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Manual de atendimento na clínica de saúde

Professora: Raylane Nunes Figueira


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SUMÁRIO

1.ROTINAS DE ATENDIMENTO NA CLÍNICA 03


1.1ORIENTAÇÕES PARA O ACADÊMICO 04
1.2 ROTINAS DE ATENDIMENTO 05
2.ATENDIMENTO CLÍNICO 08
3. ATENDIMENTO CLINICO - IDOSO 24
4. ATENDIMENTO CLINICO - GESTANTE 25
5. ATENDIMENTO CLINICO – LACTANTE 26
6. ATENDIMENTO CLINICO – INFANTIL 14
7. ATENDIMENTO CLINICO – ADOLESCENTE 15
8. ATENDIMENTO CLINICO - LACTENTE 15
9. ATENDIMENTO CLINICO- ESPORTISTA 49
10. ATENDIMENTO CLINICO - OBESO 50
11. ATENDIMENTO PÓS BARIATRICA 54
12 SUPLEMENTAÇÃO 56
REFERÊNCIAS 57
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ROTINAS DO ATENDIMENTO NA CLÍNICA

• População Atendida: Gestantes, crianças, adolescentes, adultos, idosos,


candidatos para cirurgia bariátrica e desportistas.
• Faixa Etária: Todas as idades
• Horário de atendimento: 08:00 às 12:00 e 13:00 às 18:00h
• Acadêmicos de quais períodos: 7º e 8º período.
• Disciplinas envolvidas: Nutrição e dietética, nutrição funcional, nutrição esportiva,
dietoterapia I e II, educação nutricional, avaliação nutricional e nutrição materno
infantil.

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O PACIENTE

• Agendamento pelo telefone da clínica ou pessoalmente com a agenda aberta


mensamente.
• Os pacientes deverão apresentar-se na Clínica de Nutrição no horário agendado.
• Paciente tem tolerância de 15 minutos de atraso, ou outro paciente será atendido
no seu lugar.
• O paciente deverá aguardar seu atendimento na sala de espera.
• O paciente deverá avisar a recepção através telefone da recepção 22-2737 7000,
quando precisar faltar ou chegar atrasado ao atendimento ou mudança de seu
telefone para contato.
• Somente poderá ter um acompanhante na sala de atendimento.
• O atendimento sempre será realizado por acadêmico de nutrição com supervisão,
e no máximo 3 alunos acompanhando.
• O Agendamento será de forma simultânea e os grupos atenderão na ordem
numérica de cada grupo.

OBS.: Se o paciente se sentir lesado ou diante de qualquer dúvida com


relação ao seu atendimento, procurar o professor supervisor de estágio
presente para esclarecimentos.
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ORIENTAÇÕES PARA O ACADÊMICO

- Os alunos deverão chegar à clínica de nutrição no horário estabelecido pelo professor e


sair no horário com assinatura no livro de presença.
- Usar jaleco branco limpo e em boas condições.
- Usar o crachá de identificação
- Não são permitidos os trajes como: roupa de academia, bermudas, shorts e camisetas e
roupas decotadas.
- O aluno deverá manter o controle de pacientes, agendar retorno, preencher o livro de
atendimento, e entregar a dieta no dia marcado (7 dias de prazo).
- Manter a organização dos materiais da clínica. (anamnese, prontuário, ficha do paciente)
- Manter os prontuários em dia e com a evolução do paciente.
- O material que estiver acabando, favor avisar o professor a recepcionista ou a monitoria
para reposição.
- Não levar nenhum material da clínica sem autorização do professor.
- Manter as salas de atendimento organizadas, cadeiras no lugar e não deixar lixo nas
mesas.
- Simpatia e respeito devem ser estabelecidos entre pacientes, colegas e professor.
- O SIGILO com relação ao paciente é de extrema importância, e o caso de
descumprimento o aluno está sujeito a advertência.
- Não são permitidos, lanches fora do horário estabelecido e comidas nos consultórios e
no horário de atendimento.
- A ausência dos alunos nos atendimentos do colega, implica na perda de carga horária e
advertência.
- A conversas paralelas e outros assuntos que não são de interesse do paciente devem
ser cautelosas.
- Fazer silêncio na cabine de atendimento e na clínica é essencial.
- Após agendar retorno, o paciente na agenda da clínica também anotar na lista de
substituição do paciente, para que ele não esqueça o dia da reconsulta.
- Trazer caneta, lápis, calculadora, jaleco e tudo o que for necessário para atendimento
nutricional, material individualizado de acordo com o plano do paciente.
- Preencher corretamente, com todas as perguntas a ficha de anamnese e retorno
paciente.
- Todas os desvios cometidos, serão descritos no livro de ocorrência com possível
advertência e perda da permanência no local de estágio.
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ROTINA DE ATENDIMENTO

1º CONSULTA: (40 minutos)

- Verificar na agenda da clínica se o paciente é 1º consulta.


- Montar um prontuário para o paciente com a ficha da evolução nutricional e ficha de
primeira consulta (anamnese).
- Chamar o paciente previamente agendado.
- Apresentar-se, dizendo seu nome e que é acadêmico de nutrição.
- Levar o paciente até a sala para atendimento.
- Realizar a ficha de anamnese alimentar completa.
- Avaliação Nutricional com os devidos resultados de estado nutricional.
- Conduzir o paciente à sala de avaliação nutricional e realizar as medidas
antropométricas e exame físico pertinentes à faixa etária, explicando ao paciente o que
será realizado.
- Realizar os cálculos antropométricos, diagnosticar o estado nutricional e informá-lo.
- Informar o paciente dos objetivos estabelecidos e discutir as possibilidades para
plano alimentar.
- Solicitação de Exames bioquímicos pertinentes (caso precise) com JUSTIFICATIVA:
Hemograma completo;
Lipidograma completo;
Glicemia de jejum e hemoglobina glicada.
TSH, T3 Livre e T4 Livre.

- Ao acabar a anamnese, pedir para o paciente aguardar no consultório e ir até o


supervisor para discutir o caso com o prontuário completo;
- Anotar todas as condutas por escrito para o paciente, com letra legível e sequência lógica.

- Voltar ao paciente e tomar as condutas necessárias, de acordo com a discussão prévia


com o supervisor;

- Em caso de patologias com complicações a solicitação do professor para acompanhar o


atendimento.
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-Montar o cardápio na ficha do plano alimentar individualizada com o paciente (de acordo
com a patologia)
- Plano alimentar deve ser calculada para sete dias e entregue uma semana após o
atendimento e uma cópia deve ser anexada junto a ficha do paciente. Deve ser
preenchido o livro de entrega de dietas e no dia da entrega finalizar o registro.
- Deverá conter no plano alimentar para o paciente:
- Orientações de acordo com os objetivos do atendimento.
- Receitas do plano alimentar (No mínimo 7 receitas para estimulo a adesão ao tratamento)
- Lista de compras com per capta para compra, sem descrição de marcas.
- Modo de preparo.
- Orientações de porção caseira e gramatura.

RETORNO: (Deverá ocorrer em 30minutos)

- Pegar o prontuário do paciente no arquivo.


- Ler o prontuário do paciente antes de chamá-lo, observando as condutas já tomadas,
quadro clínico e diagnóstico nutricional.
- Não fazer críticas as condutas anteriores com o paciente.
- Chamar o paciente previamente agendado.
- Apresentar-se, dizendo seu nome e que é acadêmico de nutrição, caso nunca tenha
atendido o paciente.
- Direcionar o paciente para a avaliação nutricional de comparação - Pegar a FICHA DE
EVOLUÇÃO CLÍNICA e RETORNO.
- Levar o paciente até o consultório para o atendimento.
- Deixar o paciente relatar as mudanças na alimentação (Conduzir sem
Induzir).
- ANOTAR MUDANÇAS.
- Realizar os cálculos antropométricos e comparar mudanças.
- Rever se as condutas propostas foram seguidas.
- Não orientar o paciente antes de discutir com o supervisor.
- Pedir para o paciente aguardar no consultório e ir até o supervisor para discutir o caso e
as condutas.
- Anotar todas as condutas por escrito para o paciente e colocá-las na ficha, com letra
legível e sequência lógica.
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- Voltar ao paciente e tomar a conduta necessária, de acordo com a discussão prévia com
o supervisor.
- Agendar o retorno NA AGENDA E CARTÃO DO PACIENTE conforme previamente
discutido com o supervisor ou de acordo com as possibilidades do paciente e agenda.
- Acompanhar o paciente até a porta de saída
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Atendimento Clínico

EXEMPLO DO PREENCHIMENTO DA FICHA DE EVOLUÇÃO:

- Preencher a data
- Preencher o tempo da última consulta até hoje - Avaliar a evolução nutricional – se houve
perda de peso ou não e o que está envolvido neste contexto.
- Avaliar as intercorrências que houve no período, relativo ou não à nutrição.
- Anotar o que foi observado no exame físico.
- Questionar se está ou não em uso de medicamentos.
- Verificar se trouxe exames bioquímicos – anotar na ficha de evolução nutricional.
- Deixar o paciente relatar suas mudanças na alimentação, podendo perguntar: o que
mudou na alimentação da última consulta até hoje? - Realizar um dia alimentar habitual
ou recordatório de 24h.
- Anotar a conduta na ficha de evolução*
- Anotar a programação para a próxima consulta, incluir o cálculo da TMB, VET e peso
utilizado para fazer os cálculos.
- Colocar nome legível do acadêmico que atendeu.
- Conferência e assinatura do supervisor

FICHA DE EVOLUÇÃO CLÍNICA - MODELO

DATA EVOLUÇÃO
25/05/05
RELATO DO PACIENTE:
Evolução nutricional: Não perdeu peso – manteve
Intercorrências no PIC: não teve
Sem uso de medicamentos.
Trouxe exames solicitados: alteração no triglicérides. (Anotar
Valor)
- Não está comendo frutas OU está ingerindo 2 frutas ao dia
- Não conseguiu introduzir café da manhã
CONDUTA:
- Entrega do cardápio de Kcal por equivalência.

Preferindo os alimentos ricos em fibras. Ex...


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Curso de Nutrição– Ambulatorial


- Calculo da TMB: 1250 kcal NET: 1750 kcal – peso ideal utilizado para
o Cálculo: IMC de 24,5: 68kg
PROGRAMAÇÃO PARA PRÓXIMA CONSULTA:
- Conferir a aceitação do cardápio proposto e orientações trabalhadas.
- Trabalhar com rótulo alimentar
Acadêmico: Nome completo
Supervisora: Carimbo e assinatura
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Atendimento Clínico

Exame físico – Semiologia Nutricional

O exame físico é parte integrante da avaliação do estado nutricional e é


imprescindível para identificar sinais e sintomas clínicos que nortearão a conduta
nutricional individualizada.

O exame físico deve ser o mais completo possível e deve procurar sinais que
possam dar indícios sobre algum desequilíbrio nutricional.

Exame dos Olhos

- Verificar a coloração da região da conjuntiva e da esclerótica


- A palidez na conjuntiva é um indicativo de anemia
- A esclerótica amarela indica icterícia

Alterações na cavidade oral

• A língua lisa, inflamada, dolorosa ou com atrofia ou hipertrofia das papilas pode
sugerir deficiência de riboflavina, niacina, ácido fólico, Vitamina B 12, Piridoxina e
Ferro.
• A macroglossia (hipertrofia lingual) é um dos sinais típicos de pacientes com
hipotireoidismo.
• Boca seca - O uso de medicamentos atropínicos ocasiona boca seca. A
desidratação, obviamente, também o faz.
• Estomatites e glossites - São inflamações da boca e da língua. São secundárias a
causas bacterianas, virais e outras. Não devem ser esquecidos aspectos de
"glossites" decorrentes de hipovitaminoses, especialmente do complexo B. A
presença de glossite requer a pesquisa de sua etiologia.

• Doença de Chron - As aftas podem ocorrer na doença, podendo favorecer o


diagnóstico presuntivo.
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Curso de Nutrição – Ambulatório

Semiologia

Pele: Verificar hidratação, integridade, palidez, cianose, icterícia, petéquias.


Unhas: Verificar descamações, coloração e se estão quebradiças.
Anemia: unhas quebradiças, secas, opacas, com vários sulcos transversais, formato
côncavo da unha (coiloniquia), descolamento distal (onicólise).
Doenças cardíacas: unhas curvadas para baixo, alargadas, coloração arroxeada e pontos
arroxeados.
Doenças renais: engrossamento das unhas, coloração amarelada ou cinzenta, linhas
transversais esbranquiçadas, unha metade marrom, metade clara.

Alterações nutricionais podem alterar o aspecto das unhas

Deficiência de vitamina A: unha com aspecto de casca de ovo, esbranquiçada e


quebradiça.
Deficiência de vitamina B12: linhas longitudinais escurecidas, cor azul enegrecida.
Deficiência de vitamina C: hemorragia, com a presença de pontos avermelhados no leito
ungueal.
Deficiência de zinco: coloração acinzentada, cutícula seca e engrossada,
descamação intensa ao redor das unhas, linhas transversais bem acentuadas.
Deficiência de nicotinamida – vitamina B3 (pelagra - doença dos alcoólatras):
linhas transversais esbranquiçadas, ausência de brilho e descolamento da parte
distal da unha.

Quais os medicamentos que causam alterações nas unhas?

✓ Minociclina: cor azulada nas unhas.


✓ Tetraciclina: cor marrom e descolamento distal.
✓ Anticonvulsivantes: diminuição do tamanho das unhas.
✓ Antidepressivos: unhas com manchas brancas
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Curso de Nutrição – Ambulatorial

1. ADULTOS
1.1 – Coletar dados conforme ficha de anamnese.

1.2 - Coletar dados (peso, estatura, circunferências, dobras cutâneas...)


conforme ficha de atendimento.
1.3 – Classificar:
1.3.1 Conforme: IMC – OMS

IMC Classificação
< 16 Magreza grau 3 – grave
16 – 16.99 Magreza grau 2 – moderada
17 – 18.49 Magreza grau 1 - leve
18,5 – 24,9 Eutrofia
25-29.9 Pré-Obesidade OU Sobrepeso
30-34.9 Obesidade grau I
35 – 39.9 Obesidade grau II
>40 Obesidade grau III
OMS, 1997
1.3.2 - Conforme percentual de gordura corporal:

Valores de referências para percentuais de gordura corporal para sedentários e


ou praticantes de atividade física leve.
Classificação Gordura Corporal %
Homens Mulheres
Risco de doenças e desordens associadas à <5 <8
desnutrição
Abaixo da média 6 - 14 9 – 22
Média 15 23
Acima da média 16-24 24-31
Risco de doenças associadas à obesidade _>25 _>32
Fonte: LOHMAN et al, 1992; Adaptado de NIEMAN, 1995.
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1.3.2.2 - Utilizar o somatório de 4 pregas para adultos estróficos e adicionar a % de gordura


pela soma das quatro pregas
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Valores de referências para percentuais de gordura corporal para sedentários e ou


praticantes de atividade física leve:

Classificação Gordura Corporal %


Homens Mulheres
Magro <8 < 13
Ótimo 8 - 15 13 – 23
Leve Adiposidade 16-20 24-27
Adiposidade 21-24 28-32
Obesidade _>25 _>33

1.3.3 Circunferência da cintura

Risco de complicações metabólicas associadas à Obesidade

Classificação Risco Elevado Muito Elevado


Mulheres >= 80 cm >= 88 cm
Homens >= 94 cm >= 102 cm
OMS. 1998

1.3.4 Circunferência do braço – CB

VALOR ENCONTRADO CLASSIFICAÇÃO


<= P5 Desnutrido
P5-P10 Risco de desnutrição
P10-P85 Eutrofia
P85-P90 Sobrepeso
>=P90 Obeso

1.3.4.1 Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) X 100


CB Percentil 50

1.3.4.2 Estado Nutricional Segundo CB

Desnutrição Desnutrição Desnutrição Eutrofia Sobrepeso Obesidade


Grave moderada Leve
CB <70% 70-80% 80-90% 90-110% 110-120% >120%
BLACKBURN & THORNTON, 1979.
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1.3.5 Prega Cutânea Tricipital – PCT

VALOR ENCONTRADO CLASSIFICAÇÃO


<= P5 Desnutrido
P5-P10 Risco de desnutrição
P10-P85 Eutrofia
P85-P90 Sobrepeso
>=P90 Obeso
BLACKBURN & THORNTON, 1979.

1.3.5.1 Adequação da PCT (%) = PCT obtida (cm) X 100


PCT Percentil 50

1.3.5.2 Estado Nutricional Segundo PCT

Desnutrição Desnutrição Desnutrição Eutrofia Sobrepeso Obesidade


Grave moderada Leve
CB <70% 70-80% 80-90% 90-110% 110-120% >120%
BLACKBURN & THORNTON, 1979.

1.4 Cálculos do peso ideal – OMS (IMC - 21,5, porém respeitar individualidades,
ossaturas, etc.).

1.5 Para o cálculo do VET: Utilizar a fórmula conforme conduta adequada.

1.5.1 Necessidades energéticas totais pelo método de HARRIS BENEDICT


Esta fórmula é utilizada habitualmente para pacientes internados ou em
acompanhamento ambulatorial que apresentam doenças crônicas com fator injuria .

Homens: TMB = 66 + (13.7 x P) + (5.0 x A) – (6.8 x I)


Mulheres: TMB = 655 + (9.6 x P) + (1.8 x A) – (4.7 x I)
Onde: P: Peso em Kg A: Altura em cm I: Idade em anos

✓ Parâmetros para aplicação:


✓ Peso ideal se o objetivo é o ganho de peso
✓ Peso atual se o paciente for eutrófico
✓ No caso de obesidade pode-se usar o peso ajustado:
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Peso ajustado = (Peso ideal – Peso atual) X 0,25 + Peso atual


Cuppari, 2005.

GET = TMB X FA X FI X FT

FATOR ATIVIDADE:

Paciente confinado ao leito: 1,2


Paciente acamado, porém móvel: 1,25
Paciente que deambula: 1,3

FATOR INJÚRIA:

Câncer: 1.1 – 1.45 Peritonite: 1.2 – 1.5


Cirurgia eletiva: 1.0 a 1.1 PO de cirurgia cardíaca: 1.2 –1.5
Desnutrição grave: 1.5 PO de cirurgia geral: 1.0 – 1.5
Fraturas múltiplas: 1.2 – 1.35 Politraumatizados: 1.9
Infecção grave: 1.3 – 1.35 Queimadura: (até 20%): 1.0 - 1.5
Insuficiência cardíaca: 1.3 – 1.5 (sem Queimadura: (20 – 40%): 1.5 – 1.85
fator atividade) Queimadura: (40 – 100%): 1.85 – 2.05
Insuficiência hepática: 1.3 – 1.55 Queimaduras extensas: 2.7
Insuficiência renal aguda: 1.3 Septicemia: 1.4 – 1.8
Manutenção de peso: 1.2 - 1.5 Septicemia: 1.6
Operação eletiva: 1.75 Transplante de fígado: 1.2 – 1.5
Paciente não complicado: 1.0 Transplante de medula óssea: 1.2 –
1.3
Pancreatite: 1.3 – 1.8 Trauma esquelético: 1.35
· Pequena cirurgia: 1.2 Desnutrição Grave: 1,5
Pequena cirurgia: 1.2 Peritonite: 1.2 – 1.5
Pequeno trauma de tecido: 1.14 – PO de cirurgia cardíaca: 1.2 –1.5
1.37
Queimadura: (até 20%): 1.0 - 1.5 PO de cirurgia geral: 1.0 – 1.5
Politraumatizados: 1.9
Fonte:- Long e col., 1979.

FATOR TÉRMICO

TEMPERATURA CORPORAL Sem Febre 38º C 39ºC 40ºC 41ºC


FATOR TÉRMICO 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4
Fonte: Kinney citado por Guimarães, 2008.
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1.5.2 - Taxas energéticas preconizadas pela FAO/OMS, 1985.


Esta fórmula deve ser utilizada para indivíduos sadios ou em acompanhamento
ambulatorial com doenças leves.

TMB

Idade (anos) Masculino Feminino


10-18 16.6 P + 77 A + 572 7.4 P + 482 A + 217
18-30 15.4 P +27 A + 717 13.3 P + 334 A + 35
30-60 11.3 P + 16 A + 901 8.7 P – 25 A + 862
> 60 8.8 P + 11 A +1071 9.2 P + 637 A – 302
P= Peso (kg) A= A (m)

FATOR ATIVIDADE

Idade em anos Atividade Fator atividade Fator atividade


ocupacional MULHERES HOMENS

18,1 – 30 anos Leve 1,55 1,55


Moderada 1,65 1,80
Intensa 1,80 2,10

GET = TMB x FA
Se o paciente for sedentário, multiplicar a TMB por 1,2 para o cálculo do GET.
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Atendimento Clínico – Ambulatorial

1.5.3 - DRI, 2002 - FÓRMULAS PARA CÁLCULO DAS NECESSIDADES


ENERGÉTICAS.

Parâmetros para aplicação:

✓ DESNUTRIDO: Fazer o cálculo com o peso IDEAL


✓ EUTRÓFICO: Fazer o cálculo com o peso atual
✓ SOBREPESO / OBESO: Fazer o cálculo com o peso ideal ou com peso
atual com redução de 25% a 30 % do VET final, nunca prescrever dieta com
valor energético menor que a taxa metabólica basal previamente calculada.

Equações para estimativa da necessidade energética de adultos com


sobrepeso e obesos de 19 anos ou mais:

IDADE GÊNERO ESTIMATIVA DA NECESSIDADE ENERGÉTICA


TOT
KCAL/D PARA DIAGNÓSTICOS DE SOBREPESO
OBESOS
19 anos ou Masculino GET = 1086 – 10,1 x idade [a] + atividade física x
mais (13,7 x peso [Kg] + 416 x altura [m])
Feminino GET = 448 – 7,95 x idade [a] + atividade física x (11,4
x peso [Kg] + 619 x altura [m])

IDADE GÊNERO CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA


PARA DIAGNÓSTICOS DE SOBREPESO E OBESOS
SEDENTÁRIA BAIXA ATIVA MUITO ATIVA
19 anos Masculino 1,00 1,12 1,29 1,59
ou mais Feminino 1,00 1,16 1,27 1,44
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ATIVIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A CADA NIVEL


Nível de atividade física Atividade Física
Sedentário Trabalhos domésticos, de esforço
moderado, caminhadas para atividades
relacionadas com o cotidiano, ficar sentado
por várias horas.
Leve (Baixa) Caminhadas (6,4 Km/h) além das mesmas
atividades relacionadas ao NAF sedentário
Moderado (Ativo) Ginástica aeróbica, corrida, natação, jogar
tênis, além das mesmas atividades
relacionadas ao NAF sedentário.
Intensa(Muito Ativo) Ginástica aeróbica, corrida, natação, jogar
tênis, além das mesmas atividades
relacionadas ao NAF sedentário.
Cuppari, 2005

1.5.4 FÓRMULAS DE BOLSO – (Não deve ser utilizado)

Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de


peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional.

OBJETIVO RECOMENDAÇÃO
Para perda de peso 20-25 Kcal/kg peso/dia
Para manutenção do peso 25-30 Kcal/kg peso /dia
Para ganho de peso 30-35 Kcal/kg peso /dia
Citado (por Martins e Cardoso 2000)

Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por


quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional para
indivíduos em condição de catabolismo.

Para manutenção do peso 30-35 Kcal/kg peso /dia


Para ganho de peso 35-40 Kcal/kg peso /dia
Citado (por Martins e Cardoso 2000)

Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por


quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional para
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Pacientes com obesidade mórbida.

OBJETIVO RECOMENDAÇÃO
Restrição Energética Moderada 15-20 Kcal/kg peso atual/dia (NUNCA
INFERIOR A TMB)
Fonte: Martins & Cardoso, (2000)

Bioimpedância - Orientar as seguintes recomendações prévias

• Jejum hídrico e sólido nas 4 horas que antecedem o teste,


• Evitar consumo de cafeína (café, chá, chocolate, refrigerante tipo cola) 24 h antes do
teste.
• Não praticar atividade física moderada ou intensa nas 12 horas que antecedem o teste,
• Não consumir bebidas alcoólicas nas 48 horas que antecedem o teste,
• Não ingerir medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste,
• Urinar dentro dos 30 minutos que antecedem o teste,
• O paciente deverá permanecer deitado por no mínimo 5 minutos antes de iniciar o exame
para garantir a distribuição homogênea dos fluidos corporais - A pele deve ser higienizada
com álcool para melhorar a aderência
• O paciente não deve tocar as superfícies (maca) ou objeto metálicos (objetos pessoais)
durante o exame
Não avaliar: mulheres com retenção aumentada de líquidos em função do estágio de
seu ciclo menstrual, pacientes com marcapasso e gestantes.

SOMATÓRIO DAS 4 PREGAS

- Utilizar o somatório de 4 pregas para adultos estróficos; - Instruções gerais para a aferição
das dobras cutâneas:
- Identificar e marcar o local a ser medido;
- Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos polegar e
indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado;
- Manter a prega entre os dedos até o término da aferição;
- A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo de dois a três segundos;
- Utilizar a média de três medidas.
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Atendimento Clínico – Exames laboratoriais

1.4.2 – Interpretação da Glicemia para adultos e crianças:

Jejum:
- 70-110mg/dl - Normal
- 100-110mg/dl: provável pré diabetes
- Acima de 110mg/dl: provável diabetes
- Solicitar investigação ao médico quando os valores forem acima de 100 mg/dl.

Duas horas pós prandial: (medida sempre após 2 horas de se alimentar)


- Abaixo de 140 mg/dl: ideal - 140-200mg: Provável Pré-diabetes - Acima de 200mg:
Provável diabetes.
-Solicitar investigação ao médico quando os valores forem acima de 140 mg/dl.

1.4.3 – Interpretação do Colesterol para adultos:

Lipídios Idade Desejáveis Limítrofes Aumentados


CT Adultos <170 170-199 >=200
LDL-C Adultos <110 110-129 >=130
HDL-C <10 anos >=40
10-19 anos >=35
TG <10 anos <=100 >100
10-19 anos <=130 >130
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Atendimento Clínico
Orientações para montar cardápio

- Ao realizar a montagem das dietas com menos de 1600 Kcal (hipocalóricas),


lembre-se que existe grande probabilidade de haver deficiência de alguns
micronutrientes, como ferro, cálcio, magnésio, assim faça o cálculo dos
micronutrientes para avaliar a necessidade de suplementação; - Ao montar o
cardápio, insira no mínimo um alimento fonte de vitamina C e um alimento fonte de
vitamina A;
- Uma dieta cujas necessidades de proteína animal (carnes e leite) estejam
adequadas, automaticamente, a quantidade de vitaminas do complexo B também
estará adequada;

- A vitamina B12 é uma vitamina presente somente nos alimentos de origem animal.

- Todas as dietas devem ser calculadas de acordo com as referencias com


macronutrientes e micronutrientes.

DISTRIBUIÇÃO DE MACRONUTRIENTES
Nutrientes SBAN RDA DRI
Carboidratos 60-70% 50-60% 45-65%
Proteínas 10-12% 10-15% 10-35%
Lipídios 20-25% 25-30% 20-25%

INGESTÃO DE ÁGUA RECOMENDADA PELA DRI

Bebês (anos de idade) Ingestão de água total


(litros/dia)
0-6 0,7*
7-12 0,8**
Crianças
1-3 1,3
4-8 1,7
Meninos (anos de idade)
9-13 2,4
14-18 3,3
19-70 3,7
Meninas (anos de idade)
23

9-13 2,1
14-18 2,3
19-70 2,7
Gravidez
14-50 (anos de idade) 3,8
Lactação
14-50 3,8
* provenientes do leite materno
** provenientes do leite materno + alimentação complementar

Idade (anos) Ingestão adequada (AI) de


fibras totais (g/dia)
Homens
19-50 38
51 ou mais 30
Mulheres
19-50 25
51 ou mais 21
Gestante
14 ou mais 28
Nutriz
14 ou mais 29
Crianças Idade + 5
24

Atendimento Clínico – IDOSO

2 IDOSOS

2.1 – Coletar dados conforme ficha de anamnese.


2.2 - Coletar dados (peso, estatura, circunferências...) conforme ficha de
atendimento.
2.3 – Classificar:
2.3.1 - Conforme: IMC – OMS
IMC Classificação
<22 Magreza
22-27 Eutrofia
>27 Excesso de peso
Fonte: LIPSCHITZ, D.A., 1994.

2.3.2 - Conforme: IMC – OPAS


IMC Classificação
<23 Baixo Peso
23> IMC < 28 Eutrofia
>28 e <30 Sobrepeso
>=30 Obesidade
Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)2003*

2.4 - Exames bioquímicos a serem acompanhados: de acordo com a doença


apresentada e estado nutricional, atenção às doenças da idade.
2.5 - Cálculo do peso ideal: determinar IMC entre 22-27
2.6 - Para o cálculo do VET: Utilizar a fórmula conforme conduta adequada.
2.6.1 - Necessidades energéticas e protéicas
Segundo SBAN (1990) as recomendações energéticas para idosos são:
• Sexo masculino: 2200
Kcal/dia
• Sexo feminino: 1850 Kcal/dia

OBS: Há uma redução das necessidades energéticas de 2 a 4% por década;


• Necessidade proteica segundo Waitzberg (2001): 0,8 a 1,0 g/ kg/ dia
25

Atendimento Clínico – GESTANTE

3 GESTANTE

3.1 Primeira consulta coletar os seguintes dados:

• Idade gestacional, materna e atividade profissional;


• Fatores de risco: idade materna < 17 anos e > 35 anos; esforço físico;
stress; exposição a agentes físicos, químicos e biológicos; situação
conjugal insegura; baixa escolaridade; condições de moradia
desfavorável; altura < 1,45m; peso <45kg e > 75kg; uso de drogas; baixa
renda per capta;
• História reprodutiva anterior desfavorável;
• Doença obstétrica atual: pré-eclâmpsia e eclâmpsia, ganho de peso
inadequado.
• Intercorrências clínicas: cardiopatias, hipertensão arterial, doenças
infecciosas.
• Avaliação dos sinais, sintomas digestivos e função intestinal;
• Avaliação das condições para o aleitamento materno e orientações para
condicionamentos dos mamilos;
• Avaliação de exames complementares: glicemia, hemograma,
lipidograma e PA;
• Coletar peso (pré-gestacional e atual) e estatura
• Calcular o IMC atual e IMC pré-gestacional
• Avaliar altura uterina
• Calcular o IMC pré-gestacional - Avaliar no gráfico ganho de peso de
acordo com as semanas gestacionais
• Calcular a semana gestacional, considerando como semana seguinte a
partir de 4 dias. Ex.15 semanas e 4 dias = 16 semanas;
• Usar o gráfico de IMC para avaliar o estado nutricional da gestante
• Classificar a gestante segundo o gráfico e a tabela de IMC ( à seguir)
26

3.2 Consultas subsequentes, segundo Vitolo (2003).

• Avaliação do ganho de peso e reavaliação deste ganho até a 40a


semana;
• Anamnese alimentar detalhada;
• Investigação de sinais e sintomas digestivos e da função intestinal;

• Acompanhamento dos exames complementares;


• Ajuste da orientação nutricional, conforme exames e ganho de peso;
• Reforço dos cuidados com as mamas

3.3 - Ganho de peso recomendado – Gestante

Estado Nutricional Ganho de Ganho de Ganho de


Pré - gestacional peso total (kg) peso semanal peso total
IMC – (Kg/m²) no 1º (kg) no (kg)
trimestre 2º e
3º trimestres
Baixo 2,3 0,5 12,5 a 18
Peso/adolescente/gemelar
< 19,8
Adequado- 19,8 a 26 1,6 0,5 11,5 a 16
Sobrepeso- 26 a 29 0,9 0,3 7 a 11,5
Obeso - > 29 - 0,3 <7
Fonte: Institute of Medicine, 1998.

3.3.1- GANHO DE PESO RECOMENDADO – GESTAÇÃO GEMELAR – IOM

Ganho de peso (kg) / Ganho de peso Ganho de peso


semana no 1º trimestre semanal (kg) total
no 2º e 3º (kg)
trimestres
- 0,75 16 a 20
27

3.4 – Recomendações nutricionais gestantes:

3.4.1- RDA, 1989

Idade (anos) ou Kcal / Kg Kcal total /


condição dia
Adolescente 11-14 47 2200

Adolescente 15-18 40 2200

Mulher 19-24 38 2200

Mulher 25-50 36 2200

Mulher +51 30 1900

Gestante 1º Trimestre - +0

Gestante 2º Trimestre - + 300

Gestante 3º Trimestre -- + 300

Lactente 1º Trimestre - + 500

Lactente 2º Trimestre - + 500

Atendimento Clínico – Ambulatorial - Orientações

Observações:
• Gestantes que iniciem a gravidez baixo peso ou adolescentes
devem adicionar + 300 Kcal já no 1º trimestre;
• Gestantes que iniciam a gestação com sobrepeso e obesidade
devem ser informadas quanto aos riscos e não devem aumentar
calorias adicionais durante a gravidez;
• Para pacientes eutróficas: usar peso ideal Pré-gestacional;
• Para pacientes desnutridas: usar peso ideal;
• Para pacientes com sobrepeso / obesidade: usar peso atual
(PréGestacional) e não aumentar as calorias.

3.4.2- DRI, 2002


Gestantes = GET calculado com a fórmula específica + Reserva energética da gestação
28

GET:

Para meninas de 9 a 18 anos:

GET = 135,3 – 30,8 x idade (a) + Atividade Física (FA*)x (10,0 x peso [kg] + 934 x
altura [m]) + 25 (kcal para crescimento)

Fator atividade:
• FA = 1,00 (Sedentária)
• FA = 1,16 (Pouco ativa)
• FA = 1,31 (Ativa)
• FA = 1,56 (Muito ativa)

Para mulheres de 19 anos ou mais:

GET = 354 – 6,91 x idade [a] + atividade física (FA**) x (9,36 x peso [Kg] + 726 x altura
[m])

Fator atividade:
• FA = 1,00 (Sedentária)
• FA = 1,12 (Pouco ativa)
• FA = 1,27 (Ativa)
• FA = 1,45 (Muito ativa)

3.4.3 - Cálculo simplificado: (VITOLO, 2003)

GET = 36 kcal/kg de peso ideal pré-gestacional *

* Peso ideal pré-gestacional pode ser determinado por:


-IMC (22 - mediano)
-Adolescentes – Percentil 50 da curva do NCHS (Nacional Center for Health and Statistics)
-Observação: gestante obesa e com um fator de risco (hipertensão), utilizar 30 kcal/kg do
peso ideal.
29

Atendimento Clínico – Lactante

4 LACTANTES

4.1-Recomendações de energia: IOM 2002

GET= GET calculado com a fórmula do adulto + Gasto da produção de leite


1º- 6 meses = EER para mulheres + 330
6-12 meses = EER para mulheres + 400

4.2 - Orientações de como Amamentar:

• Lavar bem as mãos com água e sabão.


• Iniciar a amamentação na sala de parto, logo após o nascimento. Este procedimento
facilita a rápida descida do leite.
• Oferecer o peito sempre que o bebê quiser. Durante o dia e durante a noite ele não
precisa de mais nada: nem água, chá, ou outros leites.
• Manter a mãe bem posicionada e bem apoiada.
• Limpar o peito somente com o próprio leite.
• Esvaziar, manualmente, a aréola. Com os dedos polegar e indicador, retirar um pouco
de leite. O bebê pega fácil e o mamilo da mãe não dói.

• -Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê. Manter a posição “barriga com barriga”.
O leite sai com facilidade e na quantidade suficiente.

• Cuidar para que o bebê abocanhe a maior parte da aréola além de todo o mamilo,
observar a abertura da boca e a posição dos lábios “boca de peixe” do bebê.

• Deixar o bebê esvaziar um peito antes de oferecer o outro. O leite inicial supre a sede
do bebê e o final, a fome.
• Na próxima mamada, iniciar pela última mama oferecida.
• Fazer o bebê arrotar antes de oferecer o segundo peito.
• Acordar o bebê para mamar, sempre que o peito estiver muito cheio.
• Esvaziar as mamas, após cada mamada, caso o bebê não consiga esvaziar. - Retirar
o mamilo da boca do bebê introduzindo o dedo mindinho no canto da boca do bebê.
30

Atendimento Clínico – Ambulatorial - Crianças

5 CRIANÇAS

5.1 - Recém-nascido

5.1.1 - Avaliar as condições de gestação e nascimento (a termo, prétermo, baixo-


peso– AIG, GIG ou PIG).

5.1.2 - Avaliar peso e estatura ao nascer.

- Classificação da OMS (1997):


_ Baixo peso ao nascer crianças que nasceram com menos de 2,5Kg
_ Muito baixo peso de 1,5 a 1Kg de nascimento
_ Extremo baixo peso com menos de 1Kg
- Medir peso, estatura e perímetro cefálico (PC). O PC deve ser usado com a idade
corrigida até os 18 meses.
- Avaliar ganho de peso/dia:

Ganho de peso da criança nascida a termo:

Período Média de ganho de


peso/dia
1º Trimestre 30g/d
2º Trimestre 20g/d
3º Trimestre 15g/d
4º Trimestre 12g/d
2º Ano de Vida 8g/d

Obs: Pode perder até 10% do peso na 1ª semana de vida.


*Deve-se verificar ganho de peso abaixo destes valores.
31

Recomendações para necessidades energéticas de Crianças

5.1.3 – RDA (anexo)


- PREMATURA: de 150 a 200 kcal/Kg de peso atual – avaliar as condições – Usar idade
corrigida* até os dois anos para realização da avaliação nutricional O comprimento até
os 3 anos e 6 meses, ainda assim pode persistir uma diferença de 1 a 2 cm em relação
a população geral.

Idade corrigida* (IC)= idade cronológica (em semanas) - (40 – idade


gestacional)

5.1.4 – Orientação Nutricional – Crianças de 0 a 6 meses

5.1.4.1 - Em aleitamento materno, segundo Lacerda (2002):


• Checar a técnica de amamentação se está correta (pedir à mãe que oferte o peito
a criança);
• Verificar a irritabilidade da criança;
• Frequência de mamadas;
• No de fraldas molhadas (8 a 10 fraldas/dia);
• Realizar a promoção do Aleitamento Materno (AM) informando seus benefícios à mãe
e a criança.
• Conduta nutricional: aleitamento materno exclusivo até 6 meses e em livre demanda.

5.1.4.2 - Em aleitamento artificial, segundo Lacerda (2002), deve-se:

• Observar a duração do aleitamento materno;


• Ver a possibilidade de promover a relactação e se houver interesse buscar auxílio da
enfermagem e atuar em equipe;
• Levantar o tipo de leite usado, o no de mamadeiras, volume das mamadeiras, a
composição em medidas caseiras e a diluição, técnica de preparo e o tipo de
• CHO (complexo ou simples);
• Instruir a mãe quanto ao preparo e reconstituição do leite;
• Verificar as condições de higiene;
• Observar o consumo de outros alimentos (tipo, início da introdução, consistência);
32

• Verificar a ingestão hídrica;


• Levantar o padrão alimentar da criança por meio de recordatório e freqüência
alimentar.

• Observar os critérios para a seleção do tipo de leite ou fórmula (renda e local


de moradia da família - urbana ou rural; acesso ao produto; condição de
conservação; idade; maturidade e saúde da criança).

5.1.4.3 - Avaliar suplementações necessárias:


• Prematuro: Polivitamínico 1x a recomendação e ferro 2 mg/Kg/dia (Até 2 meses)
• Crianças – Vit A até 2 anos (inclusive em aleitamento materno)
• Crianças – Ferro desde o nascimento se sem aleitamento materno: 1
mg/kg/dia, ou ao desmame se o alimento não for enriquecido de ferro _
Crianças não amamentadas e em uso de leite de vaca não enriquecido: poli
vitamínico (1x a recomendação) desde o nascimento.

5.2 - Criança de 3 meses a 2 anos

5.2.1 - Avaliar as condições de gestação e nascimento (a termo, pré-termo, baixo-peso –


AIG, GIG ou PIG)
- Coletar peso, estatura e perímetro cefálico
- Acompanhar a criança pelo gráfico de crescimento – NCHS P/I e E/I ou OMS

PERCENTIL DIAGNÓSTICO
NUTRICIONAL
(E/I, P/I, P/E)
< p3 Baixa estatura ou Baixo
peso
³ p 3 e < p 10 Risco de baixa estatura ou
RN para baixo peso
Eutrófico
Sobrepeso
Alta estatura ou Obesidade
33

5.2.2 - – Recomendações para necessidades energéticas


- Para o cálculo do VET: RDA
- PREMATURA: Usar idade corrigida até os dois anos para realizar avaliação nutricional e
seguir o cálculo de acordo com o estado nutricional
- DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso atual e multiplicar pelo fator 1,5.
- EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual
- SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual
OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura

5.2.3 - Orientação Nutricional – Crianças de 3 meses a 2 anos


- PRIORIZAR O ALEITAMENTO MATERNO (até 6 meses exclusivo) após seguir
introdução dos alimentos*

5.2.4 - Avaliar suplementações necessárias:


• Prematuro: Poli vitamínico 1x a recomendação e ferro 2 mg/Kg/dia
• Crianças – Vit A até 2 anos (inclusive em aleitamento materno)
• Crianças – Ferro desde o nascimento se sem aleitamento materno: 1
mg/kg/dia, ou ao desmame se o alimento não for enriquecido de ferro.
Crianças não amamentadas e em uso de leite de vaca não enriquecido: poli
vitamínico (1x a recomendação) desde o nascimento.

5.3 - Crianças de 2 anos a 10 anos

5.3.1 - Avaliar as condições de gestação e nascimento


5.3.2 - Realizar peso, estatura, CB, PCT e CMB

- Acompanhar a criança pelo gráfico de crescimento – NCHS E/I e E/I


PERCENTIL DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
(E/I, P/E)
< p3 Baixa estatura ou Baixo peso
>p 3 e < p 10 Risco de baixa estatura ou RN
para baixo peso
≥ p10 e < p90 Eutrófico
≥ p90 e < p97 Sobrepeso
≥ p 97 Alta estatura ou Obesidade
34

5.3.3 – Evolução da alimentação

Esquema Alimentar Diário do Lactente em aleitamento materno

Horário 6-8 meses 8 a 10 meses 10-12 meses


Pela manhã Aleitamento Aleitamento Aleitamento
materno livre materno livre materno livre
demanda demanda demanda
Intervalo Papa de frutas Papa de frutas Papa de frutas
11-12 horas Refeição de sal Refeição de sal Refeição de sal
À tarde* Aleitamento Aleitamento Aleitamento
materno livre materno livre materno livre
demanda demanda + Papa demanda +
de fruta Papa de fruta
17-18 horas Aleitamento Refeição de sal Refeição de sal
materno livre
demanda
À noite Aleitamento Aleitamento Aleitamento
materno livre materno livre materno livre
demanda demanda demanda
* A mamada da tarde pode ser eventualmente complementada com fruta amassada

Esquema Alimentar Diário para o Lactente Alimentado Artificialmente


Horário 6 - 8 meses 8 - 10 meses 10 - 12 meses
Pela manhã Leite em Leite em Leite em copo
mamadeira mamadeira
Intervalo Fruta Fruta Fruta +
Porção de
carboidrato
(fibras)
11-12 horas Refeição de sal Refeição de sal Refeição de sal
À tarde* Leite com fruta Leite com fruta ou Leite com fruta
ou cereal cereal ou cereal
17-18 horas Leite em Refeição de sal Refeição de sal
mamadeira
À noite Leite em Leite em Leite em copo
mamadeira mamadeira
1De 6 meses: introdução da 1ª refeição de sal e das frutas
2Dos 8 aos 10 meses: introdução da 2ª refeição de sal – evolui consistência.
3Dos 10 aos 12 meses: a refeição de sal aproxima-se da alimentação da família
35

QUANTIDADES DIÁRIAS RECOMENDADAS DOS PRINCIPAIS ALIMENTOS NA


ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA CONFORME A IDADE

Alimentos Introdução de 1-3 anos 4-6 anos 7-10 anos


Alimentos
(4-12 meses)
Arroz, 1 colher de 2 colheres de 3 colheres 4–5
batata, sopa sopa duas de sopa colheres
etc. aumentando vezes ao dia duas vezes de sopa
para duas ao dia duas
gradativamente vezes ao
dia
Feijão, 1 colher de ½ concha 1 concha 1 concha
ervilha, sopa pequena pequena média
lentilha, aumentando duas vezes duas vezes duas
etc. para duas ao dia ao dia vezes ao
gradativamente dia
a partir do 6º
mês
Carnes 1 colher de 2 colheres de 3 colheres 4 colheres
em sopa sopa duas de sopa de sopa
geral aumentando vezes ao dia duas vezes duas vezes
para duas ao dia ao dia
gradativamente
Legumes 1 colher de 2 colheres de 3 colheres 4 colheres
cozidos sopa sopa duas de sopa de sopa
aumentando vezes ao dia duas vezes duas vezes
para duas ao dia ao dia
gradativamente
Hortaliças Somente 2 folhas 3 folhas 4 folhas
cruas cozidas, médias duas médias médias
iniciando as vezes ao duas vezes duas
cruas no 10º dia ao dia vezes ao
mês dia
Frutas 1 unidade /dia 2 2 3 ou mais
unidades/dia unidades/dia unidades/dia
Leite 5 – 4 mamadas 3 copos de 3 copos de 2 – 3
ou mamadeiras leite leite copos de
de 200 ml de 200 ml de 200 ml leite de
chegando ao 200 ml
final do 1º ano
com 3
36

Ovo Só a gema 2a3/ 2 a 3/ 2 a


iniciando por ¼ semana semana 3/semana
até oferecer o
total
Para o cálculo da capacidade gástrica da criança em ml: 30 ml/Kg de peso atual
37

Atendimento Clínico – Adolescentes


6 ADOLESCENTES (10 a 1 9 anos – Segundo OMS)

6.1 – Avaliar as condições de gestação e nascimento conforme ficha de


anamnese.
6.2 - Coletar dados (peso, estatura, CB, PCT e CMB, PCSE ) conforme ficha de
atendimento.
6.3 - Avaliar o estádio puberal pelo critério de TANNER

Percentil de IMC por Idade Percentil de IMC por Idade


Adolescentes Sexo Feminino Adolescentes Sexo Masculino

IDADE 5 15 50 85 95 IDADE 5 15 50 85 95

10 14,23 15,09 17,00 20,19 23,20 10 14,42 15,15 16,72 19,60 22,60
11 14,60 15,53 17,67 21,18 24,59 11 14,83 15,59 17,28 20,35 23,70
12 14,98 15,98 18,35 22,17 25,95 12 15,24 16,06 18,87 21,12 24,89
13 15,36 16,43 18,95 23,08 27,07 13 15,73 16,62 18,53 21,93 25,93
14 15,67 16,79 19,32 23,88 27,97 14 16,18 17,20 19,22 22,77 26,94
15 16,01 17,16 19,69 24,29 28,51 15 16,59 17,76 19,92 23,63 27,76
16 16,37 17,54 20,09 24,74 29,10 16 17,01 18,32 20,63 24,45 28,53
17 16,59 17,81 20,36 25,23 29,72 17 17,31 18,68 21,12 25,28 29,32
18 16,71 17,99 20,57 25,56 30,22 18 17,54 18,89 21,45 25,95 30,02
19 16,87 18,20 20,80 25,85 30,72 19 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66

Fonte: WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Physica, Status: the use


and interpretation of anthropometry. WHO Technical Report Series n. 854.
Geneva: WHO, 1995.
VALORES DE REFERÊNCIA PARA ADOLESCENTES
PONTOS DE CORTE:
PERCENTIL DIAGNÓSTICO Percentil do IMC DIAGNÓSTICO
(OMS, 1995) NUTRICIONAL (CDC, 2000) NUTRICIONAL

< p15 Baixo peso < p5 Baixo peso


≥ p15 e < p85 Eutrófico ³ p 5 e < p 15 * Risco
baixo
peso
≥ p 85 Sobrepeso ≥ p15 e < p85 Eutrófico
≥ p85 e < p95 Sobrepeso
≥ p 95 Obesidade
38

6.4.1 - Percentual de gordura para crianças e adolescentes Soma das


dobras: subescapular e tricipital.

MENINAS
Se a soma for menor ou igual que 35 mm:
%G = 1,33 (DCSe+DCT) – 0,013 (DCSe+DCT)² - 2,5

Se a soma for maior que 35mm: %G =


0,546 (DCSe+DCT) + 9,7

MENINOS

Se a soma for menor ou igual que 35 mm:


%G = 1,21 (DCSe+DCT) – 0,008 (DCSe+DCT)² – Coeficiente.

Se a soma for maior que 35mm:


%G = 0,783 (DCSe+DCT) –
Coeficiente
Coeficiente segundo a Idade:
Pré-adolescente: 1,7
Adolescente: 3,4
Adulto Jovem: 5,5

TABELAS DE NORMALIDADE PARA O PERCENTUAL DE GORDURA


Crianças e Adolescentes de 7 a 17 anos
Classificação Masculino Feminino
Excessivamente baixa Até 6% Até 12%
Baixa 6,01 a 10% 12,01 a 15%
Adequada 10,01 a 20% 15,01 a 25%
Moderadamente alta 20,01 a 25% 25,01 a 30%
Alta 25,01 a 31% 30,01 a 36%
Excessivamente Alta > 31,01% > 36,01%

Fonte: DEURENBERG, P., PIETERS, J.J.L., HAUTUAST. J.G.L.. The assessment of


the body fat percentage by skinfold thickness measurement in childhood e Young
adolescent. British Journal of Nutrition, v. 63, n. 2, 1990.
39

6.5 - Cálculo do peso ideal – IMC P50

6.6 - Métodos para cálculo do gasto energético (Crianças e adolescentes)

6.6.1. - Taxas energéticas (Kcal/Kg/dia) preconizadas pela FAO/OMS, 1985:


Estas fórmulas devem ser utilizadas para crianças e adolescentes sadios ou com
doenças leves em acompanhamento ambulatorial
40

Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – LACTENTES

6.6.1.1 - Recomendações energéticas para lactentes – FAO/WHO/ONU, (1985)

Idade (anos) Feminino Masculino


0-3 60.9 x P – 54 61.0 x P – 51
3-10 22,7 x P - 495 22,5 X P – 499
10-18 17,5 X P - 651 12,2 X P -746

6.6.2 – Gasto energético Basal – GEB - SCHOFIELD

Idade (anos) Kcal/dia


Sexo Masculino
0-3 0,167 (P) + 15,174 (A) – 617,6
3-10 19,59 (P) + 1,303 (A) + 414,9
10-18 16,25 (P) + 1,372 (A) + 515,5
Sexo Feminino
0-3 16,252 (P) + 10,232 (A) –
413,5
3-10 16,969 (P) + 1,618 (A) + 371,2
10-18 8,365 (P) + 4,65 (A) + 200,0
Fonte: STTALINGS E FUNG, 1998.
(P) = peso em quilogramas (A) = Altura em centímetros

6.6.3. Cálculo Simplificado para o VET

Sexo Feminino 11 a 15 anos adicionar 100 Kcal por ano depois


de 10 anos
> 15 anos calcular para adultos
Sexo Masculino 11 a 15 anos adicionar 200 Kcal para cada
ano depois dos 10 anos > 15 anos ,
adicionar:
10 Kcal/Kg ( muito ativo)
8 Kcal/Kg ( atividades leves)
7Kcal/Kg ( sedentário)
Fonte: Chalms, K H apud Vitolo (2003)
41

Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Atleta

DESPORTISTA

7.1- Avaliação antropométrica:

O IMC pode não fornecer um diagnóstico correto, uma vez que tem como
limitação não medir a porcentagem de gordura corporal ou outros tecidos e não
variar em relação à amostra de indivíduos que está sendo avaliada (DÂMASO,
2001). Por essa razão este índice não é indicado como única forma de
avaliação em atletas visto que não é capaz de classificar adequadamente o
estado nutricional destes. Como complemento da avaliação, para avaliar o
ganho muscular e perda de gordura pode-se realizar a comparação das
medidas de perímetros e circunferências, ou pode-se medir o percentual
de gordura através da bioimpedância, dobras cutâneas isoladas ou
associadas a perímetros (FILHO, 2003).

As técnicas antropométricas mais utilizadas para avaliação em atletas de acordo


com Hirschbruch; Carvalho, (2002) e Dâmaso (2001) são:

O peso, estatura, IMC, diâmetros ósseos, perímetros, e avaliação da


composição corporal (através de dobras cutâneas, bioimpedância ou pesagem
hidrostática).
A utilização de vários métodos simultaneamente pode levar a uma avaliação
mais completa e com resultados mais próximos da realidade, já que todas
essas técnicas apresentam resultados estimados.

As principais circunferências que devem ser tomadas em uma avaliação nutricional


segundo Filho (2003) são:

• Punho; braço relaxado ou normal;


• Braço forçado ou fletido;
• Antebraço;
• Peitoral ou tórax;
• Cintura; abdômen; quadril; coxa proximal;
42

• Coxa mesofemural; coxa distal;


• Panturrilha.

Já as principais dobras a serem tomadas em uma avaliação antropométrica,


segundo Filho (2003) são:

✓ Tricipital (DCT); bicipital (DCB); peitoral (DCPt); subescapular


(DCSE); axilar média (DCAM); supra-ilíaca (DCSI); abdominal
(DCAb); coxa (DCC); panturrilha medial (DCPM).
È importante que as medidas sejam feitas segundo protocolo e repetidas de 2
a 3 vezes para tornar o resultado mais confiável.

7.2- Tratamento dietoterápico:

Os praticantes de atividade física e atletas requerem uma maior


quantidade de energia para satisfazer seu desempenho, dependendo da
intensidade e duração da atividade física que realiza, além de peculiaridades
como idade, sexo, estatura e se adolescente, o nível de maturação sexual.

Para o cálculo de GET, adequar o fator atividade ao tipo de exercício realizado


(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2002).

Atletas e praticantes de atividade física devem levar em conta o índice


glicêmico dos alimentos. Tudo para que a transformação em glicose e a
absorção sejam feitas em diferentes velocidades garantindo o combustível
necessário durante toda a prática do exercício (HIRSCHBRUCH; CARVALHO,
2002; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2002). Açúcares simples têm índice
glicêmico alto (CUPPARI, 2002; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2002).

O atleta nunca deve ingerir açúcar simples antes do treino, pois pode
ocorrer hipoglicemia. Devem preferir de 3 a 4 horas antes do treino, utilizar
alimentos de médio a alto índice glicêmico; 1 hora antes preferir os de alto índice
e os que possuem alto índice glicêmico são recomendados durante e após a
atividade física (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2002). No quadro 01 abaixo
podem ser vistos os índices glicêmicos de alguns alimentos, segundo Mahan &
Escott-Stump (2002).
43

Quadro 1. Exemplos de alimentos de acordo com o Índice Glicêmico


Alto Moderado Baixo
Abóbora, batata Arroz, aveia, Amendoim, leite,
inglesa, cenoura, banana, laranja, frutose, iogurte,
beterraba, glicose, suco pêra, batata doce, feijões, maçã, nozes e
e laranja, açúcar, mel, milho, chocolate, castanha, sorvete,
maltodextrina, trigo, massas, ervilhas, tomate.
pão, bolacha barras protéicas.

Carboidratos: 50 a 60% das calorias. Para as pessoas ativas e aquelas


que participam de um treinamento com exercícios, cerca de 60% da ingestão
calórica diária deveriam ser fornecidos na forma de carboidratos,
predominantemente os complexos. O carboidrato complexo (massa, amido,
frutas e verduras) eleva a glicemia, mas deixa o padrão glicêmico estável
(HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2003)

Lipídeos: são importantes para a preservação da atividade física, os


quais entram com alto potencial energético. Recomenda-se que represente 25
a 20% do VET, e se necessário aumentar o conteúdo de carboidratos, deve
reduzir o de gordura (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2002; MAHAN;
ESCOTTSTUMP, 2002).

Proteínas: em exercícios prolongados e de resistência, com mais de uma


hora de duração, as proteínas entram como função energética. A proteína é
ideal em atividades anaeróbicas mais pesadas, como por exemplo, a
musculação (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2002; MAHAN; ESCOTTSTUMP,
2002).
Recomenda-se uma dieta de 12% a 15% proveniente de proteínas, para
atletas, a ingestão recomendada varia entre 1,2g a 1,8g de proteína/kg de
peso, dependendo do esporte que se pratica. O aumento da proteína na dieta
é justificado em exercícios intensos e de longa duração e em grandes
treinamentos de resistência e atividade envolvida com ganho de massa
muscular magra. Deve-se preferencialmente indicar o aumento do consumo de
proteínas de origem animal (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2002; MAHAN;
ESCOTT-STUMP, 2002).
44

É importante lembrar que a dieta hiperprotéica deve ser acompanhada de


uma maior ingestão de líquidos, principalmente água. Também deve atentar
para o risco de disfunções no fígado e nos rins, em relação às dietas
hiperprotéicas (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2002).

De forma geral podemos citar como preparativos para provas, segundo


Hirschbruch & Carvalho (2002).

• Antes - Promover hidratação, evitar alimentos de difícil digestibilidade,


evitar alimentos e/ou suplementos ou complementos alimentares que nunca
foram testados, respeitar intervalo de 4 horas antes, se for uma grande
refeição (almoço ou jantar), ou 2 à 3 horas para uma refeição mais simples
(desjejum ou lanche), e fornecer alimentação equilibrada em energia e demais
nutrientes.
• Durante - Manutenção da hidratação e fornecimento de alimentos e/ou
suplementos ou complementos alimentares que auxiliam na manutenção de
energia e eletrólitos (CHO de rápida absorção: rapadura, mel, gel...). Quanto
à temperatura a bebida deve estar gelada, pois, desta forma, se move mais
rapidamente no trato intestinal. A reidratação deve continuar por várias horas
após o exercício para repor completamente as perdas.
• Depois - Promover reposição de reservas energéticas e
hidroeletrolíticas depletadas para recuperação metabólica adequada. A
refeição deve ser rica em carboidrato com proteínas associadas. O sódio pode
ser reposto adicionando-se sal aos alimentos bem como se escolhendo
alimentos fontes deste mineral. Frutas e vegetais são boas fontes de potássio.
45

Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Obeso

8- PROTOCOLO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL AO OBESO

O atendimento ao paciente obeso deverá contemplar os seguintes critérios:


• Avaliar os fatores de risco que poderão estar envolvidos;
• Verificar a perda de peso recomendada (estabelecer metas com o paciente).

Utilizar o valor mediano da classificação anterior:


Classificação do IMC ideal para determinação do peso a ser atingido:
❖ Sobrepeso – IMC ideal: 22,5
❖ Obeso1: IMC ideal: 27,5
❖ Obeso 2: IMC ideal: 32,5
❖ Obeso 3: IMC ideal: 37,5

Avaliação nutricional:
❖ Peso e altura
❖ % gordura pelo método da BIA
❖ RCQ e CA
❖ Anamnese alimentar
❖ Circunferência do Pescoço

PACIENTES QUE NÃO SE SUBMETERÃO À CIRURGIA BARIÁTRICA

1º consulta:
- Realizar anamnese clínica e alimentar
- Trabalhar Pirâmide: focar quantidade e qualidade
- Comparação da pirâmide ideal com a preenchida através dos hábitos do paciente
- Estabelecimento de metas com o paciente, focando a mastigação, o
fracionamento e a percepção da sua alimentação, utilizar o registro de 4 dias
como facilitador deste processo
46

Conduta nutricional
- Restrição energética moderada: de 15 a 20Kcal/Kg peso atual/dia,
nunca inferior a TMB
- Cálculo da TMB: DRI
- para o cálculo da TMB usar fórmula de peso ajustado:

Peso ajustado = (peso ideal – peso atual ) x 0,25 + peso atual,


Onde o peso ideal, segundo a OMS: IMC de 21,5 para a mulher e 22,5 para
homem.
• CHO: 55-60% - preferir carboidratos de lenta absorção – rico em
fibras;
• PTN: 15 – 20% - não menos que 0,8g/kg/dia do peso ideal;
• Gorduras: 20 – 25% - preferir as de origem vegetal e restringir as de
origem animal;
• Fibras: 20 – 30g/dia - Álcool: restringir.
• Colesterol: até 300 mg/dia
• Vitaminas e minerais: DRIs
• Sódio: Se hipertensão, reduzir o sódio, termos práticos o sódio
intrínseco deve atingir no máximo 600mg de sódio e adicionar no
máximo 4 g de Nacl, e aumentar o consumo de alimentos ricos em
potássio.
• Líquidos: 1500 ml para cada 1000 kcal
• Distribuição: 6 refeições dia

2º consulta
- Após 15 dias
- Avaliação se as metas foram alcançadas e nova pesagem
- Realização da BIA;
Antes realizar as contas das necessidades do paciente para
determinação do valor energético da dieta, nunca ofertar valor
menor que a taxa metabólica basal calculada;
47

- Montar o cardápio junto com o paciente, de acordo com as porções


da pirâmide, sempre em duas vias (uma do paciente, outra do
prontuário da nutrição);
- Calcular o registro de 4 dias. Validação: dividir o valor energético do
registro pelo valor energético da TMB. Se for maior que 1,2 acreditar,
se for menor, desconsiderar.

Orientações gerais a serem trabalhadas:


- Variar a alimentação
- Não pular refeições, fazendo o número de refeições estipuladas.
- Consumir frutas e verduras da época
- Usar sal e Açúcar em quantidades moderadas
- Utilizar óleo vegetal no lugar da banha
- Prefira os alimentos com menor teor de gordura
- Ingerir bastante água
- Realizar atividade física
- Faça da refeição um encontro agradável
- Solte os talheres para mastigar
- Coloque sobre a mesa apenas o que faz parte do seu cardápio

Monitoramento:
Individual
- Inicialmente mensal ou evoluindo para bimensal de acordo com cada
caso;
- Reavaliar a adesão à dieta, montar nova dieta sempre que
necessário;
- Disponibilizar Receitas para facilitar o seguimento da dieta;
- Lanches pouco calóricos como refeições alternativas;
- Situações do dia-a-dia (festas, viagens, datas comemorativas, etc.);
- Solicitar novo registro sempre que sentir necessidade.

Controlar a cada 3 meses os exames bioquímicos necessários


conforme o caso: lipidograma ou hemoglobina glicada.
48

PACIENTES QUE SE SUBMETERÃO À CIRURGIA BARIÁTRICA


O protocolo de nutrição para atendimento dessa população envolverá os
seguintes períodos: pré-operatório, intra-hospitalar e pós-operatório.

PRÉ-OPERATÓRIO
Tem como metas:
- Reforçar a percepção do paciente de que a perda de peso é possível
quando o balanço energético se torna negativo; - Identificar erros e
transtornos alimentares;
- Aumentar o potencial de sucesso no pós-operatório;
- Promover perda de peso inicial (no caso da cirurgia);
- Promover expectativas reais de perda de peso, preparar o paciente
para a alimentação no pós-operatório e verificar o potencial do
paciente para o sucesso da cirurgia.

ESQUEMA ALIMENTAR NO PRÉ-OPERATÓRIO


1º consulta:
- Realizar anamnese clínica e alimentar
- Trabalhar Pirâmide: focar quantidade e qualidade
- Comparação da pirâmide ideal com a preenchida através dos
hábitos do paciente
- Estabelecimento de metas com o paciente, focando a mastigação, o
fracionamento e a percepção da sua alimentação, utilizar o registro
de 4 dias como facilitador deste processo.
- Solicitação dos exames bioquímicos pertinentes:
· Hemograma completo, Proteínas totais e frações, Lipidograma
completo, Ferro sérico, Vitamina B12, Ácido fólico, Zinco, Creatinina,
Ácido úrico, Uréia, Ferritina

2º consulta
Após 15 dias
- Avaliação se as metas foram alcançadas e novas pesagem
- Explicação de o esquema alimentar pós operatório
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- Mastigação do paciente e a distribuição das refeições ao longo do


dia
- Fracionamento: estímulo a 6 refeições / dia.

ESQUEMA ALIMENTAR NO PÓS – OPERATÓRIO


Pós-Operatório imediato (geralmente ocorre intra-hospitalar):
Cerca de 8 horas após a operação da banda e cerca de 2 dias após a operação
de Capela, deve-se começar a introduzir líquidos em pequena quantidade,
oferecer água de coco, chás, suco de lima e água em quantidades de 50 ml a
cada 20 a 30 minutos. O paciente deverá ingerir em pequenos goles e progredir
até sentir-se apto a tomar maior quantidades. Nos dias seguintes, a quantidade
vai sendo progressivamente aumentada.
Período 1 - Dieta líquida durante 20 dias:
O paciente deve ingerir pelo menos 1500 ml de líquido por dia. O tipo de líquido
deve variar de forma que possa ser ingerida uma quantidade razoável de
nutrientes de diversos tipos. Pode-se tomar chás, leite desnatado, iogurte light,
sucos de frutas ou vegetais (cenoura, tomate, beterraba), sopas de verduras,
frango ou carne (coados), etc. É importante que a dieta seja fracionada por todo
o dia, de forma que não se sinta fome entre as refeições, nem se sobrecarregue
o estômago em uma única tomada.
Período 2 - Dieta semi pastosa por 15 dias: ( Opcional)
Neste período pode ser introduzida dieta cremosa. As refeições com
consistência semelhante à de um creme devem ser tomadas em pequena
quantidade. Os alimentos prontos comercializados para bebês (potinhos)
podem ser utilizados por apresentarem a consistência ideal e possuírem
nutrientes ricos em vitaminas e com a distribuição de proteínas e carboidratos
considerada ótima. Purês moles de aipim, abóbora, e outros vegetais também
podem ser usados, porém sempre em pequenas quantidades. Sopas, sucos e
chás, devem complementar a alimentação diária, mas os líquidos devem ser
50

ingeridos nos intervalos entre as refeições. A quantidade total de líquidos


administrados a cada dia deve ser de pelo menos 1500 ml, divididos em várias
tomadas - 100 a 200 ml de cada vez. O alimento pastoso também deve ser
fracionado em porções de 100 a 150g, perfazendo um total de ± 500 g por dia.
Período 3 - Dieta pastosa por 15 dias
Neste período a consistência do creme pode ser aumentada, chegando ao
purê (pastoso). Antes das refeições recomenda-se meia fruta (maçã, pêra ou
banana) sem casca e sem semente e verduras alface, agrião (só a folha, sem
o talo) e tomate sem casca e sem semente, extremamente bem mastigada.
Período 4 – Dieta branda - Pequenas porções de alimento com
consistência amolecida por 20 dias:
Refeições de consistência normal já podem ser introduzidas na dieta. As
porções devem, contudo, ser mantidas pequenas, e os líquidos tomados
apenas nos intervalos das refeições. É extremamente importante mastigar os
alimentos até que estes se encontrem completamente triturados, quando
então podem ser engolidos. As refeições devem ser feitas em 3 a 5 horários
diferentes, mantendo-se variantes de baixo teor calórico. Devido a sua
consistência devem-se evitar alimentos grelhados, fritos e assados, dando-se
preferência aos cozidos. Recomenda-se cortar as carnes em pequenos
pedaços, e deve-se reservar uma boa mastigação e uma ingestão de
pequenos bolos a cada deglutição.
Período 5 – Dieta livre
Comer com calma e mastigar bem os alimentos:
Agora, cada um vai fazendo seu próprio cardápio, dentro dos princípios
básicos de ingerir alimentos de baixo teor calórico. Reeducação alimenatar.

Recomendações Importantes:
✓ A mastigação lenta e a tomada de pequenos bolos a cada vez deve se
transformar em uma rotina para se evitar problemas maiores como
vômitos e regurgitação (golfadas). À medida que começa a comer
lentamente e a mastigar adequadamente os alimentos, o paciente vai
aprendendo a evitar problemas desse tipo. Após a fase de adaptação,
o paciente vai aprendendo a interpretar os sinais de seu estômago.
✓ As refeições devem conter adequadas quantidades de proteínas,
carboidratos e vitaminas, e devem ser espalhadas ao longo do dia.
51

✓ Portanto no almoço e no jantar utilizar um pouco dos alimentos de cada


grupo, deixando a consistência adequada a cada etapa.
✓ É importante lembrar que o consumo é extremamente limitado, portanto
o pouco de “matéria prima” deve ser de primeira qualidade.
✓ Deve-se evitar deitar após as refeições, bem como ingerir líquidos
enquanto se come.
✓ Certos alimentos não são facilmente tolerados no pós-operatório e
devem ser evitados a menos que possam ser triturados ou quebrados
em pequenos pedaços para que possam ser mais facilmente digeridos.
São alimentos que podem ficar impactados na passagem entre o
pequeno reservatório gástrico e o restante do estômago, possibilitando
a obstrução e a ocorrência de vômitos. _
✓ Os alimentos que devem ser evitados são castanhas, amendoim,
nozes, avelãs, etc. Alguns vegetais fibrosos como abacaxi, laranja,
tangerina, brócolis, etc. só devem ser ingeridos sob a forma de sucos
ou cremes, e o bagaço não deve ser engolido. Os alimentos mais
problemáticos a engolir são carnes, pão e bolachas, que devem ser
consumidos com extremo cuidado.
✓ A mudança gradual da consistência também tem o objetivo de “treinar”
o paciente na mastigação e nas suas escolhas, ajudando-o a adaptar-
se a um novo hábito alimentar, e não apenas fazer mais uma “dieta”.
Este primeiro mês de alimentação mais liquida e cremosa também
auxilia na desintoxicação de organismo.
✓ Deve-se evitar fazer outras coisas como ler ou ver televisão enquanto
come. _ Apesar de existir uma rotina alimentar pós-operatória a mesma
será determinada pela individualidade física e social do paciente,
adaptando o ideal à realidade pra que as orientações sejam realmente
seguidas. _ O ideal é que o paciente seja acompanhado mensalmente
nos 6 primeiros meses, para depois em conjunto com o mesmo
estabelecer a frequência do acompanhamento
52

Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Suplementos

Iniciar a suplementação assim que a dieta deixar de ser líquida restrita:

✓ Complexo B;
✓ Vitamina A e D: Aderogil® - 1 ampola a cada 15 dias completando 3 ampolas,
repetir após 6 meses
✓ Fibra solúvel: Benefiber – 4 colheres de sobre mesa rasa ao dia (adicionada
na sopa ou suco)
✓ B12 intramuscular – cada 4/6 meses.
53

Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial BIBLIOGRAFIA

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