempo de comportamento sedentário (CS), por meio de mais atividade


física durante o dia, bem como a incorporação de uma rotina de exercícios físicos estru-
turados, é uma importante estratégia no manejo de prevenção e tratamento da diabetes.
Através de análises de evidências experimentais e observacionais, Dempsey et al (2014)
discutem que em pacientes com maior risco de desenvolver DM2, um tempo mais prolongado
em CS demonstrou ser preditivo de altos níveis de biomarcadores como: glicose plasmática,
hemoglobina glicada (HbA1c), circunferência de cintura (CC), e lipídeos plasmáticos – tri-
glicerídeos e colesterol.
A atividade física deve ser incorporada como tratamento não farmacológico para pes-
soas com diabetes e incluem tanto exercícios resistidos quanto elementos de treinamento
da capacidade cardiorrespiratória (Middleton, Moxham & Parrish, 2016). O exercício físico
é, atualmente, um método eficaz na prevenção e no tratamento da diabetes e a OMS (2011)
recomenda a prática de pelo menos 30 minutos de atividade física, todos os dias. Colberg
et al (2016) sugere que adultos com DM devem diminuir a quantidade de tempo gasto com
comportamento sedentário, bem como interromper períodos de mais de 30 minutos sentados
com atividade física leve, para que se obtenha benefícios nos níveis de glicose plasmática.
A prática regular de exercícios físicos por pacientes diabéticos resulta em várias al-
terações metabólicas importantes como a redução da glicemia após a realização de exer-
cício, redução de glicemia em jejum, da hemoglobina glicada (HbA1c), bem como melhora
da função vascular (MOURA et al., 2011). Galvin et al. (2014) afirma que para o indivíduo
diabético a formação de energia é extremamente importante, pois a mobilização da glicose
presente no sangue é utilizada para formação de energia, assim durante e após o exercício os
níveis de glicose sanguínea estarão relativamente mais baixos, podendo até chegar a níveis
normais. Esta redução se deve ao fato do exercício físico utilizar como principal substrato

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energético o glicogênio muscular e hepático, a glicose sanguínea e os ácidos graxos livres,
dependendo da duração e intensidade da atividade (SILVA et al., 2015).

NO CONTROLE GLICÊMICO

Há relatos na literatura que a interrupção em longos períodos de comportamento se-


dentário com atividades como uma caminhada de intensidade leve ou até mesmo atividades
simples de resistência, ou um incremento na quantidade diária total de passos, medidas
por acelerômetro, atenuam as respostas agudas de biomarcadores ligados a diabetes, bem
como reduzem o risco de progressão da mesma. Isto porque contrações musculares fre-
quentes ao longo do dia, mesmo estando abaixo da faixa descrita como ótima para promover
saúde, impactam significativamente na ação da insulina e no controle glicêmico (KRAUS,
2018; KRAUS, 2019).
Os exercícios resistidos e aeróbios auxiliam na prevenção, combate e tratamento da
diabetes e atuam reduzindo os níveis de glicemia sanguínea por aumentar o consumo
de glicose pelos músculos esqueléticos, bem como aumenta a sensibilidade a insulina
(MICULIS et al., 2010).
O exercício resistido tem sido mais indicado por promover maior mobilização dos GLUT-
4 e melhorar o aumento do fluxo sanguíneo mediado por óxido nítrico no músculo esque-
lético, contribuindo para a perda ponderal e melhora sistêmica da sensibilidade à insulina
(SOUZA, 2013). Além disso, tem demonstrado ser de grande ajuda no controle e manutenção
dos níveis glicêmicos e das demais disfunções orgânicas que possam ocorrer em virtude
do DM (LIMA, 2012).
Galvin et al. (2014) explicam que a insulina age no controle metabólico, especificamente
no metabolismo de carboidratos. Quando os níveis de açúcares estão elevados na corrente
sanguínea o pâncreas libera a insulina, esta por sua vez, tem como função facilitar a entrada
de glicose na célula para sua utilização por difusão facilitada (transporte ocorre a favor do
gradiente de concentração, partindo do meio mais concentrado para o meio menos concen-
trado). Ainda verificaram que a entrada da glicose nas células musculares e esqueléticas é
facilitada pelos transportadores (GLUT). O GLUT4 é responsável por facilitar a entrada de
glicose na célula em níveis elevados de glicose sanguínea ou alta concentração de insulina
circulante, dado que o GLUT se movimenta até a superfície da célula através de um meca-
nismo separado acionado através da ação da insulina, para otimizar a captação de glicose.
Uma vez dentro da célula essa glicose é a fonte de energia necessária para realização das
atividades propostas. (GALVIN et al., 2014).

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POSSÍVEL MECANISMO

A contração muscular produz substâncias denominadas miocinas, que fazem parte do


grupo das interleucinas, conhecidas por seus efeitos no sistema imunológico (SILVA JUNIOR,
2012). A produção aumentada de miocinas antagoniza a ação das citocinas pró-inflamátorias,
produzindo efeito anti-inflamatório. Ademais, a contração muscular habitual oferece proteção
para doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão arterial, doenças autoimu-
nes e para alguns tipos de câncer, como os de intestinos e mamas (SANTAREM, 2012).
Durante o exercício físico moderado a produção de glicose hepática está diretamente
ligada à captação de glicose sanguínea pelos músculos esqueléticos. O exercício aeróbio
induz o aumento na secreção do hormônio glucagon (produzido pelas células α pancreáti-
cas), este por sua vez estimula a glicogenólise e a gliconeogênese. No entanto, para esse
processo acontecer de maneira correta é preciso que ocorra uma diminuição da insulina
durante o exercício (BERNARDINI, MANDA, BURINI, 2010).
No DM, o exercício resistido (ER) ao iniciar a contração muscular provoca a mobilização
das reservas de glicogênio para atender às novas necessidades energéticas, aumentando
a captação de glicose circulante, o que implica na melhoria do transporte de glicose, resul-
tando em redução da hiperglicemia (LIMA, 2012). Quando realizado com regularidade, o
exercício também induz a aumentos da sensibilidade dos receptores de insulina e o número
de transportadores de glicose insulino-dependente (GLUT4), com maior captação de glicose
e eficiência na seleção e no uso das fontes energéticas ao ativar enzimas mitocondriais.
(RIBEIRO et al., 2011).
Grande parte da glicose retirada do sangue pelos músculos esqueléticos se dá pelas
vias AMPK dependente e insulina dependente, nas duas há uma regulação da fosforilação
do substrato da Akt (AS160), promovendo a translocação do GLUT4 até a membrana celular
para a captação da glicose (figura 1). O exercício de endurance ou contra resistência gera
um aumento do GLUT4 no músculo. Outro fator importante é o aumento da sensibilidade à
insulina no DM2 fisicamente ativos, que ocorre por aumento da massa muscular, aumento
do fluxo sanguíneo e pela maior captação e utilização de glicose pelo músculo esquelético
(BERNARDINI, MANDA, BURINI, 2010).

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Figura 1. Mecanismos removedores da glicose sanguínea pelo musculo esquelético. Adaptação de Bernardini, Manda,
Burini, (2010).

NO PERFIL LIPÍDICO

Dentre os efeitos causados DM, nos efeitos agudos estão a hiper e hipoglicemia; já os
efeitos crônicos podem ser doenças cardíacas, doenças vasculares, retinopatia, nefropatia e
neuropatia (PONTIERI, BACHION, 2010). Há variáveis que comumente são encontradas em
diabéticos como concentrações de LDL elevadas e HDL reduzido (PENAFORTE et al., 2013).
A doença, em relação aos músculos e tecidos caracteriza-se pela diminuição da habi-
lidade da insulina em estimular a utilização da glicose pelo músculo e pelo tecido adiposo,
prejudicando a supressão da lipólise mediada por esse hormônio (SOUZA, 2013).
A redução de peso e diminuição dos riscos cardiovasculares está frequentemente
associada à melhora dos níveis de colesterol (Estridge e Reynolds, 2011). O treinamento
físico, em conjunto com uma dieta pode reduzir a adiposidade e controlar os níveis de co-
lesterol (FERREIRA, 2014).
O exercício físico tem sido indicado para aumentar as defesas antioxidantes, reduzir o
estresse oxidativo, bem como melhorar perfil lipídico, gerar uma hipotensão arterial (aguda
e crônica) e possivelmente reduzir as lesões renais (MONTEIRO et al., 2010).

NA FUNÇÃO RENAL

A doença renal crônica (DRC) tem sido considerado um problema de saúde pública no
qual a maior prevalência ocorre em pessoas com diagnóstico de Diabetes Mellitus (DM) e
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (ROMÃO, 2013). A DRC limita a capacidade funcional,
trazendo complicações cardiovasculares, alterações endócrino-metabólicas, osteomioarti-
culares entre outras que comprometem a qualidade de vida (KOSMADAKIS et al., 2010).
Roso et al. (2011) afirma que pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam
menor tolerância ao exercício, até mesmo para atividades de vida diária, quando compa-
rados com indivíduos saudáveis ou com doença renal de menor gravidade. Além disso, a
atividade física pode contribuir de forma significativa para a melhora da DRC, no entanto
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não há evidencias sobre os parâmetros mais adequados como intensidade, frequência e
duração do exercício (DE ALENCAR, 2012).

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA DIABÉTICOS

A principal função do exercício físico para o cotidiano do individuo com Diabetes são
os efeitos benéficos para sua prevenção e tratamento. O exercício deve ter função primor-
dial em grupos de risco como obesos e familiares de diabéticos. As continuidades dessas
morbidades acarretam varias doenças que são desencadeadas por multifatores podendo ser
agravadas, onde não sendo tratadas com urgência trazem danos a saúde. “(...) O exercício
físico age diretamente sobre a resistência à insulina, além de aumentar a capilarização nas
células musculares esqueléticas (BARBIERI; FERREIRA, 2014).”
Sabemos que diabéticos apresentam menor força muscular, menor flexibilidade e me-
nor condição aeróbica do que pessoas que possuem mesmo sexo e idade. Diabéticos que
possuem melhor condição aeróbica e que são fisicamente ativos apresentam um melhor
prognostico do que aqueles que não fazem exercício físico (DIRETRIZES SBD | 2014-2015).

AVALIAÇÃO PRÉ-EXERCÍCIO.

Assim como aqueles que não possuem essa diabetes, indivíduos que buscam iniciar
qualquer programa de exercícios devem passar por uma avaliação médica criteriosa. A ava-
liação não deve ser padrão para o grupo dos diabéticos, pois para cada nível de exercício
físico e público há diferenças. Essa avaliação deve conter um Eletrocardiograma e Teste
Ergométrico antes de iniciar a prática, de preferência em horário próximo ao que o mesmo
realizará a atividade, sem suspender o uso da medicação. É imprescindível avaliar possíveis
complicações arteriais, renais, além da retinopatia e neuropatia autonômica (ADA, 2011;
ACSM-ADA, 2010). Para aqueles diabéticos que já se exercitam, uma avaliação médica pe-
riódica é fundamental. Ao paciente que apresente o quadro de diabetes e que queira iniciar
exercícios de moderada a alta intensidade, o teste de esforço está indicado para aqueles
que apresentam as condições do quadro a seguir (DIRETRIZES SBD | 2014-2015).
A avaliação inicial do DM deve ser criteriosa. Devem ser submetidos a um
Eletrocardiograma e Teste Ergométrico antes de iniciar, de preferência em horário próxi-
mo ao que o mesmo realizará a atividade, com uso da medicação (se fazer uso). Avaliar
a presença de doença arterial periférica, retinopatia, doença renal e neuropatia autonômi-
ca. Os seguintes critérios devem ser utilizados para a execução do Teste de Esforço (ADA,
2010; ACSM-ADA, 2010):

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• Idade > 40 anos (com ou sem FRs CV);
• Idade > 30 anos (DM1 ou DM2 + 10 anos):

– HA;
– Tabagista;
– Dislipidemia;
– Retinopatia;
– Nefropatia, incluindo microalbumiúria;

• Idade Qualquer (Suspeita de DCV, DCV, DA):

– Neuropatia Autonômica;
– Nefropatia Avançada com Insuficiência Renal.

TIPOS DE EXERCÍCIO

Exercícios aeróbicos, flexibilidade, exercícios de resistência/fortalecimento muscular,


esses exercícios auxiliam na melhoria das valências do individuo, retardando os fatores físicos
que no decorrer do distúrbio (diabetes) geralmente acontece, principalmente em indivíduos
não ativos (DIRETRIZES SBD | 2014-2015).

FREQUÊNCIA DO EXERCÍCIO E DURAÇÃO DO EXERCÍCIO

Para os diabéticos a recomendação de atividade aeróbica diária, ou pelo menos a cada


2 dias, é reforçada para que os benefícios sobre o metabolismo glicídico sejam alcança-
dos A recomendação mais atual para diabéticos é de 150 minutos de exercícios de moderada
intensidade por semana ou 75 minutos de exercícios de alta intensidade por semana ou uma
combinação de ambos (DIRETRIZES SBD | 2014-2015).

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

O exercício deve ser prescrito sempre respeitando as particularidades da doença.


Atividades lúdicas, esportivas, recreativas e laboratoriais podem ser feitas, mas devem-se
estar atentos as limitações e possíveis agravos ocasionados pelas complicações que o
diabetes pode exercer. O ACSM afirma ainda que essa prática de exercícios deve estar
associada ao aumento dos níveis de atividade física diária, para que se possam contro-
lar os níveis glicêmicos e obter benefícios á saúde (AMERICAM COLLEGE OF SPORTS
MEDICINE, 2010).
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Educação Física para Grupos Especiais: exercício físico como terapia alternativa para doenças crônicas
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS DE RESISTÊNCIA

De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2014-2015, para


exercícios de resistência são necessárias 2 a 3 vezes por semana a prática de exercícios,
incluindo os grandes grupos musculares, progredindo para 2 a 3 séries de 8 a 10 repetições
com peso que não suporte mais do que essas repetições. O exercício contra resistência
pode ser uma alternativa para os diabéticos portadores de complicações microvasculares
em membros inferiores (neuropatia periférica, pé diabético) que os incapacitam ou dificultam
a realização de exercício com impacto articular (DIRETRIZES SBD | 2014-2015).
Já para a prescrição, o treinamento de força inclui uma serie de 8 a 10 tipos de exercício
com 8 a 12 repetições (SIMÕES, MENDONÇA, SILVA; 2004). Para ACSM, 2010, recomen-
da-se realizar o Treinamento de Força duas vezes por semana, com pelo menos 48 horas
de intervalo entre as sessões com carga entre 40%-60% de 1RM. Uma série de exercícios
para os principais grupos musculares, com 10 a 15 repetições (ACSM, 2010). Os efeitos de
treinamento na musculatura esquelética podem ser visto com aumento da força e da resis-
tência física, representando assim uma contribuição significativa no controle do diabetes,
bem como uma melhora na capacidade de trabalho (DIRETRIZES SBD | 2014-2015).

INTENSIDADE DO EXERCÍCIO

Para indivíduos diabéticos que queiram participar de atividades de Intensidade leve/


baixa como caminhada, por exemplo, pode ser realizada sem a solicitação do teste de esforço
caso a caminhada não exceda a intensidade das atividades diárias. Contudo, a maioria das
diretrizes internacionais evita a solicitação de testes de esforço em indivíduos com baixo
risco (Colberg, 2011).
Exercícios de maior intensidade apresentam maior impacto no aumento da condição
aeróbica e na redução da hemoglobina glicada do que o aumento do volume semanal de
exercício em diabéticos. Isso ocorre dependendo do estado do paciente, se é ou não ativo,
e também do estado do paciente com a diabetes. Porém, para pessoas diabéticas seden-
tárias, sem nenhum nível de atividade física, exercícios mais intensos são de difícil realiza-
ção. Assim, recomenda-se atividade moderada e considera-se a possibilidade de aumento
da intensidade para benefício adicional no controle glicêmico. Arrantes, Santos e Navarro
(2009) realizaram um estudo de caso em uma paciente com diabetes tipo 1 para verificar
a influência de um programa de exercício combinado (aeróbio e de força) na glicemia, os
resultados mostraram que uma redução de glicemia e da aplicação de insulinas exógenas,
porém não apresentou melhora significativa de maneira crônica na hemoglobina glicada.

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Educação Física para Grupos Especiais: exercício físico como terapia alternativa para doenças crônicas
RECOMENDAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA DIABÉTI-
COS DO TIPO 1

Geralmente presente em crianças e jovens, não há um protocolo padrão de qual exercí-


cio fazer especificamente com pessoas que possuem DM1, porém o quadro a seguir mostra
fatores que influenciam na resposta ao exercício assim auxiliando na prescrição:

(Diretrizes SDB – 2014/2015).

O maior risco na prática de exercício em diabéticos é a hipoglicemia, que pode ocorrer


durante, logo depois ou horas após o final da atividade, é mais frequente em diabético de-
pendente de insulina e naqueles que usam substâncias secretoras de insulina. O monitora-
mento glicêmico é a base para a adaptação do tratamento ao exercício e deve ser conduzido
antes, durante (quando a duração do exercício > 45 minutos) e depois dele, principalmente
nos dependentes de insulina (DIRETRIZES SBD | 2014-2015).

RECOMENDAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA DIABÉTI-


COS DO TIPO 2

Os exercícios recomendados são aqueles de característica aeróbia como caminhar,


nadar, correr, andar de bicicleta, etc, que envolvem grande massa muscular, com frequência
de três a quatro vezes semanais e duração 20 a 60 minutos, não devendo ultrapassar a in-
tensidade de 85% do VO2max, podendo este controle de intensidade ser feito também com
base na PSE (Percepção Subjetiva de Esforço). Esse tipo de exercício é mais recomenda-
do devido ao grupo de indivíduos que o diabetes tipo 2 atua, no caso obesos. Todo obeso
não possui diabetes, muito menos a tipo 2, porém é o público mais atingido (DIRETRIZES
SBD | 2014-2015).

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Educação Física para Grupos Especiais: exercício físico como terapia alternativa para doenças crônicas
CONTRA INDICAÇÕES PARA A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
POR DIABÉTICOS

Um estudo realizado por Lara (2009) com um indivíduo sedentário e diabético verificou
que exercício de força e caminhada, gerou uma diminuição da glicemia, mas essa queda
apresentou-se de forma mais acentuada no exercício de caminhada (caiu em 55% após duas
horas) quando comparado ao exercício de força (caiu em 28% após duas horas). Exercício
físico de alta intensidade não é recomendado por resultar um estado de hiperglicemia, pois
os mecanismos mediados pela insulina não estão presentes. Isso ocorre dependendo do
estado do paciente, se é ou não ativo, e também do estado do paciente com a diabetes.
Logo, a reposição de carboidratos extra ou redução na dose de insulina podem resultar na
exacerbação da hiperglicemia pós-exercício e não a uma diminuição necessária para os
indivíduos com DM 1. Isto se deve ao fato de indivíduos com DM1 possuírem os mecanis-
mos reguladores da glicemia independentes da insulina estarem preservados. Logo, é a
liberação de catecolaminas que irá controlar a produção hepática de glicose (DIRETRIZES
SBD | 2014-2015).
As recomendações atuais da ADA (American Diabetes Association) enfocam não o
nível glicêmico, mas sim a presença de cetose e a ausência do uso de insulina por 12 a 48
horas. Nesse caso, os exercícios, principalmente os vigorosos, podem piorar a hiperglicemia
e a cetose. Entretanto, desde que o paciente esteja clinicamente bem, com diurese normal
e com cetonas plasmáticas negativas não é necessário adiar o exercício fundamentado
apenas na hiperglicemia (DIRETRIZES SBD | 2014-2015).

CONCLUSÃO

Com base na revisão de literatura apresentada, pode-se concluir que o DM provoca


uma série de alterações metabólicas, comprometendo vários sistemas, principalmente o
vascular, resultando em complicações crônicas que podem gerar a morte do indivíduo.
Logo a prática regular de exercícios físicos por pacientes com DM mostrou-se efi-
caz em otimizar o perfil lipídico, aumentando o HDL e diminuindo o LDL, colesterol e, em
alguns estudos, glicemia. Sendo sugerida uma combinação de exercícios (exercícios de
endurance e contra-resitência) com intensidade adequada ao praticante, moderada ou alta
por proporcionar efeitos independentes, e se complementarem na promoção de benefícios
metabólicos ao indivíduo.

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Educação Física para Grupos Especiais: exercício físico como terapia alternativa para doenças crônicas
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