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VIGILÂNCIA SANITÁRIA
E SUA ATUAÇÃO NO
CONTROLE DOS RISCOS
SANITÁRIOS
Universidade Estácio de Sá
Campos dos Goytacazes/RJ
É um programa conjunto da Organização das Nações Seus principais objetivos são proteger a saúde dos
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da consumidores e garantir práticas leais de comércio entre
Organização Mundial da Saúde (OMS). os países.
A Resolução das Nações Unidas 39/248, de 1985, Embora as normas, diretrizes e recomendações adotadas
recomenda que os governos adotem, sempre que possível, pelo Codex não sejam vinculantes no contexto das
as normas e diretrizes do Codex Alimentarius, ao formular legislações alimentares nacionais, os membros da
políticas e planos nacionais relacionados a alimentos. Organização Mundial do Comércio (OMC) são incentivados
a harmonizar suas legislações nacionais com as normas
internacionais. Além disso, essas normas podem ser
usadas como referência para a dissolução de controvérsias
em disputas do comércio de alimentos.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019.
Como o Acordo sobre Medidas Sanitárias e No Brasil, as publicações dos órgãos subsidiários de
Fitossanitárias identifica especificamente as normas, especialistas FAO/OMS também são comumente
diretrizes e recomendações do Codex como padrões utilizadas como referências na elaboração de regulamentos
internacionais de referência para a segurança alimentar,
técnicos na área de alimentos pela Anvisa.
julga-se que as legislações nacionais que sejam
compatíveis com as normas do Codex atendem às
O Brasil é membro do Codex Alimentarius desde 1968 e
exigências do Acordo sobre Barreiras Técnicas ao
é um dos países da América Latina que tem maior tradição
Comércio.
de participação nos trabalhos do programa.
Fitossanitário: que se refere às medidas sanitárias
adotadas na defesa dos vegetais; relativo ao
estado de saúde das espécies vegetais.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019.
CODEX ALIMENTARIUS CODEX ALIMENTARIUS
O Brasil é signatário do Codex e tem participação ativa A CAC é a instância maior do Codex. São submetidos à
em suas reuniões, realizadas periodicamente sob auspícios apreciação da Comissão todos os textos do Codex
da OMS. (diretrizes, padrões de produtos e códigos de prática),
propostas de novos trabalhos, revogações de normas e
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a
descontinuação de trabalhos, provenientes de todos os
representante do Ministério da Saúde (MS) junto ao CAC,
comitês horizontais, de produtos e forças tarefas, emendas
organismo de máxima importância para a segurança
ao Manual de Procedimentos do Codex e assuntos
alimentar.
estratégicos. A reunião da CAC é a última oportunidade
para serem apresentados documentos e argumentos
favoráveis aos interesses do País.
(GERMANO; GERMANO, 2011) Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos, cap. 2, pág. 33. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019.
O Ministério das Relações Exteriores é o Ponto Focal do O CCAB é composto por 13 membros de órgãos do
Comitê Brasileiro com a Comissão do Codex Alimentarius governo, das indústrias e de órgãos de defesa do
(CAC). consumidor, incluindo:
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019.
CODEX ALIMENTARIUS CODEX ALIMENTARIUS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019.
Interface dos Comitês do Codex Alimentarius com as 7. Comitê de Nutrição e Alimentos para Fins Especiais
atividades da área de alimentos da Anvisa: CCNFSDU;
1. Comitê Codex de Contaminantes de Alimentos 8. Comitê do Codex de Resíduos de Medicamentos
CCCF; Veterinários em Alimentos CCRVDF;
2. Comitê Codex de Aditivos Alimentares CCFA;
9. Comitê de Óleos e Gorduras;
3. Comitê do Codex de Higiene dos Alimentos CCFH;
4. Comitê do Codex de Certificação, Importação e 10. Comitê de Frutas e Vegetais Processados CCPFV.
Exportação de Alimentos CCFICS;
5. Comitê do Codex de Rotulagem dos Alimentos
CCFL;
6. Comitê do Codex de Métodos de Análise e Amostragem
CCMAS;
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Codex Alimentarius. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/foruns-internacionais. Acesso em: 13 ago. 2019.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
OBJETIVO GERAL:
reduzir a incidência das DTA no Brasil a partir do Sistema VE-DTA
conhecimento do problema e de sua magnitude, subsidiar
as medidas de prevenção e controle, contribuindo para a
O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica vigente
melhoria da qualidade de vida da população. preconiza a notificação de casos de doenças de notificação
compulsória e de surtos de qualquer etiologia.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância,
prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA SISTEMA VE-DTA
NOTIFICAÇÃO DE SURTOS
INVESTIGAÇÃO DE SURTOS
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prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
Vigilância Sanitária como participante do Sistema VE- o Participar da atividade de campo, realizando a inspeção
DTA: sanitária do(s) local(is) envolvido(s) com o surto de DTA
para a identificação de pontos críticos na cadeia alimentar
o Notificar o surto de DTA a área de vigilância do alimento suspeito e adoção de medidas de intervenção
e controle. todas as atividades relacionadas à produção, beneficiamento, armazenamento, transporte,
Segundo a Portaria nº 1428, de 26 de novembro de 1993, entende-se cadeia alimentar como
epidemiológica, quando do conhecimento e/ou acesso a industrialização, embalagem, reembalagem, comercialização, utilização e consumo de alimentos,
considerando-se suas interações com o meio ambiente, o homem e seu contexto
informação. socioeconômico.
Ponto crítico é o local ou situação onde estão presentes os perigos com risco à saúde e que
devem ser controlados (SILVA JUNIOR, 2014).
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VIGILÂNCIA SANITÁRIA COMO PARTICIPANTE VIGILÂNCIA SANITÁRIA COMO PARTICIPANTE
DO SISTEMA VE-DTA DO SISTEMA VE-DTA
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FORMAL
FONTE DE
DADOS
INFORMAL
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Formal gerada por vigilância em locais de maior risco Notificação: a notificação é a ação a partir da qual
como hospitais, internatos, escolas, creches, presídios,
desencadeia-se o processo:
clínicas geriátricas e quartéis; laboratórios de análises
clínicas e bromatológicas públicos ou privados; serviços de .
saúde públicos ou privados; órgãos públicos (agricultura e
meio ambiente) e outros. É imprescindível que a notificação seja imediata ao setor
municipal de saúde responsável pela vigilância
Informal quando gerada ocasional ou espontaneamente,
epidemiológica. Devem-se usar os meios de comunicação
sem que exista por parte dos informantes, compromisso ou
obrigatoriedade. São informações prestadas por doentes, mais rápidos e disponíveis (ex.: telefone, fax, correio
comunidade, informações acidentais, notícias (oral, escrita, eletrônico, telegrama) e em seguida utilizar o fluxo do
televisiva) ou reclamações sobre alimentos suspeitos. Sistema Nacional da Vigilância Epidemiológica.
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prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
1. CONHECIMENTO DA OCORRÊNCIA 1. CONHECIMENTO DA OCORRÊNCIA
As informações prestadas pelos diversos meios devem Algumas orientações devem ser feitas ao notificante no
ser registradas no Formulário Registro de Notificação momento do conhecimento do surto no sentido de:
de Caso/Surto de Doença Transmitida por Alimento. o evitar que os alimentos suspeitos continuem a ser
consumidos ou vendidos;
Verifica-se a consistência das informações no momento
o guardar, sob refrigeração, todas as sobras de
da notificação com o próprio notificante ou logo a seguir
com outras fontes referenciadas. Se as informações alimentos na forma em que se encontram
caracterizam a suspeita de um surto de DTA, inicia-se o acondicionados até a chegada do grupo encarregado
planejamento das ações. pela investigação;
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prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
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INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
2. PLANEJAMENTO 2. PLANEJAMENTO
A cooperação e o intercâmbio imediato de informações O nível hierárquico superior deve ser informado sobre a
entre os serviços envolvidos se constituem em fatores ocorrência.
essenciais para a boa qualidade da investigação.
Todo o planejamento inicial deve ser feito o mais rápido
Os serviços devem estar organizados para providenciar, possível a partir do conhecimento do surto, sua
imediatamente, meio de transporte, formulários, magnitude, lugar onde se encontram os comensais
material para coleta de amostras, garantindo (podem estar concentrados ou dispersos em hospitais,
disponibilidade para o uso imediato, inclusive aos domicílios ou locais de trabalho) e local de ingestão do
sábados, domingos e feriados. alimento suspeito.
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A equipe também deve se deslocar ao(s) local(is) onde foi Integram a equipe de atividade de campo os profissionais
preparada e/ou consumida a refeição suspeita para a das áreas de vigilância epidemiológica e sanitária. Os
profissionais das áreas de laboratório, assistência à
identificação de pontos críticos e a introdução de
saúde e educação em saúde irão compor a equipe sempre
medidas sanitárias de controle.
que possível e/ou necessário.
Ponto crítico é o local ou situação onde estão presentes os perigos com
risco à saúde e que devem ser controlados (SILVA JUNIOR, 2014). Fitossanitário: que se refere às medidas sanitárias adotadas na defesa dos vegetais;
relativo ao estado de saúde das espécies vegetais.
A agilidade dessa ação é importante para propiciar a Em função da natureza do surto poderão ser convocadas
coleta de amostras antes que os doentes recebam as áreas de vigilância ambiental, saneamento e de
medicação e os alimentos suspeitos sejam desprezados. inspeção, defesa e vigilâncias zoo e fitossanitária.
Zoossanitário: termo que se refere à correlação entre a condição sanitária em questão e
a presença de alguma(s) espécie(s) animal(is), considerando que esta(s) espécie(s)
animal(is) possa estar oferecendo risco à saúde da população humana.
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prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
3. ATIVIDADES DE CAMPO 3. ATIVIDADES DE CAMPO
Na investigação do surto serão desenvolvidas atividades Comensais: são as pessoas que participaram da mesma
relacionadas a: refeição. Quase sempre os manipuladores de alimentos
o comensais; também são comensais nos surtos, o que torna
o definição de caso; imprescindível que sejam tratados como tal. Os
o coleta de amostras clínicas; comensais também podem ser detectados por meio de
o inspeção sanitária; contatos com hospitais, prontos-socorros, centros de
o coleta de amostras bromatológicas e toxicológicas. informações toxicológicas, gerentes de estabelecimentos
de processamento, comércio e consumo de alimentos.
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prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
O entrevistador deve ser ágil e hábil para obter os dados Deve-se entrevistar o maior número possível de
pessoais, demonstrando aos entrevistados a importância comensais expostos doentes e não doentes, utilizando o
de informações fidedignas, já que elas variam de acordo Formulário Inquérito Coletivo de Surto de Doença
com a percepção ou interesse de cada um. Transmitida por Alimento, sendo coletadas as
Fidedignas: verdadeiras; de confiança; digna de todo o crédito;
aquilo que retrata alguma coisa de maneira fiel à realidade. informações com detalhe e precisão. Em surtos de grande
Nas perguntas, deve-se empregar termos de fácil magnitude o inquérito pode ser feito por amostragem
compreensão, nunca induzindo as respostas. proporcional à natureza do evento.
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INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
3. ATIVIDADES DE CAMPO 3. ATIVIDADES DE CAMPO
Quando não houver condições das entrevistas serem Se a refeição suspeita ocorreu em evento especial como
realizadas por profissional de saúde, em função da casamento, aniversário, confraternizações e outros, deve-
magnitude do surto ou déficit de recursos humanos, se entrar em contato com a pessoa encarregada de sua
poderá ser utilizado o Formulário Ficha Individual de organização para a obtenção da relação dos
Investigação de Doença Transmitida por Alimento, a ser participantes, com seus respectivos endereço(s) e local(is)
preenchido pelo próprio comensal para devolução de produção dos alimentos para serem incluídos no
imediata. processo de investigação.
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INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
4. COLETA DE AMOSTRAS CLÍNICAS
A qualidade sanitária de um alimento ou de uma Os perigos de natureza biológica são os mais evidentes
preparação alimentícia pode estar comprometida por devido a sua disseminação no ambiente, determinando
fatores de natureza química, física e biológica em com mais frequência surtos de DTA. Alguns fatores
quantidades suficientes e com capacidade para se intrínsecos aos alimentos (pH, atividade da água e
potencial de oxirredução) e fatores do ambiente que o
manterem no curso da cadeia alimentar e causar agravo
alimento se encontra (fatores extrínsecos: temperatura,
à saúde.
umidade relativa do ambiente e ambiente atmosférico),
favorecem a presença, sobrevivência, morte e/ou a
inativação de alguns agentes etiológicos nos alimentos.
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prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
5. INSPEÇÃO SANITÁRIA 5. INSPEÇÃO SANITÁRIA
A partir da suspeita de ocorrência de um surto de DTA e Os objetivos da inspeção sanitária nos surtos de DTA
são:
do planejamento conjunto das ações da atividade de o identificar os prováveis modos e fontes de
campo, a equipe de vigilância sanitária deve promover contaminação;
inspeções nas diversas etapas da cadeia alimentar. Essa
o identificar os efeitos dos processos de produção sobre
ação tem como objetivo identificar os fatores de risco aos
o grau de contaminação e;
quais o alimento foi exposto, apontar pontos críticos, bem
o quando biológico, a possibilidade de sobrevivência,
como avaliar as boas práticas de produção anteriormente
proliferação de alguns microrganismos e/ou
adotadas, visando à sua reorientação.
Ponto crítico é o local ou situação onde estão presentes os perigos com risco à saúde e que
devem ser controlados (SILVA JUNIOR, 2014).
inativação de toxinas.
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prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
Nesta ação deverá ser empregado o método de Análise de Para utilização eficaz do método APPCC, é importante,
Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). além da inspeção sanitária, a aplicação das Boas
Práticas de Fabricação.
O APPCC é um sistema dinâmico de prevenção e
controle, que visa evitar perda de matéria-prima e Podem ser utilizados outros métodos aprovados
produtos e, fundamentalmente, visa garantir a produção relacionados à prática da inspeção zoo e fitossanitária.
de alimentos seguros.
Zoossanitário: termo que se refere à correlação entre a condição sanitária em questão e
a presença de alguma(s) espécie(s) animal(is), considerando que esta(s) espécie(s)
O Ministério da Saúde, através de sua Portaria animal(is) possa estar oferecendo risco à saúde da população humana.
nº1.428, de 26 de novembro de 1993,
estabeleceu obrigatoriedade de procedimentos,
Fitossanitário: que se refere às medidas sanitárias adotadas na defesa dos vegetais;
a vigorar a partir de 1994, para a implantação
relativo ao estado de saúde das espécies vegetais.
do Sistema APPCC nas indústrias de alimentos.
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INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
5. INSPEÇÃO SANITÁRIA 5. INSPEÇÃO SANITÁRIA
No desenvolvimento de uma inspeção sanitária, busca-se o situações e condições de conservação e higiene das
a identificação de perigos e pontos críticos de controle, instalações/locais onde ocorrem a produção, o
em que as falhas podem ter ocasionado a contaminação armazenamento, o transporte, a comercialização e o
do alimento ou da preparação alimentícia. Para tanto,
consumo de alimentos:
sugere-se a utilização do de Inspeção em
Estabelecimentos da Área de Alimentos e respectivos condições de higiene e organização das instalações
acondicionamento e destino adequado dos resíduos higiênicos e estado de saúde dos manipuladores:
condições de conservação, limpeza e desinfecção de (EPI); (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
bancadas, equipamentos e utensílios que entram observar se os mesmos foram treinados para as
em contato com os alimentos. boas práticas de produção de alimentos, em
especial nos pontos críticos de controle.
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INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
5. INSPEÇÃO SANITÁRIA 5. INSPEÇÃO SANITÁRIA
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INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
10. FATORES DETERMINANTES DE
SURTOS DE DTA
Comumente as ocorrências de surtos de DTA estão
associadas à presença de alguns fatores de risco, que
podem ser identificados na inspeção sanitária e dentre os
quais destacam-se:
o falhas na cadeia de refrigeração de alimentos
potencialmente perigosos;
o conservação de alimentos mornos à temperatura
ambiente (temperatura de incubação para os agentes
bacterianos);
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prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE DTA
11. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE 11. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
POSTERIORES POSTERIORES
o manter educação continuada dos profissionais
Essas ações têm como finalidade controlar o surto
envolvidos no processo de produção e serviços, com
existente e prevenir a ocorrência de outros, entre as
ênfase no Sistema APPCC;
várias medidas podem ser citadas: o estimular a implantação e a implementação de
o estimular a notificação dos surtos de doenças normas e rotinas referentes ao assunto;
transmitidas por alimento;
Ponto crítico é o local ou situação onde estão
presentes os perigos com risco à saúde e que devem o estabelecer e estimular um fluxo sistemático com
ser controlados (SILVA JUNIOR, 2014).
o analisar e avaliar a cadeia alimentar dos alimentos outras instituições que fazem parte do processo, como
por exemplo Secretarias de Agricultura,
envolvidos, identificando pontos críticos para o
Segundo a Portaria nº 1428, de 26 de novembro de 1993, entende-se cadeia alimentar Universidades, Secretarias de Educação, de Ação
controle; como todas as atividades relacionadas à produção, beneficiamento, armazenamento,
transporte, industrialização, embalagem, reembalagem, comercialização, utilização e
consumo de alimentos, considerando-se suas interações com o meio ambiente, o homem e Social, do Meio Ambiente, entre outras.
seu contexto socioeconômico.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância,
prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos. prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 158 p. Série A. Normas e Manuais Técnicos.
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12. ACOMPANHAMENTO DO SURTO
Uma vez concluída a investigação, deverá ser avaliado o Quando houver suspeita de que a contaminação do
cumprimento das medidas de controle, observando-se o alimento possa estar relacionada com a sua origem ou
comportamento da doença, sua tendência, os resultados processamento e o alimento esteja sendo distribuído ou
comercializado em outras localidades, pode haver a
laboratoriais e as informações da equipe. Em seguida,
necessidade de desdobramento das ações para outros
deve se proceder à divulgação dos resultados e das
locais. Neste caso, o surto deverá ser notificado, pelo
recomendações que se fizerem necessárias.
meio de comunicação disponível, às autoridades
sanitárias locais e demais níveis hierárquicos do
sistema.
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13. CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES
E RELATÓRIO FINAL
Deverá ser enviado ao nível federal os formulários (na
imagem abaixo) de todos os surtos ou o consolidado dos
surtos investigados.
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Com vistas ao alcance dos objetivos do Sistema de o cumprimento e manutenção do fluxo de informação
Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por definido, de forma sistemática, respeitando os níveis
Alimentos faz-se necessário ressaltar a importância de: hierárquicos e prazos estabelecidos;
o envolvimento e compromisso das gerências e
profissionais das áreas participantes do Sistema; o divulgação periódica dos resultados das investigações
o definição de prioridades e planejamento das ações das realizadas para profissionais de saúde e população
áreas técnicas participantes do Sistema, a partir da em geral, visando à conscientização da população
definição do perfil epidemiológico local, distrital, para a importância da prevenção das Doenças
estadual, regional e nacional, subsidiado pelas
Transmitidas por Alimentos;
investigações epidemiológicas realizadas;
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