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vereador estão sendo investigados pois há indícios de que, sem ligação entre si,
cometeram crimes no exercício de suas funções. O Ministério Público pede que os
parlamentares sejam afastados cautelarmente dos seus mandatos, para evitar que
prejudiquem as investigações.
Como juiz competente para a causa, considerando as regras constitucionais e as
funções das imunidades parlamentares, bem como as posições do Supremo
Tribunal Federal a respeito do tema, decida fundamentadamente sobre a
possibilidade de afastamento de cada um dos membros do Poder Legislativo, nas
três esferas federativas.
Sendo assim a medida cautelar deve ser remetida à respectiva casa do investigado,
para que possa se manter a equidade entre as partes, até o final da investigação e o
transito em julgado.
Em 08/05/2019 o STF deu entendimento que o art. 53 não era apenas em âmbito
federal, estendendo suas prerrogativas aos deputados estaduais, através da ADI
5526, que estendeu aos deputados estaduais a mesma prerrogativa de julgamento
dos deputados e senadores, decidindo assim que medidas cautelares sejam
remetidas à casa competente em até vinte e quatro horas após o recebimento da
denúncia.
No caso do vereador envolvido diz a redação do Art. 29, inciso VIII, da CF/88, que
“os vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do
mandato e na circunscrição do município”, desfrutando somente de imunidade
absoluta, desde que as suas opiniões, palavras e votos sejam proferidos no
exercício do mandato (nexo material) e na circunscrição do município (critério
territorial).
Decidiu ainda o STJ, no RHC 88.804/RN, que é lícito ao juiz de primeiro grau impor
aos vereadores medidas cautelares de afastamento de suas funções legislativas
sem necessidade de remessa à Câmara de Vereadores para deliberação.