Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Processados (PMP):
conceitos, produção e consumo
FA 0 4 4 – P RO C ESSA ME NTO M Í N I MO D E F R U TA S E H ORTA L I Ç AS
P ROFA . D R A . F R A N C I A NE C O L AR ES S O UZA U S B E RT I
Produtos Minimamente Processados
Definição
Qualquer fruta ou hortaliça, ou combinação destas, que tenha sido
fisicamente alterada de sua forma original mas que permaneça em
estado fresco.
PRODUTO CONDIÇÕES
VARIEDADE MINIMAMENTE SANITÁRIAS
VEGETAL PROCESSADO
TEMPERATURA EMBALAGEM
Produtos Minimamente Processados
Produtos frescos comercializados já lavados, sanitizados, cortados, fatiados,
ralados, picados, descascados, torneados ou em cubos e prontos para o
consumo
Agregados na forma de saladas prontas simples ou mistas, com diversos
ingredientes
Produtos para serem incorporados a refeições prontas e completas
Produtos Minimamente Processados
Apresentam exigências específicas de produção e manuseio para que
sejam garantidas suas qualidades organolépticas, nutricionais e
microbiológicas até a venda ao consumidor final
Resíduos:
Reaproveitados para elaboração de outros alimentos, adubação de
lavouras ou alimentação animal.
Mercado
Brasil: entre os 5 mercados consumidores mais importantes do planeta
PMP: R$ 656 bilhões em 2018 (Brasilagro, 2020).
P R O FA . D R A . F R A N C I A N E C O L A R E S S O U Z A U S B E R T I
QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA
Boas Práticas Agrícolas (BPA)
Pré-resfriamento
Sanitização Fatiamento Descascamento
(T = 10 a 12ºC)
Centifugação/ Armazenamento
Pesagem Embalagem
Drenagem refrigerado
FLUXOGRAMA DE PROCESSAMENTO
Área limpa
ÁREA SUJA
§ Recepção da matéria-prima
§ Frutas colhidas em estágio de maturação ideal;
§ Pré-seleção no campo;
§ Transporte à evitar altas temperaturas, sol e danos mecânicos
§ Área externa à evitar contaminação.
SELEÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
Ozônio (O3):
§ possível substituto dos clorados
§ utilizado:sistemas de tratamento de água e piscinas
UV-C
§ comprimentos de onda curtos;
§ não forma subprodutos tóxicos.
SANITIZAÇÃO
Água resfriada: redução da atividade respiratória (acrescida
após o corte)
BANHO DE IMERSÃO
§Solução de NaOCl 20 mg.L-1, durante 30 segundos
§Temperatura da solução: 7-10ºC
CENTRIFUGAÇÃO / DRENAGEM
§ Somente para hortaliças
§ Eliminar umidade superficial
(diminuir atividade enzimática) e
exsudado celular (corte)
§ Desenvolvimento microbiano
§ Tempo varia com o produto
EMBALAGEM
§ Recipientes convenientes ao mercado;
§ Seleção da embalagem: características do produto (taxa
respiratória e síntese de etileno), permeabilidade do filme aos
gases;
§ Bandejas de poliestireno expandido cobertas com filme de
PVC, transparentes (tampa do mesmo material), sacos de
polietileno (mercado institucional);
§ Bom fechamento, atraente.
ARMAZENAMENTO
§ Temperatura: 4 – 5 ºC
§ Distribuição: rápida e eficiente
§ Produto disponível no tempo certo e a um custo razoável
Fonte: Rosa Oria (2005)
REFERÊNCIAS
MORETTI, Celso Luiz (ed.). Manual de processamento
mínimo de frutas e hortaliças. Brasília, DF: EMBRAPA:
SEBRAE, 2007. 527 p.
FA044 – Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças - 2021
Metodologia:
- Verifique qual o teor de cloro ativo presente no sanitizante.
- Utilizando o teor de cloro ativo do produto, calcule a quantidade de produto necessária
para ser utilizada em 1 L de água para obter as concentrações desejadas. Por exemplo,
caso o teor de cloro ativo seja igual a 2%, utilizar os seguintes volumes para cada litro
de água:
Processamento da manga:
- Descascar a fruta com faca afiada e sanitizada.
- Cortar em fatias grandes ao longo do caroço e separar em 2 partes iguais. Uma das
partes deverá ser cortada fatias de 5 a 10 mm de espessura, e a outra parte em cubos
de aproximadamente 2,5 cm de lado. Colocar as frutas cortadas em pratos ou peneiras
sanitizadas.
- Em uma bacia, preparar uma solução de 20 ppm de hipoclorito de sódio (por exemplo,
se utilizar 5 L de água na bacia, colocar 5 mL de hipoclorito).
- Utilizando a peneira ou escorredor, colocar a fruta cortada na solução de 20 ppm de
hipoclorito e aguardar 1 min. Recomenda-se colocar as fatias e cubos separadamente
para não misturar os tipos de cortes, tomando o cuidado de trocar a solução de água e
hipoclorito. Retirar o produto e deixar drenar por 5 min.
- Dividir as fatias de manga cortadas em 2 partes iguais e colocá-las em 2 bandejas de
poliestireno expandido. Cobrir com filme plástico, esticando bem o filme na parte
superior da bandeja, deixando cerca de 10 cm nas laterais. Virar o filme na parte inferior
da bandeja e fechar bem, passando as laterais umas sobre as outras.
- Dividir os cubos de manga em 2 partes iguais e colocá-las em 2 potes de polipropileno,
fechando com a respectiva tampa.
- Armazenar os produtos em geladeira, com temperatura entre 5 e 8oC, durante 7 dias.
Processamento da cenoura:
- Descascar as cenouras utilizando um descascador de legumes.
- Separar 2 cenouras e cortar em rodelas da espessura desejada (a escolher), de forma
que fiquem uniformes. Colocar em pratos ou peneiras sanitizadas.
FA044 – Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças - 2021
P R O FA . D R A . F R A N C I A N E C O L A R E S S O U Z A U S B E R T I
ESTRUTURA DA CÉLULA VEGETAL
ESTRUTURA DA CÉLULA VEGETAL
Esquema generalizado da camada da epiderme
ESTRUTURA DA CÉLULA VEGETAL
EFEITOS FÍSICOS DURANTE O PREPARO DE
MINIMAMENTE PROCESSADOS
Efeitos Iniciais
§ Choque mecânico no tecido
§ Danos superficiais
§ Fraturas e rupturas
§ Choques hidráulicos
§ Remoção da camada epidérmica de proteção
§ Alteração da difusão gasosa → vapor de água, O2, CO2 e C2H4
EFEITOS FÍSICOS DURANTE O PREPARO DE
MINIMAMENTE PROCESSADOS
§ Presença de líquidos na superfície cortada:
§ Redução na difusão de gases (elevação nos teores de CO2 e
C2H4 e redução de O2)
§ Aceleração na perda de água e o fornecimento de substratos
para micro-organismos
§ Aparência (visual)
§ Textura (sensação ao morder)
§ “Flavor” (sabor e aroma)
§ Valor nutritivo
§ Ausência de agentes contaminantes
APARÊNCIA
§ Tamanho: dimensão, massa, volume
§ Forma: diâmetro longitudinal x transversal
APARÊNCIA
§ Cor: Intensidade e uniformidade
§ Brilho
§ Ausência de defeitos
TEXTURA
§ Firmeza
§ Dureza
§ Maciez
§ Fragilidade
§ Suculência
§ Crocância
§ Granulosidade
§ Resistência
§ Fibrosidade
FLAVOR
§ Sensação obtida da combinação de AROMA + SABOR
§ Doçura
§ Amargor
§ Acidez
§ Adstringência
VALOR NUTRITIVO
§ “Russet Spotting”
§ Principal injúria fisiológica
§ Concentrações de etileno fisiologicamente
ativas ð agravada a T < 5ºC
§ Inibido por baixas concentrações de O2 e altas
concentrações de CO2
AROMAS E SABORES ESTRANHOS
§ Ranço oxidativo ð grande modificação do aroma
§ Compostos ð ácidos graxos insaturados
§ Enzimas ð lipoxidases
§ Catalisadores ð metais (Fe, Co, Cu), oxigênio, calor e luz.
§ Principais problemas:
§ Presença de compostos voláteis como aldeídos e cetonas
§ Redução da vida útil
§ Redução do valor nutritivo
§ Ação oxidante sobre vitaminas e proteínas
DESCOLORAÇÃO
§ Escurecimento enzimático
§ Ação de enzimas em compostos fenólicos formando polímeros
coloridos, pardos ou negros
§ Ocorre em tecidos vegetais danificados ð descascamento,
corte, despolpamento, congelamento, desidratação
§ Principais enzimas ð monofelases e polifenoloxidases
§ pH ótimo da reação ð entre 5 e 7
§ Descascamento por abrasão ð danos aos tecidos vegetais
§ Alterações ð sabor, odor ou perda de firmeza
§ Descascamento manual ð melhores efeitos
ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PM
LIGNIFICAÇÃO
§ Descascamento por abrasão
§ Formação de lignina (cor branca) na superfície do vegetal
§ Enzimas associadas: fenilalanina amonia liase, tirosina amonia liase,
ácido cinâmico 4-hidroxilase, ácido caféico
o-metil transferase, peroxidades
§ Descoloração afeta a qualidade e limita tempo de armazenamento
LIGNIFICAÇÃO
§ Perda de clorofila:
§ Classe de pigmentos mais encontrada
§ Cloroplastos associadas as proteínas e carboidratos
§ Desaparecimento da cor verde
§ Mudanças do pH, sistemas oxidativos e a enzima clorofilase
(etileno)
LIGNIFICAÇÃO
AMOLECIMENTO
§ Modificação da textura
P ROFA . D R A . F R A N C I A NE C O L AR ES S O UZA U S B E RT I
EMBALAGEM
O que é uma embalagem apropriada?
Garantir manutenção da qualidade
Proteção física
Redução da perda de água
Retardamento das alterações fisiológicas e bioquímicas
Atmosferas modificadas ideais em seu interior
EMBALAGEM
Retarda Respiração
Amadurecimento
Senescência
Perda de clorofila
Perda de umidade
Permeabilidade
AR embalagem ATMOSFERA
21% O2 MODIFICADA
78% N2 Respiração
0,03% CO2 produto
O2 CO2
Outros
Injeção gás (sim
ou não)
ATMOSFERA MODIFICADA
Gases utilizados: oxigênio, dióxido de carbono e nitrogênio
Objetivos da AM:
Reduzir a concentração de O2 (< 8%) – ideal: 2 a 8%
Aumentar a concentração de CO2 (> 1%) – ideal: 2 a 12%
Atmosfera modificada ideal ou otimizada: vida útil extendida
Opções de atmosfera:
Vácuo total ou parcial
Atmosfera modificada passiva ou ativa
Atmosfera controlada
ATMOSFERA MODIFICADA
ATMOSFERA MODIFICADA
Espécie
Cultivar
Características da produção
Área/ Volume
Qualidade inicial
Estágio de desenvolvimento
Atividade metabólica
Produção e sensibilidade ao etileno
Vida útil desejada
ESPECIFICAÇÃO DA EMBALAGEM
Parâmetros físicos
Temperatura
Luz
Severidade do pré-processamento
Danos mecânicos
EFICIÊNCIA DO PROCESSO DE
EMBALAGEM
Qualidade inicial do produto
Misturas gasosas
Temperatura
Embalagem
Equipamento de acondicionamento
TAXA DE PERMEABILIDADE
Quantidade de permeante que passa através de uma
unidade de área de uma embalagem, por unidade de tempo,
nas condições de teste
Taxa de respiração
T Taxa de permeabilidade
Perda efetividade
Acelera deterioração
Aumento riscos patogenicidade
TEMPERATURA
Efeito da temperatura na taxa de permeabilidade (TPO2 (cm3
(CNTP)/m2/dia a 1 atm e 0% UR) para filmes com 100 mm de espessura
P ROFA . D R A . F R A N C I A NE C O L AR ES S O UZA U S B E RT I
CADEIA DO FRIO
Cadeia do Frio Controle da Temperatura
Resfriamento à Vácuo
• Somente para vegetais com alta
relação superfície volume (A/V)
• Altíssimo custo - $
ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
Microbiologia em
alimentos minimamente
processados
Parte I
Doutoranda: Yasmim Rodrigues
Introdução
• A microbiota é um fator de grande importância na conservação e
• Existem mais de 250 tipos de DTA e a maioria são infecções causadas por bactérias, vírus e
parasitas. Vale a pena relembrar que surtos alimentares por doença transmissível por alimento
(DTA) são incidentes em que duas ou mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante
após a ingestão de um mesmo alimento ou água, e as análises epidemiológicas apontam a
mesma origem da enfermidade.
• Em geral, nos serviços de saúde, os surtos estão relacionados a quebras nas rotinas técnicas,
utilização de insumos industrializados com desvio de qualidade e introdução de novas
tecnologias.
• Os principais agentes etiológicos associados aos surtos, representando 81,4% dos casos, são
as bactérias Salmonella, E. coli.e S.aureus, respectivamente.”
Solo e
água
Manipula
dores Alimento Utensílios
A contaminação pode
Atmosfera ocorrer em todos os
ambiental estágios da produção
do alimento.
Microrganismos
Não Patogênicos Patogênicos
Bactérias Fungos
• Salmonella sp.
• Família: Enterobacteriacea
➢ Características fisiológicas
• Forma: Bastonetes Gram negativos
• Não formam esporos
• Anaeróbio facultativo
• Listeria monocytogenes
➢ Características fisiológicas
• Forma: Bastonetes Gram positivos (não formam esporos)
• Anaeróbios facultativos
• Desenvolvem-se em temperaturas entre 1 a 45°C
• Toleram altos teores de sal
• Resistem a desidratação
• Parasita intracelular facultativo
• Patogênico para animais e humanos
• Podem aparecer isolados, agrupados em pares ou em cadeias curtas
➢ Habitat
• Solo e vegetais
• Animais podem ser portadores e suas fezes podem virar contaminantes
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Listeria monocytogenes
➢ Disseminação
• Ingestão de alimentos e água contaminados
• Resistente ao congelamento e outras condições adversas
• Sobrevive por longos períodos em indústrias processadoras de alimentos e áreas
manipuladoras de alimentos.
➢ Sintomas (Listeriose)
• Alto índice de mortalidade
• Febre e arrepios, Transtornos no estomago , Dor de cabeça, Torcicolo, Perda de
equilíbrio, Convulsões.
• Período de incubação: 3 semanas
• Foi incluída, por ser um patógeno entérico emergente, na lista de contaminantes
importantes para a saúde pública.
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Aeromonas sp.
➢ Características fisiológicas
• Forma: Bacilos Gram negativos
• Respiração: anaeróbia facultativa
• pH entre 5,0 e 10,0
• São halotolerantes (sobrevivem em concentrações salinas de ate 6%)
• Temperatura ótima em torno de 22 a 28º C.
• Outras espécies de Aeromonas são mesófilas, com um ótimo de temperatura para
multiplicação em torno de 35º C, sendo importantes patógenos oportunistas humanos.
➢ Habitat
• As espécies de Aeromonas são extremamente comuns no ambiente, predominantemente nos
ambientes aquáticos.
• São encontradas também no solo, no intestino de peixes, répteis, anfíbios e vertebrados,
inclusive em 1 a 4% dos humanos.
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Aeromonas sp.
➢Disseminação
• Através da ingestão de alimentos e água contaminados
➢Sintomas
• Septicemia: Principalmente em indivíduos imunocomprometidos (por
exemplo, pacientes com doença hepatobiliar).
• Diarreia: Mais comumente aquosa em consistência e às vezes tipo
cólera de curta duração. Ocorrem em todas as idades, mas
principalmente em crianças com menos de 3 anos. Vários relatórios
associaram espécies de Aeromonas a diarreia crônica e de viajantes.
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Clostridium botulinum
➢Características fisiológicas
• Forma: bacilos Gram positivos
• Respiração: anaeróbio
• Temperatura ótima: 30-37 °C
• pH: 4,5-8,0
➢Curiosidade
• Efeitos benéficos da utilização da bactéria Clostridium botulinum: Botox.
A propriedade da toxina de paralisar músculos é utilizada no tratamento
estético para minimizar as rugas de expressão na face.
➢Habitat
• Encontrado com frequência no solo, em legumes, verduras, frutas, fezes
humanas e excrementos animais.
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Clostridium botulinum
➢Disseminação
• Através de alimentos contaminados
• O alimento é contaminado ainda no solo, por esporos ultra resistentes.
➢Sintomas (Botulismo)
• Toxina age no sistema nervoso interferindo na sinapse entre as células
nervosas
• É a única letal por ingestão
• Incubação: 1 hora- 10 dias
• Visão dupla e desfocada; Dores abdominais, náuseas, diarreia e vômitos;
Dificuldade em engolir; Fala arrastada e de difícil compreensão; Fraqueza
muscular nos membros ou fadiga generalizada; Secura da boca;
Dificuldade respiratória, por vezes intensa.
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Staphylococcus aureus
➢Características fisiológicas
• Anaeróbios facultativos
• pH: 6,0-7,0
➢Habitat
• Gado leiteiro
• Staphylococcus aureus
➢Disseminação
• Manipuladores de alimentos
• Refrigeração e cozimento inadequados
➢Sintomas
• Náusea, vômito, dores abdominais, diarreia, sudorese, prostração,
hipotensão, disritmia, queda na temperatura corporal.
• Raros casos de óbitos, pode ocorrer em crianças, idosos e indivíduos
debilitados.
• Período de incubação: 1 a 6 horas.
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Streptococcus sp
➢Características fisiológicas
• Forma: Cocos Gram positivos
• Respiração: Anaeróbios facultativos
• Temperatura ótima: 37 °C
• pH: 7,4-7,6
➢Habitat
• Estão presentes na flora intestinal de humanos.
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Streptococcus sp
➢Disseminação
• A transmissão ocorre por contato, gotículas, alimentos.
• O portal de entrada geralmente é através da pele ou faringe.
• As crianças são o grupo predominante afetado por infecções cutâneas e na
garganta.
• Infecções sistêmicas e doenças progressivas podem ocorrer se não forem
tratadas.
➢Sintomas
• Faringe e Amídalas (faringo amigdalites)
• Pele (piodermites – Impetigo - e erisipela)
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Escherichia coli
➢Características fisiológicas
• Forma: Bacilos Gram negativos
• Respiração: Aeróbias e anaeróbias facultativas
• pH: 6,00-8,00
• Temperatura ótima: 37°C
• Coliforme fecal
➢Habitat
• Lúmen Intestinal
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Escherichia coli
➢Disseminação
• Consumir água sem tratamento de esgoto
• Carne não cozida a mais de 71°C
• Leite ou queijos não-pasteurizados
• Vegetais e legumes regados com água contaminada e mal lavados.
• Nadar em rios, lagos ou piscinas contaminados
• Contato direto com o ambiente de animais infectados.
➢Sintomas
• E. coli é transmitido por via orofecal
• Toxinfecção alimentar,
• Infecção do trato urinário,
• Colecistite,
• Apendicite,
• Peritonite,
• Meningite e Septicémia.
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Bacillus cereus
➢Características fisiológicas
• Forma: Bastão alargado Gram Positivo
• Respiração: aeróbio ou anaeróbio facultativo
• pH: 4,5-9,3
• Temperatura: 15-45 °C (ótima 37°C)
• Bacillus cereus
➢Disseminação
• Condimentos, leite , farinhas.
➢Sintomas
• Vômitos
• Diarreia aguda
• Dores abdominais
• Incubação: 8-16 horas
Microrganismos Deteriorantes – Bactérias
• Yersinia enterocolítica
➢Características fisiológicas
• Forma: Bastonetes Gram negativos
• Respiração: anaeróbia facultativa
• Temperatura ótima: 25-37 °C
➢Habitat
• Trato intestinal de alguns animais domésticos e de criação
➢Disseminação
• Fezes dos animais contaminados sobre alimentos e bebidas
➢Sintomas (Peste Negra)
• Febre, dor abdominal e diarreia
• A diarreia varia de aguada a sangrenta e pode ser causada por uma enterotoxina ou
invasão da mucosa.
Fungos causadores de
podridões
Microrganismos Deteriorantes- Fungos
• Penicillium
➢Bolores
• Os sintomas se iniciam com uma podridão mole dos frutos com posterior
cobertura da lesão por um micélio branco e pelos esporos do fungo que chegam a
tomar todo o fruto.
• Alternaria
• Caracterizada por lesões circulares cobertas por massa de micélio
pouco espessa, de coloração escura.
• Os frutos podem apodrecer totalmente.
Microbiologia em
alimentos minimamente
processados
Parte II
Doutoranda: Yasmim Rodrigues
Fatores que afetam o desenvolvimento de
microrganismos nos alimentos
• Os alimentos são substratos dos microrganismos:
➢ Fatores intrínsecos
• Ligados aos alimentos
• Os alimentos possuem uma microbiota natural na região superficial.
➢Fatores extrínsecos
• Ligados ao ambiente onde os alimentos são armazenados
• Os alimentos estão sujeitos a contaminação por diferentes
microrganismos devido a manipulação inadequada.
Fatores Intrínsecos
➢Atividade de água (Aa)
• O crescimento e o metabolismo microbiano exigem a presença de
agua numa forma disponível.
• Produtos minimamente processados (frutas e hortaliças) possuem
atividade de água ideal para a proliferação dos microrganismos.
• Quanto maior a atividade de agua, mais rápida é a deterioração.
Fatores Intrínsecos
➢ Acidez (pH)
• Os microrganismos podem se desenvolver em variados valores de pH.
➢ Exemplos
• Alimentos de baixa acidez: leite, carnes, pescados e alguns vegetais.
• Alimentos ácidos: beterraba, tomate, berinjela, ameixa.
• Alimentos muito ácidos: frutas cítricas, refrigerantes, maçãs, azeitonas.
Fatores Intrínsecos
➢ Potencial oxirredução
• Medida da tendência de um sistema de doar ou receber elétrons.
• Determina os tipos de microrganismos que se desenvolverão
• Bactérias: aeróbias, anaeróbias ou facultativas
• Mofos: estritamente aeróbios
• Oxidação: Liberação ou perda de elétrons
• Redução: Recebimento de elétrons
ANAERÓBICOS FACULTATIVOS
AERÓBICOS ESTRITOS
Aeróbio e anaeróbio
Aumento do crescimento na
Necessita de oxigênio presença de Oxigênio
Fatores Intrínsecos
AERÓBICOS MICROAERÓFILOS
ANAERÓBICOS ESTRITOS
AEROTOLERANTES
Necessita do oxigênio
Somente crescimento Crescimento continua na em baixas
anaeróbio (sem oxigênio) presença de oxigênio concentrações
✓Efeito na esporulação
5) Desidratação;
7) Irradiação do alimento;
As placas
devem ser
incubadas em
BOD a 25°C
Cavasini, 2017
Incuba-se as
placas a 35°C por
48 horas
Contagem das
colônias
A partir da diluição inicial são preparadas formadas
diluições decimais, alíquotas de
0,1mL de cada uma das diluições foram
inoculadas em placas de Petri de poliestireno
estéreis, contendo meio de cultura específico
para mesófilos
Coliformes totais
Incuba-se
a 35°C por
1 mL
24 horas
Diluição seriada
Promove-se a
leitura dos tubos
positivos (turvação
Caldo Verde Brilhante do meio e presença
de gás nos tubos de
Durhan)
Coliformes Termotolerantes
Incuba-se
a 45°C por
Semea-se a partir dos 24 horas
tubos de coliformes
totais positivos
Incubados
37-41 °C por
24 horas
ANVISA
Processamento de conservas vegetais
Alimentos para fins especiais
Novos alimentos
CONTROLE SANITÁRIO
Legislação establece requisitos para:
1. FRUTAS E DERIVADOS
Categorias Específicas Microrganismo / Tolerância Tolerância para Amostra
Toxina / Metabólito para Amostra Representativa
Indicativa
n c m M
a) “In natura”, inteiras, Salmonella / 25g Aus 5 0 Aus -
selecionadas ou não
Escherichia coli / g 103 5 2 102 103
n c m M
a) “In natura”, inteiros, Salmonella / 25g Aus 5 0 Aus -
selecionadas ou não
Escherichia coli / g 103 5 2 102 103