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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – UNIGOIÁS

PRÓ-REITORIA DE ENSINO PRESENCIAL – PROEP


SUPERVISÃO DA ÁREA DE PESQUISA CIENTÍFICA - SAPC
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

Estudo da fauna e flora da Barragem Ribeirão doJoão Leite

Werlen Robson Brandão


ORIENTADORA: Mª VANIA CRISTINA DOURADO

GOIÂNIA
Junho/2021
LISTA DE ABREVIATURAS

APA – ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL


APAJol – ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL JOÃO LEITE
APP – ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
BID – BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO
CONAMA – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
EIA – ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
PBA – PROJETO BÁSICO AMBIENTAL
PDAE – PLANO DIRETOR DE ÁGUA E ESGOTO DE GOIÂNIA
RIMA – RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
SANEAGO – SANEAMENTO DE GOIÁS S/A
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................1

2. OBJETIVO GERAL...........................................................................................2

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................2

3. JUSTIFICATIVA................................................................................................3

4. HIPÓTESE /RESULTADOS ESPERADOS......................................................4

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................5

6. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................8

6.1 MATERIAIS.....................................................................................................8

6.2 MÉTODOS......................................................................................................8

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................9

7. REFERÊNCIAS..............................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO

A alta demanda pelos recursos naturais nas ultimas décadas


causou uma crescente degradação no meio ambiente, que em contra
partida gerou um aumento de conscientização quanto à preservação do
meio ambiente, devido às projeções de futuras catástrofes com
alterações climáticas é possível compreender quando e onde
acontecerão os fenômenos naturais com maiores potenciais de
devastação. Esses tipos de análises de acontecimentos posteriores
destacam a necessidade da preservação do meio ambiente.

O crescimento da população na zona urbana tem como um de


seus principais problemas o abastecimento e a distribuição de água
potável, sendo que a solução encontrada pela empresa Saneago,
presente no estado de Goiás, foi a construção da Barragem do Ribeirão
João Leite. Logo, este estudo tem como objetivo detectar as ameaças à
fauna e flora causadas pela construção da barragem. Serão mostrados
os meios que a Saneago utiliza para fazer o controle da gestão
ambiental, dando destaque à sua gestão de riscos, como uma maneira
de constatar as vulnerabilidades e ameaças ambientais referentes à
poluição ou contaminação dos mananciais, bem como os danos e
prejuízos decorrentes da estrutura da barragem.

A perspectiva é de que este estudo possa funcionar como


inspiração para a implantação de programas e projetos de educação
ambiental, tendo em vista que nenhum dos municípios que compõe a
APAJol possui uma estrutura que torne possível esse desenvolvimento,
ressaltando a existência, função e importância da APA.

Importante frisar que durante toda a pesquisa e discussão em


torno desta temática, a interpretação sistemática levará em conta a
solução do conflito, analisando diferentes formas de identificação dos
problemas que cercam a Barragem, na tentativa de desenvolver cada
vez mais as ações políticas públicas e que remetem à conscientização
das empresas e populações locais.
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2. OBJETIVO GERAL
- Analisar a fauna e flora da Barragem do Ribeirão João Leite.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Levantar aspectos da fauna e flora da barragem João Leite;


- Avaliar as práticas de gestão ambiental relacionadas à preservação no
sistema João Leite;
- Identificar problemas que vem impactando a fauna e flora do sistema João
Leite;
- Verificar as metas estabelecidas pela Saneago;
- Contribuir para expansão dos projetos de educação ambiental.
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3. JUSTIFICATIVA

A barragem João Leite abrange os municípios de Goiânia,


Terezópolis de Goiás, Goianápolis, Nerópolis, Anápolis, Campo Limpo
de Goiás e Ouro Verde de Goiás, possuindo aproximadamente 720 km².
De acordo com (2019, SIQUEIRA) os principais objetivos traçados para
a APAJoL é diretamente vinculados a proteção dos recursos hídricos da
bacia hidrográfica do ribeirão João Leite, a fim de assegurar que as
condições para o uso do solo sejam compatibilizadas com a
preservação dos recursos hídricos.

No mais, “integram ainda os objetivos de criação da APAJoL


a conciliação das atividades econômicas com a preservação ambiental;
a proteção dos remanescentes do Bioma Cerrado; a melhoria da
qualidade de vida da população local por meio de orientação e do
disciplinamento das atividades econômicas; disciplinamento do turismo
ecológico, bem como o fomento da educação ambiental” (SIQUEIRA,
2019, p. 11 e 12).

A relevância acerca desse tema decorre da necessidade de


estudos, analises e pesquisas em torno da preservação da fauna e da
flora da Barragem do Ribeirão João Leite, sendo de extrema
importância a identificação dos problemas executórios das formas da
gestão do meio ambiente.
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4. HIPÓTESE /RESULTADOS ESPERADOS

O estudo da fauna e flora da barragem do ribeirão João Leite


na região Centro-oeste pode auxiliar na proposta de ações por parte da
Saneago em prol da consciência ambiental e preservação.
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5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A construção da Barragem do Ribeirão João Leite é o


resultado de anos de estudos, que delimitaram as características do
sistema que viria a ser uma possível alternativa de abastecimento. É de
conhecimento geral que o crescimento de Goiânia e das zonas urbanas
vizinhas causariam o aumento da demanda de água tratada e tornaria
necessário encontrar uma solução para a baixa vazão dos cursos d’água
da região, em especial nos tempos de estiagem.

Os autores Malheiros e Cunha (2006) buscaram esclarecer


sobre a problemática em torno da vazão, vejamos:

“Os governos normalmente buscam alternativas para solucionar o


problema de abastecimento, das cidades, avaliando os volumes
disponíveis nos cursos de água. Quando a demanda é maior que a
vazão mínima e menor que a média de um rio é indicada a
construção de um reservatório artificial de água que garanta a vazão
necessária em qualquer período do ano.”

Assim, entende-se que após o Plano Diretor de Água e


Esgoto de Goiânia (PDAE) da SANEAGO constatar a necessidade de
abastecimento, foi idealizada a construção da Barragem do Ribeirão
João Leite. Porém, com base nas análises das fases de Estudo de
Impacto Ambiental EIA/RIMA, foi verificado que as obras o enchimento e
operações do reservatório causariam impactos econômico, sociais e
ambientais.

Seguindo essa mesma linha de raciocínio, o autor Vainer


Vieira (2005) discorreu que:

“Nos empreendimentos cujos estudos identificaram a potencialização


de impactos são estabelecidas medidas para atenuar seus efeitos
sobre o meio ambiente. Por exemplo, antes da formação dos lagos
propõe-se o desmatamento das áreas com florestas e vegetação, o
que normalmente reflete na perda da biodiversidade local por serem
estas áreas reduto de animais, matas nativas que abrigam espécies
da fauna e flora ameaçadas de extinção, provocando a perda de
habitat de vários animais e a paisagem natural.”

No ano de 2001 a Agência Goiana de Meio Ambiente fez


exigências à SANEAGO, para que a seqüência de etapas de
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licenciamentos necessários ao empreendimento, em cumprimento com a


Resolução CONAMA no 237/97 e com as sugestões do relatório
Revisão dos Estudos Ambientais de autoria do BID, solicitando
atualizações e complementações do EIA/RIMA para tratar sobre a
elaboração e consolidação do Projeto Básico Ambiental - PBA, que
objetiva ordenar e reunir de forma sistêmica todos os programas
ambientais concernentes ao empreendimento e tem como objetivos
apresentar aos órgãos ambientais e à comunidade envolvida os
programas de mitigação e compensação dos impactos e de controle
ambiental.

O Projeto Básico Ambiental tem as seguintes metas


estabelecidas:

- Promover a conservação dos recursos naturais da área do empreendimento


incluindo o solo, água, fauna e a flora.

- Promover medidas que contribuam para a melhoria das condições


socioeconômicas e culturais das áreas de influência do projeto.

- Instituir a prática do monitoramento ambiental, com ênfase na qualidade da


água e na preservação e proteção do meio biótico.

- Conscientizar a população da importância do equilíbrio ambiental para a


melhoria do bem-estar e da qualidade de vida.

- Estimular as ações integradas dos agentes, públicos e privados, envolvidos,


direta ou indiretamente, nos processos de proteção e de manejo da bacia do
manancial.
- Promover o aproveitamento harmonizado do reservatório e de seu entorno.

O caso dos enchimentos de reservatórios é considerado


como um fator específico que afeta as populações naturais da área de
influência do empreendimento. Os estudos devem ser bem executados
buscando explorar os dados de diagnósticos de diversidades,
estimativas de densidades, flutuações sazonais, rotas migratórias, uso e
existência de corredores ecológicos, previsões de movimentação da
fauna durante o processo de formação de um reservatório, no entanto, a
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região da Barragem do Ribeirão João Leite apesar do nível de


antropização, possui vestígios da vegetação nativa bem preservada, em
virtude de existir dois parques ecológicos à sua volta que contribuem
para essa preservação.

O avanço da consciência coletiva com relação aos aspectos


ambientais torna-se muito mais evidente quando se trata da preservação
da fauna e da flora. Ao estabelecer estratégias adequadas de
salvamento da fauna e flora o empreendimento terá maior visibilidade, o
que ensejará maior apoio e reconhecimento da população.
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6. MATERIAL E MÉTODOS

6.1 - Materiais

O Levantamento de informações foi realizado na Saneago,


Constituída por meio da Lei Estadual nº 6.680, de 13 de setembro de
1967, com o objetivo de prestação de serviços de saneamento básico no
Estado de Goiás, por meio de concessão e gestão associada na forma
constitucional prevista, cumprindo-lhe efetuar estudos, elaborar projetos,
realizar obras, operar e praticar a exploração de serviços de
saneamento básico, na forma da lei, considerada como conjunto de
serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de
água potável, esgotos sanitários, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos, bem como drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.
Saneago (2021)

6.2 - Métodos
Para desenvolvimento desta pesquisa foi realizado o
levantamento de informações sobre as ações da Saneago em prol da
Fauna e Flora da barragem João Leite, levantamento bibliográfico e
entrevista nos meses de abril e maio de 2021
A entrevista foi realizada junto ao departamento de Gestão de
Risco da Saneago, buscando analisar objetivos específicos tais como: o
levantamento dos aspectos da fauna e da flora, a avaliação das práticas
de gestão ambiental a identificação de problemas que causam impactos
ao meio ambiente em torno da barragem, a verificação dos
cumprimentos das metas estabelecidas pela Saneago e a contribuição
para a expansão dos projetos de educação ambiental.
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7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nos resultados obtidos através das pesquisas e


análises feitas para o Projeto Integrador, foi possível compreender que a
Barragem do Ribeirão João Leite é considerada uma obra de extrema
importância, mas que não deixa de apresentar reflexos nos âmbitos
socioeconômicos. Por este motivo, torna-se necessário compreender
que os estudos quanto à fauna e a flora da barragem servirão como
parâmetros para qualquer ação ou projeto vindos da Saneago.

Conforme as informações do parágrafo anterior, a fauna e


flora na região da Barragem do Ribeirão João Leite encontram-se com
os seguintes aspectos:

-Na flora é possível verificar formações florestais como o cerradão, a savana


florestada, a mata ciliar, a floresta estacional semidecídua aluvial, a mata seca
e as formações savânicas, cerrado ou savana arborizada, contando com
espécies de bacuri, gameleira, jequitibá, samambaia brava, guapeva e ipê
amarelo, juntamente com uma infinidade de espécies endêmicas do cerrado.

- Foi reconhecidauma enorme diversidade faunística, na qual foi relatada a


presença de espécies naturais de outros biomas como, por exemplo, a
seriema, o guará, o curiango, quero-quero, gavião-pombo, paturi, dentre outros.

- Para a prática de gestão ambiental tem-se o Programa Produtor de Água, que


consiste na seleção de projetos ambientais de conservação da água e do solo,
adequação de estradas internas e/ou carreadores, implantação de boas
práticas agropecuárias e sanitárias, conservação de remanescentes de
vegetação nativa existente e recomposição, conservação e manutenção de
áreas de preservação permanente (APP) ou Reserva Legal apresentados por
produtores rurais. Tal programa visa minimizar a degradação das bacias
hidrográficas por meio do transporte e deposição de sedimentos no montante
do Ribeirão João Leite, que pode reduzir a vida útil do reservatório,
comprometendo e onerando consideravelmente os custos de produção de
água tratada no Sistema Mauro Borges.
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- Existem vários problemas que impactam na fauna e flora nas imediações da


Barragem do Ribeirão João Leite, a proximidade a vários núcleos urbanos,
tornando-se vulnerável a incêndios florestais, ao extrativismo predatório de
plantas e animais,ao corte seletivo de algumas árvores,e também aocorrência
de áreas invadidas por gramíneas exóticas. É frequente encontrar estudos
atuais que demonstram o quão perceptível é o avanço do desmatamento e o
aumento no número de áreas edificadas e arruamentos estabelecidos nas
proximidades da barragem.

- A Saneago está exposta a riscos decorrentes da gestão inadequada de


questões ambientais como, emissão de poluentes, disposição de resíduos
sólidos, e por essa exposição corre riscosde ameaças evulnerabilidades
endógenas, que são supervisionadas pela Política de Gestão de Riscos, onde
estão incorporadas as práticas de gestão ambiental referentesà poluição ou
contaminação dos mananciais pela Saneago, bem como os prejuízos e danos
advindos da estrutura da Barragem do Ribeirão João Leite.

A busca por uma atuação sustentável por parte das empresas


e da sociedade é indispensável, visando contemplar os recursos
naturais e desenvolver atividades que amparem as problemáticas que a
construção da barragem ocasionou na região. A conscientização da
população local deve ser implementada por meio da educação
ambiental, com ações amparadas por políticas públicas, objetivando o
desenvolvimento e a qualidade de vida dos que ali perto residem e a
consolidação do empreendimento.
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8. REFERÊNCIAS

SEMAD. Plano de Manejo Área de Preservação Ambiental João


Leite.Disponível em:
<https://www.meioambiente.go.gov.br/files/Apa_JoaoLeite/Plano_Manej
o.pdf>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2021.

SANEAGO. Relatório de Sustentabilidade Saneago 2019


https://www.saneago.com.br/2016/arquivos/rel_sustentabilidade_2019.p
df>. Acesso em: 05 de maio de 2021.

IV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental Salvador/BA – 25 a


28/11/2013
http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2013/VII-038.pdf . Acesso
em: 16 de maio de 2021.

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