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A Hora da Estrela

 Clarice Lispector

Mestranda Jéssica Fraga


• Principais autores da Geração de
45:

•  J o ã abral de Melo Neto (192!


1 9
o
9 9
C
"
• Clarice Lispector (192!19##"
•  João $%i&arães 'osa (19!19)#"
• Ariano *%ass%na (192#!21+"
• L,gia Fag%ndes -elles (192."
/ida
• Nasce% na 0crnia e& 192
• /e& para o 3rasil aos dois anos co&
a 4a&5lia6 78a&!se e& 'eci4e
• erde% a &ãe aos 12 anos
• Fa&5lia se &%da para o 'io de Janeiro
• For&o%!se e& direito
• Aos 19 anos p%blico% erto do Cora:ão
*el;age&
• *eg%indo o &arido6 diplo&ata de carreira6

;i;e% 4ora do 3rasil por <%in=e anos>


• *eparada do &arido e de ;olta ao 3rasil6 passo%
a &orar no 'io de Janeiro
• E& 19#) 4oi con;idada para representar o 3rasil
no Congresso M%ndial de 3r%8aria6 na Col?&bia
• E& no;e&bro de 19## so%be <%e so4ria de
cncer generali=ado
•  No &@s seg%inte6 na ;éspera de se%
ani;ersrio6 &orria e& plena ati;idade literria
e go=ando do prest5gio de ser %&a das &ais
i&portantes ;o=es da literat%ra brasileira>
A escrita da a%tora
• atingir as regiBes &ais pro4%ndas
da &ente das personagens
•  enredo te& i&portncia sec%ndria
• *ão co&%ns e& Clarice Distrias se&
co&e:o6 &eio o% 7&
• Ela se di=ia6 &ais <%e %&a escritora6
%&a sentidora6 por<%e registra;a
e& pala;ras a<%ilo <%e sentia>
• *e%s narradores seg%e& o G%8o
do pensa&ento! G%8o de
consci@ncia e

o & on l og o i nterior das


• p e rs4rag&entado
Enredo a g en s 
C a a c te r 5s t ic a s
• pe rs o n a g e n s 7 c
4 5s ic a s d a s
a & e & s e g%ndo
plano
• M%itas personagens não
apresenta& se<%er no&e>
• escoberta de %& &%ndo abs
%rdo pelas personagens
* % a s p e r o n a g e ns
• an g I s t ia s d o D o & e
r eG e t e & a s
& d o s éc % lo  4r
%stra:Bes e anseios6 decorrentes da
&ecani=a:ão da ;ida e do trabalDo
•  Escrita inti&ista Kte& gente <%e
cose para 4ora6 e% coso para dentro>
• A ;ida da a%tora e s%a obra se
&escla& de tal 4or&a <%e não é

a4 ae= eor%&troas6 is%to&


p os s
5; e
en tr l éa6 Csleapriacrea :éã ao
e % &
obra6 e a obra é Clarice
Principais Romances:
• erto do Cora:ão *el;age&6 19++>
• A Ma:ã no Esc%ro6 19)1>
• A ai8ão *eg%ndo $>H>6 19)+>
• 0&a Aprendi=age& o%  Li;ro dos ra=eres619)9>
•  A Hora da Estrela6 19##> (No;ela"
Contos e crônicas:
• La:os de Fa&5lia6 19)>
• A Legião Estrangeira6 19)+>
• Felicidade Clandestina6 19#1>
 -r@s &o&entos

• o <%estiona&ento e8istencial do prprio a%tor


narrador
•  reGe8ão sobre ato de escre;er
• a ;ida &iser;el de Macabéa>
ersonagens
Macabéa OP Jo;e& alagoana de 19
anos6 datilgra4a6 &oradora do 'io
de
 Jaenseciroit a(c i4deaiad6e r ato<d
%a5t i4ceait6a s ocloitntrriaa ela"
KAlg%é& se& ;ida interior6 se& 4%t%ro
e co& %& passado se& <%al<%er
i&portncia
• 'odrigo *>M> OP Narrador e personage&>
Ele inicia o li;ro Q%sta&ente 4a=endo
reGe8Bes e indaga:Bes sobre a e8ist@ncia e
sobre o ato de
escre;er> Apresenta!se6 depois6 Q%sti7cando por
<%e a Distria ter de ser contada por %&
narrador Do&e&> E8plica o &oti;o de escre;er
sobre a &o:a  Kn%&a r%a do 'io de
Janeiro
peg%ei no ar de relance o senti&ento de
perdi:ão no rosto de %&a &o:a
nordestina>
i= <%e é %& dos &ais i&portantes>
• l5&picoOP nordestino6 na&orado de
Macabéa> J Da;ia co&etido %& cri&e e
esta;a no 'io trabalDando> A&bicioso e
desonesto6 pretendia ser dep%tado>

• $lriaOP colega de trabalDo de Macabea>


Loira o8igenada6 e&bora não 4osse bonita6
era be& ali&entada e Ka&aneirada no
ba&boleio do ca&inDar por ca%sa do sang
%e
a4ricano escondido> Rsso e o 4ato de ser 7lDa
de a:o%g%eiro constit%5ra& atra:Bes para o
a&bicioso l5&pico6 <%e dei8a Macabea por
ela>
• Mada&e CarlotaOP carto&ante> E8!prostit%ta e
e8!ca4etina6 era S4ã de Jes%sS e gosta;a &%ito de

&coa&riedro b eos&trbaonngse>i eiro e %&


ror ep;a@r a &M%aictoa bdeinaD>

• As tr@s MariasOP &ora& co& Macabéa


no &es&o <%arto>

•   &édicoOP Atende Macabéa e diagnostica a


gra;idade da t%berc%lose>

• *e% 'ai&%ndoOP CDe4e <%e rel%ta e& &andar


Macabéa e&bora>
 narrador
• 'odrigo *>M> OP Inico
narrador Do&e& da obra de
Clarice
• Narrador!personage& da Distria>
T%estiona&ento e8istencial do
prprio narrador
• Co&e:o do li;ro K-%do no &%ndo co&e:o
% co& %& si&> 0&a &oléc%la disse si& a o
%tra &oléc%la e nasce% a ;ida> Mas antes
da pré! Distria Da;ia a pré!Distria da pré!
Distria e Da;ia o n%nca e Da;ia o si&>
*e&pre Do%;e> Não sei o <%@6 &as sei
<%e o %ni;erso Qa&ais co&e:o%>
• KT%e sei e%U
• 'e=a;a para atingir a si &es&o
• A ;ida inco&oda bastante
• $osto de be& bo& ;i;er6 e& bre;e
algo de r%i& poderia acontecer
• /i;er é ape<%enar!se>
'eGe8Bes sobre ato de escre;er
• KEn<%anto e% ti;er perg%ntas e não Do
%;er resposta contin%arei a escre;er>

• Li&ites 7c:ão  realidade


• K*e D ;eracidade nela V é claro <%e a

• DCios&tori ao éc o;netredIadoe iér as


e & b o r a in ;e
i & p le s 6 a & an e ir t a da> de
se escre;er ta&bé& precisa ser si&ples6
se& ter&os co&ple8os>
• Não se considera %& intelect%al
• KE% não so% %& intelect%al6 escre;o
co& o corpo
• i7c%ldade 
• KNão6 não é 4cil escre;er> W d%ro co&o
<%ebrar rocDas> Mas ;oa& 4a5scas e
lascas co&o a:os espelDados>
Moti;os
“Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e
não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo
porque sou um desesperado e estou cansado, não
suporto mais a rotina de me ser e
se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu
morreria simbolicamente todos os dias. as preparado
estou para sair discretamente pela sa!da da porta dos
fundos. E"perimentei quase tudo, inclusive a pai"ão e o
seu desespero. E agora s# quereria ter o que eu

tivesse sido e não fui.$


A ;ida &iser;el de Macabéa
• Aps a &orte dos pais <%ando tinDa dois
anos6 4oi criada por %&a tia beata

•  Jaenseliorcoa6roan!sde dpea sAsloa%g oa


;si ;aetér coo '&io & daeis
<%atro colegas na '%a do Acre
• Macabéa trabalDa;a co&o datilgra4a
n%&a 7r&a de representantes de roldanas
• %;ia a 'dio 'elgio6 especiali=ada e&
di=er as Doras e di;%lgar anIncios
• Ad&ira;a &%ito a atri= norte!
a&ericana Maril,n Monroe
• Era apai8onada por
'ai&%ndo6 se% cDe4e

• 'de&ceibtied a6 naot
5rceisap doen d<e%re d ser
&aneira ed%cada6 ele adiar a

• dNeac&isoãroa;a co&
l5&pio6 &as por não
o4erecer nada de

K ; a lo r oso perde o rapa= para


$ l r ia 
• $lria por sentir c%lpa s%gere a Macabéa <%e ;
a %&a carto&ante6 s%a conDecida>
• E&presta!lDe dinDeiro e di=<%e Mada&e
Carlota poderia até indicar!lDe o Qeito de
arranQar o%tro na&orado>
• Macabéa ;ai X carto&ante
• ri&eiro a carto&ante lDe 4ala sobre o se%
passado de prostit%ta
• Ao constatar <%e a nordestina era &%ito
in4eli=6

4%a&la bseolbor eD o%&e 4&%t l%orioro & ea


riac;oi6l<D%oes olD eir idaa craias a&r %cioto& l
%8o e a&or>
• Macabéa sai carto&ante Sgr;ida de
4%t%roS6 encantada co& a 4elicidade
<%e a carto&ante lDe garantira e <
%e
ela Q co&e:a;a a sentir>

Aa or %dae6s éc eart rao
ca : a d a p a
p el a d a p o r % & lr a a t r
%a8;%eossoar Mercedes 3en=
a&arelo>
D1. (UFRS) o romance de Clale Lispector.
a) filia-se ã ficsào romsrrtica do sàc. XIX, ao cfiar
fieieinas idealizadas e mrbficar a @ura da mulher.
b) define-se como literatura feminista por excelência, ao
propor uma visêo da mulher opÊmida num universo

c) prende-se & crfüca de cosGmes, ao an@isar com


grande senso de humor uma sociedade urbana em
transforma- @**-
d) explora a@ &s úÕmas consequencias, @úzando, embwa
a tem&tica urbana, a linha do romance neonaGraJis& da
geragão de 3O.
e) renova, óefine e intonsifica a tsnd8ncia inVospectiva
de determinada corrente de ficçêo da segimcla
geração moderna.
Enem - 2013
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida.
Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre
houve. Não sei o quê, mas sei que o universo amais começou.
!..."
#nquanto eu tiver per$untas e não houver resposta continuarei a escrever. %omo começar pelo
in&cio, se as coisas acontecem antes de acontecer' Se antes da pré-pré-história ( havia os monstros
apocal&pticos' Se esta história não e)iste, passar( a e)istir. *ensar é um ato. Sentir é um +ato. s
dois
 untos  sou eu que escrevo o que estou escrevendo. !..." elicidade' Nunca vi palavra mais doida,
inventada pelas nordestinas que andam por a& aos montes.
%omo eu irei di/er a$ora, esta história ser( o resultado de uma visão $radual  h( dois anos e meio
venho aos poucos desco0rindo os porquês. 1 visão da iminência de. 2e quê' 3uem sa0e se mais tarde

 suas0tei5rceai.r %iao om coo qmueeç eos t ocuo mesoc rae mveonrdteo pnar ehcoera d mi/ers
msoa0 erem a q vuidea s o up olidrqou. eS óp rneãcois ion irceio$ ipsterlaor 5oms + qatuoes
antecedentes.
67S*#%T8, %. 9 hora da estrela. 8io de :aneiro; 8occo, <==> ?+ra$mento@.
A elabora:ão de %&a ;o= narrati;a pec%liar aco&panDa a traQetria literria de Clarice Lispector6 c
%l&inada co& a obra 9 hora da estrela6 de 19##6 ano da &orte da escritora> Nesse 4rag&ento6 nota!
se essa pec%liaridade por<%e o narrador
a" obser;a os aconteci&entos <%e narra sob %&a tica distante6 sendo indi4erente aos 4atos e Xs
personagens>
b" relata a Distria se& ter tido a preoc%pa:ão de in;estigar os &oti;os <%e le;ara& aos e;entos <%e
a co&pBe&>
c" re;ela!se %& s%Qeito <%e reGete sobre <%estBes e8istenciais e sobre a constr%:ão do disc%rso>
d" ad&ite a di7c%ldade de escre;er %&a Distria e& ra=ão da co&ple8idade para escolDer as pala;ras
e8atas>
e" propBe!se a disc%tir <%estBes de nat%re=a 7los7ca e &eta45sica6 inco&%ns na narrati;a de 7c:ão>
• Alternati;a “c> Na <%estão sobre o 4rag&ento
do li;ro KA Dora da estrela6 de Clarice Lispector6
pode&os perceber a preoc%pa:ão e& abordar os
aspectos relacionados co& a co&posi:ão do
te8to literrio> A pec%liaridade da ;o= narrati;a
de Clarice &ostra as reGe8Bes e8istenciais do s
%Qeito e& crise e ta&bé& %&a técnica de
constr%:ão do disc%rso &%ito presente na ling
%age& da escritora6 o KG%8o de consci@ncia6
no <%al a personage& dei8a de narrar para
4a=er reGe8Bes acerca do prprio
co&porta&ento>
Assinale a alternativa ZMCORD€TA em rela@o "a oõca A horà da esfzeIa, de 1977, de Clarice Lispector.

O( ) Apesar de ecumular no seu cozpo franzino a herança do sertão, Nacobée, como o


namorado OKmpico de Jesus, tambêm nordesônó, procura, a qualquer preço, a
ascensão soóa£
A personagem pmcipal ã a daoografa Macabéa, órfã alagoana criada por uma ôa
beata que morre pouco depois de chegarem ao Rio de Janeiro.
O c A busca da idenôdade leva Macabúa a observar-so diante do espelho, o a imagem
vista e desejada é”a de Narfyn Monroe.
O (o) Rodrigo S.N. ironiza, abavés de ritervençôes frequentes no texto, o estilo de
narraôva. que ete próprio emprega.
O (E) Logo após receber consolo da cartomante, pois, finalmente, sería feliz, Macabéa é
atropelada e, ferida de morte, vomita uma "estrela de mã pontas•.
Assinale com (V¡ verdadeiro ou tF) falso as afimafões abaixo. referentes ao romance A mars 0a Estrea. de Clarice üspector.

() Embora o titulo pmceal do romance seja J .lara da Esdda, a autora propte uma série de átulos alternativos.
() Clance evidencia preocupacóes tncouuns em sua obra, corro a reflexáo sobre a linguaaerr e a busca do surtido
secreto pus se esconda por trás do aparercauent• viú el.
( ) Antes de iniciar o relato da história de Nacabéa, o narrador faz comentános scbre as díficulaades inerentes ao
ato de escrever e sobre os seus reccios quanto ao deshno da personagem que está cnando.
() A narraçú do romance é feita por trts ' czes diztntaz: a de Rcdngo A. N., a de Naabéa e a de 0lírg<o.
() Uma das ü•trações de Na‹abéa. durante a madrugada, é ligar o ratinho empre5tado por una cdeça de quarto •.
sirconizar a Rádio Relógio, qu• assinala com um te-tac cada minuto.

z seqúénaa ccneta de preen&ir«ento dos parênteses, de aoia para baixe, é

(A) V - F - V - F -

Y. 'Í! (B. V-V

F-F-4

-’ (c) F - ¥ - F - V - F

(D) * - F - F - F - V,
(E;i F - F - V - V - F
• DttpYYZZZ>pla,b%==>co&Yra%ls<1YZ
esle,!sa4ad!o!o%!clarice!lispector!
<%e&!disse!isso

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