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Complexidade
César Ricardo
Koefender
Quantos de nós frequentemente temos a
impressão de ser livres,sem ser livres.
Mas ao mesmo capazes de ter liberdade,
examinar hipóteses de condutas, de fazer
escolhas, tomar decisões.
M.C. Escher
COMPLEXIDADE E
COMPLETUDE
O que é complexo apresenta aspectos do
mundo empírico,que está na incerteza,na
incapacidade de estar seguro de tudo e
formular leis, de conceber uma ordem
absoluta
Em contrapartida, apresenta, também,
algo de lógico, da incapacidade de evitar
as contradições.
Numa visão clássica, quando nos deparamos
com uma contradição num raciocínio, é sinal
que erramos então é necessário retomar o
percurso do raciocínio, para corrigirmos o erro.
Contudo, na visão complexa a contradição não
é vista como um erro e sim como o “...atingir
de uma camada profunda da realidade que,
justamente porque é profunda, não pode ser
traduzida para nossa lógica”
Convém colocarmos que a Complexidade e
diferente de Completude, uma vez que no
sentido de complexidade está implícito o
sentido de solidariedade e o sentido do caráter
multidimensional de qualquer realidade, que
nos conduz a idéia de que a visão
unidimensional, visão especializada é pobre.
E o fato da necessidade de estar ligado a
outras dimensões , leva-nos a identificar a
complexidade com a completude.
Contudo, a consciência da complexidade
faz-nos compreender que não poderemos
nunca escapar à incerteza e que não
poderemos nunca ter um saber total. A
totalidade é a não verdade (Morin,1990)
O autor enfatiza, também, a necessidade
de não confundirmos a complexidade
com complicação, uma vez que esta é um
dos aspectos da complexidade
RAZÃO, RACIONALIDADE,
RACIONALIZAÇÃO
RAZÃO - corresponde a um vontade de ter
uma visão coerente dos fenômenos, das
coisas e do universo. Apresenta um caráter
incontestavelmente lógico.
RACIONALIDADE - compreende o diálogo
incessante entre o nosso espírito, que cria
estruturas lógicas e as aplica sobre o
mundo através do diálogo com o mundo
real.
RACIONALIZAÇÃO - consiste em
pretender encerrar a realidade num
sistema coerente, e quando algo
contradiz este sistema coerente, é
ignorado, posto de lado por se tratar
de ilusão ou aparência.
Quantos
rostos você
percebe?
MACROCONCEITOS
Para ajudar a pensar a complexidade do
real o autor discorre sobre a necessidade
de utilizarmos os macro conceitos, no
intuito de não definirmos as coisas
importantes por fronteiras, pois fronteiras
são sempre vagas
TRÊS PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DIÁLOGICO – oportuniza
manter a dualidade no seio da unidade,
associando dois termos ao mesmo tempo
complementares e antagônicos.
RECURSÃO ORGANIZACIONAL - num
processo recursivo os produtos e os
efeitos são ao mesmo tempo causa e
produtores daquilo que os produziu
PRINCÍPIO HOLOGRAMÁTICO - neste
princípio não apenas a parte está na todo,
como o todo está no parte. Para
exemplificar temos o mundo sociológico e
o biológico
Pascal afirmou que “Não posso conceber
o todo sem conceber as partes e não
posso conceber as partes sem conceber o
todo”
O TODO ESTÁ NA PARTE QUE
ESTÁ NO TODO
A relação antropossocial é complexa,
porque o todo está na parte, que está no
todo.
Desde o nosso nascimento estamos
impregnados do caráter social, coletivo
mesmo dentro de nossa individualidade.
O TODO ESTÁ NA PARTE QUE
ESTÁ NO TODO
O cientista social, enquanto indivíduo
integrante desta sociedade, tende a ter uma
idéia deformada sendo necessário confrontar
seu ponto de vista com outros indivíduos,
conhecer sociedades diferentes
Portanto do ponto de vista da complexidade, é
preciso ter meta-pontos de vista, onde o
observador-conceptor se integra na observação e
na concepção
O sociólogo Boaventura de Sousa Santos (2002),
em seu livro “Um Discurso sobre as Ciências”
aponta para um novo paradigma emergente, no
qual as ciências naturais, especialmente a Física
e a Biologia em seus avanços recentes têm
introduzido, em suas teorias, os conceitos de
historicidade e de processo, de liberdade e
autodeterminação e mesmo o conceito de
consciência, todos eles antes reservados para o
ser humano
PARA A COMPLEXIDADE
A partir do paradigma formulado por
Descartes, a civilização ocidental vivenciou o
princípio da disjunção e da redução. Separou-
se a Ciência da Filosofia,separou a cultura
que se entende por humanista, a literatura, as
artes, a poesia da cultura científica
O paradigma da simplificação ainda domina
nossa cultura atualmente, mas em sua própria
dinâmica, está passando por questionamentos
O paradigma da complexidade surgirá do conjunto de
novas concepções, de novas visões, de novas
descobertas, novas reflexões
REFERÊNCIAS