Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
4 1
1) Conceito:
Trata-se de inovação da CRFB/88, na qual se busca combater uma “doença”, chamada pela
doutrina de “síndrome de inefetividade das normas constitucionais” (omissão inconstitucional).
O art. 103, § 2.º, da CRFB determina que, declarada a inconstitucionalidade por omissão de
medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção
das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. O
que se busca é tornar efetiva norma constitucional destituída de efetividade, ou seja, somente as
normas constitucionais de eficácia limitada!
Assim, foi publicada a Lei n. 12.063/09, que, ao acrescentar dispositivos na Lei 9.868/99,
passou a estabelecer a disciplina processual da ADO. Assim, foi acrescentado o Capítulo II-A na Lei
9.868¸ para regulamentar da ADI por omissão (art. 12-A em diante).
Para Barroso, o constituinte não instituiu ação autônoma para a tutela da omissão normativa,
distinta da ADI, limitando-se a prever que o objeto dessa ação pode incluir a declaração de
inconstitucionalidade por omissão. Por essa razão, mesmo antes da Lei 12.063/09, quando a Lei 9.868
não dispunha expressamente sobre a ADO, não havia impedimento para sua aplicação, baseada na
identidade substancial entre a Ação Direta por Ação e por Omissão.
Porém, a simples inércia do legislador não significa que se esteja diante de uma omissão
inconstitucional. Esta se configura com o descumprimento de um mandamento constitucional no
sentido de que atue positivamente, criando uma norma legal (obrigação jurídica de conteúdo
positivo). Vale lembrar que, via de regra, legislar é uma faculdade (discricionariedade) do
legislador. A inconstitucionalidade resultará, portanto, de um comportamento contrastante com uma
obrigação jurídica de conteúdo positivo, decorrente de uma imposição feita pela Constituição ao
órgão legislativo do dever de editar determinada norma reguladora da atuação de preceito
constitucional.
CPI – Aula 6.4 2
Segundo Barroso, as leis integradoras da eficácia dos comandos constitucionais são exigidas
para as normas constitucionais de organização 1 (Ex.: Art. 90, §2º; 93; 134, §1º; 172; 178) e normas
definidoras de direitos (Ex.: art. 5º, XXVI; 7º, IX; 201, §4º). A inércia do legislador em qualquer dos
dois casos configurará inconstitucionalidade por omissão. Já em relação às normas programáticas,
onde se prevê genericamente a atuação do Poder Público, sem especificar a conduta a ser adotada,
segundo o autor, não será possível, como regra, se falar em omissão inconstitucional, salvo se a
inércia inviabilizar o mínimo existencial.
Obs.: Para Barroso, a inconstitucionalidade por omissão pode ser imputável aos 3
poderes, ou seja, ao Executivo quando deixa de tomar as medidas político-
administrativas de sua competência; ao Judiciário quando se omite na entrega da
prestação jurisdicional; e ao Legislativo quando na inércia de elaboração de atos
normativos necessários à realização do comando constitucional, sendo esta última
modalidade de omissão a que é objeto do presente estudo.
O direito brasileiro previu 2 ações para tentar combater a “síndrome de inefetividade das
normas constitucionais”, de eficácia limitada: ADI por Omissão e Mandado de Injunção.
O Mandado de Injunção, previsto no art. 5º, LXXI, no qual se depreende que é uma garantia
colocada na mão de qualquer cidadão que se encontra na condição de titular de um direito
fundamental, mas que não pode exercer por falta de norma regulamentadora. Esse não tem como
função apenas dar ciência ao poder competente para regulamentar, mas sim regulamentar em concreto
o direito do impetrante, permitindo que esse possa exercer desde logo seu direito, mesmo na ausência
de norma regulamentadora (ter eficácia concretista). Serve, assim, para a tutela incidental in
concreto, por meio de controle difuso e via incidental, de direitos subjetivos constitucionais
violados devido à ausência de norma reguladora.
A ADI por Omissão, por ser uma ação de inconstitucionalidade (via principal e em tese das
omissões normativas), possui características idênticas à ADI comum, como legitimados, competência,
etc. Mas no caso da ADI por omissão, o art. 103, §2º, afirma que deverá ser dada ciência ao poder
competente. Assim, por não ser possível declarar a nulidade de uma lacuna, a decisão limita-se a
constatar a inconstitucionalidade da omissão legislativa.
Obs.: Para Gilmar Mendes, deve-se considerar também como solução para a
inconstitucionalidade decorrente de omissão a adoção de novas técnicas de decisão de
inconstitucionalidade, como as sentenças manipulativas de efeitos aditivos, na qual
a Corte declara inconstitucional certo dispositivo legal não pelo que expressa, mas
pelo que omite, alargando o texto da lei ou seu âmbito de incidência (ver aula 3, item
1.6.2), e a declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade.
Obs.2: Para Barroso, possuindo a norma constitucional densidade jurídica para sua
aplicação direta, o tribunal estará em condições de resolver a demanda, devendo
reconhecer a autoaplicabilidade à norma constitucional e fazê-la incidir diretamente.
1
Quanto a estas, Barroso afirma ser controvertida a invocação de um direito subjetivo fundamental à legislação,
de modo que tais hipóteses não seriam tuteláveis por ações individuais, mas apenas por ADI por Omissão.
CPI – Aula 6.4 3
Omissão Total: Será total quando o legislador, tendo o dever jurídico de atuar,
abstenha-se inteiramente de fazê-lo, deixando um vazio normativo na matéria (Ex.: Art.
37, VII, CRFB, que prevê o direito de greve para os servidores públicos, ainda não
regulamentado por lei)
Nesta hipótese, há 3 possibilidades de atuação judicial no âmbito da jurisdição
constitucional:
a. Reconhecer autoaplicabilidade à norma constitucional e fazê-la incidir
diretamente, quando a norma constitucional possui densidade jurídica para sua
aplicação direta;
b. Apenas declarar a existência da omissão, constituindo em mora o órgão
competente para saná-la, nas hipóteses em que a norma constitucional não é
autoaplicável e não há meio de concretizá-la sem a edição de um comando
integrador.
c. Não sendo a norma autoaplicável, criar para o caso concreto a regra, ou seja,
o Tribunal formula, no âmbito do caso concreto que lhe é dado conhecer, e com
CPI – Aula 6.4 4
base no art. 4º, LINDB, a norma faltante e necessária para a resolução da
controvérsia.
Um caminho possível, em situações como esta, para Barroso, seria a decisão judicial
determinar a extensão do benefício à categoria excluída, a partir de um termo futuro. Poderia
ser determinada data ou evento, como, por exemplo, o início do exercício financeiro seguinte. Essa
fórmula permitiria a ponderação dos diferentes princípios envolvidos: de um lado, a separação de
Poderes, a legalidade (o Legislativo, no intervalo, poderia inclusive prover sobre a questão), o
orçamento e, de outro, a supremacia da Constituição e a isonomia.
CPI – Aula 6.4 5
3) Objeto:
Sobre qual o tipo de omissão impugnável pela via da ADO, o art. 103, § 2º, CRFB, fala em
“omissão de medida” para tornar efetiva norma constitucional em razão de omissão de qualquer
dos Poderes ou de órgão administrativo. Segundo Barroso, esta deverá ser de cunho normativo, que
é mais ampla do que a omissão de cunho legislativo (omissões de outras espécies são atacáveis por
outros mecanismos jurídicos). O termo “normativo” tem alcance mais amplo do que “legislativo”,
porque nele se compreendem atos gerais, abstratos e obrigatórios de outros Poderes e não apenas do
Legislativo.
Assim, são impugnáveis, por ADO, a inércia ilegítima em editar quaisquer dos atos
normativos primários suscetíveis de impugnação em ADI. Ademais, também caberá a fiscalização
por ADO de atos normativos secundários, como regulamentos ou instruções, de competência do
Executivo, e até mesmo, eventualmente, de atos próprios dos órgãos judiciários.
A omissão, então, pode ser do Poder Legislativo, do Poder Executivo (atos secundários de
caráter geral, como regulamentos, instruções, resoluções etc.), ou do próprio Judiciário (por
exemplo, a omissão em regulamentar algum aspecto processual em seu Regimento Interno).
Ademais, segundo Barroso, por objeto da ADO, deve-se entender o tipo de providência que o
autor pode postular, que, segundo o art. 103, §2º, CRFB, são duas possibilidades:
Omissão é imputada a um dos Poderes – Neste caso, o pedido estaria limitado a que
lhe seja dada ciência da ocorrência da omissão inconstitucional, para a adoção das
providências necessárias.
Obs.: Embora o STF já tenha admitido a fixação de prazo, ressaltou que se tratava de
mera indicação, sem estabelecer consequências para eventual descumprimento (ADIn
3.682/MT).
4) Competência:
Como dito, segundo Barroso, a declaração de inconstitucionalidade por omissão dá-se no
âmbito da própria Ação Direta de Inconstitucionalidade, ou seja, o constituinte procurou tratar a
jurisdição constitucional abstrata como uma unidade, variando apenas o pedido, que poderá ser a
declaração de inconstitucionalidade, de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade por omissão.
Em razão disso, afirma-se que a previsão do STF como órgão competente para apreciar a
ação direta de inconstitucionalidade por omissão, de forma originária, é prevista no art. 102, I, “a”,
CRFB, c/c art. 103, § 2.º.
Ademais, conquanto não haja previsão expressa de mecanismo análogo à ADO no plano
Estadual, a doutrina em geral admite essa possibilidade, pois sua instituição harmoniza-se com a
autonomia reconhecida ao Estado em matéria de auto-organização e auto-governo, desde que
observado o modelo federal. A favor deste entendimento ainda existem 2 argumentos:
5) Legitimidade:
Sobre a Legitimidade Ativa, os legitimados para a propositura da ADO são os mesmos da
ADI genérica, ou seja, o rol previsto no art. 103 (já que não há distinção se o objeto é a impugnação
de um ato existente ou de uma omissão ilegítima), com as peculiaridades já apontadas em relação à
pertinência temática. Neste sentido, é o art. 12-A, Lei 9.868.
Ademais, quanto à natureza jurídica dos legitimados, conforme anota o Min. Gilmar
Mendes, assim como acontece na ADI genérica, o processo de controle na ADO tem por escopo a
“defesa da ordem fundamental contra condutas com ela incompatíveis. Não se destina, pela própria
índole, à proteção de situações individuais ou de relações subjetivadas, mas visa precipuamente à
defesa da ordem jurídica”. Os legitimados agem como “advogados do Interesse Público ou, para usar
a expressão de Kelsen, como advogados da Constituição”. Utilizando a denominação de Triepel, tem-
se “típico processo objetivo” (voto na ADI 3.682).
CPI – Aula 6.4 7
Assim, está-se diante de legitimação extraordinária, pois a atuação não se dá na defesa de
um direito próprio, mas do interesse geral, que se materializa no Princípio da Supremacia da
Constituição.
No tocante à Legitimidade Passiva esta recai sobre a pessoa ou órgão responsável pela
produção do ato exigido pela Constituição e que não foi editado.
6) Efeitos da Decisão:
Declarada a inconstitucionalidade, indaga-se se o STF (Poder Judiciário) poderia elaborar a
lei, para suprir a omissão. Em respeito ao princípio da tripartição dos Poderes, insculpido no art. 2.º
da CF/88, não é permitido ao Judiciário legislar (salvo nas hipóteses constitucionalmente previstas,
como a elaboração de seu Regimento Interno).
Assim, de acordo com o art. 12-H, declarada a omissão inconstitucional, será dada ciência ao
poder competente para a adoção das providências necessárias. Assim, deve ser feita uma
diferenciação, nos termos do art. 103, §2º, CRFB:
Obs.: Embora o STF já tenha admitido a fixação de prazo, ressaltou que se tratava de
mera indicação, mero parâmetro a indicar o lapso de tempo que a Corte entende
razoável para o suprimento da omissão, sem estabelecer consequências para eventual
descumprimento (ADIn 3.682/MT - Omissão do legislador em editar a LC prevista no
art. 18, §4º, CRFB). Assim, a comunicação continua tendo uma valia
essencialmente política.
Do ponto de vista temporal, diferentemente do que ocorre na ADI, que, como regra, retroage
ao momento do ingresso do ato no mundo jurídico, na ADO é preciso aguardar um período
razoável para sua caracterização. Para parcela da doutrina, a decisão relativa à mora do Poder
Público é constitutiva, sendo a decisão o termo inicial a partir do qual a omissão produziria seus
CPI – Aula 6.4 8
efeitos. Porém, segundo Barroso e o STF, em se tratando de leis que devam ser aprovadas anualmente
e de revisão geral da remuneração dos servidores públicos, a mora se caracteriza pelo decurso do
prazo de 12 meses sem encaminhamento da mensagem pelo Executivo (ADI 2.061-DF).
Sobre os efeitos da decisão, o tratamento a ser dado será distinto caso se trate de uma
omissão total ou de uma omissão parcial.
Obs.: Embora o STF já tenha admitido a fixação de prazo, ressaltou que se tratava de
mera indicação, mero parâmetro a indicar o lapso de tempo que a Corte entende
razoável para o suprimento da omissão, sem estabelecer consequências para eventual
descumprimento (ADIn 3.682/MT - Omissão do legislador em editar a LC prevista no
art. 18, §4º, CRFB). Assim, a comunicação continua tendo uma valia
essencialmente política.
Muito embora a ementa da ADO 3.682 não indique o caráter coercitivo da decisão do STF (“não se
trata de impor um prazo para a atuação legislativa do Congresso Nacional, mas apenas da fixação de um
parâmetro temporal razoável”), a leitura do acórdão e suas discussões finais pode dar a ideia de que, em
razão do caráter mandamental da decisão, o Congresso Nacional teria de legislar dentro de tal período de 18
meses, prazo, inclusive, fixado no dispositivo do acórdão. Em não elaborando a lei, dado o caráter
mandamental, consequências processuais poderiam decorrer e, ainda, possivelmente poderiam aplicar, por
analogia, o art. 64 e seus parágrafos (CF/88), com a ideia de travamento de pauta, ou, quem sabe, diante da
evolução da jurisprudência do STF no controle das omissões legislativas (MI 712), o suprimento da omissão
pelo próprio STF.
Questionando os efeitos práticos da ADO 3.682, o Presidente da Câmara dos Deputados encaminhou o
Ofício n. 1073/2008/SGM/P, ao Presidente do STF, dizendo não ter tomado conhecimento de decisão que
“obrigasse” o Parlamento a elaborar a LC, assim como alertando sobre o risco de a decisão do STF violar o
princípio da separação de Poderes (art. 2.º da CF/88), caso fosse realmente impositiva a decisão proferida.
Cabe notar, contudo, que o Min. Presidente do STF determinou, por meio do Ofício n. 346/GP, fosse
oficiado o Presidente da Câmara dos Deputados, encaminhando o inteiro teor do acórdão de fls. 132-187, e
esclareceu: “não se trata de impor um prazo para a atuação legislativa do Congresso Nacional, mas
apenas da fixação de um parâmetro temporal razoável, tendo em vista o prazo de 24 meses determinado
pelo Tribunal nas ADI ns. 2.240, 3.316, 3.489 e 3.689 para que as leis estaduais que criam municípios ou
alteram seus limites territoriais continuem vigendo, até que a lei complementar federal seja promulgada
contemplando as realidades desses municípios”.
7) Medida Cautelar:
Antes da Lei 12.063, o entendimento do STF era pela impossibilidade de Medida Cautelar em
ADO, pois a Corte não poderia expedir provimento normativo com o objetivo de suprir a inércia do
órgão inadimplente, nem mesmo em sua decisão final na matéria (o que também não poderia ser feito
em medida cautelar).
Nesse ponto, a Lei 12.063/2009 inovou a matéria, passando a admitir medida cautelar em
ADO. Segundo o art. 12-F da Lei n. 9.868/99, em caso de excepcional urgência e relevância da
matéria, o STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22
(quorum de instalação da sessão de julgamento com no mínimo 8 Ministros), poderá conceder medida
cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que
deverão pronunciar-se no prazo de 5 dias.
Concedida a medida cautelar, o STF fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da
União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo de 10 dias, devendo
solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional ,
observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo II da Lei n.
9.868/99.
8) Procedimento:
O procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) é praticamente o
mesmo da ADI genérica (art. 12-E, Lei 9.868), com algumas peculiaridades.
Nos termos do art. 12-B da Lei n. 9.868/99, a petição inicial, acompanhada de instrumento de
procuração, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias dos documentos
CPI – Aula 6.4 12
necessários para comprovar a alegação de omissão e indicará: 1) A omissão inconstitucional total ou
parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência
de índole administrativa; 2) O pedido, com suas especificações.
Obs.: De acordo com o CPC/2015, previsto nos arts. 994, III, e 1.021, contra a
decisão monocrática do Relator caberá o recurso de agravo interno para o Pleno do
STF. A novidade é que, por força da regra explícita do art. 1.070 e da previsão geral
fixada no art. 1.003, § 5.º, o prazo para a interposição desse recurso, bem como para
responder-lhe (art. 1.021, § 2.º), passa a ser de 15 dias (e não mais de 5), devendo a
contagem, pela regra geral do art. 219 do Novo CPC/2015, dar-se em dias úteis.
De acordo com o art. 12-E, §1º, os legitimados constantes do art. 103 da CF/88 poderão
manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para
o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais.
O relator poderá solicitar a manifestação do AGU, cujo encaminhamento deverá ser feito no
prazo de 15 dias. O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do
processo, por 15 dias, após o decurso do prazo para informações.
Finalmente, segundo Clèmerson Merlin Clève, “não há prazo para a propositura da ação.
É evidente, entretanto, que sem o transcurso de um prazo razoável, aferível caso a caso, não haverá
omissão inconstitucional censurável, mas sim mera lacuna técnica (omissão constitucional e omissão
constitucional em trânsito para a inconstitucionalidade)”.
CPI – Aula 6.4 13