O documento descreve a hierarquia dos anjos segundo a Bíblia, com diferentes classes de anjos tendo níveis de autoridade e responsabilidades distintas. As principais classes mencionadas são tronos, domínios, principados, potestades, arcanjos, Gabriel e querubins. Miguel é o único arcanjo nomeado, enquanto Gabriel é descrito como um mensageiro de Deus.
O documento descreve a hierarquia dos anjos segundo a Bíblia, com diferentes classes de anjos tendo níveis de autoridade e responsabilidades distintas. As principais classes mencionadas são tronos, domínios, principados, potestades, arcanjos, Gabriel e querubins. Miguel é o único arcanjo nomeado, enquanto Gabriel é descrito como um mensageiro de Deus.
O documento descreve a hierarquia dos anjos segundo a Bíblia, com diferentes classes de anjos tendo níveis de autoridade e responsabilidades distintas. As principais classes mencionadas são tronos, domínios, principados, potestades, arcanjos, Gabriel e querubins. Miguel é o único arcanjo nomeado, enquanto Gabriel é descrito como um mensageiro de Deus.
organização de classes, Ordem e subordinação dos diferentes anjos. A Bíblia revela que entre os anjos celestes (ao quanto os demônios) existe uma hierarquia; uma relação de subordinação entre as várias categorias. Na hierarquia dos seres, os anjos se classificam abaixo de Deus e acima dos seres humanos: “O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências." (1 Pe 3.22). "Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste" (SI 8.4,5; cf. Hb 2.7).
Vamos ler algumas passagens:
Ef 6.12; Rm 8.28; Cl 1.16; Ef 1.20-22; Rm 13.1-2
O texto de Colossenses 1.16 mostra esta graduação em
ordem decrescente: Tronos, Dominações, Principados e Potestades. É sem dúvida, que, uma classe de criaturas espirituais de nível elevado está em evidência neste trecho descrito por Paulo, o que demonstra haver distinção clara entre as várias categorias, muito embora seja temerário afirmar que patente poderia ser atribuída aos anjos pertencentes a este grupo. No texto de Efésios 1.21, semelhante hierarquia é apresentada em ordem crescente: Principados, Poderes, Potestades e Domínios, não necessariamente na mesma ordem da relação decrescente. Falta, neste texto de Efésios, a categoria dos "Tronos", exposto na epístola aos colossenses, enquanto que, em Colossenses não se observa a classe de "poderes". Em Efésios percebe-se uma maior abrangência quanto ao poder de Cristo, ante os anjos, às demais criaturas, na frase: "Acima ...de todo nome que se nomeia", trecho que não acha equivalente em Colossenses. Na essência dos versículos, entretanto, nota-se uma clara fundamentação sobre a existência de classes distintas de anjos.
Quando a Bíblia Sagrada se refere a principados (Ef 3.10),
potestades (Cl 2.10), tronos (Cl 1.16) e domínios (Ef 1.21; Cl 1.16), não alude a espécies de anjos, mas simplesmente à diversificação dos níveis de autoridades desenvolvidas pelos seres angelicais. Os anjos são seres de várias ordens; não são raças; mas sim uma companhia (lRs 22.19). Seria melhor, nesse caso, empregar-se "exército", como se encontra no texto citado, em lugar de "companhia". Todavia, o que importa é o esclarecimento de que os anjos não constituem uma raça. No entanto, a Bíblia em geral parece sugerir que entre os anjos existem aqueles que detêm mais glória, o que se deve mais propriamente a existência de diferentes classes (Ef 1.21; Cl 1.16). Dentre os que mais se destacam, temos aqueles que são tidos como simplesmente anjos; em seguida, na hierarquia angelical, arcanjos, serafins e querubins... Veja pg 50 apostila
Anjos são seres espirituais criados, dotados de apurado juízo
moral e alta inteligência, porém desprovidos de corpos físicos (conforme já estudamos). A Bíblia Sagrada somente menciona especificamente o nome de três anjos: Miguel, Gabriel e Lúcifer — este último com a ressalva de que por causa de seu terrível e inominável pecado de rebelião contra Deus, tornou-se Satanás. Sobre ele discorreremos mais adiante.
Agora, a graduação de cada qual está relacionada à
atribuição (um cargo, um finalidade especifica, não geral) que possuem no céu, sendo que alguns anjos desempenham funções de suma responsabilidade junto ao Trono de Deus, cooperando com a administração divina, o que prova a existência de uma organização angelical celeste. Outros são encarregados de serviços na administração de Deus, quanto ao atendimento aos homens no mundo inteiro, servindo "a favor daqueles que hão de herdar a salvação" (Hb 1.14). Este versículo também fornece sustentação ao que fora tratado anteriormente, mesmo não sendo um comentário do próprio autor das epístolas anteriormente citadas, no entanto concordando com o fato de haver suprema autoridade em Cristo sobre os anjos que lhe servem. Ler todo o capitulo No versículo 13, é apresentada uma clara distinção entre estes seres e o Filho de Deus, nominado "Anjo do Senhor" em vários textos no antigo testamento (Gn 16.7; 22.15), quando o escritor faz menção do Salmo 110 verso 1, reprisando: "Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés", palavras que o escritor aos Hebreus afirma jamais terem sido dirigidas a qualquer das criaturas existentes, questionando: "E a qual dos anjos disse jamais..." Essa peculiaridade do Filho de Deus será apreciada posteriormente em seus detalhes.
Não obstante, em linhas gerais, podemos analisar as
classificações citadas em Colossenses e Efésios da seguinte maneira:
Tronos (Cl 1.16)
Conforme está no original grego, thronoi tem um sentido especial porque se refere a uma classe de anjos que está diretamente ligada à majestade e soberania de Deus. É possível que os "querubins" estejam diretamente ligados a esse tipo de atividade real, pois alguns textos identificam os querubins como os seres sobre os quais Deus está assentado e reinando (ISm 4.4; 2Rs 19.15; SI 80.1; 99.1). Domínios (Cl 1.16) Em algumas versões, o termo grego kuriothes ou kuriotethoi tem o sentido de soberania ou dominação (Ef 1.21). A classe especial de anjos dominadores tem como função principal executar as ordens de Deus sobre as coisas criadas (os anjos que derramarão juízo no apocalipse). O apóstolo Paulo diz que esses anjos executam as ordens divinas sob autoridade de Cristo. Subentende-se pelo contexto doutrinário do papel dos anjos que essa classe denominada "dominadores" age de forma executiva sobre o Universo e sobre determinadas esferas espirituais. Veja AP 19.17.
Principados (Cl 1.16)
Mais uma vez aquelas categorias especiais dos querubins e serafins se confundem com essas classificações de tronos, domínios, principados e potestades. Por isso, é difícil estabelecer uma ordem específica; porém, o que está revelado acerca dessas classes de anjos nos é suficiente para entender a sua importância e o seu ministério. A palavra "principados" no grego bíblico é archai, e refere- se a uma classe de anjos que têm poderes de príncipes. Nos reinos terrestres, os principados regem sobre territórios pertencentes ao reino. Podemos perceber isto na história de Satanás, o qual havia sido estabelecido como "querubim ungido para proteger" e estava no monte santo antes de sua queda. Veja pg 50 e 52 apostila Potestades (Cl 1.16) Potestades referem-se a anjos especiais que executam tarefas especiais da parte de Deus. Não se trata de poderes angelicais isolados, mas são chamados de "potestades" porque foram investidos de uma autoridade especial. Vários exemplos se destacam na Bíblia das ações poderosas dessa classe de anjos. Um destes anjos foi enviado por Deus para destruir a cidade de Jerusalém e só parou sua destruição quando Deus lhe ordenou que guardasse a sua espada (1Cr 21.15-27). O salmista Davi destaca anjos que são "magníficos em poder" (SI 103.20). Isto revela que esses anjos pertencem a uma classe de seres poderosos, mas não onipotentes. A onipotência é atributo exclusivo do Deus Trino, por isso, nenhuma criatura jamais teve, nem terá poderes totais. A magnitude do poder dessas potestades se limita ao nível da capacitação dada por Deus para o cumprimento de suas obrigações. Veja Ap 18.1e 10. 1-3.
Arcanjo - A palavra "arcanjo" (gr. archangelos) significa "anjo
principal". O prefixo "arch" sugere tratar-se de um anjo chefe, principal ou poderoso. Na Bíblia Sagrada, mais precisamente em Judas v.9 e 1 Tessalonicenses 4.16, aparece à menção de apenas um arcanjo: Miguel. No grego encontramos “Michael”, no hebraico mika’el, que significa: "Quem é como Deus?",
Nas Escrituras, Miguel é descrito como: o arcanjo (Jd v.9);
o líder das hostes angélicas no conflito com Satanás e os seus anjos maus (Ap 12.7); um dos primeiros príncipes (Dn 10.13); "vosso Príncipe" (Dn 10.21); e o grande príncipe, "defensor dos filhos do teu povo" (Dn 12.1). Assim, o fato de Miguel, acrescido do vocábulo "arcanjo" (Jd v. 9), denota que nenhum ser criado pode ser "semelhante a Deus". Ver Pg 47-48 apostila
Gabriel, cujo nome quer dizer "homem de Deus" ou "herói de
Deus". Significa, também, "o poderoso", evidenciando assim o que o nome sugere. A Palavra de Deus não menciona Gabriel como arcanjo como alguns o trata (Dr. Eurico Bergstén). Ao apresentar-se a Maria, disse que “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.” Demonstrando assim sua intimidade e aproximação com Deus.
Ele aparece nas Sagradas Escrituras quatro vezes, como
porta-voz de Deus ou como revelador do propósito divino. A primeira menção a Gabriel encontra-se registrada em Daniel 8.15-27, em que ele fala ao profeta Daniel a respeito do fim dos tempos. A segunda, diz respeito à grandiosa revelação escatológica (as setenta semanas proféticas concernentes a Israel, em Dn 9). A terceira trata do seu aparecimento ao sacerdote Zacarias, anunciando o nascimento de João Batista: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te estas alegres novas" (Lc LI9). A quarta ocupa-se do anúncio do nascimento de Jesus a Maria: "No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem... a virgem chamava-se Maria" (Lc 1.26,27).
Querubins. Querubim origina-se do hebraico keruvin no plural
keruv no singular -, cujo significado é "guardar", "cobrir" “querubins da gloria” cf. Hb 9.5 . Parece que os querubins constituem uma categoria ainda mais elevada de anjos relacionados com os propósitos retributivos e redentores de Deus para com o homem (Gn 3.24; Ex 25.22). No hebraico, querubim é um vocábulo correlato com um verbo acadiano que significa "bendizer", "louvar", "adorar". Os querubins estão diretamente ligados à santidade de Deus e à sua adoração (Ex 25.20,22; 26.31; Nm 7.89; 2 Sm 6.2; I Rs 6.29,32; 7.29; 2 Rs 19.15; I Cr 13.6; SI 80.1; 99.1; Is 37.16; Ez 1.5-26; 9.3; I0.I-22; 11.22). Da onde as pessoas tiram a idéia de que “Satanás” era o regente do coral de Deus. (vamos discutir isso depois)
Os querubins receberam a missão de guardar a entrada do
jardim do Éden, como guardiães da santidade de Deus (Gn 3.24). As Sagradas Escrituras dizem que Deus está entronizado acima dos querubins, ou que Ele viaja com os querubins (SI 18.10; Ez 10.1-22). O Salmo 80.1 registra: "O pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias a José como a um rebanho, que te assentas entre os querubins, resplandece". Havia dois querubins de ouro sobre a arca da aliança, com suas asas estendidas sobre a arca. "Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel" (Ex 25.22; cf. vv. 18-21). Pg 49 apostila
Serafins – A palavra serafins significa “seres ardentes”,
“abrasadores”. O termo hebraico é saraph. Quanto à origem exata e a significação desse termo, não existe concordância entre os eruditos. Provavelmente, deriva- se da raiz hebraica saraph, cujo significado é “queimar”, o que daria a idéia de que os serafins são anjos rebrilhantes, uma vez que essa raiz também pode significar “consumir com fogo”, mas também “rebrilhar” e “refletir”. Sua forma é apresentada por Isaías como seres angelicais com seis asas e que estão diante do trono de Deus, louvando-O. Pelo pouco que temos de informação acerca da função dos serafins, o que podemos verificar é que eles são responsáveis pelo louvor a Deus e pela restauração da santidade, conforme o texto de Isaías 6, onde um dos serafins voou até Isaías, trazendo na mão uma brasa viva, e ao tocar com aquela brasa nos seus lábios a iniqüidade foi tirada, e purificado o seu pecado. O pecado no mundo espiritual produz morte e prisões, e vemos neste texto um serafim sendo usado para trazer a restauração à santidade, destruindo o mal produzido pela iniqüidade. Veja pg 49 apst. Anjo da Igreja - Não há entre os comentadores da Bíblia uma uniforme compreensão da expressão "as sete estrelas são os anjos das sete igrejas", ditas por Jesus ao apóstolo João em Apocalipse 1.20. Alguns eruditos, como Orígenes de Alexandria, afirmam que esses anjos eram seres angelicais designados para proteger as igrejas, fundamentando essa assertiva em Daniel 10.13 e 12.1 (anjos protetores). No entanto, essa posição é difícil de se sustentar pois: 1º - Cada carta está endereçada a um leitor humano ("anjo", que traduzido do grego também significa "mensageiro") da congregação local. Seres realmente angelicais, como poderíamos supor, não precisariam de uma carta que os informasse a respeito da vontade de Deus. 2º - Considerando que há repreensões e censuras nas referidas cartas, estas não devem ter sido remetidas a anjos. Pois, desde que os pastores são os ensinadores do rebanho, eles é quem eram os responsáveis pela leitura do livro em voz alta à igreja (Ap 1.3).
Assim sendo, os "anjos das sete igrejas" refere-se aos
pastores responsáveis pelas igrejas locais. São chamados de “anjos”, pois o vocábulo no grego “Angelos” é traduzido como "mensageiro, intermediário, anjo", uma espécie e interlocutor (Aquele que fala em nome de outro). Em Marcos 1:2, João Batista é apresentado como o mensageiro (angelos). Anjo do Senhor - Em muitos textos dos primeiros livros da Bíblia a proteção de YHWH (Jeová ou Javé) em favor de Israel é personificada na expressão "Anjo de Jeová" (Gn.16.7-I4; 18.2; 21.17-19; 22.11-14; 31.11-13; Êx.3.2-6). A expressão "Anjo do Senhor" é mencionada na Bíblia Sagrada mais de 60 no Antigo Testamento. Tudo indica que "Anjo do Senhor" é a expressão usada no Antigo Testamento para designar o próprio Cristo em várias de suas manifestações (ou Teofonias) antes da sua encarnação. Teofania (gr. theophania) é uma palavra composta pelos vocábulos theos e phainei ("aparecer"), referente a alguma manifestação visível de Deus, na forma como Ele quiser. Como um termo teológico, indica qualquer manifestação temporária e normalmente visível de Deus. Deve ser distinguida da manifestação divina permanente, em Jesus Cristo, chamada encarnação (Logos encarnado).
Muitas coisas fortalecem essa opinião, pois "o anjo do
Senhor" fala como o próprio Deus, na primeira pessoa do singular. Vejamos alguns exemplos. A primeira vez que se vê o Senhor em teofania foi com Abraão (Gn 18) A primeira vez que a expressão “Anjo do Senhor” aparece foi no episodio de Agar (Gn 16.7; 21.17). Outros aparecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22.11,15), Jacó (Gn 31.11-13), Moisés (Ex 3.2), todos os israelitas durante o êxodo (Ex 14.19). Mais tarde, apareceu em Boquim (Jz 2.1,4); a Balaão (Nm 22.22-36); a Josué (Js 5.13-15), como o príncipe do exército do Senhor; a esposa de Manoá, pai de Sansão (Jz 13.2-22); a Gideão (Jz 6.11); a Davi (I Cr 21.16); a Elias (2 Rs 1.3,4); a Daniel (Dn 6.22) e a José (Mt 1.20; 2.13). A maneira pela qual esse Anjo do Senhor é descrito distingue-o de qualquer outro. A ele é atribuído o poder de perdoar ou reter pecados (Ex 23.20-23). Duas coisas sumamente importantes são ditas acerca dEle: primeiro, que o nome do Senhor está nEle (Ex 23.20-23); segundo, que Ele é o rosto do Senhor, isto é, o rosto do Senhor pode ser visto nEle (Êx 32.34; 33.14). Por isso, tem o poder de salvar (Is 63.9) e de recusar o perdão (Ex 23.21).
(a) Em Juizes 2.1, o Anjo do Senhor diz: Do Egito Eu vos fiz
subir, e Eu vos trouxe à terra que a vossos pais Eu tinha jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meu concerto convosco (o grifo dos pronomes foi acrescentado). Comparada esta passagem com outras que descrevem o mesmo evento, verifica-se que eram atos do Senhor, o Deus do concerto dos israelitas. Foi ele quem jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó que daria aos seus descendentes a terra de Canaã (Gn 13.14-17; 17.8; 26.2-4; 28.13); Ele jurou que esse concerto seria eterno (Gn 17.7), Ele tirou os israelitas do Egito (Ex 20.1,2) e Ele os levou à terra prometida (Js 1.1,2). (b) Quando o anjo do Senhor apareceu a Josu é, este se prostrou e o adorou (Js 5.14). Essa atitude tem levado muitos a crer que esse anjo era uma manifestação do próprio Senhor Deus; do contrário, o anjo teria proibido Josué de adorá-lo (Ap 19.10; 22.8,9). (c) Ainda mais explicitamente, o anjo do Senhor que apareceu a Moisés na sarça ardente disse, em linguagem bem clara: "Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó" (Ex 3.6; ver Gn 16.7 Ex 3.2).
SANATAS
Pergunte à maioria das pessoas que crêem na Bíblia de
onde veio Satanás e cada uma contara uma versão diferente – das mais estranhas por sinal. A ignorância acerca do assunto tem gerado posturas erradas onde atribuem a ele condições que não lhes são pertinentes gerando assim até uma “SUPERVALORIZAÇÃO” sobre a pessoa de Satanás. Assim sendo, temos a necessidade e a obrigatoriedade de conhecermos sobre a pessoa e obra do diabo, para que, através das informaçoes sobre ele possamos vencer-lo, e desta forma, honrarmos e glorificarmos a DEUS.
Quando Deus criou o mundo, ele "viu tudo o que havia
feito, e tudo havia ficado muito bom" (Gn 1.31). Isso significa que mesmo o mundo angelical que Deus havia criado não possuía anjos maus nem demónios àquela altura. Mas, quando chegamos a Génesis 3, percebemos que Satanás, na forma de uma serpente, tentou Eva para que pecasse (Gn 3.1-5). Portanto, em um determinado tempo entre os eventos de Génesis 1.31 e Génesis 3.1, deve ter havido uma rebelião no mundo angelical, com muitos anjos se voltando contra Deus e tornando-se maus. Pg 65
No Antigo Testamento há dois textos principais que revelam
a origem e a queda de Satanás. Pelo texto de Ezequiel 28. 11-16, sabe-se mais sobre a sua condição primeira; já pelo texto de Isaías 14. 12-17, sabe-se mais sobre a sua queda.
Origem De Satanás
Vamos analisar o texto de Ezequiel 28.11-19 que, numa
linguagem figurada descreve a Lúcifer como a mais extraordinária criatura dentre toda a criação angelical. Esse texto contendo juízos divinos contra os inimigos de Israel, mui especialmente contra o rei de Tiro, faz uma alusão de modo figurado ao juízo executado contra aquele príncipe (Lúcifer), que se fez inimigo de Deus e do Seu povo.
O príncipe de Tiro (Ez 28.1-10). Nesta profecia, os dez
primeiros versículos são dirigidos contra o "príncipe de Tiro", que, instigado por Satanás, deixa-se levar, por causa de sua arrogância, pelo desejo de ser igual a Deus. Esse "príncipe de Tiro" é conhecido na História como Thobal (ou Ithobaal II) que reinou, mais ou menos em 586 a.C. Seu nome dá a entender sua relação íntima com Baal, o deus supremo dos fenícios, que tantas vezes penetrou na vida religiosa do povo judeu. Além de ser rei de Tiro, Thobal era também o representante de Baal. Tiro era uma cidade reino, que pela sua importância destacava-se das demais nações do mundo de então. Por isso, há uma referência sobre a vida dessa cidade e seu "príncipe". De fato, Tiro era uma cidade da Fenícia sobre uma ilha rochosa do Mar Mediterrâneo, com um porto marítimo que recebia gente de todas as nações.
Nos versículos 2 a 5, o profeta condena o arrogante e
blasfemo "príncipe de Tiro" pelo fato de imaginar-se deus e de julgar-se conhecedor de todos os segredos da vida. A linguagem profética usa a palavra "coração" para significar a "mente", a fonte da inteligência. O "príncipe" imaginava ter a mente de Deus e afirmava: "Eu sou Deus" (Ez 28.2,9). Entretanto, nos versículos 6 a 11, Deus anuncia a sua ruína e revela as suas limitações como simples mortal.
Mas, observe que no versículo 2 o profeta fala do "príncipe
de Tiro" e no versículo 12 fala ao "rei de Tiro". Expliquemos: na primeira parte da profecia, a mensagem é dirigida contra o "príncipe de Tiro", extremamente vaidoso, que se considera um "deus" e vive orgulhoso por imaginar que Tiro fosse inexpugnável por estar construída sobre uma rocna. Porém, na segunda parte da profecia, o personagem enfocado é o "rei de Tiro". Não se trata mais da pessoa do "príncipe de Tiro", mas sim, de Lúcifer, o verdadeiro alvo da profecia e instigador do arrogante "príncipe de Tiro" . O rei de Tiro (Ez 28.12-19). As palavras do profeta a partir do versículo 12, como foi dito antes, indicam o "rei de Tiro" como um ser espiritual. Suas características são, em parte, ilustradas com as ações do "príncipe de Tiro", que é apenas um homem orgulhoso, e reveladas de modo mais objetivo como pertencentes a Lúcifer, o influenciador espiritual das ditas ações daquele príncipe. De fato, as características do "príncipe de Tiro" (Ez 28.1-10), identificam-se perfeitamente com as do "rei de Tiro", que é Satanás, isto é, Lúcifer. Isso porque Satanas estava formando o carater do principe de tiro com seu proprio carater. A sabedoria infinita de Deus tomou a figura do "príncipe de Tiro" para revelar a história da origem e queda de Lúcifer.
As características originais de Lúcifer antes da queda (Ez
28.12-16). Lúcifer era possuidor de elevada distinção e também detentor de honrosos títulos e de elevadas posições.
"o aferidor da medida" (v. 12). Na Tradução Brasileira edição
de 1924, a expressão aparece como "o selo da simetria". Na versão espanhola de Casidoro de Reina (1569) é o "selo da perfeição ou da proporção". Na versão de Figueiredo (1939), a expressão é "selo de semelhança". Todas essas traduções chegam a uma mesma interpretação. A tradução mais aproximada é a que traduz "selo", ou seja, ele era a imagem perfeita da criação de Deus e uma imagem refletida em si mesmo, que lhe conferia o privilégio de ser a mais bela e inteligente criatura CELESTIAL de Deus, como o próprio texto declara: "cheio de sabedoria e perfeito em formosura" (v. 12).
"estavas no Éden, jardim de Deus" (v. 13). veja pg 67
A menção às, pedras preciosas existentes no "Éden, jardim
de Deus" é para ilustrar os privilégios e riquezas dessa criatura (Lúcifer) personificado pelo "rei de Tiro". O ornamento de pedras preciosas desse personagem indica a grandeza e a beleza de sua aparência. Refere-se naturalmente ao estado original de Lúcifer, antes da sua queda.
"...no dia em que foste criado" (v. 13). A grande verdade
dessa expressão é lembrar que Lúcifer é um ser criado por Deus e que a presunção dessa criatura em querer elevar-se acima do Todo-poderoso jamais o colocará em igualdade com o Criador. A forma como Ezequiel se refere a "tambores e pífaros" dá a ideia de que esse anjo não necessitava de instrumento algum de louvor para glorificar ao seu Criador. Ele mesmo em sua formosura transmitia louvor ao Criador. Como um ser criado, esse anjo, apesar da sua elevada posição, tinha de estar sujeito ao seu Criador.
"Querubim ungido para proteger" (v. 14). Na descrição
dessa passagem profética, Lúcifer pertence à ordem dos querubins, que está diretamente ligada ao trono de Deus. O texto sugere um chefe sobre os outros querubins, cuja missão é a de proteger o trono de Deus, isto é, uma missão cuja incumbência é a de preservar toda a criação de Deus impedindo a ação de intrusos (Gn 3.24; Êx 25.17-20; SI 80.1). Enten-de-se que Lúcifer tinha como encargo especial liderar os outros anjos, uma vez que ele havia sido estabelecido nessa elevadíssima posição. O "monte santo de Deus" (Ez 28.14) diz respeito ao lugar alto e elevado onde Deus exerce a Sua autoridade. Era peculiar no Antigo Testamento considerar o lugar onde Deus se manifestava, causando temor e tremor, como sendo o lugar do assento do trono de Deus (Êx 24.15-17; SI 2.6; 3.4; 43.3; 68.15; Is 2.2; 11.9).
"...no meio das pedras afogueadas andavas" (v. 14).
Alguns comentadores da Bíblia interpretam estas "pedras afogueadas" com brilho refulgente como sendo o lugar onde Lúcifer andava. Outros, no entanto, consideram tratar-se da "glória primordial da terra". Porém, como a linguagem é figurada, essas "pedras afogueadas" podem referir a uma manifestação do fogo consumidor, que é o próprio Deus. Também, podem referir-se à condição de Lúcifer numa posição tão elevada que podia ter e manter uma profunda relação com a santidade de Deus.
"...perfeito eras nos teus caminhos " (v. 15). A colocação do
verbo no passado indica o primeiro pecado de Lúcifer, a iniquidade escondida em seu interior. O texto declara que esse anjo era "perfeito", e tal perfeição transparece até ao dia em que se achou nele iniquidade. "...estrela da alva, filha da alva... " (Is 14.12). Esta expressão tem sido relacionada ao nome Lúcifer que significa "o que leva a luz", ou "o portador da luz" e, em outro caso, ele é chamado simplesmente por "luzeiro". O pecado de Lúcifer aqui, consistia da aspiração presunçosa de querer ser mais que as fulgurantes estrelas de Deus para estabelecer o seu próprio trono e fazer-se igual ou superior ao Criador. Por pretender isso, Lúcifer, a "estrela da manhã", caiu, se transformando em Diabo e Satanás. Ler pg 67 apostila
A QUEDA DE LÚCIFER
No ponto anterior analisamos o estado original de Lúcifer,
baseando-se no texto de Ezequiel. Agora analisaremos a queda de Lúcifer que causou a maior tragédia espiritual do Universo.
Lúcifer caiu por livre escolha. Tal queda aconteceu em
função do seu livre-arbítrio, que o levou, iludido com sua própria glória angelical e com a posição de superioridade sobre os demais anjos, a pretender tomar o lugar do Criador, para ser adorado e glorificado como um "deus". Com o coração cheio de presunção, Lúcifer predispôs-se a destronar a Deus.
Os cinco "eis" de Lúcifer
A queda e a deposição de Lúcifer foram procedidas de cinco "eis" que demonstravam o seu espírito insubmisso e exaltado (Is 14-13,14). Foram eles:
1. "... Eu subirei ao céu...
2.... acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... 3.... no monte da congregação me assentarei... 4.... subirei acima das mais altas nuvens... 5. ... serei semelhante ao Altíssimo."
O orgulho tomara conta da mente e do coração de Lúcifer.
Sua decisão de usurpar a posição de Deus mostra a arrogância que dominava o mais profundo do seu ser. É impossível que um reino tenha dois soberanos supremos. Ora, a Deus, sendo realmente o Deus único, só restava uma coisa - depor Lúcifer e expulsá-lo. Foi isto o que aconteceu inevitavelmente.
Consequências da queda de Lúcifer. Em sua primeira
aplicação, o texto em apreço enfoca a pessoa de Nabucodonosor, o rei babilónio, que quis engrandecer a si mesmo repetindo o pecado de Lúcifer. A avidez irrefreável de querer ser igual a Deus fez também com que grande número de anjos adotasse a mesma presunção do orgulhoso "querubim ungido" e o acompanhasse na queda. Pelo testemunho das Escrituras e da História constatamos que Lúcifer, desde o princípio, quando se achou iniquidade no seu coração (Ez 28.15), não tem deixado de pecar contra Deus. Ele é, sem dúvida, o primeiro pecador e o instigador de todo o pecado no mundo (Rm 7.13). Lúcifer, por seu pecado foi destituído de suas funções celestiais e condenado à execração eterna. Pg 68 O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo, aconselha-o a que não escolha obreiro que seja neófito, para que este não venha a cair na "condenação do diabo" (1 Tm 3.6).
Deposto da presença do Altíssimo, Lúcifer, transformado
em Satanás, tornou-se chefe das potestades do ar (Ef 2.2) e o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30). Desde então, tornou- se o arquiinimigo de Deus e dos que amam a Jesus Cristo.
Hoje Lúcifer não é mais um anjo de luz, mas sim um
anjo de trevas e maldade. Sabemos entretanto que pode transfigurar-se em um anjo de luz (2Co 11.14). O seu ódio pela humanidade cresce a cada dia. Satanás é um ser inteligente, uma personalidade hostil, inimigo declarado de Deus e dos homens. A Bíblia inteira o apresenta resistindo a Deus e perturbando a paz das nações, com guerras, destruição e miséria. ENDEREÇOS do diabo.
A idéia, corrente, de que a residência atual e fixa do diabo
é o inferno, onde tem, como que, seu quartel general e de onde comanda as suas hostes malignas, está destituída de fundamento BÍBLICO, visto que à luz da BÍBLIA SAGRADA o diabo só será colocado ali, para de lá jamais sair, quando toda a obra de DEUS estiver concluída, na história e vida do ser humano. Os endereços do diabo, podem ser contados em pelo menos, cinco etapas, quais sejam:
1.º. ANTES DE SER DIABO; OU SEJA, DESDE SUA
CRIAÇÃO ATÉ A SUA REBELIÃO.
2.º. APÓS A SUA REBELIÃO, ATÉ O MILÊNIO DE PAZ
MUNDIAL.
3.º. DURANTE O MILÊNIO DE PAZ MUNDIAL, MANTIDA
POR JESUS CRISTO.
4.º. APÓS O MILÉNIO DE PAZ E ANTES DA
CONSUMAÇÃO DE TODOS OS ACONTECIMENTOS ESCATOLÓGICOS DA HISTÓRIA HUMANA. 5.º. APÓS A CONSUMAÇÃO DE TODOS OS ACONTECIMENTOS ESCATOLÓGICOS.
A HIERARQUIA SATÂNICA
“Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar,
mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes” (Ef. 6:12).
O reino das trevas tem um certo senso de ordem e de
hierarquia, pois as forças demoníacas têm Satanás como líder e estão organizadas e unidas em oposição à obra de Deus. A Bíblia nos fala que todos os anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn. 1:31), mas com o livre-arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás e abandonaram o estado original de graça como servos de Deus, e assim perderam a sua posição celestial. Os anjos bons estão a serviço de Deus e ministram em favor dos homens que hão de herdar a vida eterna. Eles, têm uma hierarquia assim constituída: os serafins, que são como fogo flamejante e que estão em constante, louvor diante de Deus (Is. 6:2); os querubins, que guardam o trono de Deus (II Rs. 19:15); os arcanjos, como o arcanjo Miguel, também chamado de Primeiro Príncipe ou o Grande (Dn. 10:13; 12:1; Jd. 9); e anjos leitos, como o anjo Gabriel, que serve na presença de Deus, cujo número seria na ordem de milhares de seres. Percebe-se com isso uma organização de Anjos a serviço de Deus. Da mesma forma podemos relatar que existe um mundo paralelo de anjos caídos e que há uma hierarquia (organização) entre eles. O apóstolo Paulo se refere a essa hierarquia, em Efésios 6:12; Colossenses 2:15 e Efésios 1:21. Antes de entrarmos na organização hierárquica de Satanás, verifiquemos o conceito de duas palavras:
Trono - é simplesmente a instituição do poder num estado,
cidade ou corpo econômico. Embora hoje em dia o “trono” de um país seja encontrado em seus sistemas legislativo, judiciário e executivo, o trono dos dias de Paulo era literalmente um assento de autoridade sobre um estrado elevado, simbolizando a “instituição” da autoridade.
Domínio - uma dominação ou domínio é o território
influenciado ou regido pelo trono, é a esfera da influência formal dessa estrutura de poder. Assim o domínio dos Estados Unidos são os seus 50 estados, possessões e territórios. Retornando ao texto de Efésios 6:12, Paulo diz que a nossa luta não é contra o sangue e a carne, isto é, não é contra homens e mulheres de carne e osso e, sim, contra principados (archas, no grego); contra potestades (exousias); contra dominadores (kosmokratoras) deste mundo tenebroso e contra forças (pneumatika) do mal nas regiões celestes. 1. Principados É a tradução da palavra archon (singular de archas), e significa “aquele que foi instituí do de autoridade”.
OS NOMES DE SATANAS
O diabo, é conhecido por vários nomes (vulgos populares).
Vejamos alguns: Beiçudo, bode-sujo, cafuçu, cão, capeta, capiroto, coisa-ruim, demo, excomungado, zé-da-laje, cabeça rachada, Tinhoso, rabudo, sarnento, sujo, zarapelho, etc, etc, etc. Esses são alguns dos nomes com o qual Satanas é incinuado na cultura popular brasileira. Estes são, parte dos seus nomes, conhecidos apenas no Brasil.
Por quantos mais, não será conhecido no mundo inteiro ?
Entretanto, os mais importantes, são os nomes que a BÍBLIA SAGRADA lhe dá;.
Vejamos:
1, abadom, Apoc 9:11.
2, apoliom, Apoc 9:11. 3, belzebu, Mat 12:24; Mar 3:22; Luc 11:15. 4, deus deste século, 2ªCor 4:4. 5, diabo, Mat 4:1-11, 25:41; Luc 4:1-13, 8:12; João 8:44, etc. 6, dragão, Apoc 12:9, 13:2, 20:2. 7, homicida, João 8:44. 8, pai da mentira, João 8:44. 9, príncipe das potestades do ar, Ef 2:2. 10, príncipe deste mundo, João 14:30. 11, príncipe dos demônios, Mat 9:34; Mar 3:22; Luc 11:15. 12, satanás, Jó 1:6—12, 2:1-7; Zac 3:1-2; Mat 4:10, 12:26, etc. 13, serpente, 2ªCor 11:3; Apoc 12:9, 20:2.