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COMPLEXIDADE, SISTEMAS ADAPTATIVOS COMPLEXOS E LÍNGUAS

Autor: Alexroney Oliveira


Graduado em Letras - Inglês
Professor Municipal em Escola Municipal Campinas de Pirajá
Rua Ari Pereira de Oliveira, 40 - 1o andar - 41941040
alesoveira@gmail.com (71) 99200-4940

RESUMO
A relação língua e tecnologia é complexa, no sentido de que a própria língua é uma
tecnologia biológica e artefatual. Há muita fisiologia envolvida no desenvolvimento da
linguagem, o que possibilitou aos humanos desenvolverem poderosos dispositivos para a
comunicação, desde o alfabeto até os smartphones, língua e tecnologia desenvolvem-se com
o objetivo de construir, armazenar e comunicar o conhecimento e o produto da interação
social dos indivíduos. Nesta relação epistemológica, estão entrelaçados o ensino e os métodos
de ensino de línguas, que contam com as tecnologias de linguagem e comunicação, para
superar as limitações de tempo e espaço, permitindo que, em um ambiente de intersecção, tão
virtual quanto a própria linguagem, se façam os constructos de conhecimentos
multidisciplinares. Este projeto busca investigar esta relação (língua/tecnologia), na
perspectiva do ensino/aprendizagem de línguas em sua condição natural, virtual e artefatual.
Palavras-chave: Língua. Tecnologia. Ensino. Biologia. Artefato.

ABSTRACT
TECHNOLOGY AND LANGUAGE TEACHING

The relationship between language and technology is complex, in the sense that language
itself is a biological and artefactual technology. There is a lot of physiology involved in the
development of language, which has made it possible for humans to develop powerful
devices for communication, from the alphabet to smartphones, language and technology are
developed with the aim of building, storing and communicating knowledge and the product
of social interaction between individuals. In this epistemological relationship, language
teaching and teaching methods are intertwined and rely on language and communication
technologies to overcome the limits of time and space, allowing, in an intersection
environment, so virtual as the language itself, to make constructs of multidisciplinary
knowledge. This project aims to investigate this relationship (language/technology), from the
perspective of language teaching/learning in its natural, virtual and artifactual condition.
Keywords: Language. Technology. Teaching. Biology. Artifact. Complexity.
COMPLEXIDADE, SISTEMAS ADAPTATIVOS COMPLEXOS E LÍNGUAS

Neste capítulo, apresentaremos um resumo acerca da teoria da complexidade e como


ela passa a se relacionar com a linguística nos tempos atuais, para isso exploraremos o
pensamento e os sistemas adaptativos complexos propostos por Morin, bem como os escritos
sobre língua como sistema adaptativo complexo, cujo desenvolvimento é baseado no uso.

1.1 Do Paradigma da Complexidade

O termo complexidade começa a trançar as relações entre ciência, tecnologia e filosofia a


partir de 1970, quando Edgar Morin inicia uma série chamada Método, e, mais tarde, na sua
Introdução ao Pensamento Complexo (2005), busca conscientizar a comunidade científica
para o predomínio de uma inteligência cega baseada em métodos de verificação empírica e
lógica. Em seu pensamento sobre o que chamou de Paradigma da Simplificação, descreve a
crescente separação, que chama de mutiladora, entre a filosofia e a ciência; entre os seres e os
ambientes; e entre o conhecimento produzido para registros e para os Estados e o produzido
para reflexão das mentes humanas.

Etimologicamente, complexidade indica aquilo que é tecido junto, porém constituído de


forma heterogênea, o que implica em um emaranhado incerto que o conhecimento busca
explicar de forma inteligível, acabando, como disse, na separação dos campos do saber,
enaltecendo cálculos, fórmulas e equações em uma hierarquia que desconsidera os conjuntos,
que de acordo com Morin (2005), funcionam como um fenômeno de auto-eco-organização
complexo e autônomo, que deve reintegrar o homem entre os seres naturais para distingui-lo
neste meio, sem reduzi-lo ao mesmo. A proposta é romper o arcabouço físico do século XIX
e a ideologia do cristianismo ocidental para desenvolver uma epistemologia da complexidade
que considere a unidade da ciência e a teoria da mais alta complexidade humana.

Para tanto, Morin (2005) revisita a teoria sistêmica, que considera como uma associação
combinatória de elementos diferentes, e explora as características dos sistemas abertos, que
são influenciados e se auto-organizam mediante o ambiente, e os sistemas fechados, que não
disporiam de fonte energética ou material externo a si próprios. Entretanto, propõe que os
sistemas abertos, em analogia com a cibernética, devem ser capazes do efeito de
auto-organização, pois, fundamentam-se em um desequilíbrio alimentador orientado pelo
ecossistema, ou ambiente, integrando a teoria dos sistemas (abertos ou fechados) com a
complexidade.

A teoria dos sistemas, cibernética ou teoria da informação requerem organização sistêmica


que, de acordo com o autor, é interface dos sistemas biológicos, que são
auto-eco-organizadores, ao passo que, utilizam a informação como objeto organizador, sendo
dotadas de autonomia, individualidade e capacidade de troca com o exterior, necessitando de
energia e alimento, mas, também de informação para organização e adaptação sistêmica
diante de analogias fenomênicas e imprevisíveis.

A complexidade é, portanto, o fenômeno das interações e interferências entre um número


muito grande de unidades distintas e compreende incertezas, indeterminações e fenômenos
aleatórios. De acordo com Morin (2005), a complexidade num certo sentido sempre tem
relação com o acaso, provenientes, inclusive, dos limites do nosso entendimento. Ainda
assim, reconhecemos que o cérebro enquanto sistema biológico auto-eco-organizador, é capaz
de trabalhar com o insuficiente e o vago, pois que há os níveis da complexidade lógica e
organizacional que pressupõem na complexidade uma “incerteza no seio de sistemas
ricamente organizados” (MORIN, 2005).

Dessa forma, a complexidade nos permite situar o universo físico e o universo biológico,
assegurando comunicação entre todas as partes do que chamamos de realidade, esgarçando o
conceito de informação comunicacional, para o conceito de informação organizacional e
organizadora, rompendo o paradigma disciplinar separatista, redutor e simplificador ao
trançar os elementos da informação e do conhecimento como fundamentais e comunicantes
entre si.

A noção de sistemas abertos e complexos reúne o mundo e o sujeito, que emergem juntos e
que, do ponto de vista sistêmico e cibernético, tem traços comuns, apenas, incluídos nas
máquinas: finalidade, programa, comunicação, etc, atribuindo aos sistemas dotados da
capacidade de auto-organização, a qualidade da consciência de si (MORIN, 2005).
Estabelece, assim, relação entre o sujeito e objeto; e, entre sistema auto-organizador e
ecossistema, paralelamente.

Paradoxalmente ao pensamento complexo proposto por Morin, o sujeito é considerado


pela física ocidental desde o século XVII como uma perturbação ou ruído na ciência, e é
expulso dela para abrigar-se no tecido da subjetividade moral e na ética, tornando-se, assim
hóspede ou rei de um universo que se dissolve na sua capacidade de pensar e comunicar.

O pensamento complexo constata que só existe objeto em relação a um sujeito (que


observa, isola, define, pensa), e só há sujeito em relação a um meio ambiente objetivo, e as
relações, retroações, inter-relações entre estes se complexificam diante da dualidade entre o
sujeito metafísico e o objeto positivista, que são partes indivisíveis e não unidades estanques.
Nessas relações complexas forma-se a sociedade e constrói-se a história da sociedade na
evolução da humanidade.

Sobre uma questão de abertura teórica, Niels Bohr (1932)1 disse:

Num primeiro momento, esta situação podia parecer muito


lamentável; mas, em geral, ao longo da história da ciência
quando novas descobertas revelaram os limites das ideias de
que jamais se contestara o valor universal, fomos
recompensados: nossa visão se ampliou e nos tornamos capazes
de unir entre si fenômenos que antes podiam parecer
contraditórios.

A abertura epistemológica da complexidade, de acordo com o “pensamento complexo”


(MORIN, 2005), traz consigo o princípio da incerteza e auto-referência, auto-crítica e
auto-reflexão, e para nos situar no ecossistema social, Morin sugere considerar dois pontos:

a. O ponto de vista que, nos situando no ecossistema natural, nos incita a examinar os
caracteres biológicos do conhecimento: esta biologia do conhecimento diz respeito
evidentemente às formas cerebrais a priori constitutivas do conhecimento humano, e
também seus modos de aprendizagem através do diálogo com o meio ambiente;

b. O ponto de vista que nos situa no nosso ecossistema social aqui e agora, o qual produz
determinações/condicionamentos ideológicos de nosso conhecimento.

E, a partir dessa abertura epistemológica, a teoria dos sistemas abertos postula uma
hipercomplexidade que permite a superação de um sistema e constituição de um

1
N. Bohr. Luz e vida, Congresso Internacional de Terapia pela Luz. 1932.
metassistema, ele mesmo, superável, uma vez que não há a finalização do conhecimento nos
aspectos da complexidade. Essa ciência nova pressupõe uma unidade científica que relaciona
as áreas do saber, o sujeito e o objeto, mantendo e valorizando a unidade e a diversidade de
forma integrada. E por serem os sistemas abertos, a informação não é reduzida à matéria e a
energia, apenas, mas é um suporte para a organização, criatividade e inventividade, ou seja, o
ser sujeito dotado de capacidade de auto-organização implica na compreensão de que há
padrões, mas, que estes são constituídos de singularidades, e diante de singularidades
imprevisíveis, a autonomia do indivíduo é, de forma complexa, dependente de programas
culturais e sociais, como a linguagem, por exemplo.

Morin (2005) postula três princípios para ajudar a compreender complexidade:

1. Princípio Dialógico, em que propõe a colaboração dialógica entre ordem e desordem


como necessário para produzir organização e complexidade, permitindo-nos manter a
dualidade no seio da unidade e associar termos antagônicos e complementares;

2. Princípio da Recursão Organizacional, em que descreve um processo onde os


produtos e os efeitos são, ao mesmo tempo, causas e produtores do que produzem, a
exemplo da sociedade, que é produzida pelas interações entre os indivíduos, e uma
vez produzida, retroage sobre os mesmos, fazendo dos mesmos produtores e produto;

3. Princípio Hologramático, que se intersecciona entre o reducionismo, que só vê as


partes; e, o holismo que só vê o todo, sugerindo que pode-se enriquecer o
conhecimento das partes pelo todo e do todo pelas partes, num mesmo movimento
produtor de conhecimentos.

1.1.2 Do Desafio da Ação do Sujeito na Complexidade

Para o pensamento complexo de Morin, toda ação constitui-se em um desafio que requer
estratégias, porque toda intenção posta em andamento, entrará no campo das interações com
o meio ambiente em seu trajeto. A ação pressupõe complexidade, pois o desafio de pôr em
prática uma intenção requererá estratégias, e estas, estão ligadas às incertezas resultantes das
interações com o externo, e, ao acaso de forma diversa. Sistematicamente, no campo do
sujeito dotado de capacidade de auto-organização, o acaso poderá ser utilizado em seu favor.
Ou seja, no campo da estratégia/ação/desafio, não podemos reduzir o acaso apenas a o fator
negativo, é também a chance que se deve aproveitar.

A ação e a estratégia partem da consciência das derivas, transformações e do imprevisto,


portanto, a estratégia se opõe à ideia de um programa, pois, a ação do sujeito não tem como
cenário um meio ambiente estável. Entretanto, em certo sentido, o sujeito é também uma
máquina da qual se pode predizer alguns comportamentos, pois a vida social exige que nos
comportemos como máquinas triviais. Nossas sociedades são máquinas não triviais no
sentido de que é preciso inventar estratégias para crises, isso envolve abandonar soluções que
resolviam antigos imprevistos, e elaborar novas estratégias constantemente. O sujeito e a
máquina social são, na verdade, resolvedores de problemas.

Uma organização, uma empresa, a máquina social são sistemas abertos, mas, não estão
dispostos ao acaso. Eles são organizados em função de um roteiro, de uma unidade sintética
onde cada parte contribui para o conjunto.

Em analogia com uma organização empresarial, a complexidade emerge com a premissa


de produção reflexiva. “O produtor é o seu próprio produto. Produz coisas e se autoproduz ao
mesmo tempo” (MORIN, 2005).

O autor postula três causalidades em termos de ação/produção:

1. A causalidade linear: Se uma dada matéria-prima, ao sofrer um dado processo de


transformação, produz um dado objeto de consumo. Esse movimento se inscreve na
linha de causalidade linear: tal causa, produz tais efeitos.

2. A causalidade circular retroativa: uma organização tem a necessidade de ser


controlada. Ela deve efetuar sua produção em função das necessidades externas, de
sua força de trabalho e de suas capacidades energéticas internas.

3. A causalidade recursiva: No processo recursivo, os efeitos e produtos são necessários


para o processo que os gera. O produto é produtor do que o produz.
A questão é que a efetividade dos programas (softwares) envolve grande economia, o
programa dispensa a reflexão e opera por automatismo fechado, mas para que o sujeito ou
organização possa elaborar estratégias, é preciso que seja capaz de absorver os elementos dos
programas que sejam capazes de contribuir para a elaboração e o desenvolvimento de novas
estratégias.

A inserção do sujeito na máquina social considerava-o, inicialmente, uma máquina física.


Depois, adaptou-se o homem biológico ao seu trabalho e às condições de trabalho. Mas,
estamos apenas no início de uma visão epistêmica complexa que considera o homem
psicológico.

Nesse sentido, a sociedade é produzida pelas interações dos indivíduos que a constituem.
A própria sociedade, como um todo organizado e organizador, retroage para produzir os
indivíduos pela educação, a linguagem e a escola. Assim, os indivíduos, em suas interações,
produzem a sociedade, que produz os indivíduos que a produzem, e a informação e o
conhecimento desempenham papel central na organização (auto-eco-organização) dos
sistemas chamados abertos, ou seja, os seres vivos.

A informação existe como resultado da comunicação e interpretação de signos entre os


seres vivos. Ao extrair informação do mundo, computamos criticamente o conhecimento,
através da informação, o que nos permite elaborar traduções das realidades do mundo
exterior.

Ao citar a famosa frase de Shakespeare: ”Há mais coisas no céu e na terra que em toda
vossa filosofia”, Morin (2005) trata do conhecimento científico como uma “aventura da
inteligência humana”, que trouxe o conhecimento; mas, critica as barreiras disciplinares e o
reducionismo que separaram (mutilaram) a ciência da filosofia, o sujeito do objeto e a ciência
da sociedade. A teoria dos sistemas complexos e o paradigma da complexidade borram as
fronteiras, integrando simplicidade e complexidade no sentido de que para esta teoria, a razão
evolui, enquanto parte constituinte dos sistemas adaptativos.

1.2 Da complementaridade dos SACs e a Teoria da Complexidade

Vivemos em tempos de conexões apuradas, momento em que diferentes disciplinas das


áreas do conhecimento convergem na expansiva compreensão do universo com barreiras cada
vez mais insólitas. O pensamento complexo proposto por Morin (20005), conta com
contribuições multidisciplinares, como, também é a própria complexidade. Entrelaçados de
forma heterogênea na Teoria da Complexidade, há a teoria sistêmica, teorias da biologia, a
teoria do caos, da termodinâmica e da cibernética. O conceito sistêmico se complexifica
quando analisa-se no pensamento complexo a necessidade ou a capacidade dos sistemas de
estarem abertos para lidar com o insuficiente e adaptar-se a ele, no conjunto dos elementos e
processos constitutivos de sistemas complexos, ou seja, a combinação de elementos
diferentes funcionando em um conjunto e, sobretudo, capazes de mudar de comportamento
diante da evolução da razão, da informação e do conhecimento, fazendo-os ser, também
dinâmicos (De BOT, 2017). Dessa forma, a Teoria da Complexidade e os sistemas
adaptativos complexos são complementares e indivisíveis; e, apesar das variações
terminológicas para estudar e categorizar os sistemas dinâmicos e/ou adaptativos complexos,
estudos sobre a teoria dos sistemas buscam demonstrar como os sistemas se comportam e
mudam com o passar do tempo, e na linguística aplicada, esses termos coexistem
pacificamente desta forma.

1.3 Da língua como Sistema Adaptativo e/ou Dinâmico Complexo

Há um consenso, talvez mesmo anterior à Teoria da Complexidade e dos sistemas


adaptativos complexos, de que a língua é um sistema complexo, adaptativo e, portanto,
dinâmico. Acontece que, em sua multidisciplinaridade, a Teoria da Complexidade - aqui, não
mais distinta dos SACs) se desenvolveu na linguística aplicada de maneira diferente, levando
em consideração o estudo (aqui, não distinto do ensino) da língua baseada no uso e na
mudança (LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008). Os sistemas adaptativos complexos
são, portanto, associados à interconectividade de elementos dentro de um sistema e seus
subsistemas; e, entre um sistema e seu ambiente, sejam estes sistemas naturais ou artificiais,
ou ambos. Nesse contexto, não há separação entre um sistema e seu ambiente. A ideia é que
um sistema sempre se adapta em um ambiente em mudança.
O estudo do desenvolvimento da linguagem está ligado ao campo da cognição, e a
cognição, enquanto sistema complexo, é calcada em dados e em modelagem computacional.
Quando os dados e os modelos estão disponíveis, a modelagem computacional quantitativa é
possível, e em termos cognitivos e linguísticos, os fenômenos de bifurcação, atratores e
dependência de um ponto de partida torna a modelagem uma tarefa de infindo trabalho de
pesquisa. De acordo com Van Gelder e Port (1995, p. 15)2:

O dado toma a forma de uma série temporal, uma série de


medições do fenômeno a ser compreendido, considerando
como este fenômeno se desdobra com o passar do tempo. O
modelo é um conjunto de equações e espaços de fase. O
processo de modelagem é uma questão de destilar o fenômeno
a ser compreendido, obtendo os dados da série temporal,
desenvolvendo um modelo e interpretando este modelo,
enquanto extraindo a informação ( ou seja, organizar as
correspondências entre as sequências numéricas contidas no
modelo e nos dados). Quando conduzido com sucesso, a
modelagem declara não apenas uma descrição precisa dos
dados existentes, mas também predições que podem ser usadas
para avaliar o modelo.

O paradigma da complexidade ao se aproximar da linguística, aprimora a noção de língua


como sistema composto de processos distintos, mas correlatos, baseados em participantes
que, ao interagir, engendram processos discursivos, constantemente atualizados por aspectos
sociais na interação entre os agentes, e em interação com o ambiente, ou seja, numa
perspectiva complexa, conhecer as partes de uma língua individualmente é insuficiente, pois,
a interação entre estas produz novos padrões de comportamento. Em termos de interação
dialógica, existe uma co-adaptação de vários sistemas e subsistemas que fazem emergir
novos recursos linguísticos com os quais nos comunicamos em diferentes situações de
interação.

Há, portanto, no uso da linguagem uma relação intercambiável entre estabilidade e


variabilidade indicadora do desenvolvimento linguístico que, por sua vez, é coordenado e
inseparável dos diversos contextos de uso da língua, desde o não verbal, perpassando pela
elaboração do pensamento, compreensão e expressão de significados. A aprendizagem e o

2
Tradução livre feita pelo autor.
desenvolvimento linguísticos surgem com as experiências adaptativas de uso da língua
(LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008).

A língua evoluiu em um contexto de alto nível de interação social e os humanos


desenvolveram poderosos dispositivos de comunicação, integrando um sistema de vários
níveis, adaptáveis pela negociação de sentidos que formulam convenções de sinalização e
apontam para a comunicação/discurso/conversação como pontos de partida do
desenvolvimento linguístico. A complexidade resulta da interação de elementos dentro de
uma sistema, bem como, entre um sistema e seu ambiente, ou seja, não podemos
compreender o desenvolvimento linguístico fora de um contexto de interação social e de seu
produto cultural.

À luz da complexidade, no escopo da interação social, em que estão contidas a língua


e a cultura, os padrões de uso afetam fortemente como uma língua é adquirida e usada,
portanto, interações atuais e anteriores subsidiam o comportamento linguístico dos
participantes no presente e no futuro. Em outras palavras, a comunicação é uma atividade
cooperativa coordenada por convenções nos níveis individual e social. Assim sendo, um
idioma é visto como um sistema complexo de agentes múltiplos equalizado por frequências
de uso, ocorrência, coocorrência e coexistência (BECKNER et al., 2009). Nesse sentido, o
uso da língua envolve um cenário de aspectos inesperados e promove mudanças que alteram
o seu uso, a percepção do discurso, as inferências do sujeito acerca dos tópicos discursivos e,
consequentemente, a aprendizagem das línguas, ao passo que inovações tecnológicas e
culturais se aplicam às normas linguísticas, sendo sequenciadas e codificadas pelos contextos,
o que promove a coexistência de sistemas e subsistemas que ocupam as mesmas redes neurais
e envolvem habilidades cognitivas preexistentes, porém, adaptáveis à variabilidade.

De acordo com Beckner et al. (2009), três fenômenos demonstram que mudanças
cognitivas ocorrem em resposta ao uso da língua e contribuem para a formação gramatical, a
saber:

1. Há meios convencionais de expressar certas ideias;


2. As combinações frequentes são codificadas - chunks – e influenciam como
processamos sentenças;

3. Mudanças históricas na língua indicam influência da coocorrência nos processos de


gramaticalização.

Na perspectiva de gramática baseada no uso, as unidades básicas da gramática são


construções formadoras de sentido que variam do específico ao geral, e do local ao global.
Porque a gramática é baseada no uso, ela contém detalhes de frequência, coocorrência, e um
registro das probabilidades dos mesmos, incluindo o processamento da sintaxe e do léxico
(BYBEE, 2003). A frequência exerce um papel fundamental no processo de gramaticalização
e estas interações demonstram que o léxico e a gramática estão combinados em um sistema.

A mudança nas línguas acontecem gradualmente via interações locais, porém, a trajetória
dessas mudanças obedecem a padrões similares, como o da gramaticalização. Esse processo
resulta da repetição em inúmeros eventos discursivos, nos quais, elementos ou sequências de
elementos passam a ser automatizados do ponto de vista neuromotor, redução fonética e
mudança no significado.

Considerando que a gramaticalização pode ser observada em todas as línguas e em todos


os tempos, de acordo com Beckner et al (2009), é razoável concluir que a fonte original da
gramática na linguagem humana foi a capacidade de os humanos unirem duas (e mais)
palavras, em um processo lógico-sequencial, hipertextual, categórico, que criou convenções e
que faz inferências. Sendo assim, a replicação de um elemento leva à sua fixação. A
identidade e o contexto social de interação provocará o aumento ou a redução de frequência
de uso dos elementos ou da combinação de elementos de uma língua.

Esse processo se complexifica quando há interação entre uma primeira e uma segunda
língua, uma vez que:
a) O uso leva à mudança: o uso de alta frequência de itens gramaticais leva à sua fusão
fonológica;

b) A mudança afeta a percepção: unidades discursivas reduzidas são mais difíceis de se


perceber;

c) A percepção afeta a aprendizagem: a baixa frequência dificulta a aprendizagem de


determinados itens, como os homônimos e polissêmicos, por exemplo.

d) Aprendizagem afeta o uso: (i) quando uma língua é aprendida de forma naturalística
por adultos, o resultado geralmente é uma variação básica de interlinguagem, de baixa
complexidade gramatical, mas, alta efetividade comunicativa; (ii) quando há esforços
para promover correção gramatical, o estado de atractor da variação muda a dinâmica
de elementos do sistema, resultando na mudança no uso da língua.

Dessa forma, as pesquisas sobre língua como sistema adaptativo complexo consistem de
estudos sobre a mudança das línguas, o uso das línguas, a aquisição das línguas e a
modelagem computacional desses aspectos.

A língua existe tanto no nível individual, como idioleto, quanto no nível social de forma
interdependente, portanto não há um falante ideal de uma língua e a diversidade das línguas
numa perspectiva complexa é intrínseca, exercendo papel dinâmico e adaptativo no sistema
de forma contínua. Esse processo não é linear e apresenta fases de transição no
comportamento do sistema que depende de uma estrutura em redes de interação social,
partindo do nível local (LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008).

A língua, nessa perspectiva, é a combinação de um sistema duplo, composto de


subsistemas e dispositivos de coordenação que são compartilhados entre os níveis de
produção e recepção. Esses dispositivos têm origem natural e biológica, mas, desenvolvem-se
em inúmeros recursos de comunicação linguística criada pelo homem. Não se pode
compreender seus elementos internos, como a fonologia, sintaxe, léxico, semântica, etc. sem
se considerar a interação e a influência de elementos externos, tais como a sociedade, a
cultura, a história, pois estão todos, cada vez mais, conectados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As tecnologias digitais de comunicação são um espelhamento do sistema

linguístico, e, na educação e no mundo, já conta com mais de 20 anos de

atualizações. Entretanto, a efetiva utilização desses recursos, em especial, na

escola pública, parece estar, ainda, engatinhando. Paradoxalmente, a relação entre

língua e tecnologia é epistemológica, considerando-se o conceito de tecnologia

como criação de instrumentos e artefatos para uma prática específica. Em termos

linguísticos, essa prática é, sobretudo, social, sendo as tecnologias da linguagem

elementos de um sistema adaptativo complexo, capaz de se organizar diante das

mudanças culturais e sociais.

Essa realidade de defasagem no ensino de línguas e suas tecnologias

faz-nos indagar sobre integração tecnológica no âmbito da língua como sistema

híbrido e complexo, operante nos planos físico e virtual.

A forma como a integração tecnológica tem sido praticada no processo de

ensino e aprendizagem perpassa por diversos aspectos. De um lado, há

substituição de ferramentas e tecnologias antigas, e otimização de condições de

trabalho; tendo algumas tecnologias sido totalmente abandonadas; enquanto outras

tecnologias passaram por inovação sustentada (PUENTEDURA, 2013;

CHRISTENSEN, 2013). E, há as mudanças no uso das línguas e na comunicação

devido às inovações tecnológicas em ação na sociedade, retroagindo nas salas de


aula na forma de carência por aumento, modificação e redefinição de funções

pedagógicas (PUENTEDURA, 2013).

O uso da linguagem e, consequentemente, seu ensino, são sistemas

adaptados pela relação do sujeito com o ambiente, o que atualmente, expande a

virtualidade da língua para um espaço de intersecção que relaciona sujeito e

conhecimento em suporte tecnológico que promove uma abordagem multimodal,

transdisciplinar e hipertextual de maneira que, em tempo, não seria possível sem o

emprego de tecnologias digitais de linguagem e comunicação.

Duas décadas de popularização de tecnologias de comunicação não foram

suficientes para oferecer a formação tecnológica pedagógica para professores e

estudantes de escolas públicas, nem para equipar satisfatoriamente esses espaços

pedagógicos. O cenário resultante é o distanciamento entre a prática pedagógica de

línguas e a prática linguística social. Ou, ainda, a concepção equivocada de que não

há coexistência no campo das variações linguísticas, nem que possa haver switch

entre variantes, ao mesmo tempo que não é fator componente no ensino de línguas

os níveis de adequação linguística e a correlação entre variante, uso e o ambiente

em que se dá a comunicação.

Enquanto o termo tecnologia é tratado quase sempre com um distanciamento

por aqueles que não são programadores ou cientistas da computação, perdemos de

vista o caráter tecnológico e simbiótico da língua e suas tecnologias, tanto no

aspecto cognitivo, quanto no desenvolvimento de artefatos para expansão da

linguagem. Da escrita a caneta até a digitação por voz, com auto preenchimento e

previsão de texto promovido por inteligências artificiais de linguagem computacional,

capazes de compreender os padrões de frequência e ocorrência, e as convenções

linguísticas, inclusive os padrões de uso do indivíduo por seu equipamento, o fato é


que as tecnologias de linguagem estão cada vez mais próximas de nós, de forma

cotidiana, e em relação mútua, uma vez que replicam-se e ampliam-se nessas

tecnologias os sistemas neurais da linguagem e seu desenvolvimento cerebral.

Contudo, as ações e estratégias desenvolvidas no campo da linguagem

cognitiva e neurologicamente partem da consciência das derivas, transformações e

do imprevisto, portanto, a estratégia se opõe à ideia de um programa, pois, a ação

do sujeito não tem como cenário um meio ambiente estável. De acordo com Morin

(2005), o sujeito é também uma máquina da qual se pode predizer alguns

comportamentos, pois a vida social exige que nos comportemos como máquinas

triviais. Nossas sociedades são máquinas não triviais no sentido de que é preciso

inventar estratégias para crises, isso envolve abandonar soluções que resolviam

antigos imprevistos, e elaborar novas estratégias constantemente. O sujeito e a

máquina social são, na verdade, resolvedores de problemas.

A língua evolui conforme evoluem a razão, a informação e o conhecimento, e

enquanto a língua evolui, evoluirão suas tecnologias. A língua, enquanto sistema

adaptativo complexo é, portanto, associada à interconectividade de elementos

dentro de um sistema e seus subsistemas; e, entre um sistema e seu ambiente,

sejam esses sistemas naturais ou artificiais, ou ambos (LARSEN-FREEMAN;

CAMERON, 2008).

No campo do desenvolvimento de metodologias tecnológicas de ensino,

temos o ensino de língua inglesa como marco inicial no surgimento da Linguística

Aplicada, porém, atualmente, é motivo de atenção o status da integração

tecnológica no ensino. No aspecto da substituição, percebemos o impacto nas

condições de trabalho dos professores. O aumento das funções pedagógicas já

começa a ser observado quando há o recurso audiovisual; a modificação, em


grande parte, acontece por conta da internet, suas ferramentas de pesquisa e sua

multimodalidade, que dá suporte para os ambientes virtuais de aprendizagem que,

de fato, tem redefinido funções pedagógicas (PUENTEDURA, 2013). Em outras

palavras, a redefinição ocorre porque a comunicação é uma atividade cooperativa

coordenada por convenções nos níveis individual e social, portanto no ensino e

aprendizagem, assim como na língua, existe uma virtualidade produtiva em espaço

interativo de interface de experiência linguística.

Ao passo que modelos de ensino híbrido já se aplicam no mundo desde o

século 18, vimos sua descrição se expandir durante a pandemia para incluir ainda

mais recursos tecnológicos, definindo os termos assíncrono e síncrono como

metodologias fomentadoras de autonomia dos estudantes e de maior agência

criativa dos professores. Ainda que com a infraestrutura deficiente do setor público,

a evolução se faz inevitável, ainda que timidamente em grupos de whatsapp ou em

esporádicas visitas às salas de informática das escolas, quando há uma disponível.

Independente de em que nível a integração acontece, o fato é que os professores

se sentem seguros de que cabe a eles gerenciar a integração e que a mesma não

representa ameaça aos seus postos de trabalho. Antes disso, representam uma tão

esperada adequação dos modelos de ensino público às inovações sociais e

culturais.

Nesse ambiente social reconfigurado, amplia-se também o papel do

professor como mediador, pesquisador e curador de conteúdo socialmente ativo

para instrução de língua baseada em conteúdos culturais globais, abarcando as

modalidades da linguagem em domínio de sua representação social. Dessa forma,

os profissionais da educação concordam que a formação pedagógica tecnológica é

de responsabilidade das instituições de ensino e que é urgente a equipação das


salas de aula para promoção de um processo atualizado de ensino e aprendizagem,

considerando-se, também, o efeito facilitador que os recursos tecnológicos em salas

de aula exercem para dar acessibilidade aos participantes com algum tipo de

deficiência.

Por fim, a sala de aula equipada e conectada promoverá a religação dos

saberes, rompendo as barreiras e borrando as fronteiras entres os campos do

conhecimento, que passa a assumir um caráter transdisciplinar, a partir do momento

que todo e qualquer conteúdo de ensino passará pelo tratamento do texto, com

todas as suas modalidades possibilitadas, com o aumento oferecido pelo recurso de

pesquisa ilimitada; e, a redefinição das funções pedagógicas por tarefas que

promovem autonomia e interação com o mundo.

Assim, consideramos a premissa do ensino híbrido e das inovações

disruptivas e sustentadas de não excluir elementos válidos do ensino tradicional da

educação contemporânea (CHRISTENSEN, 2013), o que está de acordo com os

pilares estabelecidos pela UNESCO para a educação do século 21: aprender a ser,

aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver. Ou seja,

desenvolvemos primordialmente a capacidade do ser de pensar-se como um todo,

como ser social e individual que está em constante aprendizagem e que além do

conhecimento teórico, é capaz de praticar e produzir mediante o conhecimento

adquirido, bem como conviver em uma realidade de diversidade cultural.

De acordo com Morin (1999), há saberes indispensáveis para a educação

contemporânea, à luz da complexidade, sob a qual estamos dispostos, é de suma

importância para a relação e concepção das evoluções tecnológicas (digitais e

eletrônicas ou não) a integração tecnológica pedagógica no campo da educação.


Em seu texto, Morin (1999) alerta para a evolução constante da razão, o que

nos faz questionar os saberes absolutos, a que chama de cegueiras do

conhecimento, remontando ao seu postulado paradigma simplificador, que evoca a

necessidade de compreender o motivo de cada saber ser escolhido como

necessário à educação do futuro e as possibilidades de erros de percepção e sua

função organizadora.

A importância de situar os acontecimentos em um contexto plural e/ou global,

uma vez que vivemos em uma realidade de conexão e dependência planetária.

Portanto, a educação tem a função de capacitar os estudantes a organizar esse

conhecimento, o que o autor chama de problema universal, considerando que as

realidades, acontecimentos, problemas, informações e conhecimentos estão cada

dia mais multidisciplinares, multidimensionais, transversais, globais e planetários.

Ou seja, vivemos em um mundo de conhecimentos unidos em contextos diversos. O

contexto dá sentido ao conhecimento e “a sociedade, como um todo, está presente

em cada indivíduo” na sua linguagem, seu saber e seus costumes. (MORIN, 1999).

Dessa forma, a educação deve promover a inteligência geral para compreender o

complexo e o contexto dentro de uma concepção multidimensional e global.

De acordo com Morin (1999), ainda, é necessário ensinar a condição humana

e nossa identidade terrestre que nos descreve como indivíduos biologicamente

iguais, mas culturalmente diferentes, posicionados em diversas condições no mundo

humano e exercendo, ao mesmo tempo, nossa condição humana no mundo. A partir

daí, estamos, como sociedade planetária, organizando o conhecimento advindo com

a evolução das telecomunicações, que está em ordem síncrona e cronológica com a

evolução biológica.
Para demonstrar o caráter efêmero da informação e do conhecimento, Morin

(1999) afirma que não há apenas criações e inovações. Existem também

destruições e essas podem trazer novos desenvolvimentos. Em consonância com a

linguagem, é preciso ensinar os estudantes a lidar com as incertezas, ensinar a

compreensão de forma ética, tendo em vista o fato de que o ser humano é

multidimensional, esses saberes nos atribuem a missão antropológica de trabalhar

para a humanização da humanidade; alcançar a unidade planetária; respeitar a

diferença e a unidade; desenvolver a ética da solidariedade e da compreensão,

culminando no ensino da democracia e na prática da cidadania.

A educação contemporânea deverá sempre passar pelas discussões acerca

da ética, uma vez que não desconsideramos que toda prática social envolve seres

humanos, portanto, à medida que evoluem os recursos artefatuais que partem

dessa máquina biológica, devemos estar atentos para lidar com as incertezas

acerca de seus resultados e trabalhar com o princípio geral de evolução ética da

humanidade.
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