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SUMÁRIO
ROTINA DE ATENDIMENTO
-Montar o cardápio na ficha do plano alimentar individualizada com o paciente (de acordo
com a patologia)
- Plano alimentar deve ser calculada para sete dias e entregue uma semana após o
atendimento e uma cópia deve ser anexada junto a ficha do paciente. Deve ser
preenchido o livro de entrega de dietas e no dia da entrega finalizar o registro.
- Deverá conter no plano alimentar para o paciente:
- Orientações de acordo com os objetivos do atendimento.
- Receitas do plano alimentar (No mínimo 7 receitas para estimulo a adesão ao tratamento)
- Lista de compras com per capta para compra, sem descrição de marcas.
- Modo de preparo.
- Orientações de porção caseira e gramatura.
- Voltar ao paciente e tomar a conduta necessária, de acordo com a discussão prévia com
o supervisor.
- Agendar o retorno NA AGENDA E CARTÃO DO PACIENTE conforme previamente
discutido com o supervisor ou de acordo com as possibilidades do paciente e agenda.
- Acompanhar o paciente até a porta de saída
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Atendimento Clínico
- Preencher a data
- Preencher o tempo da última consulta até hoje - Avaliar a evolução nutricional – se houve
perda de peso ou não e o que está envolvido neste contexto.
- Avaliar as intercorrências que houve no período, relativo ou não à nutrição.
- Anotar o que foi observado no exame físico.
- Questionar se está ou não em uso de medicamentos.
- Verificar se trouxe exames bioquímicos – anotar na ficha de evolução nutricional.
- Deixar o paciente relatar suas mudanças na alimentação, podendo perguntar: o que
mudou na alimentação da última consulta até hoje? - Realizar um dia alimentar habitual
ou recordatório de 24h.
- Anotar a conduta na ficha de evolução*
- Anotar a programação para a próxima consulta, incluir o cálculo da TMB, VET e peso
utilizado para fazer os cálculos.
- Colocar nome legível do acadêmico que atendeu.
- Conferência e assinatura do supervisor
DATA EVOLUÇÃO
25/05/05
RELATO DO PACIENTE:
Evolução nutricional: Não perdeu peso – manteve
Intercorrências no PIC: não teve
Sem uso de medicamentos.
Trouxe exames solicitados: alteração no triglicérides. (Anotar
Valor)
- Não está comendo frutas OU está ingerindo 2 frutas ao dia
- Não conseguiu introduzir café da manhã
CONDUTA:
- Entrega do cardápio de Kcal por equivalência.
Atendimento Clínico
O exame físico deve ser o mais completo possível e deve procurar sinais que
possam dar indícios sobre algum desequilíbrio nutricional.
• A língua lisa, inflamada, dolorosa ou com atrofia ou hipertrofia das papilas pode
sugerir deficiência de riboflavina, niacina, ácido fólico, Vitamina B 12, Piridoxina e
Ferro.
• A macroglossia (hipertrofia lingual) é um dos sinais típicos de pacientes com
hipotireoidismo.
• Boca seca - O uso de medicamentos atropínicos ocasiona boca seca. A
desidratação, obviamente, também o faz.
• Estomatites e glossites - São inflamações da boca e da língua. São secundárias a
causas bacterianas, virais e outras. Não devem ser esquecidos aspectos de
"glossites" decorrentes de hipovitaminoses, especialmente do complexo B. A
presença de glossite requer a pesquisa de sua etiologia.
Semiologia
1. ADULTOS
1.1 – Coletar dados conforme ficha de anamnese.
IMC Classificação
< 16 Magreza grau 3 – grave
16 – 16.99 Magreza grau 2 – moderada
17 – 18.49 Magreza grau 1 - leve
18,5 – 24,9 Eutrofia
25-29.9 Pré-Obesidade OU Sobrepeso
30-34.9 Obesidade grau I
35 – 39.9 Obesidade grau II
>40 Obesidade grau III
OMS, 1997
1.3.2 - Conforme percentual de gordura corporal:
1.4 Cálculos do peso ideal – OMS (IMC - 21,5, porém respeitar individualidades,
ossaturas, etc.).
GET = TMB X FA X FI X FT
FATOR ATIVIDADE:
FATOR INJÚRIA:
FATOR TÉRMICO
TMB
FATOR ATIVIDADE
GET = TMB x FA
Se o paciente for sedentário, multiplicar a TMB por 1,2 para o cálculo do GET.
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OBJETIVO RECOMENDAÇÃO
Para perda de peso 20-25 Kcal/kg peso/dia
Para manutenção do peso 25-30 Kcal/kg peso /dia
Para ganho de peso 30-35 Kcal/kg peso /dia
Citado (por Martins e Cardoso 2000)
OBJETIVO RECOMENDAÇÃO
Restrição Energética Moderada 15-20 Kcal/kg peso atual/dia (NUNCA
INFERIOR A TMB)
Fonte: Martins & Cardoso, (2000)
- Utilizar o somatório de 4 pregas para adultos estróficos; - Instruções gerais para a aferição
das dobras cutâneas:
- Identificar e marcar o local a ser medido;
- Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos polegar e
indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado;
- Manter a prega entre os dedos até o término da aferição;
- A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo de dois a três segundos;
- Utilizar a média de três medidas.
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Jejum:
- 70-110mg/dl - Normal
- 100-110mg/dl: provável pré diabetes
- Acima de 110mg/dl: provável diabetes
- Solicitar investigação ao médico quando os valores forem acima de 100 mg/dl.
Atendimento Clínico
Orientações para montar cardápio
- A vitamina B12 é uma vitamina presente somente nos alimentos de origem animal.
DISTRIBUIÇÃO DE MACRONUTRIENTES
Nutrientes SBAN RDA DRI
Carboidratos 60-70% 50-60% 45-65%
Proteínas 10-12% 10-15% 10-35%
Lipídios 20-25% 25-30% 20-25%
9-13 2,1
14-18 2,3
19-70 2,7
Gravidez
14-50 (anos de idade) 3,8
Lactação
14-50 3,8
* provenientes do leite materno
** provenientes do leite materno + alimentação complementar
2 IDOSOS
3 GESTANTE
Gestante 1º Trimestre - +0
Observações:
• Gestantes que iniciem a gravidez baixo peso ou adolescentes
devem adicionar + 300 Kcal já no 1º trimestre;
• Gestantes que iniciam a gestação com sobrepeso e obesidade
devem ser informadas quanto aos riscos e não devem aumentar
calorias adicionais durante a gravidez;
• Para pacientes eutróficas: usar peso ideal Pré-gestacional;
• Para pacientes desnutridas: usar peso ideal;
• Para pacientes com sobrepeso / obesidade: usar peso atual
(PréGestacional) e não aumentar as calorias.
GET:
GET = 135,3 – 30,8 x idade (a) + Atividade Física (FA*)x (10,0 x peso [kg] + 934 x
altura [m]) + 25 (kcal para crescimento)
Fator atividade:
• FA = 1,00 (Sedentária)
• FA = 1,16 (Pouco ativa)
• FA = 1,31 (Ativa)
• FA = 1,56 (Muito ativa)
GET = 354 – 6,91 x idade [a] + atividade física (FA**) x (9,36 x peso [Kg] + 726 x altura
[m])
Fator atividade:
• FA = 1,00 (Sedentária)
• FA = 1,12 (Pouco ativa)
• FA = 1,27 (Ativa)
• FA = 1,45 (Muito ativa)
4 LACTANTES
• -Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê. Manter a posição “barriga com barriga”.
O leite sai com facilidade e na quantidade suficiente.
• Cuidar para que o bebê abocanhe a maior parte da aréola além de todo o mamilo,
observar a abertura da boca e a posição dos lábios “boca de peixe” do bebê.
• Deixar o bebê esvaziar um peito antes de oferecer o outro. O leite inicial supre a sede
do bebê e o final, a fome.
• Na próxima mamada, iniciar pela última mama oferecida.
• Fazer o bebê arrotar antes de oferecer o segundo peito.
• Acordar o bebê para mamar, sempre que o peito estiver muito cheio.
• Esvaziar as mamas, após cada mamada, caso o bebê não consiga esvaziar. - Retirar
o mamilo da boca do bebê introduzindo o dedo mindinho no canto da boca do bebê.
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5 CRIANÇAS
5.1 - Recém-nascido
PERCENTIL DIAGNÓSTICO
NUTRICIONAL
(E/I, P/I, P/E)
< p3 Baixa estatura ou Baixo
peso
³ p 3 e < p 10 Risco de baixa estatura ou
RN para baixo peso
Eutrófico
Sobrepeso
Alta estatura ou Obesidade
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IDADE 5 15 50 85 95 IDADE 5 15 50 85 95
10 14,23 15,09 17,00 20,19 23,20 10 14,42 15,15 16,72 19,60 22,60
11 14,60 15,53 17,67 21,18 24,59 11 14,83 15,59 17,28 20,35 23,70
12 14,98 15,98 18,35 22,17 25,95 12 15,24 16,06 18,87 21,12 24,89
13 15,36 16,43 18,95 23,08 27,07 13 15,73 16,62 18,53 21,93 25,93
14 15,67 16,79 19,32 23,88 27,97 14 16,18 17,20 19,22 22,77 26,94
15 16,01 17,16 19,69 24,29 28,51 15 16,59 17,76 19,92 23,63 27,76
16 16,37 17,54 20,09 24,74 29,10 16 17,01 18,32 20,63 24,45 28,53
17 16,59 17,81 20,36 25,23 29,72 17 17,31 18,68 21,12 25,28 29,32
18 16,71 17,99 20,57 25,56 30,22 18 17,54 18,89 21,45 25,95 30,02
19 16,87 18,20 20,80 25,85 30,72 19 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66
MENINAS
Se a soma for menor ou igual que 35 mm:
%G = 1,33 (DCSe+DCT) – 0,013 (DCSe+DCT)² - 2,5
MENINOS
DESPORTISTA
O IMC pode não fornecer um diagnóstico correto, uma vez que tem como
limitação não medir a porcentagem de gordura corporal ou outros tecidos e não
variar em relação à amostra de indivíduos que está sendo avaliada (DÂMASO,
2001). Por essa razão este índice não é indicado como única forma de
avaliação em atletas visto que não é capaz de classificar adequadamente o
estado nutricional destes. Como complemento da avaliação, para avaliar o
ganho muscular e perda de gordura pode-se realizar a comparação das
medidas de perímetros e circunferências, ou pode-se medir o percentual
de gordura através da bioimpedância, dobras cutâneas isoladas ou
associadas a perímetros (FILHO, 2003).
O atleta nunca deve ingerir açúcar simples antes do treino, pois pode
ocorrer hipoglicemia. Devem preferir de 3 a 4 horas antes do treino, utilizar
alimentos de médio a alto índice glicêmico; 1 hora antes preferir os de alto índice
e os que possuem alto índice glicêmico são recomendados durante e após a
atividade física (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2002). No quadro 01 abaixo
podem ser vistos os índices glicêmicos de alguns alimentos, segundo Mahan &
Escott-Stump (2002).
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Avaliação nutricional:
❖ Peso e altura
❖ % gordura pelo método da BIA
❖ RCQ e CA
❖ Anamnese alimentar
❖ Circunferência do Pescoço
1º consulta:
- Realizar anamnese clínica e alimentar
- Trabalhar Pirâmide: focar quantidade e qualidade
- Comparação da pirâmide ideal com a preenchida através dos hábitos do paciente
- Estabelecimento de metas com o paciente, focando a mastigação, o
fracionamento e a percepção da sua alimentação, utilizar o registro de 4 dias
como facilitador deste processo
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Conduta nutricional
- Restrição energética moderada: de 15 a 20Kcal/Kg peso atual/dia,
nunca inferior a TMB
- Cálculo da TMB: DRI
- para o cálculo da TMB usar fórmula de peso ajustado:
2º consulta
- Após 15 dias
- Avaliação se as metas foram alcançadas e nova pesagem
- Realização da BIA;
Antes realizar as contas das necessidades do paciente para
determinação do valor energético da dieta, nunca ofertar valor
menor que a taxa metabólica basal calculada;
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Monitoramento:
Individual
- Inicialmente mensal ou evoluindo para bimensal de acordo com cada
caso;
- Reavaliar a adesão à dieta, montar nova dieta sempre que
necessário;
- Disponibilizar Receitas para facilitar o seguimento da dieta;
- Lanches pouco calóricos como refeições alternativas;
- Situações do dia-a-dia (festas, viagens, datas comemorativas, etc.);
- Solicitar novo registro sempre que sentir necessidade.
PRÉ-OPERATÓRIO
Tem como metas:
- Reforçar a percepção do paciente de que a perda de peso é possível
quando o balanço energético se torna negativo; - Identificar erros e
transtornos alimentares;
- Aumentar o potencial de sucesso no pós-operatório;
- Promover perda de peso inicial (no caso da cirurgia);
- Promover expectativas reais de perda de peso, preparar o paciente
para a alimentação no pós-operatório e verificar o potencial do
paciente para o sucesso da cirurgia.
2º consulta
Após 15 dias
- Avaliação se as metas foram alcançadas e novas pesagem
- Explicação de o esquema alimentar pós operatório
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Recomendações Importantes:
✓ A mastigação lenta e a tomada de pequenos bolos a cada vez deve se
transformar em uma rotina para se evitar problemas maiores como
vômitos e regurgitação (golfadas). À medida que começa a comer
lentamente e a mastigar adequadamente os alimentos, o paciente vai
aprendendo a evitar problemas desse tipo. Após a fase de adaptação,
o paciente vai aprendendo a interpretar os sinais de seu estômago.
✓ As refeições devem conter adequadas quantidades de proteínas,
carboidratos e vitaminas, e devem ser espalhadas ao longo do dia.
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✓ Complexo B;
✓ Vitamina A e D: Aderogil® - 1 ampola a cada 15 dias completando 3 ampolas,
repetir após 6 meses
✓ Fibra solúvel: Benefiber – 4 colheres de sobre mesa rasa ao dia (adicionada
na sopa ou suco)
✓ B12 intramuscular – cada 4/6 meses.
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FILHO, J.F. A prática da avaliação física. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
HAMOSH, M. Fat needs for term and preterm infants. In: ___Textbook of
pediatric nutrition. 2 ed. New York: Raven press, 1993.p.133-159.