Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2 E
Data 25/09/2020
No século XIX se definiu a divisão das classes burguesas e operárias. Para atender
esse regime capitalista algumas mudanças eram fundamentais segundo Soares
(1994). Nesse período firmou-se o entendimento sobre corpo para atuação na força
de trabalho. A ciência positivista legitimava a ideia de que o teologismo não
explicava os posicionamentos da sociedade, mas sim a ciência que justificava todas
as coisas e deveria ser estabelecida para salvar o corpo social. A burguesia
estabelecia a construção de um novo homem que atendesse seus anseios políticos,
econômicos e sociais. Essa criação hierarquizada de um novo homem, pautado no
positivismo deveria atender, segregados e utilizando suas aptidões naturais,
reorganizando (corpo biológico) em favor da sociedade como um todo (corpo social).
A ciência positivista determinava irrefutavelmente através de observação,
experimentação e comparação que o esforço individual é que iria definir onde se
colocaria cada um gerando competição capitalista que melhorariam a raça entendida
pela teoria darwinista e eugenista. Era propagado a ideia que é natural e não
historicamente construído por determinações políticas e ideológicas da classe
elitizada. A importância dada à saúde gera ao médico, detentor desse conhecimento
científico nesse contexto higienista, o poder ao curar e aumentar a expectativa de
vida desse corpo biológico aparentemente cuidadoso, mas no entanto manipulador
junto com o Estado. Assim eles atuaram diretamente na família domesticando o
corpo pelo autocuidado e higiene em prol do capital. Nessa sequencia a mulher se
tornou a principal cuidadora da família que dispunha de homens cuidados para a
força produtiva e para manter dessa forma a ordem e o progresso.
A escola se torna alvo por ser onde se atingiria um grande número de corpos
biológicos de maneira simultânea. O vigor físico era essencial para atender o
capitalismo pela classe operária. No entanto apenas o físico deveria ser
desenvolvido e não o intelectual, para que continuasse em segregação a favor do
capital. A educação contribui na formação do novo homem, com uma liberdade falsa
onde os teóricos da época relatam essa igualdade e entrega á Educação Física a
tarefa de fortificar o corpo pela ginástica como direito forjado a todo cidadão. Pois a
burguesia tinha uma educação á parte que alimentava a hierarquia e o
conhecimento era mantido com dignidade entre eles que não trabalhavam enquanto
estudavam diferentemente dos filhos de operários. As escolas de ginástica desse
período atendiam essa ideologia e mantinha o pensamento médico higienista.
A ordem