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ISSN 1415-3033

Análise de Perigos e Pontos


Críticos de Controle (APPCC)
Manual específico para a Produção
74 Integrada de Tomate Industrial
Circular
Técnica

Foto: Marcos Esteves


Brasília, DF
Dezembro, 2009

Autores
Celso Luiz Moretti
Pesquisador, Dr., 1. Segurança e qualidade na produção de tomates para
Laboratório de pós-colheita
Embrapa Hortaliças processamento industrial
Brasília-DF
moretti@cnph.embrapa.br

Leonora Mansur Mattos


Pesquisadora, Dra.,
Oferecer alimentos seguros, livres de contaminação química, física ou biológica
Laboratório de pós-colheita
Embrapa Sede é um desafio que os diversos atores envolvidos nas diferentes cadeias produ-
Brasília-DF
leonora@ cnph.embrapa.br tivas tem enfrentado. A fim de sobrepujá-los, a segurança alimentar deve ser
garantida pela aplicação de medidas preventivas no campo como boas práticas
agrícolas e na manipulação de frutas e hortaliças na fase de pós-colheita, bem
como na implantação de sistemas de garantia de qualidade, como o APPCC
(Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).

Tais ferramentas são extremamente importantes na prevenção de perigos po-


tencias ao consumidor, como a presença de microrganismos ou suas toxinas,
resíduos químicos e corpos estranhos, que podem aparecer devido às condições
normais inerentes ao processamento ou mesmo, acidentalmente.
2 Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) Manual específico para a Produção Integrada de Tomate Industrial

No sistema de produção de tomate para proces- de microrganismos patogênicos ao ser humano


samento industrial várias etapas (Figura 1) podem no ambiente de cultivo (solo), na água de irriga-
oferecer algum risco à saúde do consumidor, quer ção, nos adubos orgânicos, na água utilizada nos
seja pela introdução de microrganismos ou suas procedimentos de pós-colheita, nas mãos dos tra-
respectivas toxinas, quer seja pela contaminação balhadores que manuseiam os frutos no momento
com resíduos de agrotóxicos. da colheita e nas etapas de pós-colheita.

O objetivo do presente documento é descrever Os principais microrganismos presentes nas etapas


o sistema de produção de tomate para proces- de produção do tomate industrial e os problemas
samento industrial comumente utilizado no País, que podem causar são:
apresentando o fluxograma das etapas de produ-
ção, descrever os principais perigos e, finalmente, • Bactérias são os agentes patogênicos mais
realizar a análise de perigos relacionados com a comuns, sendo causadores, por exemplo, da
produção de tomate. febre tifóide e da cólera. Linhagens patogêni-
cas de Escherichia coli podem causar diarréias
2. Principais perigos na produção de agudas, especialmente em crianças, infecções
tomate industrial nas vias urinárias, além de outras enfermi-
dades. Outro exemplo são as linhagens de
2.1. Microbiológico Salmonella, geralmente presentes em fezes de
pássaros nos campos de produção (Figura 2),
Os perigos microbiológicos na produção de tomates que podem causar infecções sistêmicas, febre
estão basicamente relacionados com a presença tifóide e gastroenterites;

• Protozoários: as infecções causadas por estes


microorganismos restringem-se basicamente à
disenteria amebiana e à giardíase;

• Helmintos : microrganismos transmitidos


principalmente pela água. Dentre os vermes
intestinais, o Schistosoma mansoni, causador
da esquistossomose, constitui importante pro-
blema endêmico no Brasil;

Fig. 1. Fluxograma de pré-colheita de tomate para


processamento industrial
• Vírus: as viroses transmitidas estendem-se
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) Manual específico para a Produção Integrada de Tomate Industrial 3

Foto: Antonio Carlos Tadiotti


Fig. 2. A presença de animais no local de produção pode representar um perigo microbiológico.

desde a poliomielite e distúrbios gastrointesti- 2.2. Químico


nais até inflamações das mais diversas ordens;
e Os perigos químicos na produção de tomate estão
relacionados com a presença de agrotóxicos, me-
• Fungos: as doenças causadas por fungos tais pesados e micotoxinas os quais podem causar
limitam-se principalmente à ocorrência de diversas doenças ao consumidor. Os principais
erupções de pele e micoses. são:

Tais microrganismos são responsáveis por inú- • Agrotóxicos: podem provocar várias doenças,
meras doenças gastrointestinais comuns na como cirrose e câncer no fígado, intoxicações
população, que nos casos mais graves podem diversas e danos ao sistema nervoso;
causar a morte. Assim, tem se verificado que uma
porcentagem significativa de pessoas portadoras • Metais pesados: o excesso de chumbo cau-
de entamoebas, giárdias, estrongilóides, tênias, sa o saturnismo (envenenamento crônico),
necátors, tricocéfalos, áscaris e oxiúros têm sido enquanto o mercúrio provoca sérios danos
contaminadas pelo consumo de produtos hortícolas ao sistema nervoso. Os metais pesados têm
irrigados com águas que recebem efluentes não como locais de metabolismo o fígado e os rins,
tratados. podendo causar várias doenças;
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• Nitrato: o excesso de nitrato pode causar a 2.3. Físico


metamoglobonemia (alteração na hemoglobina
provocando sintomas semelhantes à asfixia), Os perigos físicos de ocorrência na cultura de to-
principalmente em crianças; e mate são, em comparação com os microbiológicos
e químicos, de menor ocorrência. O processo de
• Micotoxinas: metabólitos secundários, apa- lavagem dos frutos com água limpa e de boa qua-
rentemente sem qualquer função no metabo- lidade elimina grande parte dos corpos estranhos
lismo normal dos fungos. Elas são produzidas, como pedaços de madeira, solo, areia, metal, den-
ainda que não exclusivamente, à medida que tre outros, que podem estar aderidos na superfície
o fungo atinge a maturidade. dos frutos.

Na Tabela 1 são sumarizadas as toxicidades das Recentemente, em função do incremento da colhei-


principais toxinas produzidas por organismos ta mecanizada a partir de 2004, o agronegócio do
patogênicos encontrados em tomates. Essas tomate industrial começou a enfrentar problemas
micotoxinas podem ser encontradas mesmo em relativos à presença de roedores nos campos de
produtos resultantes do processamento de tomate, produção. É possível que a causa do aparecimento
pois não são eliminadas com tratamentos a altas desses animais nos campos de produção seja de-
temperaturas. vido a uma série de fatores ecológicos, ambientais
e de manejo da cultura.

Tabela 1. Principais toxinas produzidas por microrganismos patogênicos que ocorrem em tomate

Toxina Microrganismo patogênico Toxicidade

A. alternata
A. dauci
Alternariol Teratogênica e fetotóxica para ratos inoculados com dose de 10 µg/kg
A. solani
A. tenuissima

A. alternata
Apresenta atividades citotóxica e mutagênica em células bacterianas
Alternariol monometil éter A. dauci
e de mamíferos
A. cucumerina

Altenueno A. alternata Apresenta atividade citotóxica em bactérias e células de mamíferos

A. alternata
Altertoxina Apresenta atividade mutagênica
A. mali

Apresenta atividade mutagênica, citostática e citotóxica contribuindo


Fumonisina Fusarium sp.
para aparecimento de tumor em fígado de ratos
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3. Análise de Perigos APPCC e têm por finalidade controlar muitos


perigos identificados (Pontos de Controle – PC).
A análise dos perigos consiste numa abordagem Os pontos que não são controlados, total ou par-
sistematizada e estruturada de identificação de cialmente por meio das BPA devem ser avaliados
perigos e da probabilidade da sua ocorrência em no escopo do Sistema APPCC. Caso um controle
todas as etapas da produção (Tabelas 2 e 3), por seja considerado crítico, em função da natureza
meio da definição de medidas de controle. e da gravidade de determinados perigos, a etapa
deve ser considerada um PCC. Na Tabela 4 estão
As Boas Práticas Agrícolas (BPA) na etapa de definidos os PC e PCC no sistema de produção até
pós-colheita, incluindo os seus procedimentos, a etapa de pós-colheita.
são consideradas como pré-requisito do Sistema

Tabela 2. Análise de perigos químicos, físicos e microbiológicos na etapa de pré-colheita


Data:
Mapa de controle
Responsável:
Análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC)
Monitoramento
Etapa Ponto Crítico Perigo Medida preventiva Limite crítico Procedimento Freqüência Ação corretiva
Químico: presença Avaliar presença Abaixo de limites Extrair amostras Antes de Abandono da
de metais pesados no solo permitidos para análise cada plantio área.
em área nova

Microbiológico: Avaliar presença Tolerância zero Extrair amostras Antes de


contaminação no solo para Salmonella para análise cada plantio Manejo do
do solo com sp.; abaixo dos em área nova solo visando
Ambiente de microrganismos limites críticos descontami-
1 para coliformes nação
produção

Tolerância zero*
Avaliar a presença Amostrar talhões Semanal
Físico de roedores no para presença de Manejo da
campo roedores área visando
eliminação dos
roedores
Químico: presença Conhecer histórico Abaixo dos limites Identificação da Antes de Identificar outra
de agrotóxicos da área; fazer permitidos para fonte de captação cada plantio fonte para
análise para agrotóxicos; e forma de captação
contaminantes; distribuição de
Água para 2 água;
irrigação Tolerância zero Fazer
Microbiológico: para Salmonella Fazer testes da tratamento da
presença de sp.; abaixo dos qualidade da água Antes de água com cloro
microrganismos limites críticos cada plantio
para coliformes
Químico: presença Avaliar presença Abaixo de limites Extrair amostras Sempre Notificar o
de metais pesados no composto permitidos do adubo orgânico que se fizer fornecedor
orgânico antes do plantio necessária a da não-
aplicação conformidade;
Tolerância zero Extrair amostras retornar o
Adubação 3 Microbiológico: Avaliar presença para Salmonella do adubo orgânico Sempre produto
orgânica contaminação com no composto sp.; abaixo dos antes do plantio que se fizer Evitar aplicação
microrganismos orgânico limites críticos necessária a do produto
para coliformes aplicação próximo à
colheita;
Adotar
pasteurização
do composto
6 Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) Manual específico para a Produção Integrada de Tomate Industrial

Tabela 2. Análise de perigos químicos, físicos e microbiológicos na etapa de pré-colheita


Data:
Mapa de controle Responsável:
Análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC)
Monitoramento
Etapa Ponto Crítico Perigo Medida preventiva Limite crítico Procedimento Freqüência Ação corretiva

Químico: presença Avaliar presença Abaixo de limites Extrair amostras Sempre Notificar o
de metais no adubo permitidos do adubo orgânico que se fizer fornecedor
Adubação pesados; excesso antes do plantio necessária a da não-
química 4 de aplicação de aplicação conformidade;
nitratos retornar o
produto
ao fornecedor
Químico: Utilizar somente Abaixo de limites Extrair amostras Amostrar o Esperar prazo
contaminação com agrotóxicos permitidos das partes que produto no de carência
agrotóxicos registrados e serão consumidas meio do ciclo para enviar
Aplicação de
5 na dosagem e na colheita o produto
agrotóxicos
recomendada. ao mercado;
descartar o
produto.
Microbiológico: Avaliar a presença Tolerância zero Extrair amostras Amostrar o Construir as
contaminação da de microrganismos para Salmonella para análise produto no instalações
água e do solo com na água e no solo sp.; abaixo dos meio do ciclo sanitárias longe
microrganismos limites críticos e na colheita do campo de
Instalações
6 para coliformes produção;
sanitárias
projeto deve
permitir limpeza
periódica

Químico: Avaliar presença Abaixo de limites Inspeção de Todo lote treinamento


contaminação no produto colhido permitidos lotes; retirada de deve ser em princípios
cruzada em amostras amostrado; de higiene e
caixas usadas de manuseio
para transporte de de produtos
agrotóxicos colhidos.
Colheita
(manual) 7 Avaliar presença Tolerância zero
Microbiológico: no produto colhido para Salmonella Inspeção de Todo lote
contaminação sp.; abaixo dos lotes; retirada de deve ser
cruzada em caixas limites críticos amostras amostrado;
usadas para para coliformes
transporte de lixo
ou outro material
contaminado

* Segundo a RDC 175 / 2003 (ANVISA/MS), a tolerância para fragmentos microscópicos de pêlos de ratos em produtos atomatados é ZERO.

Tabela 3. Análise de perigos químicos, físicos e microbiológicos na etapa de pós-colheita


Data:
Mapa de controle Responsável:
Análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC)
Monitoramento
Etapa PCC* Perigo Medida preventiva Limite crítico Procedimento Freqüência Ação corretiva

Microbiológico: Treinamento da Tolerância zero Inspeção de Todo lote Treinamento


contaminação com mão de obra para Salmonella lotes; retirada de deve ser em princípios
microrganismos sp.; abaixo dos amostras amostrado; de higiene;
limites críticos familiarização
para coliformes com sintomas
Manuseio e sinais típicos
do tomate 1 de doenças
(febre, vômito,
diarréia);
proteger
ferimentos;
fornecer EPI
para visitantes

*PCC: Ponto Crítico de Controle


Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) Manual específico para a Produção Integrada de Tomate Industrial 7

Tabela 4. Definição do PC* / PCC do sistema de produção do tomate industrial


Determinação do Sistema de Produção até a Colheita

Questao 4
Questão 1 Questão 2 Questao 3 Uma etapa
Perigos O perigo é
Existem Esta etapa O perigo pode subseqüente
Etapas do Microbiológicos controlado pelo
medidas elimina ou reduz aumentar eliminará ou PCC/PC
Processo (M), Físicos (F), programa de
preventivas o perigo a níveis a níveis reduzirá o
Químicos (Q) pré-requisitos?
para o perigo? aceitáveis? inaceitáveis? perigo a níveis
aceitáveis
Produção
Físico Não Sim PC
(ambiente)

Irrigação Microbiológico Sim Não

Adubação
Quimico Sim Não
química
Adubação
Microbiológico Sim Não
Orgânica

Tratamentos Químico Não Sim Sim PC


Fitossanitários Microbiológico Não Sim Sim (M**, Q***)

PC
Colheita Microbiológico Não Sim Sim
(M, Q)

Pós-Colheita
Questao 4
Questão 1 Questão 2 Questao 3 Uma etapa
Perigos O perigo é
Existem Esta etapa O perigo pode subseqüente
Etapas do Microbiológicos controlado pelo
medidas elimina ou reduz aumentar eliminará ou PCC/PC
Processo (M), Físicos (F), programa de
preventivas o perigo a níveis a níveis reduzirá o
Químicos (Q) pré-requisitos?
para o perigo? aceitáveis? inaceitáveis? perigo a níveis
aceitáveis

Manuseio
Microbiológico Não Sim Sim PCC (M)
pós-colheita

* PC: Ponto Crítico


** M: Microbiológico
*** Q: Químico
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4. Resumo do Plano de Controle de Perigos

Medidas
Etapa PC/PCC Perigos Limite crítico Monitorização Ação Corretiva Registro Verificação
preventivas

PC (Q) Contaminação Treinamento Registro O que? Revisão de Emprego Coleta de


com níveis e qualificação comprovando Registro das treinamentos de planilhas amostras
inaceitáveis dos o preparo e aplicações dos adequadas. para análise
de agrotóxicos aplicadores. uso correto Como? empregados. de resíduo.
devido a uso Uso de dos produtos. Observação Revisão Uso dos
incorreto agrotóxicos (Receituário visual periódica de cadernos de Supervisão
(escolhas do aprovados. Agronômico) Quando? equipamentos campo da das
produto, carência, Calibração e Tempo de Diariamente de aplicação de produção operações.
dosagem, etc. manutenção carência Quem? agrotóxicos. integrada.
Uso de dos para cada Responsável Limpeza dos Recalibração
agrotóxicos não pulverizadores. agrotóxico pela produção equipamentos dos
permitidos Obediência obedecido de aplicação
ao período de dos agrotóxicos
carência do
agrotóxico.
Obedecer
os níveis de
controle pelo
Tratamentos MIP.
Fitossanitários
PC (M) Água de preparo Utilização de Padrões de Análise Controle do pH Emprego Coleta de
de agrotóxicos águas tratadas qualidade para microbiológica da água. de planilhas amostras
contaminada, ou de fontes água potável da água adequadas. da água
com níveis segura. Proteção dos para análise
inaceitáveis de Emprego das reservatórios Uso dos
microorganismos boas práticas de água. cadernos de
patogênicos agrícolas. Limpeza de campo para
(coliformes fecais) Manter animais filtros. registros.
e parasitos domésticos
longe da
fonte ou
reservatórios
de água
utilizada na
preparação
das caldas de
agrotóxicos.

Colheita PC (M) Contaminação Programa de Pessoal O que? Revisão de Ficha Coleta de


dos tomates por treinamento em treinado Ficha médica treinamentos médica dos material
microorganismos higiene pessoal para uso de do dos funcionários. para análise
patogênicos para todos os lavatórios, Empregado empregados. Cadeno de de fezes e
durante o
empregados na privadas, Como? Revisão Campo com sangue.
manuseio, uso
colheita. roupas e Consulta periódica da anotações; Supervisão
de contentores
contaminados Avaliação implementos médica saúde através Planilha das
ou presença de médica dos limpos e Quando? de exames de adequada operações
animais na área empregados. sanitizados. Mensalmente sangue e fezes par anotar de colheita.
de produção. Limpeza e Registro dos Quem? Limpeza dos as atividades
desinfecção casos de Responsável equipamentos da colheita.
dos enfermidade pela antes da
contentores dos enfermaria. colheita
com água funcionários
clorada.
Evitar a
presença
de animais
na área de
produção.
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Pós-Colheita
Medidas
Etapa PC/PCC Perigos Limite crítico Monitorização Ação Corretiva Registro Verificação
preventivas

PC (Q) Programa de Pessoal O que? O que? treinamentos Ficha Coleta de


treinamento em treinado Ficha Registro das dos médica dos material
higiene pessoal para uso de aplicações empregados. funcionários. para análise
para todos os lavatórios, Como? de fezes e
empregados privadas, Observação Revisão Caderno de sangue.
envolvidos nas roupas e visual periódica da Pós-colheita
etapas de pós- implementos Quando? saúde através da casa de Supervisão
colheita limpos e Diariamente de exames de embalagem das
sanitizados. Quem? sangue e fezes operações
Avaliação médica Responsável Planilha na casa de
dos empregados. pela produção Limpeza dos adequada embalagem.
Limpeza e Registro dos equipamentos par anotar as
desifecção dos casos de antes da casa atividades da
implementos e enfermidade de embalagem pós-colheita.
equipamentos dos Revisão de
com detergentes e funcionários
água clorada.

PCC (Q) Resíduos de Estabelecer Estudar os O que? Revisar Registro de Supervisão


detergentes ou e aplicar um possíveis Planos aplicação/ inspeção visual das
desinfetantes plano de métodos ou estabelecidos modificação do plano operações.
nas superfícies manutenção de testes que Como? nos planos estabelecido.
estabelecidos
que entram em superfícies e proporcionem Observação
contato com os utensílios limites visual. Registros de
Manuseio dos tomates. críticos de Quando? aplicação
tomates limpeza. Diáriamente dos planos
Quem? de limpeza e
Responsável desinfecção.
pela casa
de embalagem
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Expediente Normalização Bibliográfica: Rosane M. Parmagnani
Editoração eletrônica: José
Miguel dos Santos
1ª edição
1ª impressão (2009): 1000 exemplares Editoração eletrônica: Paloma Cabral

Impressão: Realce Gráfica e Editora Ltda

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