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Em Defesa da Revolução Africana - Frantz Fanon

Parte 2 - Racismo e Cultura


- Parágrafos Curtos
- Expressos, aparentemente, como premissas (?)
- Apresenta algumas contradições (algumas ideias)
- Ideias que, aparentemente, estariam em circulação a respeito da cultura: “existência de grupos sem
cultura e culturas hierarquizadas” - resultado: relativização da noção de cultura.
- Falar de certas culturas, no 1° parágrafo, que teriam valor normativo. Egocentrismo e
sociocentrismo, segundo Fanon, seriam contradições que decorrem do caráter normativo de “certas
culturas”.
- Da negação ao reconhecimento: a cultura. Para Fanon, o processo desse movimento tem uma
história não contada, aqui a colocação é uma espécie de denuncia. Tal história “falta esboçar ao
nível da antropologia cultural”.
Aparentemente, existe uma série de distorções, por parte da pequena burguesia
intelectual a respeito das ideias de Fanon.

“O surgimento do racismo não é fundamentalmente determinante”. Fanon, até aqui, não apresenta,
de modo explícito, o racismo como uma ideologia , no entanto, ele diz: “o racismo não é um todo,
mas o elemento mais visível, mais quotidiano, para dizermos tudo, em certos momentos, mais
grosseiro de uma estrutura dada”.
Quer dizer, se Fanon é, como dizem, um marxista, a ideia de que o racismo não é um todo,
mas uma parte, a parte que aparece, nós teríamos então a inclinação para suspeitar que em suas
mãos o racismo assume uma perspectiva mais palpável e ainda que a dita estrutura dada seria a do
capital, portanto, um problema econômico (sociedade de classes) e não ideológico. (hipótese)
- Outro ponto seria o de abrir uma discussão sobre o racismo em um capítulo destinado, também, à
cultura, isto é, uma experiência social que tem fortes influências da ideologia, do misticismo, de
hábitos tradicionalmente aceitos, embora estes sejam elementos que fazem parte de uma
caracterização negativa da cultura (observação minha).
- Desenvolvida a partir da lebre levantada por Fanon: “hierarquização cultural”, talvez aquela que
ele chama a atenção no 1° parágrafo: “a reflexão sobre o valor normativo de certas culturas”.
- Já no 7° parágrafo, Fanon afirma categoricamente que o racismo é um “elemento cultural”. Mas,
até aqui, Fanon não expõe claramente que a estrutura social/econômica é uma estrutura de classes
sociais (contraditoriamente). Argumentos: Cultura: “conjunto dos comportamentos motores e
mentais nascido do encontro do Homem com a natureza e com seu semelhante”. Conceito amplo, ,
porém, correto. Aqui, a ideia de racismo é lógica. Essa definição de cultura possibilita que Fanon
insira o racismo como um “elemento cultural”.
- Por ser um elemento cultural, já que, segundo Fanon: “Há culturas com racismo e culturas sem
racismo”, o racismo se modifica à medida que as mudanças ocorrem no interior da cultura, sofrendo
uma espécie de reatualização determinada pela cultura.
- No parágrafo 9, Fanon nos oferece um novo fator: a “ciência”, na qual os ideólogos (já que há
uma doutrina, segundo Fanon, há de se convir a existência de um doutrinador) procuravam apoiar
suas teses com tentativas de demonstração a partir de comparações biológicas entre negros e não
negros, pressupõem-se.
Ele parece estar traçando uma linha de desenvolvimento histórico das ideias racistas, ou
“doutrinas” racistas, que em algum momento se desloca da “ciência” e repousa sobre a cultura.
Segundo Fanon, finalmente, teríamos aí um movimento transformativo que alcançaria um novo
patamar, que ele denominou de “racismo cultural”. Precisaríamos agora entender as relações
possíveis entre o “racismo cultural” de Fanon e o da pequena burguesia (racismo: cultural,
institucional, estrutural e etc...).
- Para Fanon, o racismo, ou doutrina racista, que procurava justificar suas teses a partir de
“experimentos científicos” e, ainda, chamado por ele de “racismo primitivo, ou vulgar”, transforma-
se em “racismo cultural”. (é essa a caracterização feita por Fanon).
Retomemos o que já foi dito:
- Outro argumento interessante: “O racismo [...] não é mais do que um elemento de um conjunto
vasto: a opressão sistematizada de um povo”.
Uma questão minha: Fanon pensa a partir de seu tempo, de sua realidade. Seria
possível transpor as ideias de Fanon ao nosso tempo? Se sim, sseria necessário
modificá-las para a realidade de agora? Aparentemente, a pequena burguesia
transpos Fanon para a realidade de hoje usando jargões (hoje jargões) presentes em
seus livros. Tenho muitas dúvidas a respeito da utilização desse autor pela pequena
burguesia intelectual

- No curto parágrafo 10, Fanon levanta um problema, de modo panorâmico, que é a questão do
reconhecimento. O reconhecimento foi um problema filosófico bastante abordado pela teoria
crítica, ou revisionismo marxista, e ainda hoje vive nos braços da pequena burguesia intelectual,
inclusive, nas mãos daqueles ideólogos que abraçam Fanon por trás. No entanto, o reconhecimento
ao qual Fanon se refere parece ser daquele racismo primitivo que, em alguma escala persisitia em
seu tempo.
- Fanon, também, parece se preocupar com os intlectuais burgueses (ao menos que prestam serviços
a ela: a burguesia). Ele cita um tal de J. Carothes, cujo trabalho de teor racista teria sdo financiado
OMS (hoje, a patrona da ciência no Brasil pandêmico, que se diz aquela que está do lado da ciência,
do desenvolvimento, e que faz a roda andar para frente).
- Para Fanon, o tal racismo primitivo não desapareceu e diz isso, talvez, embasado na ideia de que a
desaparição não é o destino final de todas as coisas.

ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER – FREUD


Pág. 19. 1° parágrafo:
- Metapsicologia
- Os “eventos mentais está automaticamente regulado pelo princípio do prazer”.
Prazer e desprazer, dois pólos dialéticos que em relação desarmônica criam no indivíduo
uma tensão interna.
- O inconsciente freudiano não é epicurista.
- Sensação agradável, de bem estar.. não é o que o inconsciente busca.
- leis das quantidades, livrar-se das quantidades
- transformação da qunatidade em qualidade.
- eliminação da tensões, como no orgasmo.
- O desprazer é um fenômeno que ocorre devido ao princípio da realidade (errado).
Repetição – Retorno - Compulsão
,mn

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