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“Todo autor que se preza, quando pega a caneta, quer indicar entre outras coisas a
hora histórica. Isso vale tanto para o ficcionista, como para o poeta, como para o
crítico. A luta pela identificação e pela definição do que seja o atual está no centro da
arte moderna. Acontece que a hora histórica não é convencional como a hora do
relógio. Nem por isso ela é arbitrária. Mas é fato que a resposta a essa pergunta, por
mais estudada e fundamentada que seja, sempre contém algo de engajamento, algo
de aposta no futuro, sem o quê a crítica de arte é anódina.”
I) O autor acredita que tanto a literatura como a crítica devem levar em conta as
questões do momento histórico para produzir ou julgar obras artísticas.
II) Ainda segundo o autor, as questões históricas não precisam levam em conta,
exatamente, a “hora do relógio”. Isso quer dizer que muitas vezes reviravoltas sociais,
políticas ou econômicas que aconteceram há anos podem ter resultados somente no
presente; podem não ter resultados aparentes; mas, mesmo assim, ainda valem ser
tratadas dentro da obra, ou percebidas pela crítica.
III) Como revelar o atual na arte moderna? A esta pergunta, o crítico não responde
diretamente: aposta, antes, no engajamento dos artistas e críticos para trazer à baila
conteúdos históricos e sociais dentro da forma artística.
“Mas a bossa nova não foi apenas o produto de um momento feliz da história
brasileira. Ela é aquele momento feliz, sua eternização, e com isso a possibilidade
perpétua de retomar os fios interrompidos. Enquanto linguagem artística, mesmo que
esteja ligada a um processo histórico que fracassou, seu êxito independe daquele
fracasso. Nela, a hipótese não realizada se torna fundamento, ponto de partida de
qualquer hipótese futura.”
Resposta c.
Selecionada: Ao período que abarca o Modernismo brasileiro, começando nos
anos 1920 e culminando com o Brasil de JK, 1950.
Resposta d.
Selecionada: Um texto literário registra o tempo histórico em que foi produzido na
medida em que nele se condensam tanto as questões sociais do
mundo externo à obra como o estilo do autor, que forma a estrutura
interna da obra, igualmente importante, tanto quanto os fatores
externos, para compreendê-la.
Terça-feira, 16 de Novembro de 2021 19h39min58s BRT
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