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Fisioterapia Neurofuncional II

Introdução a FisioterapiaNeurológica
e Doenças Neuromusculares
Fisiopatologia do Sistema Nervoso
→ Diagnóstico médico ⇒ o paciente será encaminhado pelo médico, para
fisioterapia neurológica ⇒ laudo médico nos traz informações mais
completo sobre a patologia do paciente
→ História clínica do paciente ⇒ nos ajuda a entender a progressão da
doença, e se ela é progressiva, degenerativa ou traumática
→ Exame neurológico ⇒ avaliar principais pontos neurológicos, relevantes
ao quadro clinico do paciente, tais como tônus, sensibilidade, marcha, etc.
→ Exames complementares ⇒ nos ajudam a visualizar a gravidade e
comprometimento causados pela patologia

Onde é a Lesão?
PERGUNTAS

Natureza da Lesão?

Através dessas etapas devemos ser capazes de responder a essas


perguntas
Considerações Gerais
→ Idade
→ Gênero
→ Etnia
→ Considerações socioeconômicas
→ Curso da doença
→ História clínica ⇒ antecedentes pessoais e familiares
→ Topografia da lesão ⇒ localidade da lesão (nervo, medula, cerebelo,
encéfalo, periférica, etc.)

Doenças Neuromusculares
→ Grupo de doenças hereditárias ou adquiridas que afetam a unidade
motora
→ Qualquer doença que acomete neurônio motor, sinapse neuromuscular,
fuso neuromuscular e fibras motoras
→ A unidade motora é formada pelo neurônio motor e as fibras que ele inerva
Fisioterapia Neurofuncional II

Miopatias
→ Doenças que afetam o órgão efetor, o musculo
→ Mesmo com os estímulos saindo do encéfalo e chegando ao musculo,
não há boa contração, pois há um comprometimento do musculo, ou seja,
todas as estruturas desde o encéfalo até chegar ao musculo estão
saudáveis e o musculo e suas fibras se encontram doentes.
Quadro clínico
→ Força muscular ⇒ paresia (fraqueza muscular) plegia (ausência de força
muscular)
→ Trofismo muscular ⇒ hipotrofismo ou pseudohipertrofia

Pseudohipertrofia → tecido muscular é substituído por gordura , geralmente


na panturrilha (somente nesse local o musculo tem tamanho aumentado) →
é semelhante a síndrome de Durkchene

→ Tônus muscular ⇒ normotônia ou hipotônia


→ Reflexos profundos ⇒ normorreflexia ou hiporreflexia
→ Sensibilidade ⇒ normoestesia
→ Postura e equilíbrio ⇒ alterados

Pela fraqueza muscular, que pode ser assimétrica, há um desequilíbrio


causado pela dismetria das forças
Com uma fraqueza muscular grave, o paciente acaba realizando
compensações que podem alterar a postura

Distrofias musculares
→ Hereditária ⇒ causa genética
→ Doenças que afetam os músculos do tronco, dos membros e da face
→ Distribuição da fraqueza e progressão da doença são variáveis
Fisioterapia Neurofuncional II

Distrofia muscular de Bucker


→ Semelhante a síndrome de Durkchene, porem é mais branda, tem um
prognóstico melhor
→ Recidiva ligada ao cromossomo sexual X
→ Incidência ⇒ 1 em cada 30.000 de homens
→ A mulher pode ser portadora, porém é assintomática e transportadora, a
doença só acometerá e se manifestara em homens
→ Alteração ou disfunção na proteína DISTROFINA

PROTEINA ESTRUTURAL → TEM A


FUNÇÃO DE ESTABILIZAR A
CONTRAÇÃO MUSCULAR E MANTER
A INTEGRIDADE DA MEMBRANA

ruptura do influxo de tecido


necrose
sarcolema cálcio fibroadiposo

→ A síndrome de Durkchene é mais grave pela ausência da proteína


→ Primeiros sintomas se manifestam entre 5 e 15 anos
→ Fraqueza inicial ⇒ cintura pélvica
→ Perda da marcha em torno dos 20 anos
→ A velocidade de progressão é variada nos pacientes
→ Pode apresentar comprometimento cardiológico ⇒ cardiomiopatia
Fisioterapia Neurofuncional II

Distrofia muscular de cinturas


→ Autossômica dominante ⇒ tipo 1 (10%) AA
→ Autossômica recessiva ⇒ tipo 2 (90%) aa
→ Incidência de uma a cada 20.000 pessoas
→ Acomete ambos os gêneros
→ Alteração na produção de várias proteínas
→ Acomete cintura escapular e pélvica ⇒ podendo se estender a coxa e
braço (proximais)
→ Sinal de Gowers ⇒ escala para levantar e fazer alguns movimentos
Consiste em levantar-se fixando cada membro em extensão, como se
estivesse escalando

→ Quadro clínico, prognóstico e sintomas são variáveis


→ Mutação genética
→ O gasto energético durante a movimentação é muito elevado
→ Grandes dores musculares causadas pela fadiga
→ Visar melhorar a qualidade dos movimentos (de acordo com o que o
paciente suporta) ao invés de quantidade (repetições e séries)
→ Pode apresentar escapula alada
Fisioterapia Neurofuncional II

Distrofia fácio escápulo umeral


→ Autossômica dominante
→ Sintomas (fraqueza) começa na face
→ Fenômeno de antecipação ⇒ gerações futuras apresentam sintomas
mais cedo e estes são mais graves, portanto, tem pior prognóstico
→ Incidência de 1 em cada 20.000 pessoas
→ Acomete ambos os gêneros
→ Homens apresentam o quadro clínico mais grave

Forma clássica
→ Início geralmente na adolescência
→ Sobrevida normal
→ Acometimento inicial facial
→ Braço mais fino que antebraço (Popeye)
→ Hipotrofismo peitoral
→ Acometimento da cintura escapular
→ Músculos deltoide preservados
→ Acometimento de cintura pélvica e membros inferiores (MMII)
tardialmente
→ Podem apresentar escapula alada
Fisioterapia Neurofuncional II

Distrofia miotônica de Streinert


→ Fenômeno miotônico ⇒ não consegue relaxar, dificuldade de sair da
contração, geralmente em mãos
Exemplo → uma pessoa com este fenômeno vai pegar uma garrafa, na hora
de segurar a garrafa consegue fazer normalmente este movimento (preensão
palmar), porem na hora de soltar a garrafa (relaxar a contração) tem
dificuldades e demora para conseguir realizar esta tarefa.

→ Incidência de 1 entre 10.000 de pessoas


→ Acomete ambos os gêneros
→ Fenômeno de antecipação ⇒ gerações futuras apresentam sintomas
mais cedo e tem sintomas mais graves, portanto, tem um prognostico pior
→ Autossômica dominante
→ Inicio ⇒ da infância até a 4ª década de vida
→ Fraqueza difusa
Alterações multissistêmicas
→ Cardiopatias
→ Diabetes
→ Insuficiência respiratória
→ Catarata
→ Ptose palpebral ⇒ é um termo médico utilizado para indicar uma condição
da queda da pálpebra superior, essa condição pode ser um problema
apenas estético, mas também pode ser o causador de uma perda de visão
→ Calvície precoce
→ Alterações cognitivas
Fisioterapia Neurofuncional II

Características comuns das miopatias


→ Marcha anserina
→ Sinal de Gowers
→ Pseudohipertrofia
→ Pode ter fadiga e cãibras
→ Fenômeno de antecipação

Exames
→ Exame de sangue → níveis de enzima creatinoquinase (CPK)
aumentados
→ Eletromiografia (EMG) → presença de fasciculação
→ Eletroneuromiografia → condução normal
→ Biópsia muscular
→ Exame de DNA

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