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Atividade avaliativa de Microbiologia Veterinária

Acadêmico: Douglas Vivaldo Soares

CASO CLÍNICO DE ANIMAL ACOMETIDO POR BACTÉRIA DO GÊNERO


STREPTOCOCCUS

Um cão, macho, da raça Pit Bull, com um ano e três meses de idade, foi encaminhado
para atendimento clínico, apresentando lesões úmidas, hiperêmicas, descamativas e
ulcerativas nas regiões do pescoço e do tórax há aproximadamente 45 dias. Foi relatado
que, inicialmente, as lesões eram pequenas e localizadas, e com a avanço da
enfermidade houve disseminação e piora das lesões. No exame clínico geral, foram
avaliados frequência cardiorrespiratória, tempo de preenchimento capilar (TPC) e
temperatura, este estavam quais dentro dos valores fisiológicos para a espécie. Além
dessas avaliações foram colhidas amostras das secreções de pele, raspados cutâneos
pelos e crostas.
Além da pesquisa de ácaros que constatou a presença do ácaro Demodex canis e do
isolamento fúngico em que revelou a existência de colônias de Sporothrix schenckii., foi
realizada a identificação bacteriana. Nesta foram realizados provas e testes bioquímicos
que resultaram na identificação de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp.,
diferenciados pela prova bioquímica de catalase. No tratamento inicial, foi utilizado
sulfametoxazol associado a trimetropina, por via oral, durante uma semana, 20mg/kg,
duas vezes ao dia; nas três semanas seguintes à antibioticoterapia, usou-se amoxicilina
com clavulanato, 20mg/kg, três vezes ao dia.
Os resultados obtidos pelos tratamentos foram satisfatórios, com visível melhora dos
sinais clínicos.

IDENTIFICAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO STREPTPCOCCUS

Os estreptococos podem ser diferenciados de acordo com sua aparência na placa de ágar
sangue após incubação a 35°C em presença de 5% de CO2, podendo apresentar:
hemólise total (beta), parcial (alfa, de cor esverdeada) ou nenhuma (gama).
Podem ser identificados através do teste de bacitracina, para realiza-lo deve-se
primeiramente semear meia placa de ágar sangue com o estreptococo a ser identificado,
como para um antibiograma, depois disso colocar o disco de bacitracina 0,004 u como
indicado, incubar por uma noite a 35ºC sem CO2, e por fim observar qualquer zona de
inibição como resultado de sensibilidade.
Também pode fazer diferenciação pelo teste do sulfametoxazol trimetoprim (SXT) ,
para fazê-lo é necessário adicionar na mesma placa de ágar sangue o disco de SXT
incubar por uma noite a 35°C sem CO2.
A sensibilidade a esta droga significa, em conjunto com as outras leituras, que o
estreptococo não pertence ao grupo A, B ou D de Lancefield. Colocar um disco de
Bacitracina 0,004 UI à direita e um de Sulfametoxazol-trimetoprim à esquerda.
Além das duas possibilidades de teste citadas acima, há também o teste de PYR, este
teste determina a atividade do PYR também chamado pyrrolidonyl-aminopeptidase,
uma enzima produzida pelo Streptococcus pyogenes e também pelo Enterococcus sp.
Utilizar somente colônias puras para o teste, pois podem surgir resultados errôneos.
Seguir as instruções do fabricante, uma vez que se encontra disponível comercialmente.
Esse teste é tecnicamente, equivalente à prova da hidrólise da bile esculina e
crescimento em 6,5% de NaCl, usados na identificação clássica dos enterococos, e mais
específico que o teste da Bacitracina na caracterização presuntiva dos estreptococos beta
hemolíticos do grupo “A”, tendo a vantagem de ser mais rápido. Em qualquer dos dois
casos, o PYR constitui uma alternativa importante para esclarecer testes duvidosos. Na
impossibilidade da realização de testes sorológicos de confirmação, reforçar o valor dos
testes presuntivos clássicos de identificação do Streptococcus pyogenes.

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