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12/08/2020 Dissecando a Norma ABNT NBR 14280:2001 - Cadastro de Acidente de Trabalho

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Dissecando a Norma ABNT NBR 14280:2001 - Cadastro de Acidente de
Trabalho
30.01.2018 | Wilson Volpe

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do Brasil, observei algo em comum: todas elas exigem que a comunicação, registro
February 5, 2018
e o  controle estatístico  de acidentes seja feito de acordo com a legislação e
normas vigentes em seu país de origem, cabendo ao responsável da área de Dissecando a Norma
saúde e segurança no Brasil a observação das exigências previstas na legislação ABNT NBR
nacional para atendimento dos requisitos locais. 14280:2001 - Cadastro
  de Acidente de
Trabalho
Neste conceito enquadra-se, por exemplo, a Comunicação de Acidente de Trabalho
January 30, 2018
- CAT (vide Art. 22 da Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991) e preenchimento dos
mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI da NR-04 (vide Portaria Nº 2.018, de Fator Acidentário de
23 de dezembro de 2014). Prevenção (FAP) no
  contexto do eSocial
Além disso, com o advento do eSocial e de novas práticas de controle e
October 18, 2017
fiscalização por parte do  MTE e suas Delegacias Regionais, é necessário estar
atento e garantir que todos os procedimentos e práticas da área de saúde e Conheça os impactos
segurança do trabalho estejam alinhados com a legislação e que seus requisitos do eSocial na área de
sejam fielmente cumpridos. Segurança e Saúde
  Ocupacional das
empresas
Por isso decidi escrever este artigo, para esclarecer a caracterização de acidentes
September 13, 2017
de trabalho (segundo a legislação brasileira) e o  procedimento de cadastro e
classificação a partir da Norma ABNT NBR 14280:2001, abordando assim seu Nova resolução ignora
objetivo, definições, requisitos gerais, método de cálculo estatístico, classificação e eficácia de EPI para
registro de acidentes de trabalho. proteção auditiva
September 5, 2017
 
Dessa forma, espero contribuir tanto com  profissionais de empresas privadas Arquivo
quanto candidatos que pretendem prestar concursos públicos na área de saúde e
segurança do trabalho, pois diversas questões são baseadas ou relacionadas aos
conceitos desta Norma.
 
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12/08/2020 Dissecando a Norma ABNT NBR 14280:2001 - Cadastro de Acidente de Trabalho
1. OBJETIVO AtribuiçõesjáCONFEA
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Esta Norma fixa critérios para o registro, comunicação, estatística, investigação e Cadastro de Acidentes Calor Capacitação

análise de acidentes do trabalho, suas causas e conseqüências, aplicando-se a EPI EaD Engenheirodesegurança FAP

quaisquer atividades laborativas. Esta Norma aplica-se a qualquer empresa, FUNDACENTRO Formação GIIL-RAT

entidade ou estabelecimento interessado no estudo do acidente do trabalho, suas INSS ManualAposentadoria NBR14280
NHO PAIRO RAT SIT eSocial
causas e conseqüências.
 
NOTA: A finalidade desta Norma é identificar e registrar fatos fundamentais
Siga-me
relacionados com os acidentes do trabalho, de modo a proporcionar meios de
orientação aos esforços prevencionistas, sem entretanto indicar medidas corretivas
específicas, ou fazer referência a falhas ou a meios de correção das condições ou
circunstâncias que culminaram no acidente. O seu emprego não dispensa métodos
mais completos de investigação e comunicação.
 
 
2. DEFINIÇÕES (principais termos)
 
Para os efeitos desta norma, aplicam-se as seguintes definições:
 
Acidente do trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não,
relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão
pessoal.
 
NOTA:
1) O acidente inclui tanto ocorrências que podem ser identificadas em relação
a um momento determinado, quanto ocorrências ou exposições contínuas ou
intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de período de tempo
provável (doenças ocupacionais). A lesão pessoal inclui tanto lesões
traumáticas e doenças, quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou
sistêmicos, resultantes de exposições ou circunstâncias verificadas na
vigência do exercício do trabalho.
2) No período destinado a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação
de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.
 
Acidente sem lesão: Acidente que não causa lesão pessoal.
 
Acidente de trajeto: Acidente sofrido pelo empregado no percurso da
residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde
que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao
trabalho.
 
Acidente impessoal: Acidente cuja caracterização independe de existir
acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão
pessoal.
 
3. REQUISITOS GERAIS
 
Avaliação da frequência e da gravidade: A avaliação da frequência e da
gravidade deve ser feita em função de:
a) número de acidentes ou de acidentados;
b) horas-homem de exposição ao risco;
c) tempo computado.
 
Cálculo de horas-homem de exposição ao risco: As horas-homem são
calculadas pelo somatório das horas de trabalho de cada empregado.
NOTA: Horas-homem, em um certo período, se todos trabalham o mesmo
número de horas, é o produto do número de homens pelo número de horas
trabalhadas. Por exemplo: 20 homens trabalhando, cada um, 160 horas por
mês, totalizam 3.200 horas-homem. Quando o número de horas trabalhadas
varia de grupo para grupo, deve-se calcular  individualmente os vários
produtos e somá-los para obtenção do resultado final.
 
EXEMPLO: 20 homens, dos quais 15 trabalham, cada um, 200 h por mês, 04
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trabalham 180 h e 01, apenas, 162 h, totalizam 3.882 horas-homem, como
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abaixo indicado:
 
15 x 200  =  3.000
04 x 180  =  720
01 x 162  =  162       
Total        =  3.882 h
 
Horas de exposição ao risco: As horas de exposição devem ser extraídas das
folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de ponto, consideradas
apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias.
 
Horas estimadas de exposição ao risco:  Quando não se puder determinar o
total de horas realmente trabalhadas, elas devem ser estimadas multiplicando-
se o total de dias de trabalho pela média do número de horas trabalhadas por
dia.
NOTAS:
1) Se o número de horas trabalhadas por dia diferir de setor para setor, deve-
se fazer uma estimativa para cada um deles e somar os números resultantes,
a fim de obter o total de horas-homem, incluindo-se nessa estimativa as horas
extraordinárias. Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total na forma
anteriormente citada e na necessidade de obter-se índice anual comparável,
que reflita a situação do risco da empresa, arbitra-se em 2.000 horas-homem
anuais a exposição ao risco para cada empregado.
2) Se as horas-homem forem obtidas por estimativa, deve-se indicar a forma
pela qual ela foi realizada.
3) No caso de mão-de-obra subcontratada (firmas empreiteiras ou
terceirizados), as horas de exposição ao risco, calculadas com base nos
empregados da empreiteira, devem ser consideradas, também, nas
estatísticas desta última, devendo as empresas, entidades ou
estabelecimentos que utilizam a subcontratação fazer o registro dessa
exposição nas suas estatísticas.
 
 
4. MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DE FREQÜÊNCIA E GRAVIDADE
 
Taxa de freqüência de acidentes: Deve ser expressa com aproximação de
centésimos e calculada pela expressão abaixo.
 
FA  =   N  x  1.000.000 
           H
 
Onde:
FA é o resultado da divisão;
N é o número de acidentes;
H representa as horas-homem de exposição ao risco
 
Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento:  Deve ser
expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte
expressão:
 
Fl  =   Nl  x  1.000.000 
                   H
 
Onde:
Fl é a taxa de freqüência de acidentados com lesão com afastamento;
Nl é o número de acidentados com lesão com afastamento;
H representa as horas-homem de exposição ao risco.
 
Taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento: É
recomendável que se faça o levantamento do número dos acidentados vítimas
de lesão sem afastamento, calculando a respectiva taxa de frequência. Essa
prática apresenta a vantagem de alertar a empresa para causas que
concorram para o aumento do número de acidentados com afastamento. O
cálculo deve ser feito da mesma forma para os acidentados  vítimas de lesão
com afastamento, devendo ser o resultado apresentado, obrigatoriamente, em
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separado. O registro do número de acidentados vítimas de lesão sem
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afastamento é de grande importância como elemento informativo do grau de
risco e da qualidade dos serviços de prevenção, permitindo, inclusive,
pesquisar a variação da relação existente entre acidentados com afastamento
e sem afastamento.
 
Taxa de gravidade: Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela
expressão abaixo.
 
G  =   T  x  1.000.000 
          H
 
Onde:
G é a taxa de gravidade;
T é o tempo computado (vide quadro 1);
H representa as horas-homem de exposição ao risco.
 
NOTAS: Esta taxa visa a exprimir, em relação a um milhão de horas-
homem de exposição ao risco, os dias perdidos por todos os
acidentados vítimas de incapacidade temporária total, mais os dias
debitados relativos aos casos de morte ou incapacidade  permanente.
Deve ficar claro que nos casos de morte ou incapacidade permanente
não devem ser considerados os dias perdidos, mas apenas os
debitados, a não ser no caso do acidentado perder número de dias
superior ao a debitar pela lesão permanente sofrida.
 
Quadro 1 - Dias a serem computados para cálculo de Taxa de Gravidade 

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5. CLASSIFICAÇÃO
 
A classificação dos acidentes deverá ser realizada com base nos quadros 2 a 10
disponibilizados na Norma e registrados nos relatórios modelo indicados através do
Anexo A da mesma.
 
 
6. REGISTRO E ESTATÍSTICA DE ACIDENTES DE TRABALHO
 
Além das estatísticas globais da empresa, entidade ou estabelecimento, é de toda
conveniência que sejam elaboradas estatísticas por setor de atividade, o que
permite evitar que a baixa incidência de acidentes em áreas de menor risco venha
a influir nos resultados de qualquer das demais, excluindo, também, das áreas de
atividade específica, os acidentes não diretamente a elas relacionados.
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 
Por fim, ainda que a proposta deste post tenha sido "dissecar" esta norma, devido
sua enorme extensão apenas os principais conceitos foram abordados.
Logo,  aconselho a leitura da mesma em sua integralidade para uma melhor
compreensão.
 
Vale lembrar que a Norma disponibiliza quadros e relatórios modelo para auxiliar
tanto no processo de investigação dos acidentes quanto para classificação e
registro dos mesmos.
 

Tags: NBR14280 Cadastro de Acidentes

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