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Rua Santa Clara, 359, Salesiano, Juazeiro do Norte-ce

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MANUAL DE
BIOSSEGURANÇA

Janeiro/2019
INTRODUÇÃO
O laboratório é um ambiente extremamente hostil. Convivem no mesmo espaço
equipamentos, reagentes, soluções, microrganismos, pessoas, papéis, livros, amostras, entre
outros elementos. Para que esse sistema funcione de forma adequada e segura, torna-se
necessário:

 Disciplina;
 Respeito às normas e legislações pertinentes;
 Trabalhar no contexto da qualidade e da Biossegurança;
 Consciência ética.

O ambiente laboratorial deve ser entendido como um sistema complexo, onde existem
interações constantes entre os fatores humanos, ambientais, tecnológicos, educacionais e
normativos. Essas interações, muitas vezes, favorecem a ocorrência de acidentes.
Um instrumento que pode contribuir para a minimização dessas ocorrências
desagradáveis é a Biossegurança, definida como: Conjunto de estudos e ações destinados a
prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam
comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o meio ambiente.

a) RISCOS EM LABORATÓRIOS DE SAÚDE

(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)

 Riscos de acidentes
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em situaçãode perigo
e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. Em laboratórios os acidentes mais
comuns são as queimaduras, cortes e perfurações.

 Riscos ergonômicos
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas
característicaspsicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde.
Sãoexemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o
ritmoexcessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva,
apostura inadequada de trabalho, pausas insuficientes para descanso intra e inter-jornadas,
assim como problemas de relações interpessoais notrabalho também apresentam riscos
psicofisiológicos para o trabalhador.

 Riscos físicos
Estãorelacionados às diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, ultrassom, materiais cortantes e pontiagudos, etc.

 Riscos químicos
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos químicos na
forma líquida, gasosa oucomo partículas e poeiras minerais e vegetais, presentes nos
ambientes ou processos detrabalho, que possam penetrar no organismo pela via respiratória,
ou possam ter contatoou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão, como
solventes,medicamentos, produtos químicos utilizados para limpeza e desinfecção, corantes,
entreoutros.

 Riscos biológicos
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus, entreoutros.
Este risco está associado ao manuseio ou contato com materiais biológicos e/ou animais
infectados com agentes biológicos que possuam a capacidade de produzir efeitos nocivos
sobre os seres humanos, animais e meio ambiente. Os agentes de risco biológico podem ser
distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordemcrescente de risco.
a) Agentes Biológicos Classe de Risco I
São agentes biológicos que representam baixo risco para o indivíduo e para acomunidade.
b) Agentes biológicos classe de risco II
São agentes biológicos que apresentam risco moderado para o individuo e risco limitado
para a comunidade.
c) Agentes biológicos classe de risco III
São agentes biológicos que apresentam risco individual elevado e risco comunitário baixo.
d) Agentes biológicos classe de risco IV
São agentes biológicos que apresentam elevado risco individual e comunitário.
b) NORMAS BÁSICAS DE BIOSSEGURANÇA
 Higiene Pessoal

a) Cabelos: Cabelos longos são mantidos presos durante os trabalhos;


b) Unhas: As unhas são mantidas limpas e curtas, não ultrapassando a ponta dos dedos;
c) Calçados: Usam-se exclusivamente sapatos fechados no laboratório;
d) Lentes de contato: O ideal é não usar lentes de contato no laboratório. Se for
necessário usá-las, não podemser manuseadas durante o trabalho e necessitam ser
protegidas com o uso de óculos desegurança. Evita-se manipular produtos químicos
usando lentes de contato, uma vez queo material das lentes pode ser atacado por
vapores ou reter substâncias que possamprovocar irritações ou lesões nos olhos;
e) Cosméticos: Não é permitido aplicar cosméticos na área laboratorial;
f) Joias e adereços: Usa-se o mínimo possível. Não são usados anéis que contenham
reentrâncias,incrustações de pedras, assim como não se usa pulseiras e colares que
possam tocar assuperfícies de trabalho, vidrarias ou pacientes;
g) Lavagem das mãos: As mãos devem ser lavadas ao iniciar o turno de trabalho;sempre
depois de ir ao banheiro;antes e após o uso de luvas;antes de beber e comer;após a
manipulação de material biológico e químico;ao final das atividades, antes de deixar o
laboratório.

 Cuidados gerais

1. Nunca pipete com a boca, nem mesmo água destilada. Use dispositivos de pipetagem
mecânica.
2. Não coma, beba, fume, masque chiclete ou utilize cosméticos no laboratório.
3. Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo, no laboratório.
4. Lave as mãos antes de iniciar o trabalho e após a manipulação de agentes químicos,
material infeccioso, mesmo que tenha usado luvas de proteção, bem como antes de
deixar o laboratório.
5. Objetos de uso pessoal não devem ser guardados no laboratório.
6. Utilize jalecos ou outro tipo de uniforme protetor, de algodão, apenas dentro do
laboratório. Não utilize essa roupa fora do laboratório.
7. Não devem ser utilizadas sandálias ou sapatos abertos no laboratório.
8. Utilize luvas quando manusear material infeccioso.
9. Não devem ser usados jóias ou outros adornos nas mãos, porque podem impediruma
boa limpeza das mesmas.
10. Mantenha a porta do laboratório fechada. Restrinja e controle o acesso do mesmo.
11. Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer outro objeto não relacionado como
trabalho dentro do laboratório.
12. Use cabine de segurança biológica para manusear material infeccioso ou materiais que
necessitem de proteção contra contaminação.
13. Utilize dispositivos de contenção ou minimize as atividades produtoras de
aerossóis,tais como operações com grandes volumes de culturas ou soluções
concentradas.Essas atividades incluem: centrifugação (utilize sempre copos de
segurança),misturadores tipo Vortex (use tubos com tampa), homogeneizadores
(usehomogeneizadores de segurança com copo metálico), sonicagem, trituração,
recipientes abertos de material infeccioso, frascos contendo culturas, inoculação
deanimais, culturas de material infeccioso e manejo de animais.
14. Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pele ou com ferida aberta
(mesmouma extração de dente), devem abster-se de trabalhar com patógenos
humanos.
15. Coloque as cabines de segurança biológica em áreas de pouco trânsito nolaboratório,
minimize as atividades que provoquem turbulência de ar dentro ou nasproximidades
da cabine.
16. As cabines de segurança biológica não devem ser usadas em experimentos
queenvolvam produtos tóxicos ou compostos carcinogênicos. Neste caso utilizam-
secapelas químicas.
17. Descontamine todas as superfícies de trabalho diariamente e quando houverrespingos
ou derramamentos. Observe o processo de desinfecção específico paraescolha e
utilização do agente desinfetante adequado.
18. Coloque todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e
aprova de vazamento, antes de removê-los do laboratório para autoclavação.
19. Descontamine por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material
comcontaminação biológica, como: vidraria, caixas de animais, equipamentos
delaboratório, etc..., seguindo as recomendações para descarte desses materiais.
20. Descontamine todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção.
21. Cuidados especiais devem ser tomados com agulhas e seringas. Use-as
somentequando não houver métodos alternativos.
22. Seringas com agulhas ao serem descartadas devem ser depositadas em
recipientesrígidos, a prova de vazamento e embalados como lixo patológico.
23. Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, devem sercolocadas
em caixa com paredes rígidas rotulada “vidro quebrado” e descartadacomo lixo geral.
24. Saiba a localização do mais próximo lava olhos, chuveiro de segurança e extintor
deincêndio. Saiba como usá-los.
25. Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área dolaboratório
e longe do fogo.
26. Zele pela limpeza e manutenção de seu laboratório, cumprindo o programa delimpeza
e manutenção estabelecido para cada área, equipamento e superfície.
27. Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treinamento e orientação específicasobre
BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS e PRINCÍPIOS DEBIOSSEGURANÇA
aplicados ao trabalho que irá desenvolver.
28. Qualquer acidente deve ser imediatamente comunicado à chefia do
laboratório,registrado em formulário específico e encaminhado para acompanhamento
junto aComissão de Biossegurança da Instituição.
29. Fique atento à qualquer alteração no seu quadro de saúde e dos funcionários sob
suaresponsabilidade, tais como: gripes, alergias, diarréias, dores de cabeça,
enxaquecas,tonturas, mal estar em geral, etc... e notifique imediatamente à chefia do
laboratório.

 Equipamento de proteção individual – EPI

São elementos de uso individual utilizados para proteger o profissional do contato com
agentes infecciosos, químicos, calor ou frio excessivo, fogo, entre outros riscos, no ambiente
de trabalho. A roupa e o equipamento servem também para evitar a contaminação do material
em experimento ou em produção. São exemplos:
a. LUVAS
Utilizadas para proteger as mãos. São de uso obrigatório na manipulação de qualquer
material biológico ou produto químico. São fabricadas em diferentes materiais para atender as
diversas atividades laboratoriais:
 Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue,
fluídos do corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e animais de laboratório.
 Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém menos
sensibilidade).
 _ Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas.
 _ NÃO usar luvas fora da área de trabalho, NÃO abrir portas, NÃO atender telefone.
 _ Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em solução de
Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a integridade
das luvas após a desinfecção.
 _ NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma segura.

b. JALECO
Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma barreira de proteção e
reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a contaminação das
roupas do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corpóreos, salpicos e
derramamentos de material infectado.São de uso constante nos laboratórios e constituem
uma proteção para oprofissional.Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em
algodão ou fibra sintética (não inflamável) Os descartáveis devem ser resistentes e
_

impermeáveis.

c. ÓCULOS DE PROTEÇÃO E PROTETOR FACIAL


Protege contra salpicos, borrifos, gotas, impacto, Lavar após o uso com água e sabão
ou, no trabalho com agentes biológicos, com solução desinfetante - hipoclorito a 0,1% (o
álcool prejudica o material com que são fabricados os óculos) e guardá-los adequadamente.

d. MÁSCARA
São usadas as do tipo cirúrgico, sem sistema de filtro, para proteção do aparelho
respiratório no manuseio de material biológico, dependendo da sua classe de risco, assim
como para proteção do produto que está sendo manuseado. Existem tipos de máscaras com
maior ou menor capacidade de retenção de partículas. A seleção é feita considerando o agente
biológico com o qual se vai trabalhar.

e. GORRO DESCARTÁVEL
É usado para proteger os cabelos de aerossóis e salpicos e o produto ou experimento
decontaminações.

f. PRO-PÉ OU SAPATILHA
Recomendado para a proteção dos calçados/pés, em áreas contaminadas ou para
trabalhar em áreas estéreis.

- Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC

a. CAPELA DE SEGURANÇA QUÍMICA


É o equipamento que faz a exaustão dos vapores provenientes de substâncias químicas
que estão sendo manipuladas no seu interior. Qualquer atividade em capela química deve ser
monitorada, principalmente quando se faz uso de equipamentos que geram calor ou chamas.
Ao final do trabalho, limpa-se a superfície interna da capela e verifica-se se os equipamentos
elétricos e bicos de gás estão desligados.

b. CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA
Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão,
cotovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso.

c. LAVA OLHOS
Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a
uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode fazer
parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular.

d. EXTINTOR DE INCÊNDIO
 A BASE DE ÁGUA: Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e
madeira. Não usar emeletricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição.
 EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ: Utiliza o CO2 em pó como base. A
força de seu jato é capaz de disseminar osmateriais incendiados. É usado em
líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica.Não usar em metais alcalinos
e papel.
 EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO: Usado em líquidos e gases
inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origemelétrica.
 EXTINTOR DE INCÊNDIO DE ESPUMA: Usado para líquidos inflamáveis. Não
usar para fogo causado por eletricidade.
 EXTINTOR DE INCÊNDIO DE BCF: Utiliza o bromoclorodifluorometano. É
usado em líquidos inflamáveis, incêndio deorigem elétrica. O ambiente precisa ser
cuidadosamente ventilado após seu uso.

c) NORMAS DE SEGURANÇA PARA O MANUSEIO DE PRODUTOS


QUÍMICOS

1. Conhecer os produtos químicos com os quais se vai trabalhar. Ler com atenção os
rótulos dos frascos de reagentes e a FISPQ antes de usá-los. Se necessário, procurar
mais informações;
2. Manter o seu rosto sempre afastado do recipiente onde está ocorrendo uma reação
química ou combustão. Evitar o contato de substâncias químicas com a pele, olhos e
mucosas;
3. Conservar os frascos de produtos químicos devidamente fechados e não colocar as
tampas descuidadamente sobre as bancadas. Elas devem ser depositadas com o
encaixe para cima;
4. Nunca cheirar diretamente nem provar qualquer substância utilizada ou produzida nos
ensaios;
5. Não usar frascos de laboratório para beber água ou outros líquidos;
6. Não misturar substâncias químicas fora da capela sem ter conhecimento do tipo de
reação que ocorrerá.

d) PROCEDIMENTOS PARA DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS EM


LABORATÓRIO

MATERIAL BIOLÓGICO
1. Lixo contaminado deve ser embalado em sacos plásticos para o lixo tipo 1, de
capacidade máxima de 100 litros, indicados pela NBR 9190 da ABNT.
2. Os sacos devem ser totalmente fechados, de forma a não permitir o derramamento de
seu conteúdo, mesmo se virados para baixo.
3. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destinação
final do resíduo.
4. Caso ocorram rompimentos frequentes dos sacos, deverão ser verificados, a qualidade
do produto ou os métodos de transporte utilizados.
5. Não se admite abertura ou rompimento de saco contendo resíduo infectante sem
tratamento prévio.
6. Havendo derramamento do conteúdo, cobrir o material derramado com uma solução
desinfetante (por exemplo, hipoclorito de sódio a 10.000 ppm), recolhendo-se em
seguida. Proceder, depois, a lavagem do local.
7. Usar os equipamentos de proteçãonecessários.
8. Todos os utensílios que entrarem em contato direto com o material deverão passar por
desinfecção posterior.
9. Os sacos plásticos deverão ser identificados com o nome do laboratório de origemsala,
técnica responsável e data do descarte.
10. Autoclavar a 121 C (125F), pressão de 1 atmosfera (101kPa, 151 lb/in acima da
pressão atmosférica) durante pelo menos 20 minutos.
11. As lixeiras para resíduos desse tipo devem ser providas de tampas.Estas lixeiras
devem ser lavadas, pelo menos uma vez por semana, ou sempre quehouver vazamento
do saco.

RESÍDUOS PERFUROCORTANTES

1. Os resíduos perfurocortantes devem ser descartados em recipientes de paredes rígidas,


com tampa e resistentes à autoclavação.
2. Estes recipientes devem estar localizados tão próximo quanto possíveis da área de uso
dos materiais.
3. Os recipientes devem ser identificados com etiquetas autocolantes, contendo
informações sobre o laboratório de origem, técnico responsável pelo descarte e data de
descarte.
4. Embalar os recipientes, após tratamento para descontaminação, em sacos adequado
para descarte identificados como material perfurocortantes e descartar como lixo
comum, caso não sejam incinerados.
5. A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso.
6. No caso de seringa de vidro, levá-la juntamente com a agulha para efetuar o processo
dedescontaminação.
7. Não quebrar, entortar ou recapear as agulhas.

RESÍDUOS RADIOATIVOS

1. Não misturar rejeitos radioativos líquidos com sólidos.


2. Preveja o uso de recipientes especiais, etiquetados e apropriados à natureza do
produto radioativo em questão.
3. Coletar materiais como agulhas, ponteiras de pipetas e outros objetos afiados,
contaminados por radiação, em recipientes específicos, com sinalização de
radioatividade.
4. Os containers devem ser identificados com: Isótopo presente, tipo de produto
químico e concentração, volume do conteúdo, laboratório de origem, técnico
responsável pelo descarte e a data do descarte.
5. Os rejeitos não devem ser armazenados no laboratório, mas sim em um local
previamente adaptado para isto, aguardando o recolhimento.
6. Considerar como de dez meias vidas o tempo necessário para obter um decréscimo
quase total para a atividade dos materiais (fontes não seladas) empregadas na área
biomédica.
7. Pessoal responsável pela coleta de resíduos radioativos devem utilizar vestimentas
protetoras e luvas descartáveis.
8. Estas serão eliminadas após o uso, também, como resíduo radioativo.
9. Em caso de derramamento de líquidos radioativos, poderão ser usados papéis
absorventes ou areia, dependendo da quantidade derramada. Isto impedirá seu
espalhamento.
10. Estes deverão ser eliminados juntos com outros resíduos radioativos.

RESÍDUOS QUÍMICOS
a) Cada uma das categorias de resíduos orgânicos ou inorgânicos relacionados deve ser
separada, acondicionada, de acordo com procedimentos e formas específicas e
adequadas a cada categoria.Na fonte produtora do rejeito e em sua embalagem
deverão existir os símbolos internacionais estabelecidos pela Organização
Internacional de Normalização (ISO) e pelo Comitê de Especialistas em Transporte
de Produtos Perigosos, ambos da Organização das Nações Unidas, adequados a cada
caso.
b) Além do símbolo identificador da substância, na embalagem contendo esses resíduos
deve ser afixada uma etiqueta autoadesiva, preenchida em grafite contendo as
seguintes informações: Laboratório de origem, conteúdo qualitativo, classificação
quanto à natureza e advertências.
c) Os rejeitos orgânicos ou inorgânicos sem possibilidade de descarte imediato devem
ser armazenados em condições adequadas específicas.
d) Os resíduos orgânicos ou inorgânicos deverão ser desativados com o intuito de
_

transformar pequenas quantidades de produtos químicos reativos em produtos


derivados inócuos, permitindo sua eliminação sem riscos.

e) Este trabalho deve ser executado com cuidado, por pessoas especializadas.
f) Os resíduos que serão armazenados para posterior recolhimento e
descarte/incineração devem ser recolhidos separadamente em recipientes coletores
impermeáveis a líquidos, resistentes, com tampas rosqueadas para evitar
derramamentos e fechados para evitar evaporação de gases.
g) Resíduos inorgânicos tóxicos e suas soluções aquosas – Sais inorgânicos de metais
tóxicos e suas soluções aquosas devem ser previamente diluídos a níveis de
concentração que permitam o descarte direto na pia em água corrente.

f) CONTROLE AMBIENTAL
a) Descontaminação de área após derramamento de material biológico ou
cultura de microorganismos
1- Notifique imediatamente ao demais funcionários do setor.
2- Se houver algum risco biológico associado com a liberação de aerossol
todos os funcionários devem deixar imediatamente o setor. No setor de
microbiologia a área deve ser irradiada por 30 minutos com ultravioleta.
3- Os indivíduos envolvidos no acidente devem verificar suas vestimentas
quando a contaminação for com material. Caso tenha ocorrido, as medidas
de descontaminação da roupa devem ser tomadas.

b) Descontaminação de pequenas áreas (INSTRUÇÕES PARA


DESCONTAMINAÇÃO)
1. Colocar EPIs necessários.
2. Identificar a área que necessita de descontaminação.
3. Preparar os sacos para descarte do material contaminado.
4. Mover-se lenta e cuidadosamente durante o tratamento da área com o
descontaminante próprio (o álcool iodado,hipoclorito, glutaraldeído, álcool
a70%, geremkil e etc) evitando a formação de novos aerossóis.
5. Cobrir a área inteira com toalha absorvente e deixar o germicida agir por 30
minutos antes de recolher os fragmentos grosseiros.
6. Colocar o material absorvente nos sacos para o descarte e os perfuros
cortantes nas caixas rígidas.
7. Remover luvas cuidadosamente e descarta-las com o material contaminado.
8. Lavar as mãos com agua sabão e solução anti-séptica.
9. Registrar o acidente
10.
ESTERILIZAÇÕES E DESCONTAMINAÇÃO

Procedimentos gerais para descontaminação


Preconiza-se realizar a limpeza com água e sabão ou detergente de todas as superfícies
fixas em todas as áreas de serviços de saúde, como forma de promover a remoção de sujeira e
do mau odor característico, reduzindo a população microbiana nas áreas doestabelecimento.
Os anti-sépticos descritos como microbicidas ou microbiostáticos recomendados para
utilização na pele, mucosa e ferimentos, que são permitidos, abrangem as soluções alcoólicas
(atuam por desnaturação de proteínas), iodadas e iodóforos (atenção a absorção transcutânea
em recém-nascidos e necessita de 2 minutos de contato para a liberação do iodo livre),
soluções contendo cloro-hexidina (atua por rutura da paredecelular), e o permanganato de
potássio utilizado em algumas áreas. Não são permitidas as formulações contendo mercúrio,
acetona, quaternários de amônio e hipoclorito a 0,5%, éter e clorofórmio.
A desinfecção é o processo de destruição de microrganismos em forma vegetativa
mediante aplicação de agentes físicos ou químicos.Os processos físicos mais aplicados e
descritos para a desinfecção incluem a imersão emágua em ebulição por trinta minutos,
associando-se processos como calor ou açãomecânica ou ainda adição de detergentes. Quando
os artigos são sensíveis ao calor,recomenda-se a utilização de processos químicos. Os
desinfetantes para lactários maisdescritos e permitidos são o hipoclorito de sódio, de lítio e de
cálcio. Entre osdesinfetantes indicados para superfícies fixas de ambientes de serviços de
saúde e quesão permitidos encontram-se os álcoois, os fenólicos, o iodo e seus derivados,
osliberadores de cloro ativo e os quaternários de amônio.
A esterilização promove à destruição de todas as formas de vida microbiana, as
formas vegetativas, as esporuladas, os fungos e os vírus mediante aplicação de agentes físicos
e químicos. O agente esterilizador físico mais descrito e aconselhado é o vapor saturado sob
pressão (autoclaves); o calor seco é recomendado para artigos sensíveis a umidade; a radiação
ultravioleta não é recomendada atualmente para desinfecção de superfícies ou artigos; e
aflambagem, embora seja permitido, em laboratório, deve-se ter o critério deescolha e o
cuidado de não formar aerossóis com partículas virulentas íntegras.Os agentes químicos
permitidos com capacidade esterilizante são os aldeídos(glutaraldeído) e o óxido de etileno
descrito com as normas técnicas na Portaria
Interministerial de Saúde e Trabalho de número 4, divulgada em 31 de julho de 1991.

CENTRÍFUGA
Devido a alto índice de acidentes neste aparelho, principalmente a quebra de tubos com
espécimes clínicos e consequentemente a formação de aerossol que pode expor vários
funcionários a agentes infecciosos as centrifugas merecem um cuidado especial em relação a
segurança biológica.
 O perfeito desempenho mecânico é indispensável para a segurançabiológica no
trabalho com a centrífuga de laboratório.
 A centrífuga precisa ser operada de acordo com as instruções do fabricante.
 Montá-la em nível tal que os funcionários de estatura inferior à média possam vero seu
interior, a fim de poderem colocar corretamente os pinos e os porta-tubos.
 Os rotores e os porta-tubos devem ser inspecionados diariamente para
detectarprecocemente quaisquer sinais de corrosão ou a presença de fendas delicadas.
 Os porta-tubos e os pinos devem ser de pesos correspondentes; devem
sercorretamente equilibrados, com os tubos de ensaio colocados no seu lugar.
 Depois de usados, os porta-tubos são guardados em posição invertida paradrenagem
do líquido usado para equilibrá-los.
 O emprego de boa técnica de centrifugação, de tubos de ensaio bem fechados ede
porta-tubos com vedação perfeita “corpos de segurança”, são elementos queoferecem
proteção adequada contra os aerossóis infecciosos e contra a dispersão de partículas
contendo microorganismos.

MANUTENÇÃO E USO DE REFRIGERADORES E CONGELADORES

 Os refrigeradores, congeladores e recipientes para gelo seco devem ser limpos


edescongelados periodicamente, retirando-se as ampolas, os tubos etc. quetiverem
quebrado durante o armazenamento. Convém usar equipamento deproteção para o
rosto, assim como luvas de borracha anti-derrapante. Após alimpeza, recomenda-se
desinfetar as paredes internas da câmara.
 Todos os recipientes guardados em refrigerador devem estar rotuladosclaramente,
indicando o nome científico do conteúdo, a data do armazenamentoe a data da
validade.
 As soluções inflamáveis não devem ser guardadas em refrigerador, a não ser queeste
seja à prova de explosão. Na porta do refrigerador deve constar um aviso “inflamável”.

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