PREGAR O EVANGELHO DO REINO homens com seu reino se afastaram mais de Deus.
Acabaram entrando na parte má da árvore do
Extrato da Mensagem 3 – O Nascimento do Rei do Reino dos Céus
Leitura Bíblica: Mt 1:1, 18, 23
I. A VINDA DO REINO:
A. Para pregarmos o Evangelho do Reino, o mais importante é o Rei do Reino dos Céus. Por isso, João
Batista, como precursor do Senhor, pregava: “arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt
3:2). Isso indicava que o rei não fora ainda manifesto. João, como sacerdote, batizou o Senhor Jesus,
introduzindo assim a realeza. Mesmo depois do batismo e unção do Senhor, o reino ainda não havia vindo
para os demais. Isso que só aconteceu quando o Senhor morreu e ressuscitou. Por isso, ele também pregava
que estava próximo o Reino (Mt 4:17).
B. Após a ressurreição do Senhor, foi introduzida a igreja, a qual é a realidade do reino. O Senhor então
escolheu e enviou os doze para expandir o reino. Ele os incumbiu a sair e pregar o Evangelho do Reino (Mt
28:18-20). Agora há a necessidade de aperfeiçoar o povo do Reino, a fim de participarem da manifestação
do Reino, que se dará na volta do Senhor. Quando Ele vier, julgará a cada um de acordo com o crescimento
de vida (2 Co 5:10). Aqueles que amadureceram, poderão exercer autoridade com o Senhor em Seu reino
(Lc 19:17; Ap 20:6).
C. O julgamento do Senhor, sua medida, será a respeito de quanto negamos nossa vida da alma. Nosso espírito
foi salvo pela fé, como resultado da obra do Senhor em Sua primeira vinda (Rm 8:10). Na segunda vinda
do Senhor, nossos corpos serão redimidos, e ascenderemos para os ares, para nos encontrarmos com o
Senhor (1 Co 15:50-52; 1 Tm 4:17). Ali, no entanto, restará um julgamento: acerca da salvação de nossa
alma. O galardão que o Senhor tem preparado é proporcional ao crescimento de Sua vida em nós (Lc 9:17,
19).
II. SALVOS PARA ENTRAR NO REINO:
A. O Senhor veio em carne com o fim de solucionar o problema de pecado do homem. Seu objetivo,
entretanto, era novamente capacitar-nos a receber Sua vida, para, então sermos salvos pela Sua vida. Adão,
ao comer do fruto do conhecimento, teve seu corpo danificado. O corpo do homem se tornou a carne do
pecado (Gn 3:3; 6:3). Ele veio solucionar os problemas do homem com Satanás, a fim de conduzir muitos
filhos à glória (Hb 2:9-10, 14). O Senhor Jesus era o unigênito de Deus, mas agora, por meio de Sua obra
de redenção, Ele pode tornar-se o Primogênito entre muitos irmãos (Hb 2:11).
B. Toda humanidade estava sujeita à escravidão, pois Satanás passou a habitar na carne do pecado. Por o
Senhor tomou um corpo de carne para levá-lo à cruz, eliminando assim o próprio inimigo de Deus (Hb
2:15). Por isso, o Filho de Deus se fez filho do homem. Seu corpo físico foi gerado por meio de Maria. Sua
crucificação, por um lado, foi para derramar Seu sangue por nós, para salvar-nos de nossos pecados. Por
outro lado, na cruz foram crucificados Satanás, com a carne e suas paixões (Gl 5:24).
C. O Senhor não tinha pecado, por isso Sua morte foi em nosso lugar, foi por causa de nossos pecados e da
nossa carne (Jo 3:14-15). Ele vestiu-se da carne com o fim de nos substituir. Por isso, ele se tornou filho de
Abraão e filho de Davi (Mt 1:1). O Senhor Jesus é o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, Ele já tinha o
reino (Ap 5:5).
D. Em Mateus 1 vemos a genealogia do Senhor como filho do homem, a qual mostra-nos o caminho do reino.
Das quatro mulheres citadas a ali, as três primeiras não tinham boa reputação, ou uma boa história no
início. Tamar, nora de Judá, não tinha filhos de seu filho, que falecera. Ela, com a boa intenção de suscitar
descendência ao marido, agiu de forma moralmente discutível, para gerar de Judá um descendente (Mt 1:3).
Raabe era prostituta em Jericó, mas foi desposada por Salmon e gerou a Boaz (Mt 1:5).
E. Rute era de um povo desprezado, uma moabita. Ao seguir sua sogra, que voltava para Israel, acabou sendo
desposada por Boaz e gerou Obede, avô de Davi, rei de Israel. Maria, por fim, tinha bom testemunho e
estava preparada para casar-se com José. Mas, antes que se unissem, foi usada para gerar o Senhor.
Precisamos tomar esses exemplos no espírito. Não apenas usar nossa mente para analisar a genealogia, mas
usar o espírito para seguir o caminho do reino (1 Tm 1:4; Tt 3:9).
III. O REINO TERRENO:
A. Quando Adão comeu do fruto da árvore do conhecimento, teve de sair da esfera do Éden, que representava
o reino de Deus (Gn 3:23). Mais tarde, Ninrode começou a ser poderoso e fundou o reino humano, do qual
vieram os reinos dessa terra (Gn 10:9-10). Além de perderem o acesso ao fruto da árvore da vida, os
conhecimento do bem e do mal. O resultado foi adorar um homem, elevando-o ao lugar que pertence a
Deus. Foi por isso que usaram Ninrode como herói, e construíram uma torre para elevar o nome do homem
até o céu (Gn 10:9; 11:4).
B. Precisamos ter cuidado para não tomar aqueles que nos ajudam como heróis e exaltá-los. Por causa do
tamanho pecado do homem em Babel, por causa de mais essa queda, o Senhor os abandonou. Ele chamou
Abraão, para sair do meio deles e iniciar uma nova raça (Gn 11:29-32; 12:1-2). Judá vem de Abrão, que
representa esse novo início. Inicialmente, Abraão não tomou iniciativa para sair, mas seu pai Terá foi usado
por Deus para tirar Abraão de Babel. Assim Abraão foi salvo dessa esfera de rebelião.
C. Eles foram para Harã, que ficava na Assíria. Essa é uma terra de pecado. Mas o Senhor ainda chamou a
Abraão dali. Ele novamente o salvou. Abraão foi peregrinando até Canaã. Entretanto, num tempo de fome
desceu ao Egito, que representa a terra do sustento. O Senhor novamente chamou Abrão, salvando-o de
mais essa esfera. Por fim, Abraão gerou a Isaque, o filho da promessa, que gerou a Jacó. De Jacó vieram
Judá e demais tribos de Israel. Abraão não gerou apenas a Isaque. Mas apenas Isaque foi gerado de acordo
com as instruções do Senhor, portanto foi o único descendente reconhecido por Ele. Isaque, por sua vez,
gerou a Esaú e Jacó. Esaú era o primogênitio, mas desprezou esse direito e o vendeu a Jacó. Na
descendência de Jacó a primogenitura também passou a outro.
D. O primogênito tinha uma herança, que era composta de três aspectos: 1) a porção dobrada da terra; 2) o
sacerdócio; 3) a realeza. Rúbem, o filho mais velho de Jacó, perdeu o direito de primogenitura por que
pecou gravemente, profanando o leito do pai (Gn 49:4). Simeão e Levi, o segundo e o terceiro, perderam
esse direito por serem muito violentos (Gn 49:5-7). Eles que usaram de artifícios para exterminar os
siquemitas, por causa de seu furor (Gn 34:25). Judá, o quarto filho, foi quem recebeu esse direito. Por isso,
o Senhor Jesus é o Leão da tribo de Judá. Ele vem da linhagem da realeza.
IV. TRANSFORMADOS PARA REINAR:
A. Judá representa a linha da realeza (Gn 49:8-9). Essa linha permaneceria até que viesse Siló (Gn 49:10). Isto
é, até que viesse o Senhor. O verdadeiro Rei. Em Judá também vemos que para ser um leão, isto é, para
alcançar a realeza, é necessário ser um jumentinho amarrado à vide. É preciso haver transformação, uma
mudança metabólica, interior (Gn 49:11-12). Transformar um jumento não se dá por admoestação ou por
chibatadas. Antes, é por meio de comer do fruto da videira. Pedro é um exemplo. Ele era o mais duro, o que
mais se manifestava. Mas o Senhor falou com ele. O Senhor guardou a Pedro e o manteve na igreja. Por
fim, Pedro foi transformado. O Espírito Santo é a nossa corda. Ele nos mantém na igreja, desfrutando a
verdade e a vida.
B. As uvas na vida da igreja são tão abundantes que é possível lavar nossa capa e nossas vestes no suco da
videira. Isto é, nosso procedimento pode ser transformados (Gn 49:11). Nós não nos embriagamos com o
vinho, antes nos enchemos do Espírito, até ter os olhos cintilantes (Gn 49:12; Ef 5:18). Assim, nossa vida
muda. Até mesmo os dentes amarelos de sujeira se tornam brancos de leite.
V. A HERANÇA DO REINO:
A. Entre os filhos de Jacó, José foi aquele que recebeu a porção dobrada da terra, pois seus filhos Efraim e
Manassés, receberam cada um uma porção da terra (Js 14:4). O sacerdócio recaiu sobre a tribo de Levi,
pois se apresentaram no deserto (Ex 32:26). A experiência da tribo de Levi nos mostra que nossa
capacidade natural deve morrer. Somente assim podemos servir ao Senhor (Ex 32:27-28). A tribo de Levi
teve de lidar com sua própria carne, se arrependendo, e saindo no arraial para eliminar, mesmo entre seus
parentes, os que não se posicionaram do lado de Deus. Naquela situação, o povo trocou o Senhor pelo
bezerro de ouro, por algo feito pelo homem. Nada pode substituir Deus.
B. O Senhor recebeu a realeza, pois era descendente da tribo de Judá. Ele é o primogênito. Portanto, com Ele
está também o sacerdócio e a herança da terra. Por isso, quando enviou os apóstolos, esses também tinham
a porção dobrada da bênção, o sacerdócio e a realeza. Foi por isso que Pedro disse que somos o sacerdócio
real (1 Pe 2:9). A bênção diz respeito ao Espírito, por isso nossa bênção é a porção dobrada do Espírito (Gl
3:14). Por isso nós também temos o sacerdócio e a realeza. Como sacerdotes, conduzimos os homens a
Deus. Como parte da realeza, trazemos a autoridade de Deus para a terra (Mt 28:18).
C. Nosso sacerdócio é segundo a linhagem de Melquisedeque. Também ganhamos a autoridade que vem do
Santo dos Santos. Seguimos o Senhor que entrou além do véu e também saiu para fora do arraial (Hb 6: 19-
20; 13:13). Trazendo toda a graça de Deus para os homens e estabelecendo Seu reino eterno. O Senhor
 como Primogênito, conduz muitos filhos à glória. Nós também participamos do direito da primogenitura,
pois fomos escolhidos antes da fundação do mundo e predestinados para plena filiação ( Ef 1:4-5). Então,
dia a dia somos transformados até sermos como o Senhor Jesus, e todos nós desfrutaremos a primogenitura.
Essa é a igreja dos primogênitos (Hb 12:23).

(Este extrato de mensagem não foi revisado pelo autor)