Você está na página 1de 26

A Hierarquia dos Anjos

HIERARQUIA - Ordem e subordinação dos poderes,


organização de classes, Ordem e subordinação dos diferentes
anjos.
A Bíblia revela que entre os anjos celestes (ao quanto os
demônios) existe uma hierarquia; uma relação de subordinação
entre as várias categorias.
Na hierarquia dos seres, os anjos se classificam abaixo de
Deus e acima dos seres humanos: “O qual está à destra de
Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos,
e as autoridades, e as potências." (1 Pe 3.22). "Que é o homem
mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que
o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de
glória e de honra o coroaste" (SI 8.4,5; cf. Hb 2.7).

Vamos ler algumas passagens:


Ef 6.12; Rm 8.28; Cl 1.16; Ef 1.20-22; Rm 13.1-2

O texto de Colossenses 1.16 mostra esta graduação em


ordem decrescente: Tronos, Dominações, Principados e
Potestades. É sem dúvida, que, uma classe de criaturas
espirituais de nível elevado está em evidência neste trecho
descrito por Paulo, o que demonstra haver distinção clara entre
as várias categorias, muito embora seja temerário afirmar que
patente poderia ser atribuída aos anjos pertencentes a este
grupo.
No texto de Efésios 1.21, semelhante hierarquia é
apresentada em ordem crescente: Principados, Poderes,
Potestades e Domínios, não necessariamente na mesma
ordem da relação decrescente. Falta, neste texto de Efésios, a
categoria dos "Tronos", exposto na epístola aos colossenses,
enquanto que, em Colossenses não se observa a classe de
"poderes".
Em Efésios percebe-se uma maior abrangência quanto ao
poder de Cristo, ante os anjos, às demais criaturas, na frase:
"Acima ...de todo nome que se nomeia", trecho que não acha
equivalente em Colossenses.
Na essência dos versículos, entretanto, nota-se uma clara
fundamentação sobre a existência de classes distintas de
anjos.

Quando a Bíblia Sagrada se refere a principados (Ef 3.10),


potestades (Cl 2.10), tronos (Cl 1.16) e domínios (Ef 1.21; Cl
1.16), não alude a espécies de anjos, mas simplesmente à
diversificação dos níveis de autoridades desenvolvidas pelos
seres angelicais.
Os anjos são seres de várias ordens; não são raças; mas sim
uma companhia (lRs 22.19). Seria melhor, nesse caso,
empregar-se "exército", como se encontra no texto citado, em
lugar de "companhia". Todavia, o que importa é o
esclarecimento de que os anjos não constituem uma raça.
No entanto, a Bíblia em geral parece sugerir que entre os
anjos existem aqueles que detêm mais glória, o que se deve
mais propriamente a existência de diferentes classes (Ef 1.21;
Cl 1.16). Dentre os que mais se destacam, temos aqueles que
são tidos como simplesmente anjos; em seguida, na hierarquia
angelical, arcanjos, serafins e querubins...
Veja pg 50 apostila

Anjos são seres espirituais criados, dotados de apurado juízo


moral e alta inteligência, porém desprovidos de corpos físicos
(conforme já estudamos). A Bíblia Sagrada somente menciona
especificamente o nome de três anjos: Miguel, Gabriel e Lúcifer
— este último com a ressalva de que por causa de seu terrível
e inominável pecado de rebelião contra Deus, tornou-se
Satanás. Sobre ele discorreremos mais adiante.

Agora, a graduação de cada qual está relacionada à


atribuição (um cargo, um finalidade especifica, não geral) que
possuem no céu, sendo que alguns anjos desempenham
funções de suma responsabilidade junto ao Trono de Deus,
cooperando com a administração divina, o que prova a
existência de uma organização angelical celeste.
Outros são encarregados de serviços na administração de
Deus, quanto ao atendimento aos homens no mundo inteiro,
servindo "a favor daqueles que hão de herdar a salvação" (Hb
1.14).
Este versículo também fornece sustentação ao que fora
tratado anteriormente, mesmo não sendo um comentário do
próprio autor das epístolas anteriormente citadas, no entanto
concordando com o fato de haver suprema autoridade em
Cristo sobre os anjos que lhe servem.
Ler todo o capitulo
No versículo 13, é apresentada uma clara distinção entre
estes seres e o Filho de Deus, nominado "Anjo do Senhor" em
vários textos no antigo testamento (Gn 16.7; 22.15), quando o
escritor faz menção do Salmo 110 verso 1, reprisando: "Disse o
Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até
que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés",
palavras que o escritor aos Hebreus afirma jamais terem sido
dirigidas a qualquer das criaturas existentes, questionando: "E
a qual dos anjos disse jamais..." Essa peculiaridade do Filho de
Deus será apreciada posteriormente em seus detalhes.

Não obstante, em linhas gerais, podemos analisar as


classificações citadas em Colossenses e Efésios da seguinte
maneira:

Tronos (Cl 1.16)


Conforme está no original grego, thronoi tem um sentido
especial porque se refere a uma classe de anjos que está
diretamente ligada à majestade e soberania de Deus. É
possível que os "querubins" estejam diretamente ligados a esse
tipo de atividade real, pois alguns textos identificam os
querubins como os seres sobre os quais Deus está assentado
e reinando (ISm 4.4; 2Rs 19.15; SI 80.1; 99.1).
Domínios (Cl 1.16)
Em algumas versões, o termo grego kuriothes ou
kuriotethoi tem o sentido de soberania ou dominação (Ef 1.21).
A classe especial de anjos dominadores tem como função
principal executar as ordens de Deus sobre as coisas criadas
(os anjos que derramarão juízo no apocalipse). O apóstolo
Paulo diz que esses anjos executam as ordens divinas sob
autoridade de Cristo. Subentende-se pelo contexto doutrinário
do papel dos anjos que essa classe denominada
"dominadores" age de forma executiva sobre o Universo e
sobre determinadas esferas espirituais. Veja AP 19.17.

Principados (Cl 1.16)


Mais uma vez aquelas categorias especiais dos querubins
e serafins se confundem com essas classificações de tronos,
domínios, principados e potestades. Por isso, é difícil
estabelecer uma ordem específica; porém, o que está revelado
acerca dessas classes de anjos nos é suficiente para entender
a sua importância e o seu ministério.
A palavra "principados" no grego bíblico é archai, e refere-
se a uma classe de anjos que têm poderes de príncipes. Nos
reinos terrestres, os principados regem sobre territórios
pertencentes ao reino. Podemos perceber isto na história de
Satanás, o qual havia sido estabelecido como "querubim
ungido para proteger" e estava no monte santo antes de sua
queda. Veja pg 50 e 52 apostila
Potestades (Cl 1.16)
Potestades referem-se a anjos especiais que executam
tarefas especiais da parte de Deus. Não se trata de poderes
angelicais isolados, mas são chamados de "potestades" porque
foram investidos de uma autoridade especial. Vários exemplos
se destacam na Bíblia das ações poderosas dessa classe de
anjos. Um destes anjos foi enviado por Deus para destruir a
cidade de Jerusalém e só parou sua destruição quando Deus
lhe ordenou que guardasse a sua espada (1Cr 21.15-27). O
salmista Davi destaca anjos que são "magníficos em poder" (SI
103.20). Isto revela que esses anjos pertencem a uma classe
de seres poderosos, mas não onipotentes. A onipotência é
atributo exclusivo do Deus Trino, por isso, nenhuma criatura
jamais teve, nem terá poderes totais. A magnitude do poder
dessas potestades se limita ao nível da capacitação dada por
Deus para o cumprimento de suas obrigações. Veja Ap 18.1e
10. 1-3.

Arcanjo - A palavra "arcanjo" (gr. archangelos) significa "anjo


principal". O prefixo "arch" sugere tratar-se de um anjo chefe,
principal ou poderoso. Na Bíblia Sagrada, mais precisamente
em Judas v.9 e 1 Tessalonicenses 4.16, aparece à menção de
apenas um arcanjo: Miguel. No grego encontramos “Michael”,
no hebraico mika’el, que significa: "Quem é como Deus?",

Nas Escrituras, Miguel é descrito como: o arcanjo (Jd v.9);


o líder das hostes angélicas no conflito com Satanás e os seus
anjos maus (Ap 12.7); um dos primeiros príncipes (Dn 10.13);
"vosso Príncipe" (Dn 10.21); e o grande príncipe, "defensor dos
filhos do teu povo" (Dn 12.1). Assim, o fato de Miguel,
acrescido do vocábulo "arcanjo" (Jd v. 9), denota que nenhum
ser criado pode ser "semelhante a Deus".
Ver Pg 47-48 apostila

Gabriel, cujo nome quer dizer "homem de Deus" ou "herói de


Deus". Significa, também, "o poderoso", evidenciando assim o
que o nome sugere. A Palavra de Deus não menciona Gabriel
como arcanjo como alguns o trata (Dr. Eurico Bergstén).
Ao apresentar-se a Maria, disse que “Eu sou Gabriel, que
assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas
alegres novas.” Demonstrando assim sua intimidade e
aproximação com Deus.

Ele aparece nas Sagradas Escrituras quatro vezes, como


porta-voz de Deus ou como revelador do propósito divino.
A primeira menção a Gabriel encontra-se registrada em
Daniel 8.15-27, em que ele fala ao profeta Daniel a respeito do
fim dos tempos.
A segunda, diz respeito à grandiosa revelação
escatológica (as setenta semanas proféticas concernentes a
Israel, em Dn 9).
A terceira trata do seu aparecimento ao sacerdote
Zacarias, anunciando o nascimento de João Batista: "Eu sou
Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te
estas alegres novas" (Lc LI9).
A quarta ocupa-se do anúncio do nascimento de Jesus a
Maria: "No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de
Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma
virgem... a virgem chamava-se Maria" (Lc 1.26,27).

Querubins. Querubim origina-se do hebraico keruvin no plural


keruv no singular -, cujo significado é "guardar", "cobrir"
“querubins da gloria” cf. Hb 9.5 .
Parece que os querubins constituem uma categoria ainda
mais elevada de anjos relacionados com os propósitos
retributivos e redentores de Deus para com o homem (Gn 3.24;
Ex 25.22).
No hebraico, querubim é um vocábulo correlato com um
verbo acadiano que significa "bendizer", "louvar", "adorar". Os
querubins estão diretamente ligados à santidade de Deus e à
sua adoração (Ex 25.20,22; 26.31; Nm 7.89; 2 Sm 6.2; I Rs
6.29,32; 7.29; 2 Rs 19.15; I Cr 13.6; SI 80.1; 99.1; Is 37.16; Ez
1.5-26; 9.3; I0.I-22; 11.22). Da onde as pessoas tiram a idéia
de que “Satanás” era o regente do coral de Deus. (vamos
discutir isso depois)

Os querubins receberam a missão de guardar a entrada do


jardim do Éden, como guardiães da santidade de Deus (Gn
3.24). As Sagradas Escrituras dizem que Deus está
entronizado acima dos querubins, ou que Ele viaja com os
querubins (SI 18.10; Ez 10.1-22). O Salmo 80.1 registra: "O
pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias a José como a um
rebanho, que te assentas entre os querubins, resplandece".
Havia dois querubins de ouro sobre a arca da aliança, com
suas asas estendidas sobre a arca. "Ali, virei a ti e, de cima do
propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a
arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te
ordenar para os filhos de Israel" (Ex 25.22; cf. vv. 18-21).
Pg 49 apostila

Serafins – A palavra serafins significa “seres ardentes”,


“abrasadores”. O termo hebraico é saraph.
Quanto à origem exata e a significação desse termo, não
existe concordância entre os eruditos. Provavelmente, deriva-
se da raiz hebraica saraph, cujo significado é “queimar”, o que
daria a idéia de que os serafins são anjos rebrilhantes, uma vez
que essa raiz também pode significar “consumir com fogo”,
mas também “rebrilhar” e “refletir”. Sua forma é apresentada
por Isaías como seres angelicais com seis asas e que estão
diante do trono de Deus, louvando-O.
Pelo pouco que temos de informação acerca da função dos
serafins, o que podemos verificar é que eles são responsáveis
pelo louvor a Deus e pela restauração da santidade, conforme
o texto de Isaías 6, onde um dos serafins voou até Isaías,
trazendo na mão uma brasa viva, e ao tocar com aquela brasa
nos seus lábios a iniqüidade foi tirada, e purificado o seu
pecado.
O pecado no mundo espiritual produz morte e prisões, e
vemos neste texto um serafim sendo usado para trazer a
restauração à santidade, destruindo o mal produzido pela
iniqüidade. Veja pg 49 apst.
Anjo da Igreja - Não há entre os comentadores da Bíblia uma
uniforme compreensão da expressão "as sete estrelas são os
anjos das sete igrejas", ditas por Jesus ao apóstolo João em
Apocalipse 1.20. Alguns eruditos, como Orígenes de
Alexandria, afirmam que esses anjos eram seres angelicais
designados para proteger as igrejas, fundamentando essa
assertiva em Daniel 10.13 e 12.1 (anjos protetores). No
entanto, essa posição é difícil de se sustentar pois:
1º - Cada carta está endereçada a um leitor humano ("anjo",
que traduzido do grego também significa "mensageiro") da
congregação local. Seres realmente angelicais, como
poderíamos supor, não precisariam de uma carta que os
informasse a respeito da vontade de Deus.
2º - Considerando que há repreensões e censuras nas
referidas cartas, estas não devem ter sido remetidas a anjos.
Pois, desde que os pastores são os ensinadores do rebanho,
eles é quem eram os responsáveis pela leitura do livro em voz
alta à igreja (Ap 1.3).

Assim sendo, os "anjos das sete igrejas" refere-se aos


pastores responsáveis pelas igrejas locais. São chamados de
“anjos”, pois o vocábulo no grego “Angelos” é traduzido como
"mensageiro, intermediário, anjo", uma espécie e interlocutor
(Aquele que fala em nome de outro).
Em Marcos 1:2, João Batista é apresentado como o
mensageiro (angelos).
Anjo do Senhor - Em muitos textos dos primeiros livros da
Bíblia a proteção de YHWH (Jeová ou Javé) em favor de Israel
é personificada na expressão "Anjo de Jeová" (Gn.16.7-I4;
18.2; 21.17-19; 22.11-14; 31.11-13; Êx.3.2-6).
A expressão "Anjo do Senhor" é mencionada na Bíblia
Sagrada mais de 60 no Antigo Testamento. Tudo indica que
"Anjo do Senhor" é a expressão usada no Antigo Testamento
para designar o próprio Cristo em várias de suas
manifestações (ou Teofonias) antes da sua encarnação.
Teofania (gr. theophania) é uma palavra composta pelos
vocábulos theos e phainei ("aparecer"), referente a alguma
manifestação visível de Deus, na forma como Ele quiser.
Como um termo teológico, indica qualquer manifestação
temporária e normalmente visível de Deus. Deve ser
distinguida da manifestação divina permanente, em Jesus
Cristo, chamada encarnação (Logos encarnado).

Muitas coisas fortalecem essa opinião, pois "o anjo do


Senhor" fala como o próprio Deus, na primeira pessoa do
singular. Vejamos alguns exemplos. A primeira vez que se vê o
Senhor em teofania foi com Abraão (Gn 18) A primeira vez que
a expressão “Anjo do Senhor” aparece foi no episodio de Agar
(Gn 16.7; 21.17). Outros aparecimentos incluíram pessoas
como Abraão (Gn 22.11,15), Jacó (Gn 31.11-13), Moisés (Ex
3.2), todos os israelitas durante o êxodo (Ex 14.19). Mais tarde,
apareceu em Boquim (Jz 2.1,4); a Balaão (Nm 22.22-36); a
Josué (Js 5.13-15), como o príncipe do exército do Senhor; a
esposa de Manoá, pai de Sansão (Jz 13.2-22); a Gideão (Jz
6.11); a Davi (I Cr 21.16); a Elias (2 Rs 1.3,4); a Daniel (Dn
6.22) e a José (Mt 1.20; 2.13).
A maneira pela qual esse Anjo do Senhor é descrito
distingue-o de qualquer outro. A ele é atribuído o poder de
perdoar ou reter pecados (Ex 23.20-23). Duas coisas
sumamente importantes são ditas acerca dEle: primeiro, que o
nome do Senhor está nEle (Ex 23.20-23); segundo, que Ele é o
rosto do Senhor, isto é, o rosto do Senhor pode ser visto nEle
(Êx 32.34; 33.14). Por isso, tem o poder de salvar (Is 63.9) e de
recusar o perdão (Ex 23.21).

(a) Em Juizes 2.1, o Anjo do Senhor diz: Do Egito Eu vos fiz


subir, e Eu vos trouxe à terra que a vossos pais Eu tinha
jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meu concerto
convosco (o grifo dos pronomes foi acrescentado). Comparada
esta passagem com outras que descrevem o mesmo evento,
verifica-se que eram atos do Senhor, o Deus do concerto dos
israelitas. Foi ele quem jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó que
daria aos seus descendentes a terra de Canaã (Gn 13.14-17;
17.8; 26.2-4; 28.13); Ele jurou que esse concerto seria eterno
(Gn 17.7), Ele tirou os israelitas do Egito (Ex 20.1,2) e Ele os
levou à terra prometida (Js 1.1,2).
(b) Quando o anjo do Senhor apareceu a Josu é, este se
prostrou e o adorou (Js 5.14). Essa atitude tem levado muitos a
crer que esse anjo era uma manifestação do próprio Senhor
Deus; do contrário, o anjo teria proibido Josué de adorá-lo (Ap
19.10; 22.8,9).
(c) Ainda mais explicitamente, o anjo do Senhor que
apareceu a Moisés na sarça ardente disse, em linguagem
bem clara: "Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o
Deus de Isaque e o Deus de Jacó" (Ex 3.6; ver Gn 16.7 Ex
3.2).

SANATAS

Pergunte à maioria das pessoas que crêem na Bíblia de


onde veio Satanás e cada uma contara uma versão diferente –
das mais estranhas por sinal.
A ignorância acerca do assunto tem gerado posturas
erradas onde atribuem a ele condições que não lhes são
pertinentes gerando assim até uma “SUPERVALORIZAÇÃO”
sobre a pessoa de Satanás.
Assim sendo, temos a necessidade e a obrigatoriedade de
conhecermos sobre a pessoa e obra do diabo, para que, através
das informaçoes sobre ele possamos vencer-lo, e desta forma,
honrarmos e glorificarmos a DEUS.

Quando Deus criou o mundo, ele "viu tudo o que havia


feito, e tudo havia ficado muito bom" (Gn 1.31). Isso significa
que mesmo o mundo angelical que Deus havia criado não
possuía anjos maus nem demónios àquela altura. Mas, quando
chegamos a Génesis 3, percebemos que Satanás, na forma de
uma serpente, tentou Eva para que pecasse (Gn 3.1-5).
Portanto, em um determinado tempo entre os eventos de
Génesis 1.31 e Génesis 3.1, deve ter havido uma rebelião no
mundo angelical, com muitos anjos se voltando contra Deus e
tornando-se maus. Pg 65

No Antigo Testamento há dois textos principais que revelam


a origem e a queda de Satanás. Pelo texto de Ezequiel 28.
11-16, sabe-se mais sobre a sua condição primeira; já pelo
texto de Isaías 14. 12-17, sabe-se mais sobre a sua queda.

 Origem De Satanás

Vamos analisar o texto de Ezequiel 28.11-19 que, numa


linguagem figurada descreve a Lúcifer como a mais
extraordinária criatura dentre toda a criação angelical. Esse
texto contendo juízos divinos contra os inimigos de Israel, mui
especialmente contra o rei de Tiro, faz uma alusão de modo
figurado ao juízo executado contra aquele príncipe (Lúcifer),
que se fez inimigo de Deus e do Seu povo.

O príncipe de Tiro (Ez 28.1-10). Nesta profecia, os dez


primeiros versículos são dirigidos contra o "príncipe de Tiro",
que, instigado por Satanás, deixa-se levar, por causa de sua
arrogância, pelo desejo de ser igual a Deus. Esse "príncipe de
Tiro" é conhecido na História como Thobal (ou Ithobaal II) que
reinou, mais ou menos em 586 a.C. Seu nome dá a entender
sua relação íntima com Baal, o deus supremo dos fenícios, que
tantas vezes penetrou na vida religiosa do povo judeu.
Além de ser rei de Tiro, Thobal era também o representante
de Baal. Tiro era uma cidade reino, que pela sua importância
destacava-se das demais nações do mundo de então. Por isso,
há uma referência sobre a vida dessa cidade e seu "príncipe".
De fato, Tiro era uma cidade da Fenícia sobre uma ilha rochosa
do Mar Mediterrâneo, com um porto marítimo que recebia
gente de todas as nações.

Nos versículos 2 a 5, o profeta condena o arrogante e


blasfemo "príncipe de Tiro" pelo fato de imaginar-se deus e de
julgar-se conhecedor de todos os segredos da vida. A
linguagem profética usa a palavra "coração" para significar a
"mente", a fonte da inteligência. O "príncipe" imaginava ter a
mente de Deus e afirmava: "Eu sou Deus" (Ez 28.2,9).
Entretanto, nos versículos 6 a 11, Deus anuncia a sua ruína e
revela as suas limitações como simples mortal.

Mas, observe que no versículo 2 o profeta fala do "príncipe


de Tiro" e no versículo 12 fala ao "rei de Tiro". Expliquemos: na
primeira parte da profecia, a mensagem é dirigida contra o
"príncipe de Tiro", extremamente vaidoso, que se considera um
"deus" e vive orgulhoso por imaginar que Tiro fosse
inexpugnável por estar construída sobre uma rocna. Porém, na
segunda parte da profecia, o personagem enfocado é o "rei de
Tiro". Não se trata mais da pessoa do "príncipe de Tiro", mas
sim, de Lúcifer, o verdadeiro alvo da profecia e instigador do
arrogante "príncipe de Tiro" .
O rei de Tiro (Ez 28.12-19). As palavras do profeta a partir
do versículo 12, como foi dito antes, indicam o "rei de Tiro"
como um ser espiritual. Suas características são, em parte,
ilustradas com as ações do "príncipe de Tiro", que é apenas um
homem orgulhoso, e reveladas de modo mais objetivo como
pertencentes a Lúcifer, o influenciador espiritual das ditas
ações daquele príncipe. De fato, as características do "príncipe
de Tiro" (Ez 28.1-10), identificam-se perfeitamente com as do
"rei de Tiro", que é Satanás, isto é, Lúcifer. Isso porque
Satanas estava formando o carater do principe de tiro com seu
proprio carater.
A sabedoria infinita de Deus tomou a figura do "príncipe de
Tiro" para revelar a história da origem e queda de Lúcifer.

As características originais de Lúcifer antes da queda (Ez


28.12-16). Lúcifer era possuidor de elevada distinção e também
detentor de honrosos títulos e de elevadas posições.

"o aferidor da medida" (v. 12). Na Tradução Brasileira edição


de 1924, a expressão aparece como "o selo da simetria". Na
versão espanhola de Casidoro de Reina (1569) é o "selo da
perfeição ou da proporção". Na versão de Figueiredo (1939), a
expressão é "selo de semelhança". Todas essas traduções
chegam a uma mesma interpretação. A tradução mais
aproximada é a que traduz "selo", ou seja, ele era a imagem
perfeita da criação de Deus e uma imagem refletida em si
mesmo, que lhe conferia o privilégio de ser a mais bela e
inteligente criatura CELESTIAL de Deus, como o próprio texto
declara: "cheio de sabedoria e perfeito em formosura" (v. 12).

"estavas no Éden, jardim de Deus" (v. 13). veja pg 67

A menção às, pedras preciosas existentes no "Éden, jardim


de Deus" é para ilustrar os privilégios e riquezas dessa criatura
(Lúcifer) personificado pelo "rei de Tiro". O ornamento de
pedras preciosas desse personagem indica a grandeza e a
beleza de sua aparência. Refere-se naturalmente ao estado
original de Lúcifer, antes da sua queda.

"...no dia em que foste criado" (v. 13). A grande verdade


dessa expressão é lembrar que Lúcifer é um ser criado por
Deus e que a presunção dessa criatura em querer elevar-se
acima do Todo-poderoso jamais o colocará em igualdade com
o Criador.
A forma como Ezequiel se refere a "tambores e pífaros" dá
a ideia de que esse anjo não necessitava de instrumento algum
de louvor para glorificar ao seu Criador. Ele mesmo em sua
formosura transmitia louvor ao Criador. Como um ser criado,
esse anjo, apesar da sua elevada posição, tinha de estar
sujeito ao seu Criador.

"Querubim ungido para proteger" (v. 14). Na descrição


dessa passagem profética, Lúcifer pertence à ordem dos
querubins, que está diretamente ligada ao trono de Deus. O
texto sugere um chefe sobre os outros querubins, cuja missão
é a de proteger o trono de Deus, isto é, uma missão cuja
incumbência é a de preservar toda a criação de Deus
impedindo a ação de intrusos (Gn 3.24; Êx 25.17-20; SI 80.1).
Enten-de-se que Lúcifer tinha como encargo especial liderar os
outros anjos, uma vez que ele havia sido estabelecido nessa
elevadíssima posição. O "monte santo de Deus" (Ez 28.14) diz
respeito ao lugar alto e elevado onde Deus exerce a Sua
autoridade. Era peculiar no Antigo Testamento considerar o
lugar onde Deus se manifestava, causando temor e tremor,
como sendo o lugar do assento do trono de Deus (Êx 24.15-17;
SI 2.6; 3.4; 43.3; 68.15; Is 2.2; 11.9).

"...no meio das pedras afogueadas andavas" (v. 14).


Alguns comentadores da Bíblia interpretam estas "pedras
afogueadas" com brilho refulgente como sendo o lugar onde
Lúcifer andava. Outros, no entanto, consideram tratar-se da
"glória primordial da terra". Porém, como a linguagem é
figurada, essas "pedras afogueadas" podem referir a uma
manifestação do fogo consumidor, que é o próprio Deus.
Também, podem referir-se à condição de Lúcifer numa posição
tão elevada que podia ter e manter uma profunda relação com
a santidade de Deus.

"...perfeito eras nos teus caminhos " (v. 15). A colocação do


verbo no passado indica o primeiro pecado de Lúcifer, a
iniquidade escondida em seu interior. O texto declara que esse
anjo era "perfeito", e tal perfeição transparece até ao dia em
que se achou nele iniquidade.
"...estrela da alva, filha da alva... " (Is 14.12). Esta
expressão tem sido relacionada ao nome Lúcifer que significa
"o que leva a luz", ou "o portador da luz" e, em outro caso, ele é
chamado simplesmente por "luzeiro". O pecado de Lúcifer aqui,
consistia da aspiração presunçosa de querer ser mais que as
fulgurantes estrelas de Deus para estabelecer o seu próprio
trono e fazer-se igual ou superior ao Criador. Por pretender
isso, Lúcifer, a "estrela da manhã", caiu, se transformando em
Diabo e Satanás.
Ler pg 67 apostila

 A QUEDA DE LÚCIFER

No ponto anterior analisamos o estado original de Lúcifer,


baseando-se no texto de Ezequiel. Agora analisaremos a
queda de Lúcifer que causou a maior tragédia espiritual do
Universo.

Lúcifer caiu por livre escolha. Tal queda aconteceu em


função do seu livre-arbítrio, que o levou, iludido com sua
própria glória angelical e com a posição de superioridade sobre
os demais anjos, a pretender tomar o lugar do Criador, para ser
adorado e glorificado como um "deus". Com o coração cheio de
presunção, Lúcifer predispôs-se a destronar a Deus.

Os cinco "eis" de Lúcifer


A queda e a deposição de Lúcifer foram procedidas de
cinco "eis" que demonstravam o seu espírito insubmisso e
exaltado (Is 14-13,14). Foram eles:

1. "... Eu subirei ao céu...


2.... acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono...
3.... no monte da congregação me assentarei...
4.... subirei acima das mais altas nuvens...
5. ... serei semelhante ao Altíssimo."

O orgulho tomara conta da mente e do coração de Lúcifer.


Sua decisão de usurpar a posição de Deus mostra a arrogância
que dominava o mais profundo do seu ser. É impossível que
um reino tenha dois soberanos supremos. Ora, a Deus, sendo
realmente o Deus único, só restava uma coisa - depor Lúcifer e
expulsá-lo. Foi isto o que aconteceu inevitavelmente.

Consequências da queda de Lúcifer. Em sua primeira


aplicação, o texto em apreço enfoca a pessoa de
Nabucodonosor, o rei babilónio, que quis engrandecer a si
mesmo repetindo o pecado de Lúcifer. A avidez irrefreável de
querer ser igual a Deus fez também com que grande número
de anjos adotasse a mesma presunção do orgulhoso "querubim
ungido" e o acompanhasse na queda.
Pelo testemunho das Escrituras e da História constatamos
que Lúcifer, desde o princípio, quando se achou iniquidade no
seu coração (Ez 28.15), não tem deixado de pecar contra
Deus. Ele é, sem dúvida, o primeiro pecador e o instigador de
todo o pecado no mundo (Rm 7.13). Lúcifer, por seu pecado foi
destituído de suas funções celestiais e condenado à execração
eterna. Pg 68
O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo, aconselha-o a
que não escolha obreiro que seja neófito, para que este não
venha a cair na "condenação do diabo" (1 Tm 3.6).

Deposto da presença do Altíssimo, Lúcifer, transformado


em Satanás, tornou-se chefe das potestades do ar (Ef 2.2) e o
príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30). Desde então, tornou-
se o arquiinimigo de Deus e dos que amam a Jesus Cristo.

Hoje Lúcifer não é mais um anjo de luz, mas sim um


anjo de trevas e maldade. Sabemos entretanto que pode
transfigurar-se em um anjo de luz (2Co 11.14). O seu ódio pela
humanidade cresce a cada dia. Satanás é um ser inteligente,
uma personalidade hostil, inimigo declarado de Deus e dos
homens. A Bíblia inteira o apresenta resistindo a Deus e
perturbando a paz das nações, com guerras, destruição e
miséria.
ENDEREÇOS do diabo.

A idéia, corrente, de que a residência atual e fixa do diabo


é o inferno, onde tem, como que, seu quartel general e de onde
comanda as suas hostes malignas, está destituída de
fundamento BÍBLICO, visto que à luz da BÍBLIA SAGRADA o
diabo só será colocado ali, para de lá jamais sair, quando toda
a obra de DEUS estiver concluída, na história e vida do ser
humano.
Os endereços do diabo, podem ser contados em pelo
menos, cinco etapas, quais sejam:

1.º. ANTES DE SER DIABO; OU SEJA, DESDE SUA


CRIAÇÃO ATÉ A SUA REBELIÃO.

2.º. APÓS A SUA REBELIÃO, ATÉ O MILÊNIO DE PAZ


MUNDIAL.

3.º. DURANTE O MILÊNIO DE PAZ MUNDIAL, MANTIDA


POR JESUS CRISTO.

4.º. APÓS O MILÉNIO DE PAZ E ANTES DA


CONSUMAÇÃO DE TODOS OS ACONTECIMENTOS
ESCATOLÓGICOS DA HISTÓRIA HUMANA.
5.º. APÓS A CONSUMAÇÃO DE TODOS OS
ACONTECIMENTOS ESCATOLÓGICOS.

A HIERARQUIA SATÂNICA

“Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar,


mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os
príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais
da iniqüidade nas regiões celestes” (Ef. 6:12).

O reino das trevas tem um certo senso de ordem e de


hierarquia, pois as forças demoníacas têm Satanás como líder
e estão organizadas e unidas em oposição à obra de Deus. A
Bíblia nos fala que todos os anjos foram originalmente criados
bons e santos (Gn. 1:31), mas com o livre-arbítrio, numerosos
anjos participaram da rebelião de Satanás e abandonaram o
estado original de graça como servos de Deus, e assim
perderam a sua posição celestial.
Os anjos bons estão a serviço de Deus e ministram em favor
dos homens que hão de herdar a vida eterna. Eles, têm uma
hierarquia assim constituída: os serafins, que são como fogo
flamejante e que estão em constante, louvor diante de Deus
(Is. 6:2); os querubins, que guardam o trono de Deus (II Rs.
19:15); os arcanjos, como o arcanjo Miguel, também chamado
de Primeiro Príncipe ou o Grande (Dn. 10:13; 12:1; Jd. 9); e
anjos leitos, como o anjo Gabriel, que serve na presença de
Deus, cujo número seria na ordem de milhares de seres.
Percebe-se com isso uma organização de Anjos a serviço de
Deus.
Da mesma forma podemos relatar que existe um mundo
paralelo de anjos caídos e que há uma hierarquia
(organização) entre eles. O apóstolo Paulo se refere a essa
hierarquia, em Efésios 6:12; Colossenses 2:15 e Efésios 1:21.
Antes de entrarmos na organização hierárquica de Satanás,
verifiquemos o conceito de duas palavras:

Trono - é simplesmente a instituição do poder num estado,


cidade ou corpo econômico. Embora hoje em dia o “trono” de
um país seja encontrado em seus sistemas legislativo,
judiciário e executivo, o trono dos dias de Paulo era
literalmente um assento de autoridade sobre um estrado
elevado, simbolizando a “instituição” da autoridade.

Domínio - uma dominação ou domínio é o território


influenciado ou regido pelo trono, é a esfera da influência
formal dessa estrutura de poder. Assim o domínio dos Estados
Unidos são os seus 50 estados, possessões e territórios.
Retornando ao texto de Efésios 6:12, Paulo diz que a
nossa luta não é contra o sangue e a carne, isto é, não é contra
homens e mulheres de carne e osso e, sim, contra principados
(archas, no grego); contra potestades (exousias); contra
dominadores (kosmokratoras) deste mundo tenebroso e contra
forças (pneumatika) do mal nas regiões celestes.
1. Principados
É a tradução da palavra archon (singular de archas), e
significa “aquele que foi instituí do de autoridade”.

 OS NOMES DE SATANAS

O diabo, é conhecido por vários nomes (vulgos populares).


Vejamos alguns:
Beiçudo, bode-sujo, cafuçu, cão, capeta, capiroto, coisa-ruim,
demo, excomungado, zé-da-laje, cabeça rachada, Tinhoso,
rabudo, sarnento, sujo, zarapelho, etc, etc, etc.
Esses são alguns dos nomes com o qual Satanas é
incinuado na cultura popular brasileira.
Estes são, parte dos seus nomes, conhecidos apenas no Brasil.

Por quantos mais, não será conhecido no mundo inteiro ?

Entretanto, os mais importantes, são os nomes que a BÍBLIA SAGRADA lhe dá;.

Vejamos:

1, abadom, Apoc 9:11.


2, apoliom, Apoc 9:11.
3, belzebu, Mat 12:24; Mar 3:22; Luc 11:15.
4, deus deste século, 2ªCor 4:4.
5, diabo, Mat 4:1-11, 25:41; Luc 4:1-13, 8:12; João 8:44, etc.
6, dragão, Apoc 12:9, 13:2, 20:2.
7, homicida, João 8:44.
8, pai da mentira, João 8:44.
9, príncipe das potestades do ar, Ef 2:2.
10, príncipe deste mundo, João 14:30.
11, príncipe dos demônios, Mat 9:34; Mar 3:22; Luc 11:15.
12, satanás, Jó 1:6—12, 2:1-7; Zac 3:1-2; Mat 4:10, 12:26, etc.
13, serpente, 2ªCor 11:3; Apoc 12:9, 20:2.

Você também pode gostar