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Em um segundo ponto, os autores tentam levantar questões que poderiam levar a essas mudanças,
sejam pressão dos pares, aversão a dissenso, entre outros.
Ainda que a indicação não seja da mesma forma que nos EUA, tal estudo pode ser usado como ponto
de partida para análises parecidas do judiciário brasileiro, vendo como questões como espírito de
corpo, relações sociais e convívios podem influenciar as decisões nos órgãos colegiados brasileiros e
em que intensidade.
Os capítulos abordados dissertam sobre táticas, pensamentos, considerações e similares que levam
os juízes, no caso Justices da Suprema Corte dos Estados Unidos, a elaborarem certas decisões
quando podem, aparentemente, não parecerem consistentes com o resto de seu posicionamento.
Barganha entre juízes, previsão de certas ocorrências futuras, questões de agenda, elaboração de
peças de opinião, e questões institucionais e de percepção do público são considerados
conjuntamente com o factual e o conjunto normativo e tem tanta influência quanto estes dois
últimos.
O estudo é singular quanto da possibilidade de utilização dos arquivos pessoais de alguns Justices, o
que não é comum nos textos vistos até então, dando nova credibilidade ao argumento estudado na
disciplina de que as questões de interações sociais entre os juízes, suas considerações pessoais do
que é o “certo” em um sentido amplo, alinhamentos ideológicos, e outros, interferem nas decisões,
tornando a ideia de uma decisão isenta de influências externas ao processo uma falácia.
Um ponto que gostaria de levantar na aula é a possibilidade de acesso aos mesmos tipos de dados
que utilizaram nestes três capítulos. Relatórios internos, memorandos e outros documentos de
natureza não pública.