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Ciência dos Materiais – II

Propriedades Térmicas dos Materiais

Prof. Rubens Ribeiro


Capacidade Calorífica
Capacidade Calorífica

19.2 Até que temperatura seria elevada uma amostra de 25 lbm de um aço 1025 a 25 ºC (77 ºF) se
125 Btu de calor fossem fornecidos?

Dados:
ΔQ = 125 Btu
m = 25 lbm
c = 486 J/kg.K - Tabela 19.1 – (Conversão: 1Btu / lb ºF = 4,1868 x 103 J / kg.K)
Então: c = 486 J/kg K = 0,116 Btu / lb ºF
To = 25 º
C = 77 ºF
Tf = ?
ΔT = (100 – 20) ºC = 80 ºC = 80 K
Capacidade Calorífica

19.2 Até que temperatura seria elevada uma amostra de 25 lbm de um aço 1025 a 25 ºC (77 ºF) se
125 Btu de calor fossem fornecidos?

RESOLUÇÃO

Então: ΔQ = m.c.ΔT  ΔT = ΔQ / m.c


 ΔT = 125 Btu / (25 lbm x 0,116 Btu / lb ºF )
 ΔT = 43,10 ºF
Então: ΔT = (Tf – To) ºF  Tf = (ΔT + To) ºF  Tf = (43,10 + 77) ºF
 Tf = 120,10 ºF
Expansão Térmica
Expansão Térmica

19.8 Uma barra metálica com 0,1 m (3,9 in) alonga-se 0,2 mm (0,0079 in) ao ser aquecida de
20 ºC a 100 ºC (68 ºF a 212 ºF). Determine o valor do coeficiente linear de expansão térmica
para esse material.

RESOLUÇÃO

Δl / lo = αl x ΔT  αl = Δl / (lo x ΔT)  αl = Δl / (lo x ΔT)


 αl = 0,2 mm / (100 mm x 80 ºC)  αl = 2,5 x 10-5 ºC-1
Expansão Térmica

19.12 A diferença entre os calores específicos a pressão e a volume constantes é descrita pela
expressão:
𝒄𝒑 − 𝒄𝒗 = 𝜶𝟐𝒗 𝒗𝒐 𝑻/𝜷 (19.10)

em que αv é o coeficiente volumétrico de expansão térmica, vo é o volume específico (i.e., o


volume por unidade de massa, ou o inverso da massa específica), β é a compressibilidade e T
é a temperatura absoluta. Calcule os valores de cv à temperatura ambiente (293 K) para o cobre
e o níquel aplicando os dados da Tabela 19.1, considerando que αv = 3αl e dado que os valores
de β para o Cu e o Ni são de 8,35 x 10-12 (Pa)1 e 5,51 x 10-12 (Pa)-1, respectivamente.
Expansão Térmica

Solução

Esse problema pede que calculemos os valores de cv para cobre e o níquel à temperatura
ambiente (293 K) usando a Equação 19.10, e os dados da Tabela 19.1, considerando que
αv = 3αl e também os valores da compressibilidade (β).

Dados:

cp(Cu) = 386 J/kg-K - (Tabela 19.1)


cp(Ni) = 443 J/kg-K - (Tabela 19.1)
αv(Cu) = (3)[17,0 × 10-6 (°C)-1] = 5,10 × 10-5 (°C)-1 - (Tabela 19.1)
αv(Ni) = (3)[(13,3 × 10-6 (°C)-1] = 3,99 × 10-5 (°C)-1 - (Tabela 19.1)
β(Cu) = 8,35 × 10-12 (Pa)-1
β(Ni) = 5,51 × 10-12 (Pa)-1
 (Cu) 8,94 g/cm3 - (Densidade do cobre – Tabela da Capa)
 (Ni) 8,90 g/cm3 - (Densidade do Níquel – Tabela da Capa)
Expansão Térmica

Solução

Esse problema pede que calculemos os valores de cv para cobre e o níquel à temperatura
ambiente (293 K) usando a Equação 19.10, e os dados da Tabela 19.1, considerando que
αv = 3αl e também os valores da compressibilidade (β).

Cálculo do Volume Específico:

O volume específico é o inverso da densidade: vo = 1/

vo (Cu) = 1/ = 1/ 8,94 g/cm3  vo (Cu) = 0,1118 cm3 / g


 vo (Cu) = (0,1118 x 10-6 m3) / 1x10-3 kg
 vo (Cu) = 1,118 x 10-4 m3 / kg

vo (Ni) = 1/ = 1/ 8,90 g/cm3  vo (Ni) = 0,1123 cm3 / g


 vo (Ni) = (0,1123 x 10-6 m3) / 1x10-3 kg
 vo (Ni) = 1,123 x 10-4 m3 / kg
Expansão Térmica

Solução

Esse problema pede que calculemos os valores de cv para cobre e o níquel à temperatura
ambiente (293 K) usando a Equação 19.10, e os dados da Tabela 19.1, considerando que
αv = 3αl e também os valores da compressibilidade (β).

Cálculo dos Calores específicos a Volumes Constantes (cv)

𝑐𝑣 (𝐶𝑢) = 𝑐𝑝 −(𝛼𝑣2 𝑣𝑜 𝑇/𝛽) (19.10)

Então:

Cv (Cu) = 386 J/kg-K – [(5,10 × 10-5 (°C)-1)2 x (1,123 x 10-4 m3 / kg) x 293 K / 5,51 x 10-12 (N/m2)-1] = 375,8 J/kg-K

Cv (Ni) = 443 J/kg-K – [(3,99 × 10-5 (°C)-1)2 x (1,118 x 10-4 m3 / kg) x 293 K / 8,35 x 10-12 (N/m2)-1] = 436,8 J/kg-K
Expansão Térmica

19.13 Até qual temperatura uma barra cilíndrica de tungstênio com 10,000 mm de diâmetro e
uma placa de aço inoxidável 316 com um orifício circular de 9,988 mm de diâmetro devem ser
aquecidas para que a barra se ajuste exatamente no orifício? Assuma uma temperatura inicial de
25 ºC.

Solução
Dados: do(Tung) = 10,000 mm
do(Inox) = 9,988 mm
To = 25 ºC
Tf = ?
αl(Inox) = 16,0 × 10-6 (°C)-1
αl(Tung) = 4,5 × 10-6 (°C)-1.
Expansão Térmica

Solução

Então: Δd = do x αl x ΔT e Δd = df - do  df – do = do x αl x ΔT  df = (do x αl x ΔT) + do

df (Tung) = (do(Tung) x αl(Tung) x ΔT) + do(Tung) e df (Inox) = (do(Inox) x αl (Inox) x ΔT) + do (Inox)

Sabe-se que: df (Tung) = df (Inox)

 (do (Tung) x αl (Tung) x ΔT) + do (Tung) = (do (Inox) x αl (Inox) x ΔT) + do (Inox)

 (10,000 mm x 4,5 × 10-6 (°C)-1 x ΔT) + 10,000 mm =


(9,988 mm x 16,0 × 10-6 (°C)-1 x ΔT) + 9,988 mm
Expansão Térmica

Solução

(4,5 x10-5 mm(°C)-1 xΔT) + 10,000 mm=(1,59808 x10-4 mm(°C)-1 xΔT) + 9,988 mm

(4,5 x10-5 mm(°C)-1 xΔT) - (1,59808 x10-4 mm(°C)-1 xΔT) = (9,988 – 10,000) mm
(-1,14808 x 10-4 x ΔT) mm(°C)-1 = -0,012 mm
ΔT = -0,012 mm / (-1,14808 x 10-4) mm(°C)-1  ΔT = 104,522 ºC

 ΔT = Tf – To  Tf = ΔT + To  Tf = (104,522 + 25) ºC  Tf = 129,52 ºC


Expansão Térmica

Solução

(4,5 x10-5 mm(°C)-1 xΔT) + 10,000 mm=(1,59808 x10-4 mm(°C)-1 xΔT) + 9,988 mm

(4,5 x10-5 mm(°C)-1 xΔT) - (1,59808 x10-4 mm(°C)-1 xΔT) = (9,988 – 10,000) mm
(-1,14808 x 10-4 x ΔT) mm(°C)-1 = -0,012 mm
ΔT = -0,012 mm / (-1,14808 x 10-4) mm(°C)-1  ΔT = 104,522 ºC

 ΔT = Tf – To  Tf = ΔT + To  Tf = (104,522 + 25) ºC  Tf = 129,52 ºC


Tensões Térmicas
Tensões Térmicas

19.23 Partindo da Equação 19.3, mostre a validade da Equação 19.8.

Solução
Equação 19.3: Δl / lo = αl ΔT
Equação 19.8: σ = E αl (To – Tf) = E αl ΔT

Se: Δl / lo = αl ΔT e  = Δl / lo   = αl ΔT , mas,  = σ/E  σ/E = αl ΔT

Logo: σ = E αl ΔT
Tensões Térmicas

19.25 (a) Determine o tipo e a magnitude da tensão gerada se uma barra em aço 1025 com 0,5 m (19,7 in)
de comprimento for aquecida de 20 ºC a 80 ºC (68 ºF a 176 º
F) enquanto suas extremidades são mantidas rígidas. Assuma que a 20 ºC a barra está livre de tensões.

Solução
Dados:
Barra de Aço 1025
Comprimento: lo = 0,5 m
ΔT = (To – Tf) = (20 – 80) ºC = -60 ºC
E = 207 GPa (Tabela 6.1)
αl = 12 x 10-6 ºC-1 (Tabela 19.1)
Tensões Térmicas

19.25 (a) Determine o tipo e a magnitude da tensão gerada se uma barra em aço 1025 com 0,5 m (19,7 in)
de comprimento for aquecida de 20 ºC a 80 ºC (68 ºF a 176 º
F) enquanto suas extremidades são mantidas rígidas. Assuma que a 20 ºC a barra está livre de tensões.

Solução

Δl / lo = αl ΔT  Δl / 0,5 m = (12 x 10-6 ºC-1 ) x (-60 ºC)  Δl = -3,6 x 10-4 m

 = Δl / lo   = (-3,6 x 10-4 m) / 0,5 m   = -7,2x10-4

Se: σ = -.E  σ = (-7,2 x 10-4 ) x 207 x 109 Pa


 σ = -149 Mpa (Tensão de Compressão)
Tensões Térmicas

19.25 (b) Qual será a magnitude da tensão se for empregada uma barra com 1 m (39,4 in) de
comprimento?

Dados:

Barra de Aço 1025


Comprimento: lo = 1,0 m
ΔT = (To – Tf) = (20 – 80) ºC = -60 ºC
E = 207 GPa (Tabela 6.1)
αl = 12 x 10-6 ºC-1 (Tabela 19.1)
Tensões Térmicas

19.25 (b) Qual será a magnitude da tensão se for empregada uma barra com 1 m (39,4 in) de
comprimento?

Δl / lo = αl ΔT  Δl / 1,0 m = (12 x 10-6 ºC-1 ) x (-60 ºC)  Δl = -7,2 x 10-4 m

 = Δl / lo   = (-7,2 x 10-4 m) / 1,0 m   = -7,2x10-4

Se: σ = -.E  σ = (-7,2 x 10-4 ) x 207 x 109 Pa


 σ = -149 Mpa (Tensão de Compressão)

Obs.: A tensão será a mesma (-149 MPa), pois a tensão é independente do comprimento da barra.
Tensões Térmicas
19.P2 As extremidades de uma barra cilíndrica com 6,4 mm (0,25 in) de diâmetro e 250 mm (10
in) de comprimento estão montadas entre suportes rígidos. A barra está livre de tensões à
temperatura ambiente [20 ºC (68 ºF)]; no resfriamento até -40 ºC (-40 ºF), é possível gerar uma
tensão de tração termicamente induzida máxima de 125 MPa (18125 psi). Dentre quais dos
seguintes metais ou ligas a barra pode ser fabricada: alumínio, cobre, latão, aço 1025 e
tungstênio? Por quê?

Solução
Dados:

Barra cilíndrica de: (cobre, latão, aço 1025 ou tungstênio?)


d0 = 6,4 mm = 0,0064 m
Comprimento: lo = 250 mm = 0,25 m
T0 = 20 ºC
Tf = -40 ºC
σ = 125 Mpa (Tensão de Tração máxima Termicamente Induzida)
ΔT = (To – Tf) = (20 – (-40) ºC = 60 ºC
Tensões Térmicas
19.P2 As extremidades de uma barra cilíndrica com 6,4 mm (0,25 in) de diâmetro e 250 mm (10 in) de
comprimento estão montadas entre suportes rígidos. A barra está livre de tensões à temperatura ambiente
[20 ºC (68 ºF)]; no resfriamento até -40 ºC (-40 ºF), é possível gerar uma tensão de tração termicamente
induzida máxima de 125 MPa (18125 psi). Dentre quais dos seguintes metais ou ligas a barra pode ser
fabricada: alumínio, cobre, latão, aço 1025 e tungstênio? Por quê?
Dados

αl (°C)-1 E (MPa) ΔT σ = αlEΔT


Ligas (Tabela 19.1) (Tabela 6.1) (ºC) (MPa)

Alumínio 23,6 x 10-6 ºC-1 69 GPa 60 97,7

Cobre 17 x 10-6 ºC-1 110 GPa 60 112,2

Latão 20 x 10-6 ºC-1 97 GPa 60 116,4

Aço 1025 12 x 10-6 ºC- 207 GPa 60 149,0

Tungstênio 4,5 x 10-6 ºC-1 407 GPa 60 109,9

Resp.: O Alumínio, o Cobre, o Latão e o Tungstênio são candidatos adequados, pois o Aço,
oferece uma Tensão de Tração superior à máxima tensão admitida.
Tensões Térmicas

19.P3 (a) Quais são as unidades para o parâmetro de resistência ao choque térmico (RCT)?

Solução
Tensões Térmicas

19.P3 (a) Quais são as unidades para o parâmetro de resistência ao choque térmico (RCT)?

Solução

(a) Esta parte do problema pede que citemos as unidades para o parâmetro de resistência ao
choque térmico (RCT). Da equação 19.9:

RCT = σf k / Eαl
Tensões Térmicas

19.P3 (b) Classifique os seguintes materiais cerâmicos de acordo com suas resistências ao choque
térmico: vidrocerâmica (Pyroceram), zircônia parcialmente estabilizada e vidro borossilicato (Pyrex). Os
dados apropriados podem ser encontrados nas Tabelas: B.2, B.4, B.6 e B.7, no Apêndice B.

Solução

RCT = σf k / Eαl

Para classificar os materiais citados acima de acordo com suas resistências ao choque térmico,
precisamos calcular para cada um deles, o valor de TSR usando a Equação 19.9 e os valores de E, σf,
αl e k que são encontrados, respectivamente, nas Tabelas B.2, B.4, B.6 e B.7, Apêndice B.
Tensões Térmicas

19.P3 (b) Classifique os seguintes materiais cerâmicos de acordo com suas resistências ao choque
térmico: vidrocerâmica (Pyroceram), zircônia parcialmente estabilizada e vidro borossilicato (Pyrex). Os
dados apropriados podem ser encontrados nas Tabelas: B.2, B.4, B.6 e B.7, no Apêndice B.

Dados Cálculo

σf K E αl
RCT = σf k / Eαl
Materiais (Mpa) (W/m.K) (GPa) [10-6 (ºC)-1]
(W/m)
(Tabela (Tabela B.7) (Tabela B.2) (Tabela B.6)
B.4)
Vidrocerâmica
(Pyroceram) 247 3,3 120 6,5 1045

Zircônia
(Parc. Estab) 1150 2,7 205 9,6 1578

Vidro
Borossilicato 69 1,4 70 3,3 418
(Pyrex)
Tensões Térmicas

19.P4 A Equação 19.9, para a resistência ao choque térmico de um material, é válida para taxas de
transferência de calor relativamente baixas. Quando a taxa for alta, então, no resfriamento de um corpo, a
variação máxima de temperatura admissível sem choque térmico, ΔTf é de aproximadamente:

ΔTf ≈ σf / Eαl

em que σf é a resistência à fratura. Considerando os dados nas Tabelas: B.2, B.4 e B.6 (Apêndice B),

determine ΔTf para um vidrocerâmica (Pyroceram) e para a zircônia parcialmente estabilizada e sílica
fundida.
Tensões Térmicas

19.P4 A Equação 19.9, para a resistência ao choque térmico de um material, é válida para taxas de
transferência de calor relativamente baixas. Quando a taxa for alta, então, no resfriamento de um corpo, a
variação máxima de temperatura admissível sem choque térmico, ΔTf é de aproximadamente:
Tabelas Cálculo

σf E αl
ΔTf ≈ σf / Eαl
Materiais (Mpa) (GPa) [10-6 (ºC)-1]
(Tabela B.4) (Tabela B.2) (Tabela B.6)

Vidrocerâmica
(Pyroceram) 247 120 6,5 317

Zircônia
(Parc. Estab) 1150 205 9,6 584

Sílica Fundida 104 73 0,4 3562

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