FA M Í L I A F E L I Z

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EDMC

Ficha Técnica
Periodicidade: Anual
Família Feliz
Uma publicação dos Departamentos de
Colaboradores:
Líderes de Mordomia ULB:
Mordomia Cristã da"Se,União
porém,Leste agrada a evocêsAB
nãoBrasileira - Abraão
servir de Limaesco-
ao Senhor,
União Nordeste Brasileira da Igreja Adventista ABAC - Ronaldo Rocha
do Sétimo Dia. lham hoje a quem irão servir, ABN
se aos deusesPaulino
- Luciano que os
Material de uso exclusivo ABS - Henrique de
das Equipes serviram além do Eufrates, ou
seus antepassados Souza
aos
Distritais de Mordomia Cristã (EDMC) nos terri- MBSo - Hudson Uchôa e Daione Rodrigues
tórios da ULB e UNeBdeuses
em 2021.dos amorreus, em cuja
MSeterra vocês
- Erzon estão
Aduviri
vivendo. Mas eu e a minha família serviremos ao
Coordenação Geral: Luciano Salviano e Líderes de Mordomia UNeB:
Senhor". JosuéACE
24:15
- Dário Sobrinho

[
Jadson Rocha
APE - Hélvio Groeschel
Assistentes: Bruna Santana e APEC - Thiago Alves
Thayane Tavares MISAL - Marcos Militão
MNe - Gilmar Silveira
Conselheiro: Josanan Alves MPI - Emerson Freitas

Administração: Revisão Ortográfica: Érika Uchôa

André Dantas (Presidente ULB),
Moisés Moacir (Presidente UNeB),
Davi França (Secretário ULB),
Everon Donato (Secretário UNeB),
Wilian Ferreira (Tesoureiro ULB) e
Jairo César (Tesoureiro UNeB).
Coordenação Gráfica: Alcides Júnior e
Thiago Fernandes
Projeto Gráfico, e Diagramação: Érika Uchôa
Imagens: Freepik, Unsplash, IStock, Naassom
Azevedo
Impressão e acabamento: Casa Publicadora
Brasileira
 FA M Í L I A F E L I Z

SUMÁRIO

Família Feliz
E D I TO R I A L - PÁ G . 4
Pr. Luciano Salviano

FA M Í L I A S A U D Á V E L - PÁ G . 6
Dr. Elias Oliveira Lima

FA M Í L I A B L I N D A D A - PÁ G . 1 2
Pr. Thiarlles Boeker

FA M Í L I A M I S S I O N Á R I A - PÁ G . 1 6
Pr. João Batista

FA M Í L I A O R G A N I Z A D A - PÁ G . 1 9
Wilian Ferreira

FA M Í L I A F I E L ( S E R M Ã O ) - PÁ G . 24
Pr. Josanan Alves

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EDMC
A VERDADEIRA
Felicidade
Existe uma teoria de que para se obter
a felicidade é preciso ter tempo, saúde e
dinheiro simultaneamente. Partindo des-
sa premissa, podemos afirmar que difi-
cilmente uma pessoa conseguirá ser feliz
plenamente, pois, quando ainda jovem,
possui tempo e saúde, mas ainda não tem
dinheiro. Na fase adulta passa a ter dinhei-
ro, teoricamente ainda goza de saúde, mas
não dispõe de tempo por causa da busca
frenética pelo sucesso financeiro. E final-
mente, ao ficar velho e se aposentar, volta
a ter tempo, tem dinheiro, mas na maioria
das vezes a saúde já foi embora.
A Bíblia afirma que não existe nenhum
problema em querer ter tempo, saúde e
dinheiro; o sábio Salomão, em Eclesiastes
2:24 p.p., afirma – “Nada há melhor para o
homem do que comer, beber e fazer que a
sua alma goze o bem do seu trabalho...”. O
erro está em achar que essas coisas por
si só trarão a verdadeira felicidade. Na
continuação do texto é afirmado que se
não colocarmos Deus em nossos planos e
não reconhecermos que todas as dádivas
– tempo, saúde e dinheiro – vêm de Suas
mãos, não poderemos experimentar a ge-
nuína felicidade pessoal e familiar. O sábio
declara – “No entanto, vi também que isto
vem da mão de Deus, pois, separado deste,
quem pode comer ou quem pode alegrar-
-se?” (Eclesiastes 2:24 u.p. e 25). Ele ain-
da acrescenta que quando agradarmos a
Deus, permitindo que Ele dirija nossa vida,
teremos sabedoria necessária para obter
a tão almejada felicidade – “Porque Deus
dá sabedoria, conhecimento e prazer ao
homem que lhe agrada” (Eclesiastes 2:26
p.p.). O salmista Davi confirma dizendo –
“Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os
4
desejos do teu coração.” (Salmo 37:4). Por-
tanto, a verdadeira felicidade não depen-
de de coisas, mas consiste em fazer a von-
tade de Deus; e se for para o nosso bem,
e para a glória dEle, Ele nos dará tudo que
precisamos para que tenhamos uma famí-
lia feliz.
A revista Família Feliz tem a ideia de
apresentar que ninguém deseja mais a fe-
licidade da família do que Aquele que a
idealizou e a instituiu; mas para usufruir-
mos das bênçãos que Deus tem planejado
para cada família é necessário confiarmos
nEle e seguirmos Seus princípios e dire-
trizes no uso daquilo que Ele nos confia,
como tempo, dinheiro e saúde; afinal de
contas, família feliz é família saudável,
consagrada, missionária, organizada e fiel.
Esses são os temas que a Equipe Distrital
de Mordomia Cristã apresentará agora em
sua igreja, cujo texto completo você tem
em suas mãos e poderá lê-lo com mais
tempo em sua casa.
Boa leitura, e espero que o conteúdo
desta revista possa contribuir para que
você tenha uma família feliz!
Pr. Luciano Salviano
Diretor de Mordomia Cristã - ULB
 FA M Í L I A F E L I Z

"Se, Mas o amor leal do Senhor,

"Se, Mas o amor leal do Senhor,
o seu amor eterno, está com os que o tememe a
o seu amor eterno, está com os que o tememe a
sua justiça com os filhos dos seus filhos, com os
sua justiça com os filhos dos seus filhos, com os
que guardam a sua aliança e se lembram de
..."se não colocarmos Deus em nossos
que guardam a suaplanos e não
aliança reco-
e se lembram de
obedecer aos seus preceitos." Salmos
nhecermos que todas as dádivas – tempo, saúde e dinhei- 103:17-18
obedecer aos seus preceitos." Salmos 103:17-18
ro – vêm de Suas mãos, não poderemos experimentar a
genuína felicidade pessoal e familiar."

Família Feliz
Família Feliz
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[
EDMC
FAMÍLIA
Saudával
Vivemos no ano de 2020, a pior crise glo-
bal desde a gripe espanhola e a Segunda
Guerra Mundial: a PANDEMIA do coronaví-
rus, ou COVID-19.
O mundo inteiro parou, literalmente. As
autoridades sanitárias de todos os países
do mundo, capitaneados pela Organiza-
ção Mundial da Saúde (OMS), definiram
como estratégia para enfrentar a pande-
mia e diminuir a avassaladora contamina-
ção pelo vírus o isolamento social – todos
foram feitos prisioneiros em sua própria
casa. Foi uma prisão domiciliar voluntária,
até certo ponto, pelo medo causado pelas
mortes que começaram a se multiplicar.
Apenas como exemplo, vide o quadro
da situação da COVID em 09 de agosto de
2020 (Ministério da Saúde/Google).
BRASIL
Confirmados: Recuperados: Mortes:
3.035.582 2.118.460 101.136
GLOBAL
Confirmados:
19.734.428
Recuperados:
11.001.537
Mortes:
728.612
São números aterradores e, no entanto,
não são finais. Cabe aqui lembrar a pro-
messa divina no Salmo 91:07: “Caiam mil
ao teu lado, e dez mil à tua direita; tu
não serás atingido”. Mas irmãos nossos
têm sido contaminados e mesmo perdido
a vida na batalha contra a COVID. A pro-
messa não vale mais? Deus se esqueceu
do Seu povo? Esqueceu da sua família?
É preciso compreender que, com mui-
ta antecedência, Deus proveu proteção
não apenas contra a COVID, mas contra
um grupo considerável de enfermidades
contagiosas, e outro tanto de doenças do
estilo de vida, através dos princípios de
saúde amplamente expostos no Espírito
de Profecia! A chave para receber a prote-
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ção divina chama-se OBEDIÊNCIA!
VIDA FAMILIAR
Esperava-se, pelo menos, um subpro-
duto positivo dessa situação, na forma
de fortalecimento dos laços familiares
com a maior aproximação das pessoas
nos lares e por mais tempo. Infelizmen-
te não foi o que ocorreu. Antes, bem ao
contrário: aumentaram os pedidos de se-
paração ou divórcio e multiplicaram-se
as ocorrências de violência doméstica!
Se levarmos em conta que a família é a
base da sociedade, que rumo tomará en-
tão a sociedade? Ouçamos o Espírito de
Profecia:
“A sociedade compõe-se de famílias, e é
o que a façam os chefes de família. Do co-
ração ’procedem as saídas da vida‘ (Prov.
4:23), e o coração da sociedade, da igreja
e da nação, é o lar. A felicidade da socie-
dade, o êxito da igreja, a prosperidade da
nação, dependem das influências domés-
ticas.” A Ciência do Bom Viver, pág. 349.
O filósofo francês Edgar Morin, em LIVE
direto de sua residência em Paris, em ju-
lho (a tecnologia tornou as comunicações
ao vivo, para qualquer parte do mundo, o
portal de uma nova fronteira para a hu-
manidade), disse que a pandemia ape-
nas acentuou problemas que já existiam
ou estavam latentes: famílias que já eram
unidas tornaram-se ainda mais íntimas,
ao passo que famílias que eram desu-
nidas tornaram-se conflituosas. Ocorre
que entre umas e outras existem as que,
pelas circunstâncias da luta pela sobre-
vivência, tornaram-se indiferentes. Estas,
constituindo provável maioria, também
se tornaram terreno de conflitos.
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EDMC
Por quê? Esta é a grande pergunta que levará
tempo para ser respondida, além de haver, por
certo, muitas respostas – não há um fator úni-
co, evidentemente. Mas desde logo pode-se,
com algum conhecimento dos princípios que
regem as relações humanas, aventar algumas
hipóteses.
Em primeiro lugar, no estressante acúmulo de
trabalho e movimentação que se sofre nas ci-
dades, as pessoas desaprenderam, ou pior, não
aprenderam a conviver. Desconhecem a arte
do bom relacionamento, de ceder a vez, de dar
preferência ao outro. Na verdade, o ambiente
geral é competitivo e, enclausurados em casa,
esse comportamento tornou-se estopim para
muitas dissidências.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, os conflitos entre casais aumentaram
451% desde que foram implantadas as medi-
das de isolamento social contra o coronavírus.
(Veja Saúde, maio/2020, pág. 16).
O plano de Deus para as famílias tem caracte-
rísticas próprias:
“Deve-se procurar seja o lar tudo quanto está
implícito nessa palavra. Deve ser um pequeno
Céu na Terra, um lugar onde se cultivem as afei-
ções em vez de serem reprimidas. Nossa felici-
dade depende do cultivo do amor, da simpatia
e da verdadeira cortesia de uns para com ou-
tros.” Testimonies, vol. 3, pág. 539.
ALIMENTAÇÃO E PODER IMUNOLÓGICO
Fechados em casa, fazer o quê? Ver programas
na TV, filmes, trocando o dia pela noite, ama-
nhecendo na frente do aparelho e indo dormir
em lugar de fazer um belo exercício ao nascer
do sol. E durante o tempo desperto, além de
ficar sentado deixando a mente encher-se de
lixo e cultura inútil, algo ainda mais deletério
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para o organismo: comer sem parar. Detalhe:
que tipo de comida? Os supermercados não
fecharam – foi um dos raros segmentos da
economia que obtiveram crescimento na crise!
Bares, lanchonetes e restaurantes se socorre-
ram de uma palavra que se tornou extrema-
mente usual na pandemia - delivery.
Consequência: massas refinadas, comidas de
preparo rápido e bebidas alcoólicas ou refri-
gerantes, adquiridas no supermercado, e/ou
pratos fatalmente gordurosos com guloseimas
irresistíveis, também regados a muita bebida,
através do delivery. Todos esses ingredientes,
com destaque para o açúcar refinado, são im-
placáveis destruidores do poder imunológico
do organismo humano. Quando os colegas
médicos mencionavam que esperavam, no
caso de serem atingidos pela COVID 19, uma
virose atenuada, procurei adverti-los: o vírus
será sempre o mesmo – o que vai definir a in-
tensidade da doença é o poder maior ou me-
nor do sistema imunológico da vítima.
GORDURA E RACIOCÍNIO
Lembro-me do meu tempo de residente em
neurologia, no Serviço de Neurologia e Neuro-
cirurgia do Hospital Santa Isabel em Salvador.
Como era também de neurocirurgia os resi-
dentes participavam das cirurgias. Numa ma-
nhã eu estava quebrando literalmente a calota
óssea na nuca (fossa posterior) de um pacien-
te com um tumor no cerebelo, quando o san-
gue que escorria aos borbotões, mais do que
os aspiradores conseguiam reter, se mostrou
repleto de pontos luminosos, como um desfile
de escolas de samba no sambódromo do Rio
de Janeiro.
Perguntei, surpreso, ao experiente professor
titular, Dr. Jaime Vianna, o que era aquilo. “Isto
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“Se o Senhor não edificar a casa, em

vão trabalham os que a edificam; se
“Aosociedade
Senhor não guardarde
compõe-se a cidade,
famílias,em
e é o que a
façam os chefes
vão vigia a sentinela.” ’proce-
de família. Do coração
dem as saídas da vida‘ (Prov. 4:23), e o coração
da sociedade, da igreja (Salmos 127:1)é o lar. A
e da nação,
felicidade da sociedade, o êxito da igreja, a pros-
peridade da nação, dependem das influências
domésticas.”
(A Ciência do Bom Viver, pág. 349)

são quilomicrons, milhares de partículas de tos médicos viu-se, no Brasil, a enfermidade

gordura” disse ele. “Esse povo do interior come
muita carne e linguiça, e o sangue, em lugar de
carrear o oxigênio que o cérebro precisa, car-
reia gordura. Isto vai embotar o raciocínio, de-
sorientar, acarretar trombose e, num caso ex-
tremo, até óbito.” Na hora vieram-me à mente
as aulas do grande mestre de bioquímica, Erlon
Araújo: “O excesso de proteína e gordura não
metabolizados pelo fígado, na corrente sanguí-
nea, pode provocar alucinações no cérebro”.
Um detalhe importante: nenhum dos dois
conhecia a nossa mensagem de saúde.Nenhum
dos dois jamais leu na Bíblia:
Levítico 03:17: JAMAIS COMAM GORDURA!
Por que agarrar-se à gordura animal quando
há tanta fartura de gordura vegetal à disposi-
ção? Lembrem-se sempre: no reino vegetal não
existe colesterol! Dá para entender um pou-
co do que aconteceu com muitas das famílias
isoladas pela pandemia? É possível formular
decisões a respeito dos hábitos alimentares
para a vida pós-pandemia? Para quem deseja
mudar o rumo é:
“Cereais, frutas, nozes e verduras constituem
o regime dietético escolhido por nosso Criador.
Estes alimentos, preparados da maneira mais
simples e natural possível, são os mais saudá-
veis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma
resistência e vigor intelectual, que não são pro-
movidos por uma alimentação mais complexa
e estimulante.” (Conselhos sobre o Regime Ali-
mentar, pág. 363/CBV 296).
OBESIDADE E COVID
Pensava-se que o coronavírus se restringia a
infectar o chamado “grupo de risco”: idosos,
diabéticos e hipertensos. Esse era o perfil dos
infectados na Europa. Para surpresa de mui-
atingir os jovens também. Um colega que
trabalhou em um dos hospitais de campanha,
preparados especialmente para receber pa-
cientes infectados, disse que na UTI onde ele
atuava como plantonista havia um percentual
de jovens – todos, sem exceção, obesos. Esta-
tísticas preliminares deram conta de que, nos
obesos, a possibilidade de complicações da
COVID-19 era três vezes maior.
São dois os principais fatores causais da obe-
sidade: excesso alimentar, já abordado, e falta
de exercícios. Teria o exercício alguma utilida-
de a mais como vantagem para os que não pre-
cisam perder peso?
EXERCÍCIO
No auge do isolamento social no país, o en-
tão ministro da Saúde declarou, numa entre-
vista (Veja 22-07-2020), que, estando no Rio de
Janeiro, passou de carro pela praia de Copa-
cabana, totalmente vazia, com a presidente da
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e
ouviu dela: “- Isso é um crime! Praia é o lugar
ideal para as pessoas estarem. Sol, raios ultra-
violeta, mar e iodo. A praia é um tratamento!”
A maioria da população sabe muito pouco so-
bre os benefícios do exercício físico e os que
praticam regularmente são uma parcela bem
pequena. Estudo realizado por pesquisadores
da Universidade de Sidney, Austrália, coorde-
nado pelo cardiologista John O’Sullivan, publi-
cado pela revista Saúde (maio/2020/pág. 18),
recrutou 52 soldados de um mesmo quartel,
submetidos às mesmas condições de ativida-
de, sono e alimentação, e mediu aproximada-
mente 200 substâncias no sangue de cada um,
antes e depois de um regime de treinos. Após
80 dias de práticas aeróbicas e musculação

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EDMC
foi apurado que os exercícios físicos interfe-
riram na capacidade de queima de gordura,
pois houve redução em nove vezes de malo-
nato, uma substância envolvida no acúmulo de
gordura. Os treinamentos elevaram a presença
de arginina, que ajuda na fabricação do óxido
nítrico no sangue, que dilata as artérias e veias,
reduzindo o risco de hipertensão, infarto e AVC.
Os exercícios geram, dentre outros neurotrans-
missores, os endocanabinoides, que regulam o
humor e promovem o bem-estar. As altas taxas
da substância I3P encontradas entre os parti-
cipantes do estudo, mostram a proliferação na
população de bactérias benéficas que habitam
o intestino, capazes de reforçar nosso sistema
imunológico e minimizar os processos inflama-
tórios. Declarou o Dr. O’Sullivan, orientador
do estudo: “A influência da atividade física vai
muito além de apenas regular a pressão e aju-
dar a emagrecer. Ela tem um papel central na
prevenção de diversas doenças cardiovascula-
res”.
Há que se observar que tudo isso foi obti-
10
do com exercícios diários e regulares.
Não haverá resultados equivalentes para
aqueles que se propõem a exercitar-se
três vezes na semana e acabam fazendo
apenas uma ou duas vezes porque sem-
pre haverá motivos para justificar desvios
das boas intenções. Àqueles que colocam
o exercício como parte integrante do seu
dia, todos os dias, inclusive nos finais de
semana, está reservada uma grande co-
lheita em saúde e alegria de viver.
“Têm morrido, aos milhares, por falta de
água e ar puros, pessoas que poderiam
haver vivido. Essas bênçãos, elas neces-
sitam para ficar boas. Se fossem esclare-
cidas, e deixassem os remédios em paz, e
se habituassem ao exercício ao ar livre, a
arejarem sua casa, no verão e no inverno,
a usarem água para beber, estariam rela-
tivamente bem e felizes em vez de arras-
tar uma miserável existência.” (Conselhos
Sobre Regime Alimentar, pág. 419).
 FA M Í L I A F E L I Z

duzida ao entardecer e atinge o pico à meia-noite.

O ideal, portanto, é dormir antes disso. O ciclo cir-
cadiano precisa ser respeitado. Há dois períodos,
manhã e tarde, para o trabalho, estudo e lazer. Os
dois períodos seguintes, noite e madrugada, são
para o descanso e restauração, principalmente dos
neurônios – do sistema nervoso. Colocar mais um
período, a noite, para trabalho, ou estudo, ou mes-
mo lazer, e esperar que apenas o último período,
a madrugada, restaure o desgaste dos três é sim-
plesmente insano, e o preço a pagar por isso está
flagrante nas doenças neurológicas degenerativas
como Alzheimer e outras.
“Doce é o sono do trabalhador.” Eclesiastes 05:12
É necessário um olhar diferente para as leis de
saúde, como apresentadas amplamente nos escri-
tos do Espírito de Profecia. Pare de ver nos prin-
cípios de saúde proibições inoportunas tirando
das pessoas o prazer de comer o que gostam ou
as emoções dos filmes que entram pela madruga-
da ou ainda o conforto da cama pela manhã para
sair correndo aos primeiros raios do sol. Veja-os
como são na verdade: proteção de um Pai amoroso
que deseja o melhor para Seus filhos não só nessa
vida, mas para toda a eternidade.

Dr. Elias OliveiraLima

Neurologista e Nutrólogo/Mestre
em Neurociências/Professor da Fac-
uldade de Medicina UNIFTC/Diretor
da Clinica Nat - Salvador, Bahia.

SONO
Uma paciente brasileira, que mora atual-
mente na Espanha, entrou em contato pelo
WhatsApp muito preocupada. Estava sofrendo
fortes dores de cabeça e formigamento nos
braços e já havia feito uma série de exames
cardiológicos sem que nada fosse revelado ou
melhorado. Disse a ela que sua cefaleia inten-
sa e os formigamentos nos braços poderiam
estar ligados à crise de enxaqueca e privação
de sono. Imediatamente ela respondeu que
passara uma semana cuidando da mãe, que
sofre de urgência urinária, e levantava-se cin-
co ou seis vezes à noite, ficando em condições
precárias para trabalhar durante o dia.
Pode-se imaginar? Uma semana sem dormir
e toda uma avalanche de problemas assus-
tadores? Como está seu sono? A ciência já
comprovou o que os livros de saúde da Igre-
ja Adventista estampam há 150 anos: as horas
de sono que precedem a meia-noite valem o
dobro das horas da madrugada. A melatonina,
hormônio que regula o sono, começa a ser pro-

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EDMC
FAMÍLIA
Blindada
Como proteger a família dos ataques diários do inimigo
A VIDA E O TEMPO
A expectativa de vida do brasileiro, segundo
o IBGE, é de 76,3 anos (2018). Pensando nisto,
você tem um planejamento sobre como utili-
zará a sua existência aqui? Não me diga que
ainda não pensou em como investe cada hora
nesta linha do tempo. Analisar a maneira como
utilizamos cada momento pode revelar muito a
respeito de nós e de nossas prioridades.
Você sabia que quem dorme oito horas por
dia passa mais de 25 anos da vida dormindo?
Isso mesmo, um terço da vida será dedicado a
esta ação importante para a recuperação das
energias. Um outro exemplo bem simples são
os banhos diários que, se, em média, levarem
cinco minutos, ocuparão um total de três me-
ses na vida. Ficou curioso? Usando esta linha
de pensamento, avalie:
• Para cinco horas de TV por dia (média do bra-
sileiro) – quinze anos.
• Apenas uma hora diária de conexão na inter-
net – três anos.
• 40 minutos por dia na igreja (cinco horas se-
manais) – dois anos.
• 20 minutos diários de leitura da Bíblia e de
oração – um ano.
(Valores arredondados)
Não é meu propósito indicar aqui o tempo
exato para sua comunhão com Deus, mas com
estas referências em mente é possível perce-
ber que a agenda da vida merece nossa aten-
ção. Como está o seu tempo com Deus? O altar
da família está ativo, ou as muitas atividades
estão sufocando a relação com o Protetor do
seu lar? (Salmos 127:1)
A pressa não muda as nossas convicções, mas
revela nossos valores
Imagino que você já tenha percebido que vi-
vemos em um mundo corrido. A velocidade é
um imperativo em nossas ações. Acostumamo-
-nos tanto com as muitas tarefas e ocupações
que alguns se demonstraram despreparados
para viver uma vida menos acelerada durante
12
a quarentena. É preciso trabalhar, honrar com-
promissos, entretanto “inútil será” (Salmos
127:2) tentar sustentar o seu lar sem a presen-
ça de Deus.
Não tenho dúvidas de que, entre os que cre-
em em Deus, a convicção de que devem buscá-
-lo em primeiro lugar é unânime.
A questão é que, no dia a dia, a pressa, muitas
vezes, evidencia uma inversão de valores.
Sei que antes de sair de casa para os desafios
da vida devemos investir tempo individual-
mente e com a família na busca pela presença
de Deus, mas alguns padecem de sede mesmo
sabendo o caminho para a fonte.
É NECESSÁRIO BLINDAR
Conhece alguém que se levanta cedo e dor-
me tarde, buscando o sustento honroso do seu
lar? Pense em homens e mulheres com suas
muitas atividades e ocupações, conquistan-
do duramente o pão de cada dia. Lares com
o potencial para instabilidade emocional, pois
a irritabilidade está aflorada. Cansaço acumu-
lado da jornada de trabalho, muitas vezes da
segunda jornada de trabalho, da responsabili-
dade com educação dos filhos. Nosso lar care-
ce de cuidados.
Este é um ambiente perfeito para a atuação
do inimigo. Ele covardemente se aproveita das
circunstâncias sensíveis para fazer os cônjuges
se magoarem ou até a flertarem com a possibi-
lidade de desistir do casamento. Incita filhos a
se distanciarem de seus pais; e, por mais que
os olhos paternos, cuidadosos e protetores, os
persigam, “em vão vigia a sentinela” (Salmos
127:1).
O salmista resume bem a nossa necessidade
de Deus. Precisamos permitir que Deus seja o
edificador e protetor do nosso lar. Sempre ha-
verá espaços para a tristeza em uma casa que
não tem como prioridade a comunhão.
“Unicamente a presença de Cristo pode tornar
homens e mulheres felizes. Todas as águas co-
muns da vida, Cristo pode transformar em vi-
nho do Céu. O lar se torna então como um Éden
 FA M Í L I A F E L I Z

“Se o Senhor não edificar a casa, em

vão trabalham os que a edificam; se
o Senhor não guardar a cidade, em
vão vigia a sentinela.”
(Salmos
(Salmos 127:1)
127:1)

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de bem-aventurança; a família, um belo símbo-
lo da família no Céu.” (O Lar Adventista, 28).
O primeiro verso do Salmo 127 sublinha edifi-
car e guardar como duas ações indispensáveis
de Deus sobre nossa casa. Para que nossos es-
forços não sejam em vão ou inúteis, esta obra
precisa acontecer diariamente em nossa vida,
bem como na vida das pessoas que amamos.
TEMPO PARA A EDIFICAÇÃO
Caso tenha problemas elétricos, é de se ima-
ginar que a procura será por um eletricista. Se
está precisando de um corte de cabelo, a bus-
ca será por alguém que tenha experiência no
ramo. Se está doente a melhor opção é ir a um
médico. E se existe dificuldades no lar a quem
devo procurar? Não existe ninguém melhor
para falar sobre edificação de uma casa do que
o próprio Criador.
No dia 9 de agosto de 1173 começou a ser
construída a Torre de Pisa. Uma edificação
turística muito conhecida por sua inclinação
não planejada. A torre começou a pender-se
quando a obra estava no terceiro andar, em
1178, e, compensar a inclinação, andares foram
construídos com um lado mais alto do que o
outro. Isso não resolveu, pois, a torre passou a
se inclinar para o lado oposto. O problema não
estava com as medidas dos andares, mas na
fundação de apenas três metros em um subso-
lo fraco e instável.
Famílias que constroem suas vidas longe de
Deus correm o risco de seguir um projeto falho
desde sua base. E qualquer tentativa de acer-
tar pode ser frustrante.
“A primeira obra a ser feita no lar cristão é as-
segurar-se de que o Espírito de Deus aí habite,
que cada membro da família seja capaz de to-
mar sua cruz e seguir aonde Jesus o conduzir.”
(Fundamentos do Lar Cristão, 23).
Esta é a base para a nossa felicidade como
família! O fundamento de todo o lar cristão
está em buscar diariamente a presença de
14
Deus. Para não viver a instabilidade de uma
construção duvidosa, deixemos a construção
nas mãos do Especialista. Se a sua casa tem
rachaduras, ou se há aquela sensação de que
tudo está prestes a cair, não se demore nesta
obra e entregue hoje mesmo a sua casa aos
cuidados de Deus.
CONSTANTE SENTINELA
Veja que a primeira ação de Deus tem foco
em algo que acontece de dentro para fora.
Algo que parte do fundamento. A comunhão
diária por meio dos cultos pessoais e em fa-
mília fortalecerá os muros do lar, mas isso não
significa que os olhos não devem estar abertos
para as questões externas. Alguns problemas
podem estar do lado de fora dos muros. Deus
não quer apenas edificar o seu lar, Ele também
quer guardá-lo.
A comunhão com Deus não muda, necessa-
riamente, as circunstâncias ao nosso redor.
Quando nosso lar está fortalecido em Deus, o
que muda são nossas atitudes diante das situ-
ações que desafiam a nossa caminhada rumo
ao Céu. Aquele que está de vigia sobre a nossa
casa nos ajudará a superar o que está fora de
nosso controle.
Lembro-me do primeiro milagre de Jesus, re-
alizado nas Bodas de Caná (João 2:1-10). Como
em todo casamento, tudo foi muito bem or-
ganizado para a festa. Faltar e sobrar seriam
tidos como vergonha para os organizadores e
noivos, e, como sabemos, faltou. Chamo sua
atenção para algo muito importante, Jesus
estava no casamento. Ele foi convidado para
a cerimônia. Muitas famílias convidam Jesus
para o seu lar, o buscam todos os dias, porém
isso não significa ausência de problemas.
O mundo em que vivemos é cheio de com-
plicações causadas pelo pecado, mas os que
convidam Cristo para o seu lar sabem que
momentos difíceis e desafiadores podem ser
transformados em grandes bênçãos pelas
 FA M Í L I A F E L I Z

"O Senhor não somente requer o dízimo como Seu, mas diz-nos
mãos decomo deveO ele
nosso Senhor. ser reservado
que poderia ser a tra- para Si. Diz
Perguntas paraEle: "Honra
interação ao Senhor
em grupo:
gédia do casamento transformou-se na melhor 1. Ao analisar a agenda da vida, que ativida-
com
parte (João a tua fazenda e com as primícias
2:10). de tomar
des poderiam todamenos
a tuatempo,
renda." Prov.
favorecen-
A presença
3:9. de
Isto Jesus
nãono nos
barcoensina
não excluiuque do assim gastar
a devemos mais momento com Deus
conosco mesmoe com osa
tempestade, mas foi determinante para trazer família?
de voltanossos haveres,
a paz (Marcos 8:35-41) e levaro barco
e levar o restante ao Senhor,
2. Quais são as duasmuito embora seja
ações indispensáveis da
em segurança para a margem. parte de
este um dízimo honesto. Seja a porção do Senhor separada Deus apontadas pelo salmista? (Sal-
As tempestades às vezes surpreendem os dis- mos 127:1)
cípulos, primeiro. As indicações
mas nunca o Mestre. O que acha de dadas
ter pelo Espírito
3. O que significaSanto por intermédio
uma tempestade com a pre-
a presença constante de Deus em sua casa? É sença de Jesus no barco?
do apóstolo Paulo sobre ofertas apresenta um princípio que se
mais do que só edificar o seu lar, é protegê-lo
todos osaplica
dias dostambém
embates da aovida.dízimo.
Ele deseja"No primeiro dia da semana, cada um
levar todos em segurança para o porto seguro.
Um céu deestá vós
sendoponha
preparadodeparaparte o que puder ajuntar, conforme a sua
você e sua
família. prosperidade." I Cor. 16:2. Pais e filhos estão aqui incluídos. "

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Review and Herald, 10 de novembro
Temos a oportunidade de dar mais um passo
de 1896.
para conquistar a felicidade plena em nosso
lar. Deus está de braços abertos para realizar Pr. Thiarlles Boeker Portes
esta obra em seu lar. Hoje é o dia de dizer para
Deus que as portas da nossa casa estão aber- Diretor de Mordomia Cristã - USEB
tas para este milagre. Amém!?

15
EDMC

FAMÍLIA Missionária
“E Deus os abençoou e lhes
disse: Sede fecundos, mul-
tiplicai-vos, enchei a terra
e sujeitai-a; dominai sobre
“E Deus os do mar, sobre as
os peixes
aves dos céus e sobre todo
abençoou
animal que rasteja pela
e lhes terra.”

“Se o Senhor não (Gênesis 1:28)

edificar a casa, em
vão trabalham os
que a edificam; se
o Senhor não guardar a cidade, em
Podemos nos perguntar: O que o cumprimen- como por exemplo boa alimentação e fortale-
to da missão tem que ver com a felicidade evão vigia a para
cimento, sentinela.”
que esse crescimento seja sau-
realização da família? dável. Para sintetizar, o crescimento tem a ver
Para responder a essa pergunta, faz-se neces- (Salmos
com aspectos 127:1)
ligados ao próprio ser, ou seja,
sário analisar alguns aspectos importantes que para ele e não para os outros. Se analisamos a
estão relacionados à família. família por essa “lente”, podemos dizer que a
instituição da família está diretamente ligada
O PROPÓSITO DE DEUS AO CRIAR A HUMANI- ao fortalecimento e à alimentação mútua de
DADE todos os que fazem parte da mesma. A família
Deus é amor em Sua essência (I Jo. 4:8) e criou é um “organismo vivo” que necessita de mui-
a humanidade para ser objeto desse amor, ou tos “nutrientes” para crescer, por isso, todos se
seja, todos os seres humanos são o “alvo” do envolvem, de maneira interna, para prover os
amor de Deus. A partir desse princípio, todos recursos que contribuem para esse processo.
nós, sem distinção de raça, cor, credo ou outras Famílias fortes emocional e espiritualmente
definições que usamos para separar ou de- podem passar sem muitas dificuldades para o
signar as pessoas, somos os receptores desse segundo passo da orientação de Deus.
amor infinito.
Partindo desse pressuposto, podemos nos MULTIPLICAR – Ainda que precisemos de ati-
perguntar: Por que Deus criou a família? vidades e atitudes que nos fortaleçam inter-
Podemos responder levando em considera- namente, as orientações dadas por Deus es-
ção as duas instruções dadas ao primeiro ca- tariam incompletas se estacionarmos somente
sal: Crescer e multiplicar no primeiro aspecto, pois o “crescer” é para
Quando analisamos as duas palavras de ma- dentro, e o “multiplicar” é para fora, e os dois
neira separada, podemos chegar a muitas con- estão intimamente interligados, pois cresce-
clusões, mas vamos destacar apenas algumas: mos para multiplicar e só multiplicamos quan-
CRESCER – O processo de crescimento envolve do crescemos.
muitos fatores, e isso em todos os seres vivos,

16

A PRIMEIRA FAMÍLIA
Não podemos desconsiderar que as lições,
orientações e ensinos que Deus nos dá são
bem objetivos, lúdicos e práticos, por isso,
não podemos esquecer que o contexto inicial
do primeiro casal era o de um jardim cheio de
vida, animais e plantas. A ideia de que uma
planta poderia crescer, produzir semente e
multiplicar-se em outra planta foi muito bem
compreendida por eles na orientação de “mul-
tiplicar-se”. Quando uma semente é plantada
todas as informações genéticas da planta que
a gerou são carregadas dentro de seu DNA, sim,
as plantas possuem DNA, e essa informação é
muito importante, porque tudo o que a “ma-
triz” é será multiplicada em sua “cópia”. Quan-
do a família é multiplicada leva também seu
“DNA” para o nascimento de uma nova família.
Mas quando uma família cresce, mesmo que
ainda não produza semente, seus “galhos” se
expandem oferecendo sombra e proteção para
todos que estão em seu entorno. Uma família
que “cresce” dentro dos planos de Deus natu-
ralmente vai oferecer ajuda e proteção para
aqueles que a rodeiam.
Nesse ponto, podemos responder, ainda que
inicialmente, que as famílias foram criadas
para transmitir e reproduzir sua experiência no
“jardim” em que estão plantadas. O crescimen-
to é indispensável, mas a multiplicação é pro-
porcionalmente importante. São duas ativida-
des que devem nortear o propósito da família.
A FAMÍLIA DE NOÉ
É fundamental que analisemos os resultados
da ação da família de Noé. Essa família confiou
em Deus e seguiu Seus planos (Heb. 11:7), e,
como resultado, salvaram a sua própria famí-
lia e salvaram toda a raça humana, porque eles
foram os responsáveis por perpetuar a huma-
nidade depois do Dilúvio. Entra em cena uma
atividade muito importante no núcleo fami-
liar: devemos estar empenhados em salvar os
membros de nossa família, porém temos tam-
bém a responsabilidade de salvar os membros
de outras famílias. Ao trabalhar na preparação
da arca, Noé pregava para salvar seus contem-
porâneos, porque sabia que uma missão havia
sido dada a ele e à sua família, e ainda que
aparentemente não alcançou seu objetivo,
vemos que “inseriu” em sua família três no-
ras, para que em contato com eles pudessem
desenvolver seu próprio relacionamento com
Deus. Além do mais, todas as famílias que exis-
tiram e existem na atualidade são resultado
da compreensão que a família de Noé teve da
missão de salvar, dada a ela por parte de Deus.
Toda família que tem Jesus também tem uma
missão, que é a de salvar!
A FAMÍLIA DE ABRAÃO
Além desses aspectos, não podemos deixar
17
FA M Í L I A F E L I Z
de lado o que Deus prometeu e determinou a
Abraão, que todas as famílias da terra seriam
benditas (Gên.12:3).
Abraão foi chamado por Deus para ser o “Pai”
de muitas nações, ele recebeu uma bênção es-
pecial, mas essa bênção não era somente para
ele, sua responsabilidade era compartilhá-
-la com toda a humanidade. Esse homem foi
abençoado para abençoar. Os planos de Deus
só iriam ser cumpridos em Abraão e em sua
descendência caso ele a repartisse com os de-
mais. Outra vez Deus ensina lições práticas ao
ser humano: Que o que Ele nos dá é duradou-
ro e que deve ser sempre compartilhado para
que assim permaneça.
APLICAÇÃO
Levando em consideração esses três aspectos
que analisamos, podemos responder à per-
gunta inicial.
1. A família foi criada para oferecer aos seus
membros a oportunidade de desenvolver to-
das as suas capacidades de maneira harmo-
niosa, todavia esse é apenas um dos aspectos
envolvidos no contexto familiar, pois a família
que tem Jesus em seu núcleo, porque a famí-
lia é chamada de a Cellula Mater ou Célula
Mãe, em seu crescimento interno vai oferecer
apoio e proteção para outras famílias e, além
disso, vai ser multiplicada levando a semente
(Parábola do Semeador) para ser plantada em
outras famílias. Essa família vai crescer e mul-
tiplicar segundo a ordem do Senhor.
Nem todos podem ir a terras missionárias
estrangeiras, mas todos podem ser missioná-
rios entre os familiares e vizinhos. Há muitas
maneiras pelas quais os membros da igreja
podem dar a mensagem aos que estão ao seu
redor. Uma das maneiras mais bem-sucedidas
é o viver cristão prestativo, altruístico. Os que
estão travando a batalha da vida com grandes
desvantagens podem ser refrigerados e for-
talecidos por pequeninas atenções que nada
custam. LA, 485.
2. A família que foi chamada por Deus e acei-
tou esse chamado tem uma missão dupla, que
é a de salvar a si mesma e a de salvar a outras
famílias. A família que foi salva por Deus re-
cebeu uma missão que é a de transmitir o co-
nhecimento de Deus a outras famílias, e só en-
contrará a plenitude em sua existência quando
cumprir esse propósito. As famílias que estão
no mundo sofrem um dilúvio de pecados e
nossa família foi salva para salvar!
Nossos lares devem ser postos em ordem, as-
sim como nos cumpre fazer fervorosos esfor-
ços para interessar todos os membros da fa-
mília nos empreendimentos missionários. (SC,
158)
3. Sempre foi, é, e será o ideal de Deus res-
taurar na humanidade tudo o que foi desgas-
tado pelo pecado, e nesse processo Ele usa os
EDMC

mais distintos meios, sendo que um deles é
a utilização de pessoas, e, em nosso contex-
to, as famílias. Nossa família existe porque fo-
mos salvos por Jesus, recebemos essa grande
bênção por parte dEle, mas para que o plano
seja cumprido é indispensável que as famílias
levem o que receberam a outras pessoas e fa-
mílias. Caso isso não seja feito o prejuízo será
imenso para nós e para os outros, porque fo-
mos chamados e eleitos com propósitos e ob-
jetivos e, se não cumprirmos, eles podem ser
passados a outros e aqueles que necessitam
ser alcançados não o serão, podendo assim
comprometer sua eternidade.
Vós que professais amar a Deus, tomai a Jesus
convosco, aonde quer que vades; e, como os
patriarcas de outrora, erigi um altar ao Senhor
onde quer que armeis vossa tenda. Necessita-
-se uma reforma nesse sentido — reforma que
seja profunda e ampla. (Serviço Cristão, 160)
As famílias foram chamadas para seguir e ex-
pandir os planos e o Reino de Deus, e sua ver-
dadeira alegria está quando cumpre as orien-
tações dos Senhor (Sal.1:2)
Uma família só é plenamente feliz quando
é missionária, sejamos felizes, cumpramos a
missão!
Mas se ela se empenhar pela felicidade da
família, esforçando-se por formar caracteres à
imagem divina, os anjos arrolarão o seu nome
junto aos dos maiores missionários do mundo.
(SC, 159)
Pr. João Batista
Diretor de Evangelismo - ULB

“Nossos lares devem ser

postos em ordem, assim
como nos cumpre fazer fer-
vorosos esforços para inte-
ressar todos os membros da
família nos empreendimentos
missionário .”

(Serviço Cristão, 158)

18
 FA M Í L I A F E L I Z

FAMÍLIA
Organizada

Willian Ferreira
Tesoureiro - ULB

19
EDMC
Quando falamos em planejamento e organi-
zação, normalmente pensamos em algo muito
chato, metódico e que deve ser coisa de es-
pecialista, de quem estudou muito sobre em-
presas de maneira especial, mas, na realidade,
existe uma ciência, regras e, principalmente,
os conselhos bíblicos e do espírito de profecia
sobre o tema. Quando pensamos em organiza-
ção lembramos logo de estrutura física como
algo que mais representa esse tema, e quando
pensamos em organização da família, e em es-
pecial a organização financeira, surgem as per-
guntas: será que é importante para a felicida-
de da família ter uma organização financeira?
A resposta é sim, porque a questão financeira
envolve aspectos importantíssimos da vida,
como relacionamento conjugal, familiar, saúde,
amizade, trabalho e até mesmo espiritual. El-
len White afirma: “Não vos deveis permitir ficar
embaraçado financeiramente, pois o fato de es-
tardes com dívidas enfraquece a vossa fé e vos
leva ao desânimo, e até mesmo nela pensar vos
deixa quase desatinado.” Administração Eficaz,
p. 254, 255.
Quais os passos necessários para conseguir
fazer essa organização? Historicamente, na
nossa cultura brasileira não temos o hábito de
intensificar a orientação financeira nas famí-
lias. Por esse motivo há muitas famílias endivi-
dadas no país. De forma ainda tímida, as esco-
las, nos dias atuais, estão colocando em seus
currículos disciplina que fala sobre educação
financeira, como ponto de partida para orien-
tar as novas gerações a como organizar a sua
vida financeira, algo fundamental para manter
a família em harmonia e feliz.
20
ENTENDENDO OS PASSOS PARA ORGANIZAR
E PLANEJAR AS FINANÇAS DA FAMÍLIA
É através do planejamento financeiro que or-
ganizamos as despesas e as receitas que pos-
suímos de forma inteligente e funcional, visan-
do o equilíbrio e controle das suas contas e do
seu dinheiro. Para que isso aconteça e produza
resultados, é necessário observar pelo menos
sete passos essenciais para ter sucesso:
1. ENVOLVA TODA A FAMÍLIA NO ASSUNTO DAS
FINANÇAS DOMÉSTICAS
Todos os membros da família precisam par-
ticipar juntos dos diálogos, é necessário con-
hecer a caixa preta que normalmente existe
sobre o tema na família, o casal precisa falar
abertamente sobre o tema e envolver os fil-
hos, dependendo da idade os assuntos sobre
as finanças que são mais restritos aos adul-
tos também devem ser apresentados aos fil-
hos. Ellen White, advertindo uma família, diz
que eles deveriam aprender a “restringir suas
necessidades e de seus filhos”, bem como “ad-
quirir habilidade e tino nos negócios domésti-
cos”. Ela conclui dizendo que “Todos devem
aprender a tomar notas de suas despesas.” (O
Lar Adventista, 374).
2. CONHEÇA A REALIDADE ATUAL FAZENDO UM
ORÇAMENTO FAMILIAR
É preciso que todos os envolvidos no plane-
jamento conheçam a sua realidade financeira,
quanto ganha, entre salários e outras receitas
que possam existir, além, claro, de as despesas
que a família tem. Esse passo é muito impor-
tante, pois, normalmente, por não ter siste-

matizado esse passo, a família não tem no-
ção de quanto ganha e principalmente quais
as suas despesas. Algo que considero impor-
tantíssimo é conhecer a realidade para depois
adotar medidas que tragam resultados. Segue
o link para baixar um modelo de orçamento fa-
miliar: https://downloads.adventistas.org/pt/
mordomia-crista/manuais-e-guias/orcamen-
to-familiar-primeiro-deus/
3. SEPARE PRIMEIRO A PARTE DO SENHOR: Ao
fazer o orçamento financeiro da família coloque
como prioridade a parte que pertence a Deus,
conforme é ensinado na Bíblia e no Espírito de
Profecia. “Honra ao SENHOR com os teus bens e
com as primícias de toda a tua renda” (Provér-
bios 3:9). “As primícias dos primeiros frutos da
tua terra trarás à Casa do SENHOR, teu Deus.”
(Êxodo 34:26). “Antes de gastarmos uma só par-
cela de nossos rendimentos devemos separar e
oferecer a Deus a parte que de nós requer.” (O
Lar Adventista, 369). “Seja a porção do Senhor
separada primeiro.” (O Lar Adventista, 389).
4.IMPLEMENTE UM FUNDO DE RESERVA:
É preciso ter um fundo de emergência. O mo-
mento que vivenciamos na pandemia revelou
que precisamos, ainda mais, encontrar espaço
no planejamento para ter uma reserva a fim de
proteger a família em situações difíceis e que
não temos como prever. São variáveis que cha-
mamos, dentro desse planejamento, de incon-
troláveis, a exemplo da pandemia do COVID19.
Família que tem um planejamento e, sobretu-
do, uma reserva, está sofrendo e passando di-
ficuldades, mas certamente os impactos serão
21
FA M Í L I A F E L I Z
menores. Por isso, o conselho de Ellen White
para as famílias é: “fazer provisão para o futuro
em vez de viver meramente o presente” (O Lar
Adventista, 395).
5.ESTABELEÇA UMA LISTA DE PRIORIDADES:
Ao conversar sobre o tema e elaborar o pla-
nejamento, a família precisa ter um objetivo
comum, como quais são as prioridades da
mesma: trocar o carro, qual o prazo e neces-
sidade dessa troca; adquirir a casa própria;
reformar a casa; fazer uma viagem com todos;
estudos dos filhos e outros itens que podem
ser básicos, mas que precisam ser incorpora-
dos ao planejamento. “Tivessem o irmão e a
irmã B sido hábeis administradores, privando
a si mesmos, e em vez disto teriam já há tempo
um lar próprio e ainda meios de que se servir
em caso de adversidade." LA 395.1.
6.NEGOCIE AS DÍVIDAS COM SABEDORIA:
Se a família possui dívidas é necessário co-
locar tudo na ponta do lápis e buscar uma ne-
gociação com os credores, a fim de, com esse
diálogo, flexibilizar os acertos e buscar reduzir
juros.
7. EVITE DÍVIDAS COMPRANDO À VISTA:
A melhor forma de comprar é à vista, pois
permite ao comprador um poder de negocia-
ção grande e, com isso, há chance de ganhos
significativos. Como assim, comprando vou ter
ganhos? Se acompanharmos sistematicamen-
te e colocarmos em uma planilha a economia
com tudo que gastamos, comprando à vista,
negociando menor valor, ao final de um ano
EDMC
Fundamento
a família vai perceber a gigantesca economia
frente à sua sua realidade financeira. “Deveis
considerar que uma pessoa não deve dirigir
seus negócios de molde a incorrer em dívida.
... Quando alguém se envolve com dívidas, caiu
na rede que Satanás prepara para as almas.
Gastar e usar o dinheiro para qualquer fim, an-
tes que o mesmo seja ganho, é um laço.” (O Lar
Adventista, 392).
Inúmeros são os livros e especialistas que tra-
tam do tema planejamento financeiro, entre-
tanto, como ainda não temos essa cultura na
base da família, às vezes ouvimos e até lemos,
mas não damos a devida importância que o
tema tem. É preciso aprofundar o estudo so-
bre finanças e, de forma simples, introduzir no
contexto familiar. Os meios digitais nos permi-
tem acesso fácil ao conhecimento e é preciso
usar essa bênção para capacitação da família,
mas a Bíblia e os livros que temos da nossa
igreja nos permitem aprender com um olhar
peculiar do grande Professor e Orientador que
22
esse mundo conhece, nosso grande Deus.
“Não gasteis vossos centavos e reais na aquisi-
ção de coisas desnecessárias. Podeis pensar que
essas pequenas importâncias não representarão
muito, mas essas inúmeras somas pequenas se
provarão um grande todo. Se pudéssemos, re-
cuperaríamos as importâncias gastas em coisas
desnecessárias, em vestuários e satisfação egoís-
ta”. Conselho sobre Administração Financeira, p.
64.
E por fim, deixo um texto bíblico que gosto muito
de apresentar sempre que trato do tema financei-
ro na igreja, Lucas 14:28-30:
"Pois qual de vós, pretendendo construir uma
torre, não se assenta primeiro para calcular a des-
pesa e verificar se tem os meios para a concluir?
Para não suceder que, tendo lançado os alicerces
e não a podendo acabar, todos os que a virem
zombem dele, dizendo: este homem começou a
construir e não pôde acabar."
 FA M Í L I A F E L I Z

Primícias

“As primícias dos primeiros frutos da tua ter-

ra trarás à Casa do SENHOR, teu Deus.” (Êxo-
do 34:26). “Antes de gastarmos uma só parce-
la de nossos rendimentos devemos separar e
oferecer a Deus a parte que de nós requer.”
(O Lar Adventista, 369). “Seja a porção do Se-
nhor separada primeiro.” (O Lar Adventista,
389).

23
EDMC

FAMÍLIA
JESUS - O MODELO PERFEITO
DE FIDELIDADE PARA A FAMÍLIA
Fiel
(SERMÃO)

"Dá-me, filho meu, o teu

coração, e os teus olhos
observem os meus
caminhos."

(Provérbios 23:26)

Quero convidá-lo a abrir a Palavra de Deus
em Provérbios 23:26.
Esse é um dos versos mais lidos e menos
compreendidos da Bíblia, porque ela está no
sentido figurado, esse versículo é uma me-
táfora. O que Deus realmente está querendo
não é o meu coração, é a minha vida. Deus
não quer um órgão do meu corpo, Deus quer
o meu corpo inteiro com nossa mente, nossas
vontades, nossos desejos, apetites, paixões,
tudo. Tudo que temos e somos. NOSSO TEM-
PO, NOSSOS TALENTOS, NOSSO TEMPLO, NOS-
SOS RECURSOS.
TEMPO – Quando deus diz “Dá-me filho meu
o teu coração”, significa “dá-me filho meu o
teu TEMPO”.
• Filho, passe menos tempo nas redes sociais
e passe mais tempo comigo em oração.
• Filho, passe menos tempo assistindo a sé-
ries na NETFLIX e passe mais tempo estudan-
do e meditando na Minha palavra.
• Filho, é incoerência você me dizer que de-
seja passar uma eternidade ao meu lado no
futuro se você não deseja passar tempo comi-
go no presente.
TALENTOS – Quando Deus diz “dá-me filho
meu o teu coração” Ele também está queren-
do dizer “dá-me filho meu os teus TALENTOS”.
• Filho, a melhor maneira de você esperar a
minha volta sem perder o foco no céu é se de-
dicar na minha obra.
• Filho, se envolva num ministério dentro da

24

igreja, não venha somente para sentar-se e re-
ceber, dedique seus talentos para oferecer.
• Filho, use os talentos que Eu lhe dei para
testemunhar de Meu amor às pessoas na sua
casa, com seus parentes, na sua vizinhança, no
seu trabalho, no seu colégio, na sua faculdade.
TEMPLO – Quando Deus diz “dá-me filho meu
o teu coração” Ele também está querendo dizer
“dá-me filho meu o teu corpo que é o TEMPLO
DO ESPÍRITO SANTO”.
• Filho, para que Eu possa falar com você e
guiar a sua vida eu preciso que sua mente es-
teja funcionando plenamente, e para isso seu
corpo precisa estar saudável.
• Portanto, filho, vá dormir cedo, se levante
desse sofá, coloque um tênis no pé e faça uma
25
FA M Í L I A F E L I Z
caminhada. Pare de se alimentar erradamente.
TESOUROS – Quando Deus diz “dá-me filho
meu o teu coração” Ele também está querendo
dizer “dá-me filho meu os teus TESOUROS, OS
TEUS BENS, OS TEUS RECURSOS FINANCEIROS”.
• Filho, eu quero que você me reconheça como
o dono de tudo, e, para isso, filho, eu quero
que você me entregue os dízimos e ofertas de
todas as suas rendas.
• Filho, lembra do que eu disse? “onde estiver
o teu tesouro aí também estará o teu coração”.
• Portanto, filho, quando eu lhe peço para
você entregar os dízimos e ofertas, Eu estou
querendo tirar o seu coração, a sua vida deste
mundo e voltá-los para o céu.
• Então, quando Deus diz: “Filho dá-me o teu
EDMC
coração”, Ele está querendo dizer “Filho dá-me
a tua vida por completo”, Eu quero TEU TEM-
PO, TEUS TALENTOS, TEU TEMPLO E TEUS TE-
SOUROS, TUDO, porque, se você entregar TUDO
para Mim, você terá TUDO quando Eu voltar. É
isso que Ele está querendo dizer.
• Nós temos modelos desse tipo de entrega
na Bíblia?
NÓS NECESSITAMOS DE MODELOS
• A Bíblia é um livro de pessoas que fizeram
essa entrega, é um livro de modelos de pesso-
as que entregaram a vida, entregaram os bens,
entregaram os dons, entregaram a capacidade
a Deus. E a Bíblia é um livro de modelos, por-
que desde pequenos nós necessitamos de mo-
delos, como seres humanos necessitamos de
alguém que viva algo que possamos acompa-
nhar e seguir.
• Se você quiser um modelo de como entregar
seu coração, a sua vida, seus bens, seus recur-
sos, os seus dons à causa de Deus, vá à Bíblia,
pois ela está cheia de modelos de pessoas que
se entregaram plenamente.
• Por isso, Paulo disse várias vezes “sede meus
imitadores” (I Coríntios 4:16; 11:1; Filipenses 3:17;
I Tessalonicenses 1:6).
• Por isso que Paulo, escrevendo a Timóteo,
recomendou: “torna-te padrão dos fiéis”.
MODELOS DE ENTREGA NO TEMPO
• Enoque (andava com Deus).
• Abraão (amigo de Deus).
• Moisés (seu rosto brilhava de tanto ficar na
presença de Deus).
26
MODELO DE ENTREGA NOS TALENTOS
• Paulo (gastou e se deixou gastar).
MODELO DE ENTREGA DO CORPO
• Daniel (resolveu firmemente não se conta-
minar com as comidas do rei).
• “A clareza de mente e firmeza de propósito
de Daniel, sua força de intelecto na aquisição
de conhecimento, deveram-se em grande parte
à simplicidade de seu regime alimentar, asso-
ciado à sua vida de oração.” (Conselhos sobre
Regime Alimentar, 82).
MODELO NOS DÍZIMOS
• Abraão (entregou o dízimo de tudo, entre-
gou a Melquisedeque).
• Jacó (resolveu ser fiel antes mesmo de ter
renda).
• O próprio Jesus (pagava imposto a César,
quanto mais o dízimo, Mateus 22:21; 23:23).
MODELO NAS OFERTAS
• Modelo de ofertantes também temos na Bí-
blia.
• Exemplos: Abel, Noé, Abraão, Isaque.
MODELO PERFEITO DE OFERTANTE SÓ TEMOS
UM – JESUS CRISTO
• Apesar de encontrarmos exemplos de ofer-
tantes como Abel, Noé, Abraão, Isaque etc., na
Bíblia só há um homem que é modelo perfeito
de ofertante, e esse homem é Jesus Cristo. Se
a família olhar para Ele, vai entender o que é
oferta e qual é o modelo perfeito que Ele espe-
ra que seja seguido.

1. OFERTA PROPORCIONAL
• Quando Jesus Cristo foi dar sua oferta, por
mim e por você, ele escolheu uma proporção
para entregar. Que proporção foi essa?
“O abnegado amor de Cristo é revelado na
cruz. Para que o homem pudesse ser salvo, deu
Ele tudo quanto possuía, e em seguida Se deu
a Si mesmo. A cruz de Cristo apela para a bene-
ficência de todo seguidor do bendito Salvador.
O princípio ali ilustrado é dar, dar.” (Conselhos
Sobre Mordomia, p. 14).
“Entregando seu filho, nessa única oferta der-
ramou sobre nós todo céu”. (Caminho a Cristo,
p. 21).
100% do céu foi dado na oferta oferecida por
você. Nessa única oferta, Ele derramou 100%.
Precisamos também fazer um pacto de ofertas
com Deus com base em um percentual – “cada
um oferecerá na proporção em que possa dar,
segundo a bênção que o Senhor, seu Deus, lhe
houver concedido.” (Deuteronômio 16:17).
2. DAR O MELHOR
• Para ser um modelo perfeito de ofertante
você tem que dar o melhor.
“O senhor Deus do céu reuniu todas as rique-
zas do universo e as depôs para adquirir a pé-
rola da humanidade perdida. O Pai entregou
todos os seus recursos divinos nas mãos de
Cristo para que as mais ricas bênçãos do céu
pudessem ser vertidas sobre uma raça caída.
Esta dádiva foi dada ao homem para conven-
cê-lo de que Deus não deixou de fazer coisa al-
guma do que podia fazer, de que nada é retido,
mas todo o céu foi vertido numa grandiosa dá-
27
FA M Í L I A F E L I Z
"Cristo deliberou, em concílio
com o Pai, nada poupar, por
custoso que fosse seu valor, para
livrar o pobre pecador. Ele daria
o céu inteiro a essa obra de sal-
vação, restaurar imagem moral
de Deus no homem."
(CARTA 10, 1897)
diva.” (Exaltai-o, p. 265).
• Deus não deixou de entregar nada que fosse
necessário para a sua salvação. No Espírito de
Profecia diz:
“Cristo deliberou, em concílio com o Pai, nada
poupar, por custoso que fosse seu valor, para
livrar o pobre pecador. Ele daria o céu inteiro a
essa obra de salvação, restaurar imagem mo-
ral de Deus no homem.” (CARTA 10, 1897).
3. OFERTA PLANEJADA
• Para ser uma oferta perfeita ela precisa ser
planejada, a oferta de Jesus Cristo na cruz do
calvário por mim e por você foi planejada.
Gênesis 3:15 diz assim: “E porei inimizade en-
tre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua
semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar.”
• Quando a oferta foi necessária Deus não foi
pego de surpresa, quando havia uma neces-
sidade de uma oferta pelo pecador, desde a
eternidade o plano de salvação estava prepa-
rado.
Números 9:12 diz: “Dele nada deixarão até o
outro dia, e dele não quebrarão osso algum;
segundo todo o estatuto da páscoa a celebra-
rão.”
Salmos 22;16 diz: “Cães me rodearam! Um
bando de homens maus me cercou! Perfuraram
minhas mãos e meus pés.”
Salmos 69: 21: “... na minha sede me deram a
beber vinagre”.
Isaías 7:14 diz que ele viria de uma virgem.
Miquéias 2 diz que ele viria de Belém.
Isaías 53 conta detalhes da sua morte.
EDMC
casa, (Review
em vãoand Herald, 15)
trabalham os que a edificam; se o
Senhor não guardar a cidade, em
vão vigia a sentinela.”
• A oferta feita por mim e por você na cruz do
calvário foi planejada. Há mais de 400 passa-
gens no Antigo Testamento falando do plano
de Deus para dar a oferta por você. Não foi uma
oferta de última hora. Foi uma oferta planeja-
da.
• Precisamos também planejar e separar an-
tecipadamente a oferta que entregaremos na
igreja. – “Portanto, julguei conveniente reco-
mendar aos irmãos que me precedessem entre
vós e preparassem de antemão a vossa dádiva
já anunciada, para que esteja pronta como ex-
pressão de generosidade e não de avareza.” (2
Coríntios 9:5).
4. OFERTA DE SACRIFÍCIO PESSOAL
• A oferta dada na cruz do calvário por você é
um modelo, porque Deus deu uma oferta que
envolveu grande sacrifício pessoal, Ele não deu
do que lhe sobrava.
“O plano da salvação fora estabelecido antes
da criação da terra, pois Cristo é ’o cordeiro
morto desde a fundação do mundo‘. (Apocalip-
se 13:8). ’Foi, contudo, uma luta, mesmo para o
Rei do universo, entregar seu filho para morrer
pela raça culposa. Quando Deus foi calcular
quanto deveria ser a oferta dEle e viu que a
oferta dEle era a vida do seu filho, foi uma luta,
mesmo para o Rei do universo, entregar a sua
oferta. Mas, graças à decisão dEle, você e eu fo-
mos salvos’.” (Patriarcas e Profetas, 33).
28
“Quão grande foi a dá-
diva de Deus ao homem,
e como lhe aprouve
fazê-la! Com liberalidade
que jamais poderá ser
“E excedida, Ele deu, para
salvar os rebeldes filhos
Deus dos homens. Demons-
os trareis, pelas vossas
dádivas e ofertas, que
não considerais coisa
“Se o Sen-
alguma boa demais para
hor não que ‘deu o
dar Àquele
Seu Filho
edificar a unigênito?.”
(Salmos 127:1)
5. OFERTA DADA COM ALEGRIA
• Para ser uma oferta perfeita, essa oferta
precisa trazer alegria ao doador.
Isaías 53:10,11 diz: “Todavia, ao Senhor agra-
dou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua
alma se puser por expiação do pecado, verá a
sua posteridade, prolongará os seus dias; e o
bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e fi-
cará satisfeito; com o seu conhecimento o meu
servo, o justo, justificará a muitos; porque as
iniquidades deles levará sobre si.”
• Então, não há um versículo da Bíblia que diz
que Deus ama quem dá, o que a Bíblia diz é
que Deus ama quem dá e quem não dá.
• O que a Bíblia diz em 2 Coríntios 9:7 é que
Deus ama quem dá com alegria. – “Cada um
contribua segundo tiver proposto no coração,
não com tristeza ou por necessidade; porque
Deus ama a quem dá com alegria.” (2 Coríntios
9:7).
• O que importa para Deus não é o que você
dá, mas o que move o seu coração ao dar. O
que moveu o coração de Deus a dar a oferta
por você foi a alegria de ver você salvo, o que
moveu o coração de Deus foi a alegria de ver
que seu problema com o pecado estaria resol-
vido.

6. DAR COM AMOR
• O sexto princípio para ser um ofertante per-
feito: primeiro você tem que amar, para, de-
pois, ofertar.
João 3:16 diz: “Porque Deus amou”, mas não foi
de qualquer jeito, foi porque Deus amou de tal
maneira que ofertou.
• Antes da oferta na cruz do calvário Deus já
amava você, primeiro ele amou e depois ele
ofertou.
“Pense no maravilhoso amor do Salvador.
Quando ainda éramos pecadores, Cristo mor-
reu para salvar-nos da morte eterna”. (Teste-
munhos para a Igreja, vol. 9, p. 50).
• Você não estipula amor em Deus, Deus ama
você sem necessitar de estímulos, primeiro Ele
ama e depois Ele oferta, e esse é um modelo
para a minha oferta também. Primeiro eu pre-
ciso amar a Deus, depois vou entregar.
7. OFERTA REGULAR
• Para ser uma oferta modelo ela precisa ser
regular. A oferta de Deus por você é regular,
não falha.
Lamentações 3:22-23 diz: “As misericórdias do
Senhor são a causa de não sermos consumidos,
porque as suas misericórdias não têm fim; elas
se renovam a cada manhã; grande é a tua fide-
lidade”.
• A oferta de Deus é uma oferta regular, por-
que todos os dias você e eu necessitamos do
que Cristo conquistou na cruz do calvário, e
todo dia ela se renova.
“Deus nos dá regular, graciosa e abundante-
mente. Cada bênção terrestre provém de sua
mão. O que ocorreria se o Senhor deixasse de
outorgar seus dons a nós? Quanto clamor de
desgraça, sofrimento e necessidade subiria da
terra! Necessitamos diariamente do infalível
fluxo da bondade de Jeová”. (Testemunhos para
a Igreja, vol. 9, p. 49).
8. ELE DEU UMA OFERTA VOLUNTÁRIA
• A oferta não é movida por necessidade, a
oferta deve ser voluntária.
“Plano da redenção foi inteiramente voluntá-
rio da parte de nosso redentor, e é propósito
de Cristo que as nossas ofertas sejam voluntá-
rias”. (Testemunhos para a Igreja, vol. 3, p. 413).
9. ELE DEU COM LIBERALIDADE
• Ele deu com liberalidade.
“Quão grande foi a dádiva de Deus ao homem,
e como lhe aprouve fazê-la! Com liberalidade
que jamais poderá ser excedida, Ele deu, para
salvar os rebeldes filhos dos homens. Demons-
trareis, pelas vossas dádivas e ofertas, que não
considerais coisa alguma boa demais para dar
Àquele que ‘deu o Seu Filho unigênito?’” (Re-
view and Herald, 15 de maio de 1900).
“A divina oferta foi revelada em sua infinita
profundidade; a Deus teria sido impossível ofe-
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FA M Í L I A F E L I Z
recer mais.” (Testemunhos para a Igreja, vol. 9,
p. 59).
• ILUSTRAÇÃO: Conta-se que, depois que Jesus
morreu na cruz, o anjo se aproximou de Deus e
disse: - Deus, quanto você poderia dar mais de
oferta pelo homem? E Deus disse ao anjo: - Na
cruz do calvário eu fiquei sem nenhum centa-
vo. É impossível ofertar mais pelo homem do
que eu ofertei na cruz do calvário.
10. OFERTA TROUXE SALVAÇÃO A MUITOS
• E para ser uma oferta perfeita, por fim, ela
tem que trazer salvação a muitos, você e eu es-
tamos aqui porque a oferta de Jesus Cristo na
cruz do calvário nos alcançou. Ele não morreu
apenas por um país, por uma raça, por uma
etnia ou classe social, Ele morreu por todos e
para alcançar a todos.
• Assim, a nossa oferta não pode alcançar so-
mente o nosso bairro, nossa cidade ou nosso
país. Ela precisa alcançar “Jerusalém, toda a
Judeia e Samaria e até aos confins da terra.”
(Atos 1:8). Quando não direcionamos nossa
oferta ela é distribuída de maneira a trazer
salvação a muitos.
CONCLUSÃO
• Para sermos ofertantes modelo precisamos
olhar para a cruz do calvário. Você nunca vai
entregar sua vida completamente por seu es-
forço próprio, por sua vontade, a não ser que
você aprenda a olhar para a cruz do calvário e
entenda o que aconteceu lá.
ILUSTRAÇÃO
Na época da escravidão estavam leiloando
um escravo robusto chamado José. Este
se negava a obedecer a seu amo. Entre o gru-
po dos compradores havia um homem com um
semblante bondoso e que cobria sistematica-
mente as demais ofertas. José notou isso. Cada
vez que alguém oferecia mais, o cavalheiro
aumentava novamente a oferta. Então José co-
meçou a dizer-lhe:
– Não desperdice seu dinheiro. Eu não vou
trabalhar!
Mas o cavalheiro não ligava para os comen-
tários do escravo. Continuava aumentando a
oferta, e José insistia:
– Não vale a pena me comprar. Eu não vou
trabalhar!
Finalmente ninguém se animou a pagar mais,
e o cavalheiro recebeu a documentação que o
atestava como legítimo dono de José.
Enquanto seguiam na carruagem, José, com
os braços cruzados sobre o peito robusto e
desnudo, repetia:
– Ainda que me mate, não vou trabalhar!
Chegando à casa do novo dono, ao entrarem
no escritório, José recusou o gentil ofereci-
mento de uma cadeira para sentar-se. Ele no-
tou que seu patrão escreveu algo num papel e
EDMC
finalmente assinou. Pareceu-lhe uma espécie
de documento. Enquanto isso o escravo repetia
com menosprezo:
– Eu não vou trabalhar! Eu não vou trabalhar!
– José – perguntou o patrão – você sabe ler?
– Sim, mas não vou trabalhar, mesmo que me
mate!
– Bem, disse o patrão – este documento é
seu. Leia.
Com má vontade, José esticou o braço, pegou
o papel e começou a ler.
Logo seu semblante se transformou. A emo-
ção fez com que suas lágrimas lhe rolassem
pelo rosto. Finalmente, comovido ao perceber
que o documento o transformava em um ho-
mem livre, exclamou:
– Mas o senhor pagou tão caro por mim para
me dar a liberdade?
– Sim, José, agora você é um home livre.
Mais comovido ainda, José exclamou:
– Mas então, senhor, serei seu escravo volun-
tariamente. Ordene e José obedecerá!
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APELO
Se você olhar na cruz do calvário você vai en-
tender que Jesus o resgatou, mas não foi para
você fazer o que quer com sua vida, seu tem-
po, seu corpo, com seus bens. Jesus Cristo nos
libertou do jugo do pecado para colocar sobre
nós o outro jugo, que é suave, o fardo, que é
leve.
Jesus não me libertou na cruz do calvário
para que eu possa fazer o que eu queira, com
tudo que eu tenho. Ele disse: Meu filho, me dá
o seu coração, você só vai ser feliz quando se
entregar completamente. E você só vai se en-
tregar completamente quando todos os dias
você olhar para a oferta que foi feita por você.
É o modelo perfeito de Jesus Cristo que vai lhe
ajudar a fazer uma entrega completa.
Pr. Josanan Alves
Diretor de Mordomia - DSA
“Deus nos dá regular, graciosa e abun-
dantemente. Cada bênção terrestre pro-
vém de sua mão. O que ocorreria se o
Senhor deixasse de outorgar seus dons
a nós? Quanto clamor de desgraça, sofri-
mento e necessidade subiria da terra! Ne-
cessitamos diariamente do infalível fluxo
da bondade de Jeová”.
(Testemunhos para a Igreja,
vol. 9, p. 49).
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