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Sumário
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 3
PNDH-3 ................................................................................................................................................... 8
GABARITO ............................................................................................................................................. 27
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Prof. Naiama Cabral
Noções de Direitos Humanos para Polícia Penal MG Aula 02
Apresentação
Olá, aluno(a)! Eu sou Naiama Cabral, sua professora de Direitos Humanos aqui no Direção Concursos. Minha
missão é conseguir facilitar a sua aprovação!
@naiamacabral
Hoje, veremos sobre a Política Nacional de Direitos Humanos e, mais especificamente, aprofundaremos sobre o
Programa Nacional de Direitos Humanos.
Vamos lá?
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O principal instrumento para a aplicação e concretização dessa política nacional é o Programa Nacional de
Direitos Humanos (PNDH), que estabelece diretrizes com observância aos compromissos internacionais
assumidos pelo Brasil em relação à temática de direitos humanos – isto é, o compromisso de aderir a todo e
qualquer direito e garantia relativos aos direitos humanos, haja vista a dignidade da pessoa humana como
fundamento da República do Brasil.
A Política Nacional de Direitos Humanos, portanto, é uma política pública de abrangência nacional, coordenada
pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que deve exercer as suas ações respeitando as
diretrizes do PNDH.
POLÍTICA
PROGRAMA
(PNDH)
O PNDH, ao longo do tempo, foi tendo modificações conforme necessário para que esteja em dia com as
discussões, temáticas e problemáticas da sociedade contemporânea, motivo pelo qual há três versões deste
documento: PNDH-1, PNDH-2 e PNDH-3, este terceiro vigente desde a sua publicação em 2009.
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O primeiro programa (PNDH-1) foi criado em 1996 e, posteriormente, em 2002, atualizado para a sua segunda
versão (PNDH-2) no governo de Fernando Henrique Cardoso, o FHC. Este governo tinha como grande foco
principal questões econômicas, razão pela qual, em um primeiro momento, o PNDH não teve tanta visibilidade,
atenção e repercussão. Assim, em 2009, na vigência do governo Lula, houve uma análise mais minuciosa e foi
publicada a terceira versão do programa (PNDH-3), a qual está vigente até hoje.
PNDH-1
O primeiro PNDH foi a consequência de um longo e dificultoso processo de democratização da sociedade e do
Estado brasileiro após um extenso período de regime ditatorial, o qual não tinha os direitos humanos como cerne
de discussões, políticas e relações. Portanto, o PNDH-1 inaugurou, no cenário nacional, a política de direitos
humanos e todas as diretrizes e compromissos firmados na esfera internacional.
Este primeiro programa tinha uma natureza de plano de ação com ênfase nos direitos civis – ou seja, aqueles que
ferem mais diretamente a integridade física e o espaço de cidadania de cada um, como os direitos à vida, à
liberdade, à igualdade perante a lei, entre outros. Assim, neste programa, foram abordados os entraves à
cidadania plena, que levam à violação sistemática dos direitos humanos.
PNDH-2
Instituído pelo Decreto nº 4.229/2002, o PNDH-2 teve como um dos objetivos principais a promoção da concepção
de direitos humanos como um conjunto de direitos universais, indivisíveis e interdependentes, que
compreendem direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais.
Logo, sendo uma evolução do primeiro programa, além dos direitos civis e políticos, promoveu a inclusão dos
direitos de segunda geração – sociais, econômicos e culturais –, mantendo a coerência com a noção de
indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos.
Visando garantir diversos direitos – como educação, saúde, previdência, assistência social, meio ambiente
saudável, entre outros –, o PNDH-2 incorporou ações específicas (políticas setoriais) tratadas na Conferência
Nacional de Direitos Humanos, que, por sua vez, objetiva a participação da sociedade.
Como o próprio nome diz, são políticas voltadas para setores específicos – como, por exemplo, políticas voltadas para
educação, políticas voltadas para o meio ambiente, políticas voltadas para a saúde etc.
A primeira edição da Conferência ocorreu em 1996, o mesmo ano da criação do PNDH-1. Assim, sua atuação se dá desde a
primeira edição do PNDH e vem ganhando força ao decorrer de cada programa.
O grande objetivo da Conferência é tornar o debate acerca da Política Nacional de Direitos Humanos mais democrático, com
a participação de todos, em um espaço solidário e pluralista de definição de estratégias para a promoção dos direitos humanos
no Brasil. Contudo, há ainda uma frustração nesse quesito, pois, na prática, somente uma parcela muita pequena da
população, de fato, participa dessas decisões, haja vista o grande viés político envolvido.
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O PNDH-2 baseou-se e orientou-se principalmente em dois grandes documentos relacionados aos direitos de
segunda geração: o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), de 1966, e o
Protocolo de San Salvador, de 1988, ratificados pelo Brasil em 1992 e 1996, respectivamente.
▪ Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC): A Declaração Universal dos
Direitos Humanos – primeiro documento a tratar os direitos humanos no âmbito internacional – não possuiu
teor vinculativo (isto é, obrigatoriedade legal). Diante disso, para reafirmar e trazer uma efetiva concretização
dos direitos de segunda geração no âmbito global, surgiu o PIDESC, com força vinculativa.
▪ Protocolo de San Salvador: Saindo do caso anterior, que engloba o cenário internacional, e partindo para o
âmbito regional – isto é, o Sistema Americano de Direitos Humanos, que nos concerne – tivemos a Convenção
Americana de Direitos Humanos, cujo foco principal foram os direitos de primeira geração. Logo, haja vista a
carência da devida atenção também aos direitos de segunda geração, surgiu o Protocolo de San Salvador,
que tratou esses direitos com uma abrangência bem maior.
Ademais, houve a observância também, por parte do PNDH-2, da Declaração e Programação de Viena (1993), da
Constituição Federal de 1988 e da Conferência Nacional de Direitos Humanos, como dito anteriormente.
PNDH-3
O PNDH-3 foi instituído pelo Decreto nº 7.037 de 2009 e estabelece diretrizes, objetivos estratégicos e ações
programáticas a serem trilhados ao decorrer dos anos.
A criação desta terceira versão do PNDH foi precedida de amplos debates políticos, em especial na 11ª Conferência
Nacional de Direitos Humanos, que teve como objetivo principal constituir um espaço de participação democrática
para a revisão do PNDH-2, com o desafio de tratar de forma integrada as múltiplas dimensões dos direitos
humanos (não é à toa que o PNDH-3 é gigantesco ). Nesta conferência, foi adotado o lema “Democracia,
Desenvolvimento e Direitos Humanos: superando as Desigualdades”. Portanto, o PNDH-3 tem como ideal a
participação da sociedade.
O PNDH-3 é mais amplo que as duas versões anteriores, abrangendo uma quantidade mais extensa de direitos
e medidas a serem implementadas por diversos órgãos públicos a partir de uma visão de transversalidade – isto
é, uma abordagem com vários focos diferentes, como, por exemplo, na condição de participação de mais de um
órgão e de mais de uma medida. Esta característica da transversalidade reflete a interdependência dos direitos
humanos (um direito depender do outro).
Este programa não é uma política exclusiva de um só órgão da Administração Pública, envolvendo a articulação
institucional de diversos setores, órgãos e instituições diferentes para a sua efetiva execução – haja vista a
característica da transversalidade –, tendo sido instituído o Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do
PNDH-3, órgão colegiada composto por 21 ministérios, para acompanhar a execução do programa. Conforme o
Anexo do Decreto nº 7.037/2009, há uma distribuição de atribuições por ação programática, logo, uma ação
programática será exercida por um ou mais órgãos públicos. Em suma, há uma participação interinstitucional.
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Os Planos de Ação de Direitos Humanos, que revisa o PNDH para garantir que esteja atualizado conforme os
anseios e novos obstáculos da humanidade, nas versões anteriores do programa, ocorriam todos os anos. Porém,
o terceiro programa estipulou que passam a ser bianuais. Em outras palavras, o PNDH-3 é revisado a cada 2 anos.
Inaugurou, no
Trouxe ações Transversalidade e
PRINCIPAIS cenário nacional,
específicas participação
CARACTERÍSTICAS uma política de
(políticas setoriais) interinstitucional
direitos humanos
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PNDH-3
O PNDH-3 é sedimentado hierarquicamente em eixos orientadores, diretrizes, objetivos estratégicos e ações
programáticas.
Eixos
Orientadores
Diretrizes
Objetivos
Estratégicos
Ações
Programáticas
Atualmente, temos, ao todo, 6 eixos orientadores, 25 diretrizes, 82 objetivos estratégicos e mais de 520 ações
programáticas – os quais estão sujeitos a mudanças constantes, em especial as ações programáticas. Portanto, é
um documento bastante extenso e não há necessidade de analisarmo-nos em sua totalidade para fins de prova,
até porque seria praticamente impossível, para você, memorizar tudo. Assim, visando um estudo mais
direcionado, veremos de forma geral os principais pontos e os mais incidentes em prova.
Se você achar cabível, a título de conhecimento de todas as ações programáticas e para reforçar seu estudo e
embasamento, você pode clicar aqui para acessar o site do Planalto e ler Decreto nº 7.037/2009 na íntegra.
A tática, para a prova, é memorizar sobre o que versa cada eixo e, com base nisso, na resolução de questões, extrair
esse sentido para as diretrizes e ações cobradas. Em outras palavras, ao ler uma questão de prova acerca do PNDH-
3, você vai pensar “Isso se encaixa melhor em qual eixo?”.
Mas, você acha que eu ia te deixar na mão? Claro que não! Olha o mnemônico para ajudar na memorização:
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OS 6 EIXOS DO PNDH-3
“O INTER1 DESENVOLVEU2 o UNIVERSO3 com SEGURANÇA4, EDUCAÇÃO5 e MEMÓRIA6”
1 2 DESENVOLVimento e
INTERação Democrática
Direitos Humanos
5 EDUCAÇÃO e Cultura 6
Direito à MEMÓRIA e à Verdade
em Direitos Humanos
Art. 1 - Fica aprovado o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3, em consonância com as diretrizes,
objetivos estratégicos e ações programáticas estabelecidos, na forma do Anexo deste Decreto.
Portanto, o Decreto nº 7.037/2009 instituiu o PNDH-3. Em provas de concurso público, é bem comum que os
examinadores designem este programa apenas pelo número do decreto.
Art. 2 - O PNDH-3 será implementado de acordo com os seguintes eixos orientadores e suas respectivas
diretrizes:
Com este direcionamento do artigo 2º, vamos então analisar os eixos orientadores e cada uma de suas diretrizes!
a) Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento da
democracia participativa;
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b) Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de
interação democrática; e
Aqui, nesta diretriz, sai do plano escrito, das ideias, e parte para o plano real, da prática, com o estabelecimento
de mecanismos de informação que realizam uma avaliação, fiscalização e monitoramento para garantir que os
direitos humanos estão, de fato, sendo efetivados. Afinal, não basta ter tudo “bonitinho no papel” se na prática
não há nada.
Nesta quarta diretriz, é estabelecido que o desenvolvimento e a ampliação dos direitos devem ter um viés de
sustentabilidade – está é, a característica que permite a permanência de um processo ao longo do tempo –,
respeitando-se a inclusão, a participação, a diversidade cultural e regional e o meio-ambiente equilibrado.
O processo de desenvolvimento, do mesmo modo que os direitos humanos como um todo, é centrado na
valorização da pessoa humana.
c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações
futuras como sujeitos de direitos;
Esta sexta diretriz complementa o que diz a diretriz 4, que dispõe sobre a sustentabilidade no desenvolvimento
dos direitos humanos. A preservação e proteção meio-ambiente equilibrado é um direito humano que só pode ser
resguardado para as gerações futuras de pessoas através de medidas que permitam a sua sustentabilidade. Afinal,
se houver a destruição do meio-ambiente, não haverá mais como este direito humano existir.
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a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando
a cidadania plena;
Todos possuem direito aos direitos humanos, sendo estes universais, indivisíveis e interdependentes. Então, os
direitos humanos não serão pautados somente a um grupo.
b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de
forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação;
Ao tratarmos de um contexto de desigualdades, estamos dando enfoque a minorias e grupos vulneráveis, tais
como as crianças, adolescentes, idosos, pessoas negras, pessoas LGBTs, entre outros. Esta oitava diretriz, em
específico, reafirma os direitos das crianças e dos adolescentes.
As desigualdades estruturais advêm de preconceitos e costumes históricos enraizados na sociedade. Como, por
exemplo, o racismo advindo de um período de escravidão e o machismo como consequência de um período
passado no qual as mulheres não tinham igualdade de direitos.
Assim como nos exemplos anteriores, a diversidade é a inclusão das minorias e grupos diferentes, de modo a os
garantir um tratamento igual, independentemente da situação em que se encontram.
Para que sejam eficazes as medidas de segurança pública, é preciso haver uma democratização (exemplo disso é
o concurso público, que permite a participação de quem desejar concorrer e a avaliação de forma objetiva e
impessoal) e modernização (como no uso de máquinas, ferramentas e equipamentos atuais).
b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal;
Exemplo disto são os atos e audiências, que são públicos e permitem a transparência e participação das pessoas.
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Quando falamos em profissionalizar a investigação, temos como exemplos de medidas a modernização, como no
uso de equipamentos modernos e eficazes, e os concursos públicos, que permitem a contratação de pessoas
qualificadas. Além disso, o combate direto não é a única forma de combater a criminalidade e a violência, mas
também a prevenção, estabelecida nesta diretriz.
d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da
letalidade policial e carcerária;
A violência institucional diz respeito, principalmente, àquela que ocorre nas instituições policiais e carcerárias e
deve ser combatida. Além disso, em especial, o combate total (erradicação) da tortura, que é terminantemente
proibida e é considerada um crime inafiançável e insuscetível de graça e anistia – ou seja, não há perdão judicial.
A letalidade policial e carcerária é aquela que afeta tanto os agentes quanto os reclusos. A atividade policial é
perigosa e coloca o agente em uma posição vulnerável, diante disso, esta diretriz vislumbra também a proteção
dos agentes carcerários e policiais e a redução de sua letalidade.
e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas;
Esta diretriz traz o resguardo dos direitos e proteção também às vítimas e pessoas ameaçadas pelos crimes.
f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas
alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e
Semelhante ao disposto na diretriz 11, aqui temos a previsão da modernização da política de execução, de modo
que seja prioridade aplicar penas e medidas diferentes da prisão (privação de liberdade) e haja uma melhora no
sistema penitenciário.
g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia
e a defesa de direitos;
a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos
Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
Através de uma cultura de direitos humanos, se busca efetivar e fortalecer a política nacional de educação.
b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de
educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras;
Por meio do ensino e da educação, busca-se fortalecer os princípios da democracia e dos direitos humanos.
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c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos
Humanos;
Esta diretriz estabelece que não somente a educação conforme as diretrizes do Ministério da Educação será
observada, mas também dá reconhecimento à educação informal e a relevância que esta tem para a formação do
indivíduo.
Os regimentos e políticas internas de cada instituição pública devem promover o desenvolvimento dos direitos
humanos, aplicáveis aos servidores públicos e os demais envolvidos no serviço público.
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para consolidação
de uma cultura em Direitos Humanos; e
a) Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direito Humano da cidadania e dever do
Estado;
No período de escravidão e da ditadura militar, houve diversas violações aos direitos humanos. Portanto, este eixo,
como um todo, resguarda o direito à memória e à verdade relacionado às atrocidades e crueldades ocorridas, pois
um povo, ao conhecer o seu passado, não estará propenso a cometer os mesmos erros. Portanto, cria-se
mecanismos legislativos de combate a uma cultura e uma mentalidade advinda de um passado histórico de
crueldades – como, por exemplo, o combate ao racismo, que é uma consequência da escravidão.
c) Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promoção do direito à memória e à verdade,
fortalecendo a democracia.
Na transição do regime ditatorial para o regime democrático, é preciso modernizar e atualizar as legislações para
que estas resguardem e preservem formalmente o direito à memória e à verdade.
Alguns militares se sentiram ofendidos com este eixo, argumentando que seria uma afronta ao respeito e à
autoridade militar.
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Disposições finais
Parágrafo único. A implementação do PNDH-3, além dos responsáveis nele indicados, envolve parcerias com
outros órgãos federais relacionados com os temas tratados nos eixos orientadores e suas diretrizes.
No início do estudo sobre o PNDH-3, você aprendeu que há uma participação interinstitucional – isto é, de vários
setores, órgãos e instituições diferentes –, conforme dispõe este parágrafo.
Art. 3 As metas, prazos e recursos necessários para a implementação do PNDH-3 serão definidos e aprovados
em Planos de Ação de Direitos Humanos bianuais.
Você também já aprendeu isso. Os Planos de Ação de Direitos Humanos fazem a revisão do PNDH-3, garantindo
que este esteja em dia com os anseios e novos obstáculos da humanidade, e ocorrem de forma bianual – a cada
dois anos.
Modificações no PNDH-3
O Decreto nº 7.177, de 2010, realizou algumas alterações e revogações de ações programáticas no PNDH-3, as
quais abordaremos agora, pois são temas recorrentes em provas.
Aborto
Eixo Orientador III, Diretriz 9, Objetivo Estratégico III, Ação Programática “g”
Originalmente, a ação programática em questão apoiaria projeto de lei que descriminalizasse o aborto, tendo
como consideração a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos. Porém, isto não logrou êxito e esta
ação programática foi modificada, passando a dispor que:
g) Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde.
Atualmente, o aborto ainda é crime no Brasil, mas, no Código Penal, temos a tipificação do aborto necessário (caso
a mãe ou a criança corra risco de vida) e do aborto sentimental (ocasionado por estupro). Portanto, nestes dois
casos, os serviços de saúde pública devem ser garantidos em sua totalidade.
Mediação é um método alternativo para a resolução de conflitos sem que seja necessária a interferência da justiça,
pela participação de um mediador, neutro e imparcial, que auxilia as partes no diálogo rumo ao acordo.
Com a alteração feita pelo Decreto nº 7.177/2010, a mediação deixou de ser vista apenas como instrumento inicial
e passou a propor projeto de lei para institucionalizar a utilização da mediação nas demandas de conflitos coletivos
agrários e urbanos, sem prejuízo de outros meios institucionais para solução de conflitos.
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A ação programática em questão propõe a criação de um marco legal, nos temos do art. 22 da Constituição,
estabelecendo o respeito aos direitos humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos,
permitidos ou autorizados.
Anteriormente, esta ação programática também previa que o desrespeito aos direitos humanos nos serviços de
radiodifusão seria condição de outorga e renovação e haveria penalidades para quem violasse direitos humanos,
inclusive suspensão da programação e cassação do direito de explorar atividade. Porém, isto gerou uma reação
negativa da imprensa, argumentando que esta seria uma forma de censura, o que levou à revogação deste trecho.
Outras modificações
Eixo Orientador VI, Diretriz 24, Objetivo Estratégico I, Ação Programática “c”
c) Identificar e sinalizar locais públicos que serviram à repressão ditatorial, bem como locais onde foram
ocultados corpos e restos mortais de perseguidos políticos.
Eixo Orientador VI, Diretriz 24, Objetivo Estratégico I, Ação Programática “f”
A ação programática “f” teve o trecho riscado alterado para este que o sucede logo em seguida:
f) Desenvolver programas e ações educativas, inclusive a produção de material didático-pedagógico para ser
utilizado pelos sistemas de educação básica e superior sobre o regime de 1964-1985 e sobre a resistência
popular à repressão graves violações de direitos humanos ocorridas no período fixado no art. 8º do ADCT da
Constituição de 1988.
Eixo Orientador VI, Diretriz 25, Objetivo Estratégico I, Ações Programáticas “c” e “d”
c) Propor legislação de abrangência nacional proibindo que logradouros, atos e próprios nacionais e prédios
públicos recebam nomes de pessoas que praticaram crimes de lesa-humanidade, bem como determinar a
alteração de nomes que já tenham sido atribuídos.
c) Fomentar debates e divulgar informações no sentido de que logradouros, atos e próprios nacionais ou
prédios públicos não recebam nomes de pessoas identificadas reconhecidamente como torturadores.
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Portanto, a ideia aqui é que aqueles reconhecidos como torturadores não tenham seus nomes enaltecidos em
logradouros, prédios públicos, atos e próprios nacionais.
Aluno(a), na prática, ocorrem, de fato, violações aos direitos humanos e ao que dispõe o PNDH-3. A ideia do
documento é que continuemos a progressivamente combater isso. Porém, na sua prova, você deve deixar de lado
as suas opiniões e manter-se adstrito ao que dispõe o PNDH-3.
Eixo Orientador VI, Diretriz 25, Objetivo Estratégico I, Ações Programáticas “c” e “d”
A respectiva ação programática “d” teve o trecho riscado alterado para este que o sucede logo em seguida:
d)Acompanhar e monitorar a tramitação judicial dos processos de responsabilização civil ou criminal sobre
casos que envolvam atos relativos ao regime de 1964-1985 graves violações de direitos humanos praticadas
no período fixado no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988.
Ações Revogadas
A seguinte ação programática “c”, do Eixo Orientador III, Diretriz 10 e Objetivo Estratégico VI, foi revogada.
Você já deve ter visto em algum estabelecimento público, como um banco ou até mesmo em um tribunal, um
símbolo religioso – uma cruz, por exemplo. Esta ação programática objetivava impedir que tais símbolos fossem
ostentados em estabelecimentos públicos da União devido ao fato do Brasil ser um país laico, porém, ela foi
revogada.
Além desta, foi revogada também a ação programática “d” do Eixo Orientador V, Diretriz 22 e Objetivo Estratégico
I, que exprimia que:
d) Elaborar critérios de acompanhamento editorial a fim de criar ranking nacional de veículos de comunicação
comprometidos com os princípios de Direitos Humanos, assim como os que cometem violações.
Esta estabelecia a criação de um ranking com os veículos de comunicação que mais respeitavam ou abordavam
sobre os direitos humanos, mas foi revogada. Que ideiazinha, eim?
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◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
No eixo orientador IV, o PNDH-3 versa sobre a segurança pública, acesso à justiça e o combate à violência.
Resposta: Certo
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
A Política Nacional de Direitos Humanos dá atenção especial às minorias e grupos vulneráveis, tal como os
parceiros de mesmo sexo. Além disso, no PNDH-3, principal instrumento da Política Nacional de Direitos
Humanos, a Ação Programática “g”, do Eixo Orientador III, Diretriz 9 e Objetivo Estratégico III dispõe que:
g) Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde.
Resposta: Certo
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
O eixo orientador que trata do acesso à justiça é, na verdade, o Eixo Orientador IV, e não o III, como diz a questão.
Resposta: Errado
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◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
Na verdade, esta é uma diretriz do Eixo Orientador IV, que versa sobre Segurança Pública, Acesso à Justiça e
Combate à Violência.
Resposta: Errado
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
A Política Nacional de Direitos Humanos tem como base programas que se alicerçaram pelo comando trazido na
esfera internacional, tais como a Declaração Universal de Direitos Humanos, o Pacto Internacional de Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais, a Convenção Americana de Direitos Humanos, o Protocolo de San Salvador e a
Conferência de Direitos Humanos de Viena.
Resposta: Certo
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
Nos eixos orientadores, temos a promoção dos direitos humanos e da democracia, trazendo-os como pauta de
toda e qualquer relação. Quando falamos dos direitos trabalhistas, isto diz respeito aos direitos sociais, trazidos
como enfoque pelo PNDH-2 e ampliados pelo PNDH-3.
Resposta: Certo
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◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade
policial e carcerária;
Resposta: Certo
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
É o que está estabelece expressamente a diretriz 4 do Eixo Orientador II, que versa sobre Desenvolvimento e
Direitos Humanos:
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
É o que dispõe as diretrizes 11 e 12 do Eixo Orientador IV, sobre Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à
Violência:
b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal;
Resposta: Certo
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Entre as principais diretrizes do PNDH-3/2009, no eixo de segurança pública, acesso à justiça e combate à violência,
incluem-se a democratização e modernização do sistema de segurança pública; a transparência e participação
popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; e o combate à violência institucional, com ênfase na
erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária.
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
Esta questão trouxe a literalidade das diretrizes 11, 12 e 14 do Eixo Orientador IV:
b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal;
d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade
policial e carcerária;
Resposta: Certo
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
A questão cita o eixo orientador sobre “interação democrática entre Estado e sociedade civil”, portanto, trata-se
do Eixo Orientador I, que engloba as diretrizes 1, 2 e 3: Em seguida, ela elenca quais seriam as diretrizes de tal eixo.
Vejamos:
“o fortalecimento dos direitos humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação
democrática;” Certo. Haja vista que este trecho menciona a interação democrática, você consegue afirmar que
está correto pois é sobre o que o Eixo Orientador I dispõe. Isto está expresso na primeira diretriz:
a) Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento da
democracia participativa;
“a valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento;” Errado. O Eixo Orientador
que aborda desenvolvimento e direitos humanos é o II. Esta é a literalidade da diretriz 5:
“a garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e interdependente, de modo que seja assegurada a
cidadania plena.” Errado. É o Eixo Orientador III que versa sobre a universalização dos direitos. Este trecho está
expressamente disposto na diretriz 7:
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a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a
cidadania plena;
Perceba a importância de memorizar o que cada eixo aborda. Para lhe ajudar, temos o mnemônico:
Resposta: Errado
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
Na verdade, esta é uma diretriz ligada à universalização dos direitos. Ou seja, Eixo Orientador III.
a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a
cidadania plena;
Resposta: Errado
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
O Eixo Orientador IV, sobre Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência, tem como objetivos, entre
outros, o combate à violência e o aprimoramento do sistema de segurança pública, conforme o disposto nas
diretrizes 11, 12, 13 e 14:
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b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal;
d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade
policial e carcerária;
Resposta: Certo
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
O Eixo Orientador IV visa aprimorar o sistema de segurança pública, a justiça criminal e c0mbater à violência, de
modo que sejam garantidos os direitos humanos de todos – inclusive dos reclusos e dos agentes.
Resposta: Certo
◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
O Eixo Orientador IV trata da participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal, bem como
do combate à violência institucional, conforme o disposto nas diretrizes 12 e 14:
b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal;
d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade
policial e carcerária;
Resposta: Errado
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◯ Certo ◯ Errado
RESOLUÇÃO:
f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas
alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e
Resposta: Errado
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Lista de questões
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
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É prevista como objetivo estratégico do PNDH-3 a garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado,
exercido em condições de equidade e segurança.
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
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◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
◯ Certo ◯ Errado
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Gabarito
1. Certo 9. Certo
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Resumo direcionado
Política Nacional de Direitos Humanos
É uma política pública de abrangência nacional, coordenada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
da República, que deve exercer as suas ações respeitando as diretrizes do Programa Nacional de Direitos Humanos
(PNDH), que é o principal instrumento para a aplicação e concretização dessa política.
O PNDH, ao longo do tempo, foi tendo modificações conforme necessário, motivo pelo qual há três versões deste
documento: PNDH-1, PNDH-2 e PNDH-3, este terceiro vigente desde a sua publicação em 2009.
PNDH-1 (1996)
Este primeiro programa tinha uma natureza de plano de ação com ênfase nos direitos civis. Assim, foram
abordados os entraves à cidadania plena, que levam à violação sistemática dos direitos humanos.
PNDH-2 (2002)
Sendo uma evolução do primeiro programa, além dos direitos civis e políticos, promoveu a inclusão dos direitos
de segunda geração – sociais, econômicos e culturais. Visando garantir diversos direitos, o PNDH-2 incorporou
ações específicas (políticas setoriais) tratadas na Conferência Nacional de Direitos Humanos.
O PNDH-2 baseou-se e orientou-se principalmente em dois grandes documentos relacionados aos direitos de
segunda geração: o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), de 1966, e o
Protocolo de San Salvador, de 1988. Ademais, houve a observância também da Declaração e Programação de
Viena (1993), da Constituição Federal de 1988 e da Conferência Nacional de Direitos Humanos.
PNDH-3 (2009)
Foi instituído pelo Decreto nº 7.037 de 2009 e teve a sua criação precedida de amplos debates políticos, em
especial na 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, que teve como objetivo principal constituir um espaço
de participação democrática. Nela, foi adotado o lema “Democracia, Desenvolvimento e Direitos Humanos:
superando as Desigualdades”.
O PNDH-3 é mais amplo que as duas versões anteriores, abrangendo uma quantidade mais extensa de direitos
e medidas a serem implementadas por diversos órgãos públicos a partir de uma visão de transversalidade. Este
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programa não é uma política exclusiva de um só órgão da Administração Pública, envolvendo a articulação
institucional de diversos setores, órgãos e instituições diferentes para a sua efetiva execução.
Os Planos de Ação de Direitos Humanos, que revisa o PNDH para garantir que esteja atualizado conforme os
anseios e novos obstáculos da humanidade ocorre bianualmente – a cada dois anos.
PNDH-1 PNDH-2 PNDH-3
PNDH-3
O PNDH-3 é sedimentado em eixos orientadores, diretrizes, objetivos estratégicos e ações programáticas.
6 Eixos
Orientadores
25 Diretrizes
82 Objetivos
Estratégicos
520+ Ações
Programáticas
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Modificações no PNDH-3
O Decreto nº 7.177, de 2010, realizou algumas alterações e revogações de ações programáticas no PNDH-3:
Aborto
Originalmente, a ação programática em questão apoiaria projeto de lei que descriminalizasse o aborto. Porém,
atualmente, o aborto ainda é crime no Brasil e ação programática passou a considerar o aborto como tema de
saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde.
Mediação é um método alternativo para a resolução de conflitos. A ação programática, após a alteração, deixou
de considerar a mediação como instrumento inicial e passou a propor projeto de lei para institucionalizar a
utilização da mediação nas demandas de conflitos coletivos agrários e urbanos.
A ação programática em questão propõe a criação de um marco legal estabelecendo o respeito aos direitos
humanos nos serviços de radiodifusão. Anteriormente, esta previa também a possibilidade de outorga e
renovação e penalidades para violações aos direitos humanos, mais esta última parte foi revogada.
Ações Revogadas
d) Elaborar critérios de acompanhamento editorial a fim de criar ranking nacional de veículos de comunicação
comprometidos com os princípios de Direitos Humanos, assim como os que cometem violações.
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