O documento descreve a filosofia de Descartes sobre o conhecimento. Ele define conhecimento como crença verdadeira justificada e discute a dúvida metódica como caminho para a verdade. Através da dúvida radical, Descartes chega à primeira verdade indubitável "Penso, logo existo" e prova a existência de Deus como garantia de que o conhecimento claro e distinto é verdadeiro.
O documento descreve a filosofia de Descartes sobre o conhecimento. Ele define conhecimento como crença verdadeira justificada e discute a dúvida metódica como caminho para a verdade. Através da dúvida radical, Descartes chega à primeira verdade indubitável "Penso, logo existo" e prova a existência de Deus como garantia de que o conhecimento claro e distinto é verdadeiro.
O documento descreve a filosofia de Descartes sobre o conhecimento. Ele define conhecimento como crença verdadeira justificada e discute a dúvida metódica como caminho para a verdade. Através da dúvida radical, Descartes chega à primeira verdade indubitável "Penso, logo existo" e prova a existência de Deus como garantia de que o conhecimento claro e distinto é verdadeiro.
DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ATIVIDADE DEFINIÇÃO TRADICIONAL DE CONHECIMENTO
COGNOSCITIVA O conhecimento é crença verdadeira justificada. TIPOS DE CONHECIMENTO Para saber algo não basta acreditar que se sabe, Por contacto: A frase “O João conhece o jogo de é preciso, para além da crença, que isso seja xadrez”, atribui ao João um contacto com o verdade. Estas duas condições são necessárias, xadrez, mas não indica que ele sabe jogar. O mas não suficientes, para além disso é preciso mesmo se aplica a alguém que conhece um uma justificação. determinado país ou cidade. Conhecer implica formar uma ideia acerca de Saber-fazer ou saber como: A frase “A Carlota algo, crer em algo. sabe jogar xadrez” atribui à Carlota uma Conhecer implica que a ideia que temos acerca competência. O mesmo se aplica, por exemplo, a de algo seja verdadeira. Não faz, por isso, sentido alguém que sabe tocar um instrumento. falar em conhecimento falso. Saber-que ou saber proposicional: A frase “A Conhecer implica poder explicar ou fundamentar Julieta sabe que o campeão mundial de xadrez o que acreditamos ser verdade. Um palpite feliz, foi Garry Kasparov.” atribui à Julieta por exemplo, não é conhecimento. conhecimento de algo que pode ser expresso sob O PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO a forma de um enunciado declarativo e tem valor de verdade. Este é o saber em estudo neste Existem duas teorias fundamentais explicativas momento. do conhecimento: o Racionalismo: A origem do RELAÇÃO ENTRE SUJEITO E OBJETO: conhecimento é a razão. É FENOMENOLOGIA conhecimento a priori, analítico, Sujeito: Cognoscente; aquele que conhece; necessário, inato. Vai cair num elemento ativo dogmatismo -> verdades absolutas. Objeto: Cognoscível; aquele que é conhecido; Segundo este o conhecimento é elemento passivo possível. O conhecimento é o ato através do qual um o Empirismo: A origem do conhecimento sujeito constrói uma representação de um é a experiência. É conhecimento a objeto. posteriori, sintético, contingente. Vai O processo que está na raiz da definição de cair num ceticismo -> dúvida que deve conhecimento está dividido em 3 momentos: caracterizar o conhecimento. Segundo o 1º momento: O sujeito abandona a sua este o conhecimento não é possível. esfera e vai ao encontro do objeto. A TEORIA RACIONALISTA: O RACIONALISMO o 2º momento: O sujeito repousa na CARTESIANO esfera do objeto para captar as determinações sensíveis / empíricas. A razão por si só constrói um conhecimento (características) universalmente válido. o 3º momento: O sujeito regressa a si com uma representação mental do PERCURSO A EFETUAR NO ESTUDO DE objeto. DESCARTES: O sujeito alterado é determinado pelo objeto inalterado determinante. Método: Caminho para, neste caso, chegar à verdade através da razão Dúvida: Dúvida metódica, provisória, radical, hiperbólica, universal e metafisica usada como caminho para alcançar o conhecimento. Cogito: Primeira verdade em Descartes: “Penso logo existo” (cogito ergo sum) Existência de Deus: tendo Deus como garantia sabemos que o conhecimento é indubitável 1 Joel Almeida- Filosofia A DÚVIDA CARTESIANA METÓDICA CARACTERISTICAS E FUNÇÕES DO COGITO Partindo da dúvida devemos seguir um método Primeira certeza de Descartes. que assegure o conhecimento verdadeiro. Permite ultrapassar o ceticismo e demonstra que Esta dúvida é: é possível conhecer. o Metódica: meio para alcançar os Primeira verdade clara e distinta. (indubitável) fundamentos do conhecimento. Funda na razão a origem do conhecimento o Provisória: apenas uma estratégia seguro. (a priori) momentânea. o Radical: submeter todos os CRITÉRIO DE VERDADE SEGUNDO DESCARTES conhecimentos a um teste. Todo o conhecimento, para ser considerado o Hiperbólica: vê como falso tudo o que verdadeiro, deve ser claro e distinto, isto é, suscita a dúvida. evidente. o Universal: incide sobre todos os Ideias inatas: aquelas que se apresentam com tal conhecimentos. evidencia ao espírito humano que não podemos o Metafísica: incide sobre realidades com duvidar da sua verdade nem as confundir com Deus e o mundo outras. Descartes usa metodicamente a dúvida em 3 etapas principais: o Rejeitar a informação com base nos DEUS NO COMANDO sentidos, pois eles são enganadores. Segundo Descartes, Deus garante que tudo o que o Rejeitar o conhecimento racional, é claro e distinto é verdadeiro. Esta é também a porque muitas vezes nos enganamos ao segunda verdade clara e distinta. raciocinar. Se duvido, sou imperfeito, logo não posso ser a o Rejeitar tudo o que até aí havia entrado causa da ideia de perfeição. na sua mente, porque muitas vezes o Um ser imperfeito torna necessária a existência sonho se confunde com a vigília. de um ser perfeito A um ser perfeito não pode faltar o atributo da DA DÚVIDA AO COGITO existência Logo, Deus existe. Mesmo que duvide de tudo, há uma coisa que não posso duvidar. Se duvido é porque penso, e CONSEQUENCIAS DA EXISTENCIA DE DEUS se penso existo, ainda que seja apenas uma substância pensante. A existência de Deus permite ultrapassar a Penso, logo existo (cogito ergo sum) hipótese do génio maligno, pois um ser perfeito não pode ser enganador. O GÉNIO MALIGNO Se Deus não engana, então o mundo físico existe. As provas da existência de Deus constituem-se O génio maligno é uma espécie de deus como um passo importante para a sustentação enganador, um ser empenhado em fazer-nos do conhecimento a outras realidades. viver na ilusão. Sem que o soubéssemos este A existência de Deus permite a Descartes vencer poderia controlar os nossos pensamentos. Como definitivamente o ceticismo inicial tudo não passa de uma ilusão, estaremos Descartes ultrapassa o ceticismo provisório sistematicamente a cometer erros. fixando-se no dogmatismo metafisico. Descartes não está a dizer que existe um génio maligno, está apenas a dizer-nos que não podemos excluir a possibilidade de ele existir. CRÍTICAS AO RACIONALISMO No entanto, este génio maligno só me pode fazer É exclusivista; acreditar nisto se eu realmente existir, logo, É dogmático; reforça o cogito. É circular; Afirma a existência como predicado.