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Secretaria de Educação
Subsecretaria de Articulação das Políticas Educacionais
REFERENCIAL CURRICULAR
DA REDE MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA
Secretária de Educação
Denise Vieira Franco
Gerentes de Departamento:
Departamento de Ensino Fundamental
Gisela Maria Ventura Pinto
Departamento de Educação Infantil:
Ana Lúcia Adriana Costa e Lopes
Departamento de Planejamento Pedagógico e de Formação
Iêda Maria Loureiro de Carvalho
Departamento de Inclusão e Atenção ao Educando
Tânia Franklin Pedroso de Oliveira
Departamento de Planejamento, Pessoas e Informação
Fábia Condé Della Garza
Departamento de Execução Instrumental
Marcos Paulo Moreira
Editoração Gráfica:
Gláucia Fabri Carneiro Marques
Fabiano Rodrigues de Carvalho
Denise de Souza Destro
Revisão:
Denise de Souza Destro
Érica Franco de Oliveira
Fernanda Baldutti
Gláucia Fabri Carneiro Marques
Maria Olinda Venancio
Tatiane Gonçalves Moraes
EQUIPE TÉCNICA
Apresentação......................................................................................................6
de Juiz de Fora...........................................................................................................................................13
3 Educação Infantil................................................................................................22
4 Área de Linguagens............................................................................................30
5 Área de Matemática.........................................................................................366
5.1 Matemática......................................................................................................371
6.1 Ciências.............................................................................................................439
7.1 Geografia...........................................................................................................470
7.2 História...............................................................................................................500
10 Tecnologias........................................................................................................654
APRESENTAÇÃO
Andréa Borges de Medeiros
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de abordagens que acolham noções e posturas em torno do ato de conhecer e das
sistematizações construídas historicamente nos campos disciplinares.
Um percurso por tais formulações implica considerar construções datadas
que expressem a voz das pessoas que as produziram em determinados contextos
sócio-históricos. Perceber de tal forma as produções curriculares e tornar acessível
contraposições a determinadas formulações trazendo outras vozes e outros pontos
de vista, quebra o suposto da verdade como expressão do absoluto e, portanto, como
contraposição da mentira. Uma seleção de conteúdos é apenas uma forma entre tantas
outras para se contar uma história. Assim considerando, os conteúdos são assumidos
como recortes parciais que apresentam conhecimentos em transformação. Isto diz
respeito a toda e qualquer maneira de lidar com o Conhecimento, independentemente
da sua matriz disciplinar.
Um currículo que se pretende livre das amarras do conteúdo disciplinar e investe
em movimentos de compreensão, carrega em suas proposições, o germe da esperança
e o espírito do arauto, anunciando possibilidades de invenções e reinvenções.
Nesse sentido, uma política pedagógica sensível ao valor “evocativo e provocativo
de percepções e interpretações do social vivido e do passado relido no presente”
(PEREIRA; SIMAN, p. 280), promove deslocamentos para o pensamento histórico
e para a percepção de que o papel da Secretaria de Educação, em parceria com as
escolas e creches, é o de problematizar o conhecimento e desconstruir verdades. O
viés democrático nesse processo de construção, instituído nos anos de 2018 e 2019,
pode ser visualizado em algumas situações e acontecimentos muito específicos que
construímos coletivamente, sendo, alguns deles, os seguintes: a articulação entre o
currículo já construído nos anos anteriores e a Base Nacional Curricular; o olhar para o
conhecimento como uma construção múltipla, colocando a palavra versão na pauta das
discussões em foco e buscando fortalecer a criação de práticas pedagógicas significativas
e inovadoras.
Viabilizar uma proposta curricular que tenha como pressuposto a elaboração de
questões e a dúvida sobre os objetos do conhecimento, a curiosidade como disparador
de estudos mais aprofundados e a pesquisa; a produção escolar em grupo e/ou parceria,
bem como, movimentos de escuta e de observações, em torno da multiplicidade de
saberes e fazeres que compõem os cotidianos escolares; conduziu-nos a romper com
práticas de gabinete e abrir perspectivas para romper também com o suposto da
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história única naquilo que se refere aos fundamentos e proposições em torno de uma
ideia de currículo. Optamos pelos arranjos possíveis em torno das formas de apresentar
os conteúdos específicos, as competências, as habilidades e metodologias de ensino,
buscando “estados de alerta” para a percepção dos modos de aprender das crianças e
dos(as) estudantes.
A Secretaria de Educação, cumprindo o seu papel gestor das políticas
educacionais para um ensino público de qualidade, procurou envolver os profissionais
da educação nos estudos e nos diálogos sobre currículo. Nesse processo de construção
muitos foram os avanços considerando as oportunidades de trocas de conhecimentos,
de compartilhamentos. Avançamos muito também em relação à valorização do trabalho
coletivo, bem como das produções geradas nesse formato de construção.
Professores e professoras, coordenadores, diretores e diretoras, em parceria
com os(as) profissionais da Secretaria de Educação se mantiveram ligados a um
objetivo comum: trabalhar pela rede municipal e para a Rede. Momento ímpar para
a aproximação com as escolas; para a escuta dos profissionais; para a leitura e para
os estudos de documentos oficiais. Momento ímpar para deixar à mostra a ousadia de
construir um referencial próprio, autoral, mesmo considerando a condição mandatária
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Nesse sentido, a afirmação de Ivor Goodson (2008), quando do seu olhar para
os currículos como “tradições inventadas” nos leva a pensar na invenção como escolha,
como um recorte de significado num determinado contexto histórico de produção,
como aquele que vivemos hoje, antes e durante a pandemia de Covid-19. Um momento
de excepcionalidade, insegurança e incerteza, que expõe, para todos nós, a urgência
de conversarmos sobre sentimentos e percepções da experiência que vivemos. O
conteúdo programático traçado nesse percurso curricular importa do ponto de vista da
tradição escolar, é ela que mantém as rotinas que as instituições de ensino criam, para
implementar modos de fazer educação e garantir direitos de aprendizagem. No entanto,
a perspectiva de ensino que lida com conteúdos sistematizados requer movimentos
de escuta, de possibilidades narrativas e de trocas de pontos de vista. Tais princípios
metodológicos sempre se fizeram necessários para o estabelecimento de processos mais
democráticos nas relações escolares e com o conhecimento. Ocorre que na situação de
pandemia e pós-pandemia eles se tornam essenciais para o enfrentamento de aspectos
socioemocionais e afetivos.
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Sabendo desse enorme desafio, e da necessidade de propor um referencial
curricular para a rede municipal de Juiz de Fora, trabalhamos com afinco e esperamos,
sinceramente, que esse legado, construído por tantas mãos, chegue a cada escola e a
cada educador como um subsídio para o planejamento educacional e para a criação de
práticas significativas e potentes que possam instigar saberes e conhecimentos novos.
Agradecemos a todos e a todas que investiram seus esforços para concluir
essa produção que ora tornamos pública. Somos gratos (as) pelas parcerias e pelos
vínculos que estabelecemos durante todo esse caminho de construções que certamente
promoveu em cada um de nós olhares mais sensíveis para as delicadezas que envolvem
os atos educativos.
REFERÊNCIAS
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1 O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO REFERENCIAL
CURRICULAR DA REDE MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA
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Quadro 1 – Grupos de Trabalho e Contribuições da Escola
COMPONENTE COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS CONTRIBUIÇÕES
CURRICULAR/Etapa DAS ESCOLAS
Duas técnicas do DPPF/1/SFCPE2, uma 33 escolas/
Educação Infantil supervisora e três técnicas do DEI3, duas creches
coordenadoras de escolas municipais.
Supervisora do DPPF/SFCPE e três técnicas da
Língua Portuguesa DPPF/SFCPE, uma do DEF4 /SAI5 , uma do DEF/ 24 escolas
SAF6 e uma professora de escola municipal.
Língua Inglesa Supervisor do DEF/SAI e técnica do DPPF/SDEAE7. 9 escolas
Arte Gerente do DPPF, Supervisor da DPPF/SPAC8, sete 14 escolas
técnicos do DPPF/SPAC e um do DPPF/SDEAE
Educação Física Técnica da DPPF/SDEAE, dois técnicos do DEF/ 20 escolas
SPAPEI9.
Supervisor do DEIN10/SACFCP11 uma técnica da
Matemática SDEAE, uma do DPPF/SFCPE e duas do DEF/SAI 14 escolas
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Importa ressaltar que os(as) supervisores(as) e técnicos(as) são professores(as) de
diferentes componentes curriculares e/ou coordenadores(as) da Rede Municipal de Ensino
de Juiz de Fora que estavam atuando na SE no ano em que a discussão e elaboração do
Referencial Curricular foi realizada.
Em relação ao componente Ensino Religioso, o trabalho realizado pela Rede Pública
Municipal de Ensino de Juiz de Fora era de forma transversal. Com a normatização da BNCC
(BRASIL, 2017) foi criado, em nossa Rede, um grupo para fazer a discussão da área do Ensino
Religioso no início do ano de 2020, mas com as modificações ocorridas em virtude da pandemia
esse trabalho foi suspenso não sendo possível finalizar a proposição. Dessa forma, o presente
Referencial apresentará as orientações trazidas pela BNCC (BRASIL, 2017).
Há de se destacar que a Rede Pública Municipal de Ensino de Juiz de Fora apresenta
um Referencial Curricular de Tecnologias com o intuito de orientar o trabalho desenvolvido
por professores(as). As Tecnologias não são caracterizadas como um componente curricular
obrigatório na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.396/1996 (LDB)(BRASIL, 2017b),
porém ofertá-la na carga horária de nossas crianças e estudantes torna-se importante, uma
vez que pode ser considerada como um recurso tecnológico educacional potente tanto na
aprendizagem escolar quanto na vida social.
Outro aspecto importante a se destacar refere-se à reflexão inicial dos grupos alusivos
aos componentes curriculares História e Arte, pois estes decidiram, após o comparativo com a
BNCC, manterem as proposições curriculares que já vem sendo utilizadas pelos(as) docentes
nas escolas. Sobre a Educação Infantil as proposições da BNCC se apresentaram bastante
integradas ao Currículo da Rede Municipal. Dessa forma, o referencial se constitui numa
relação direta entre os dois documentos. Assim, seus textos apresentados nesse Referencial
Curricular serão os mesmos encontrados nos currículos produzidos no ano de 2012, acrescidos
de textos introdutórios com considerações que justificam tal escolha.
Apesar de a Educação de Jovens e Adultos (EJA) não ter sido contemplada na BNCC, o
município oferta essa modalidade de ensino e possui uma Proposta Curricular para o trabalho
pedagógico a ser desenvolvido. A equipe responsável por essas discussões optou, também,
por mantê-la nesse Referencial Curricular.
A última etapa da construção desse Referencial Curricular foi a análise das contribuições
das escolas. As mesmas foram encaminhadas aos respectivos grupos por componente
curricular e Etapas/Modalidades para que estudassem as considerações advindas da
comunidade escolar, de forma a relacioná-las ao que foi proposto preliminarmente e construir
o documento final.
Dessa forma, foi construído o Referencial Curricular da Rede Muncipal de Juiz de Fora.
A produção desse documento resulta de um esforço da SE para valorizar a Proposta Curricular
da Rede Municipal construída em 2012 (JUIZ DE FORA, 2012) e redimensioná-la a partir das
prerrogativas da BNCC (BRASIL, 2017) e do CRMG (MINAS GERAIS, 2018). Esse Referencial
deverá nortear a revisão dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das escolas.
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2 NOÇÕES TEÓRICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR
DA REDE MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA
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frequentam as escolas de nossa Rede Pública de Ensino. Segundo as DCGNEB (BRASIL,
2013, p. 17),
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principalmente, a cultura e pertencimentos das crianças e estudantes, em prol de
sua formação integral. Não obstante, deve-se atentar para a “[...] compatibilidade
entre a proposta curricular e a infraestrutura entendida como espaço formativo
dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade”
(BRASIL, 2013, p. 22).
No que diz respeito à aprendizagem, esse Referencial Curricular a compreende
como um processo de interação cultural, em uma relação entre professor(a)/
criança/estudante, como trocas culturais que potencializam a formação discente
de forma ampla e significativa.
O processo de ensino e aprendizagem de crianças e estudantes deve
ser realizado de forma dialogada, contextualizada, desafiadora, estimulando a
participação dos(as) discentes nas aulas, ampliando suas formas de ver o mundo
e de atuarem nele. Nesse sentido, é importante que se proponha um desenho
curricular diferente do que tradicionalmente vem sendo trabalhado em muitas
realidades. Um currículo pautado disciplinarmente, muitas vezes, não consegue
dar conta das inúmeras possibilidades de aprendizagens significativas que
crianças e estudantes podem e têm o direito de construir. Assim, pensar em
uma estrutura curricular por áreas, pressupõe a interdisciplinaridade entre os
diferentes componentes curriculares, sem que seja necessário abrir mão de seus
conhecimentos específicos.
Nesse Referencial Curricular os componentes curriculares são agrupados
em áreas de conhecimento – Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação
Física e Língua Inglesa); Matemática (Matemática); Ciências da Natureza
(Ciências); Ciências Humanas (Geografia e História); Ensino Religioso; Educação
Infantil; Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Tecnologias. Para além da
interdisciplinaridade entre os componentes, é importante que haja diálogo
entre as áreas de Conhecimento, bem como entre as Etapas da Educação Infantil
e do Ensino Fundamental e da Modalidade EJA. Importa sobretudo que os(as)
professores(as), juntamente com seus(as) coordenadores(as) pensem em
possiblidades pedagógicas transdisciplinares.
Desenvolver o currículo com uma abordagem inter/transdisciplinar exige
que haja planejamento do trabalho pedagógico, desde a organização do tempo e
do espaço físico, da utilização de equipamentos e materiais, e do engajamento dos
atores educacionais com o PPP da escola. A proposta interdisciplinar traz no bojo
das suas discussões o desenvolvimento do trabalho pedagógico na perspectiva
da Pedagogia de Projetos. Ela propõe diálogos entre os diversos componentes
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curiculares, ou seja, precisa haver um projeto comum, com um planejamento que
as relacione.
Neste sentido, novos conhecimentos são produzidos, menos fragmentados e
mais significativo para crianças e estudantes, que passam a perceber interconexões
entre os saberes. Portanto, a interdisciplinaridade é entendida aqui como uma
abordagem de integração entre as diferentes áreas de conhecimento, um trabalho
que envolve cooperação e troca, aberto ao diálogo e ao planejamento (NOGUEIRA,
2001).
A transdisciplinaridade vai além da colaboração entre os componentes
curriculares, pois ela exige um pensamento organizador que ultrapassa as próprias
disciplinas (MEDEIROS, 2018). Seus conceitos contrapõem-se aos princípios
cartesianos de fragmentação do conhecimento (DESCARTES, 1973) e abre
possibilidades para pensar problemas contemporâneos. Logo, o conhecimento é
concebido como uma rede de conexões onde não apenas as fronteiras entre os
componentes curriculares não existem mais, como fica caracterizado que elas
formam a parte de um todo integrado (MEDEIROS, 2018).
Nesta perspectiva, a Avaliação da Aprendizagem, como parte importante do
desenvolvimento de um currículo, deve ser entendida como um instrumento capaz
de pomover a autorreflexão, possibilitando ao(à) estudante, que é protogonista
no processo de ensino e de aprendizagem, pensar sobre seu percurso perante a
construção de um conceito, perceber seus erros e reconstruir caminhos frente a um
conhecimento significativo, aplicável, dinâmico.
Na dinâmica de ensinar, a avaliação pode fornecer pistas importantes para
educadores(as) e gestores(as), a fim de que estes(as) possam avançar em práticas
pedagógicas ou retomar alguma etapa do processo de ensino e de aprendizagem,
com o intuito de vencer as dificuldades apresentadas. Portanto, a avaliação deve
ser percebida como um elemento integrador entre aprendizagem e ensino, como
um conjunto de ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido
e como foi aprendido (BRASIL, 2017). Além disso, “[...] a avaliação deve ser
redimencionadora das ações pedagógicas e deve assumir um caráter processual,
formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica” (BRASIL, 2013, p.
123).
Isto posto, a avaliação da aprendizagem é um instrumento mediador
na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da
aprendizagem dos(as) estudantes.
16
2.1 COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
17
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
18
destacadas ao longo de seus textos e que devem ser desenvolvidas ao longo dos anos
de escolaridade.
A seguir, apresentamos os textos curriculares dos componentes curriculares
seguindo a especififcação da BNCC, iniciando com a Educação Infantil; seguindo
com a Área de Linguagens (com os componentes curriculares Língua Portuguesa,
Arte, Educação Física e Língua Inglesa), Área de Matemática (componente curricular
Matemática); Área de Ciências da Natureza (componente Ciências); Área de Ciências
Humanas (Componentes Geografia e História); Referencial da EJA; Tecnologias e o
Referencial de Ensino Religioso (BRASIL, 2017).
Com exceção dos componentes curriculares História, Arte, Educação Infantil
e EJA, os demais apresentam a sistematização de seus conhecimentos por meio de
Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento e Habilidades. A língua Portuguesa,
no entanto, se organiza em Práticas de Linguagem, Campos de Atuação, Objetos de
Conhecimento e Habilidades.
Em relação às Habilidades, o Referencial Curricular da Rede Municipal de Juiz
de Fora optou pela mesma sistematização trazida pela BNCC (BRASIL, 2017), por código
alfa-numérico, como no exemplo que se segue:
O código varia de acordo com o ano de escolaridade a que se refere,
componente curricular e a ordem que a habilidade aparece no ano de escolaridade.
No Referencial Curricular de Juiz de Fora, foram inseridas outras letras ao final do
código para identificar de qual documento ela foi retirada. O quadro a seguir explica
esse acréscimo:
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Quadro 2 – Códigos Alfa-numéricos usados no Referencial Curricular da Rede Municipal
de Juiz de Fora
Esse Referencial Curricular deverá embasar a revisão dos PPP das escolas e os
planos de ensino anuais dos(as) docentes das escolas da Rede Municipal de Ensino de
Juiz de Fora.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Plano Nacional de Educação (PNE). Brasília, 2014. Disponível em: http://pne.mec.gov.
br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014.
Acesso em: 10 set. 2020.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Brasília: Senado Federal, Coordenação de
Edições Técnicas, 2017b. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/
id/529732/lei_de_diretrizes_e_bases_1ed.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020.
DESCARTES, R. Discurso do método. In: René Descartes. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
(Coleção Os Pensadores).
JUIZ DE FORA. Propostas Curriculares. Juiz de Fora: Secretaria de Educação, 2012. Disponíveis
em: https://www.pjf.mg.gov.br/secretarias/se/escolas_municipais/curriculos/index.php.
Acesso em: 10 set. 2020.
MINAS GERAIS. Currículo Referência de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEE, 2018. Disponível
em:https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/. Acesso em: 6 jun. 2019.
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ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
6 ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
D esde o surgimento da humanidade a Ciência está presente em nossas
vidas, com um desafio de buscar e trazer soluções para muitas questões
que abalam o mundo atual. Além disso, a Ciência como área de saber possibilita as
descobertas nos diversos campos da química, física, da engenharia genética entre outros
e que trazem para nosso meio as soluções e os avanços tecnológicos para a descoberta
da vida (SANTOS, 1988).
Hoje, a área da Ciência torna-se evidente para a dependência humana, inclusive no
campo da atividade cientifica escolar.
Segundo o Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG):
436
Quadro 1: Situações de aprendizagens
437
Competências específicas da Área de Ciências da Natureza
438
6.1 CIÊNCIAS
439
CIÊNCIAS
aprendizagem, vemos como é importante a relação interpessoal e, principalmente, a
ajuda educativa ajustada a situações peculiares de cada aprendiz.
Vida e Evolução: “[...] propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos (incluindo
os seres humanos), suas características e necessidades, e a vida como fenômeno
natural e social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos
processos evolutivos que geram a diversidade de formas de vida no planeta. Estudam-se
características dos ecossistemas destacando-se as interações dos seres vivos com outros
seres vivos e com os fatores não vivos do ambiente, com destaque para as interações que
os seres humanos estabelecem entre si e com os demais seres vivos e elementos não
vivos do ambiente. Abordam-se, ainda, a importância da preservação da biodiversidade e
como ela se distribui nos principais ecossistemas brasileiros” (BRASIL, 2017, p. 326).
440
CIÊNCIAS
construção dos conhecimentos sobre a Terra e o céu se deu de diferentes formas em
distintas culturas ao longo da história da humanidade, explora-se a riqueza envolvida
nesses conhecimentos, o que permite, entre outras coisas, maior valorização de outras
formas de conceber o mundo, como os conhecimentos próprios dos povos indígenas
originários. Assim, ao abranger com maior detalhe características importantes para a
manutenção da vida na Terra, como o efeito estufa e a camada de ozônio, espera-se que
os estudantes possam compreender também alguns fenômenos naturais como vulcões,
tsunamis e terremotos, bem como aqueles mais relacionados aos padrões de circulação
atmosférica e oceânica e ao aquecimento desigual causado pela forma e pelos movimentos
da Terra, em uma perspectiva de maior ampliação de conhecimentos relativos à evolução
da vida e do planeta, ao clima e à previsão do tempo, entre outros fenômenos” (BRASIL,
2017, p. 328).
Ensinar Ciências para os(as) estudantes dos Anos Iniciais tem como objetivo
441
CIÊNCIAS
a promoção da aprendizagem de conhecimentos que possam contribuir para
uma melhor compreensão dos fenômenos naturais que permeiam a realidade,
oferecendo-lhes condições para que possam participar do meio em que vivem como
sujeitos conscientes, reflexivos, críticos e atuantes. Essa participação pode ser
possibilitada por meio de ações individuais e coletivas objetivando a preservação
do planeta.
As aulas de Ciências devem proporcionar, sobretudo, a compreensão da
interdependência de fatores sociais, ambientais, éticos, humanos e científicos.
Desta forma, entendemos que um ensino de qualidade possa compreender as
abordagens dos objetos de conhecimento de uma forma contextualizada, ao
mesmo tempo em que os(as) estudantes sejam incentivadas a exercer o papel de
protagonistas, tendo sua curiosidade despertada, sua voz ouvida e sua participação
garantida no processo de aprendizagem. Quando são unidas atividades teóricas
e práticas, aprender a gostar de Ciências é mais fácil, como também promove o
envolvimento discente naquilo que lhes está sendo proposto (SILVA, 2019).
Nessa perspectiva, a Educação Científica se destaca porque, de acordo
com Roitman (2007), a Ciência é o melhor caminho para se entender o mundo. O
conhecimento científico é o capital mais importante do mundo civilizado. Quanto
mais cedo investir na Educação Científica melhor será a qualidade de vida da
população, uma vez que o investimento na pesquisa científica tem como principal
objetivo o desenvolvimento de tecnologias e produtos para a promoção do conforto
e bem estar de todos. A Educação Científica contribui de forma expressiva na
formação dos(as) estudantes, sobretudo no desenvolvimento do seu pensamento
crítico-reflexivo. Nesse sentido, faz-se necessário que o(a) professor(a) promova a
realização de experimentos, que permitam que aos (às) estudantes a formulação de
hipóteses, teste e verificação na prática, da validade dos conceitos iniciais e tire as
próprias conclusões, a partir dos resultados obtidos (SOUZA; MANOEL, 2018).
É importante ressaltar a necessária e constante tarefa de criticar e repensar
a formação de professores(as) que lecionarão Ciências no Ensino Fundamental
bem como promover e incentivar a formação continuada dos(as) docentes em
exercício, visando criar discussões acerca de melhorias na qualidade do ensino.
Nesse sentido, eles(as) devem ser estimulados(as) a uma permanente formação
e reflexão sobre sua prática, tendo como meta de trabalho pedagógico o acesso
dos(as) estudantes ao conhecimento científico, que é essencial para formar
indivíduos conscientes, capazes de utilizar os conhecimentos adquiridos na vida
diária (BONFIM; GUIMARAES, 2015).
442
CIÊNCIAS
Ciências nos Anos Finais (6º ao 9º anos)
No campo das Ciências da Natureza os(as) estudantes vivenciam, abordam, têm
interesses, saberes e curiosidades sobre a real importância deste componente. Quando o(a)
estudante busca compreender o mundo contemporâneo, ou seja, o mundo material e as
relações que são conectadas com o mundo natural o processo tem sempre como ponto de
partida a observação que continua sendo de caráter importante nos anos finais do Ensino
Fundamental (CARVALHO et al., 2004).
Todavia ao longo desse percurso, percebe-se uma ampliação progressiva da capacidade
de abstração e da autonomia de ação e de pensamento, em especial nos últimos anos, e o
aumento do interesse dos alunos pela vida social e pela busca de uma identidade própria.
Essas características possibilitam a eles, em sua formação científica, explorar aspectos mais
complexos das relações consigo mesmos, com os outros, com a natureza, com as tecnologias
e com o ambiente; ter consciência dos valores éticos e políticos envolvidos nessas relações; e,
cada vez mais, atuar socialmente com respeito, responsabilidade, solidariedade, cooperação e
repúdio à discriminação (BRASIL, 2017, p. 343).
Destaca-se que todo o trabalho realizado nos anos iniciais do Ensino Fundamental
deve ser mantido nos Anos Finais de forma contínua considerando a sequência dos objetos
de conhecimento, as novas fases para o desenvolvimento do aspecto físico, social, emocional
e cognitivo dos(as) estudantes e ainda as características dessa fase, em que a curiosidade pelo
corpo, ambiente e suas relações se ampliam consideravelmente.
Os(as) estudantes, nesse sentido, devem ser incentivados(as) tanto pelo processo
de investigação com aprofundamento progressivo quanto aos conhecimentos técnicos e
científicos, fomentando questionamentos que possibilitem a formação de cidadãos mais
conscientes e críticos. O desenvolvimentodos(as) estudantes é muito importante pois,
Portanto, é nos Anos Finais do Ensino Fundamental que os(as) estudantes criam elos com
a sociedade de forma mais sólida o que os(as) tomam atores/atrizes principais na construção
dessas habilidades e nos muitos processos de transformação (CARVALHO et.al., 2004).
443
CIÊNCIAS
Possibilidade de Procedimentos Metodológicos
444
CIÊNCIAS
matéria e energia; vida e evolução; terra e universo – precisam ser consideradas sob
o panorama do prosseguimento das aprendizagens e da integração com seus objetos
de conhecimento ao longo dos nove anos de escolarização. Dessa maneira, é essencial
que as Unidades Temáticas “[...] despertem, sempre, nos estudantes o interesse em
pesquisas científicas e investigações, por levar em consideração que a criança e o
adolescente vivenciam processos de aprendizagem real (MINAS GERAIS, 2018, p. 747).
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REFERENCIAL CURRICULAR
CIÊNCIAS DA NATUREZA DA REDE MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA
1º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF01CI03XJF) Discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do corpo (lavar as mãos
Respeito à diversidade, reconhecimento e antes de comer, escovar os dentes, limpar os olhos, o nariz e as orelhas etc.) e higiene
ambiental (manutenção da sala e da escola, destino correto do lixo, higiene alimentar e
valorização das diferenças etc) são necessários para a manutenção da saúde.
446
(EF01CI05) Identificar e nomear diferentes escalas de tempo: os períodos diários (manhã,
tarde, noite) e a sucessão de dias, semanas, meses e anos.
Terra e Universo Escalas de tempo (EF01CI06XJF) Selecionar exemplos de como a sucessão de dias e noites orienta o ritmo de
atividades diárias de seres humanos e de outros seres vivos, utilizando também calendários,
situando-os nos período de tempo.
447
2º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF02CI01XMG) Identificar de que materiais (metais, madeira, vidro etc.) são feitos os objetos
que fazem parte da vida cotidiana, como esses objetos são utilizados e com quais materiais eram
Matéria e energia Propriedades e usos dos materiais produzidos no passado, sua importância da reutilização como forma de reciclagem.
(EF02CI02XMG) Propor o uso de diferentes materiais para a construção de objetos de uso cotidiano,
tendo em vista algumas propriedades desses materiais (flexibilidade, dureza, transparência etc.) e
a capacidade de reaproveitá-los.
Prevenção de acidentes domésticos (EF02CI03XJF) Discutir os cuidados necessários à prevenção de acidentes domésticos (objetos
cortantes e inflamáveis, eletricidade, produtos de limpeza, medicamentos etc.). Conhecer produtos
químicos de uso doméstico e compreender que estes oferecem risco à saúde, a partir da leitura de
informações presentes nos rótulos. Identificar situações que tornam a saúde das pessoas vulnerável
e medidas preventivas e protetivas.
(EF02CI04) Descrever características de plantas e animais (tamanho, forma, cor, fase davida, local onde
se desenvolvem etc.) que fazem parte de seu cotidiano e relacioná-las ao ambiente em que eles vivem.
Seres vivos no ambiente (EF02CI05XMG) Investigar e reconhecer a importância da água e da luz para a manutenção da vida
Vida e Evolução de plantas em geral e do meio ambiente.
Planta
(EF02CI06) Identificar as principais partes de uma planta (raiz, caule, folhas, flores e frutos) e a
função desempenhada por cada uma delas, e analisar as relações entre as plantas, o ambiente e os
demais seres vivos.
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(EF02CI07XMG) Descrever as posições do Sol em diversos horários do dia e associá-las ao tamanho
da sombra projetada dos objetos presentes no ambiente escolar, em casa, nos parques, nas praças
etc.
Movimento aparente do Sol no céu (EF02CI07.03JF) Conhecer o efeito da radiação solar sobre as plantas, o ambiente e demais seres
Terra e Universo O Sol como fonte de luz e calor vivos, e sua interferência na saúde humana. Identificar e compreender os processos de respiração,
fotossíntes e egerminação.
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3º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis
Produção de som que influem nesse fenômeno.
(EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da luz através de objetos
transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies
Efeitos da luz nos materiais polidas (espelhos) e na intersecção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos
Matéria e energia de uso cotidiano).
Características e desenvolvimento dos (EF03CI05.04JF) Identificar as diferenças entre animais ovíparos, vivíparos e ovovivíparos, e ainda,
os que sofrem metamorfose.
animais
(EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas
comuns (presença de penas, pêlos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.).
Vida e Evolução
(EF019CI02.01JF) Perceber e identificar as diferenças inscritas no corpo humano e discutir a
diversidade humana, bem como os estereótipos e preconceitos associados às diferenças corporais,
relacionadas aos padrões culturais de beleza e saúde. Funcionamento do corpo humano e seus
Respeito à diversidade, sistemas.
reconhecimento e valorização das
diferenças
(EF019CI11XMG) Selecionar argumentos com bases científicas que evidenciem as múltiplas
dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética).
450
(EF03CI08XJF) Observar, e registrar os períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais
Características da Terra estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu. Identificar fenômenos naturais registrados após
observações ao longo do ano.
Terra e Universo
(EF03CI09XJF) Comparar a formação do solo e seus elementos constituintes utilizando diferentes
amostras de solo do entorno da escola com base em características como cor, textura, cheiro,
tamanho das partículas, permeabilidade etc.
Usos do solo
(EF03CI10XJF) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre
outras possibilidades), reconhecendo a importância do solo para a agricultura e para a vida.
Reconhecer os hábitos nas alterações do solo e suas características.
451
4º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF04CI01XJF) Identificar misturas na vida diária, com base em suas propriedades físicas observáveis,
reconhecendo sua composição. Observando processos de separações de misturas em situações do
Mistura cotidiano.
(EF04CI02) Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando expostos a diferentes
Matéria e energia condições (aquecimento, resfriamento, luz e umidade).
Transformações reversíveis e não
reversíveis (EF04CI03) Concluir que algumas mudanças causadas por aquecimento ou resfriamento são
reversíveis (como as mudanças de estado físico da água) e outras não (como o cozimento do ovo,
a queima do papel etc.)
452
(EF019CI02.01JF) Perceber e identificar as diferenças inscritas no corpo humano e discutir a
diversidade humana, bem como os estereótipos e preconceitos associados às diferenças corporais,
Respeito à diversidade, relacionadas aos padrões culturais de beleza e saúde. Funcionamento do corpo humano e seus
reconhecimento e valorização das sistemas.
Vida e Evolução
diferenças
(EF019CI11XMG) Selecionar argumentos com bases científicas que evidenciem as múltiplas
dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética).
(EF04CI09XJF) Identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relativas
do Sol e da sombra de uma vara (gnômon). Utilizado o próprio corpo para demonstrar o tamanho
da sobra em horários variados.
453
5º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF05CI01) Explorar fenômenos da vida cotidiana que evidenciem propriedades físicas dos materiais
– como densidade, condutibilidade térmica e elétrica, respostas a forças magnéticas, solubilidade,
Propriedades físicas dos materiais respostas a forças mecânicas (dureza, elasticidade etc.), entre outras.
(EF05CI02JF) Pensar a água como recurso finito cuja limpeza é dever do poder público a partir dos
impostos pagos pela comunidade.
(EF05CI02XJF) Aplicar os conhecimentos sobre as mudanças de estado físico da água para explicar o
ciclo hidrológico e analisar suas implicações na agricultura, no clima, na geração de energia elétrica,
no provimento de água potável e no equilíbrio dos ecossistemas regionais principalmente da Zona
Ciclo hidrológico da Mata, relacionando a necessidade de conservação da água com o desperdício doméstico.
(EF05CI04) Identificar os principais usos da água e de outros materiais nas atividades cotidianas
para discutir e propor formas sustentáveis de utilização desses recursos.
Consumo consciente
(EF05CI04JF) Identificar e indicar as formas de tratamento de esgoto, relacionando com a poluição
dos rios e mares.
(EF05CI05) Construir propostas coletivas para um consumo mais consciente e criar soluções
tecnológicas para o descarte adequado e a reutilização ou reciclagem de materiais consumidos na
escola e/ou na vida cotidiana.
Reciclagem
(EF05CI05.08JF) Relacionar causas e conseqüências da poluição, desperdício (identificação, geração,
destinação de lixo) e desastres ecológicos, ligados aos comportamentos humanos.
454
Nutrição do organismo. (EF05CI06) Selecionar argumentos que justifiquem por que os sistemas digestório e respiratório são
Integração entre os sistemas considerados corresponsáveis pelo processo de nutrição do organismo, com base na identificação
digestório, respiratório e circulatório das funções desses sistemas.
(EF05CI08JF) Organizar um cardápio equilibrado com base na análise a apartir da nova Pirâmede
Alimentar de 2013, considerando as características dos grupos alimentares (nutrientes e calorias)
e nas necessidades individuais (atividades realizadas, idade, sexo etc.) para a manutenção da saúde
Vida e Evolução do organismo.
Hábitos alimentares
(EF05CI09) Discutir a ocorrência de distúrbios nutricionais (como obesidade, subnutrição etc.)
entre crianças e jovens a partir da análise de seus hábitos (tipos e quantidade de alimento ingerido,
prática de atividade física etc.).
(EF05CI10XJF) Identificar algumas constelações no céu, com o apoio de recursos (como mapas
celestes e aplicativos digitais, entre outros), e os períodos do ano em que elas são visíveis no início
Constelações e mapas celestes da noite (localização no espaço a partir da observação dos astros).
Terra e Universo
(EF05CI11XJF) Associar e relacionar o movimento diário do Sol e das constelações fixas no céu ao
Movimento de rotação da Terra movimento de rotação da Terra.
455
(EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro
Periodicidade das fases da Lua das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses.
Terra e Universo (EF05CI13JF) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.),
para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas
Instrumentos óticos fotográficas) e discutir usos sociais dessesdispositivos, relacionando a importância dos mesmos
para a ciências – mostrando a importância de contextualizar a história de ciência.
456
6º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
Misturas homogêneas e heterogêneas (EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a partir do resultado de misturas de
Separação de materiais materiais que originam produtos diferentes dos que foram misturados (mistura de ingredientes
para fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio etc.).
(EF06CI05XJF) Explicar a organização básica das células e seu papel como unidade estrutural e
funcional dos seres vivos (as células e todas as outras estruturas do organismo formadas por elas).
Célula como unidade da vida
(EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os
organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização.
Vida e Evolução
(EF06CI06.01XJF) Compreender o conceito biológico de espécie a partir do isolamento reprodutivo,
relacionando à uniformidade biológica que confere identidade ao Homo sapiens e refuta o conceito
Conceito Biólogico de Espécie de raças biológicas para seres humanos.
457
(EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e sensoriais do
Interação entre o sistema locomotor e corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções, a partir de atividades
nervoso práticas contextualizadas.
Interação entre o sistema locomotor e (EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da
interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso.
nervoso
(EF06CI10XJF) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afetado por substâncias
Vida e Evolução psicoativas (uso indevido de medicamentos, drogas lícitas e ilícitas e compreensão de seus efeitos
Droga sobre o organismo).Identificar as vulnerabilidade como maneira de gatilho para uso de drogas.
(EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna
à atmosfera) e suas principais características.
458
7º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF07CI01XJF) Discutir a aplicação, ao longo da história, das máquinas simples e propor soluções
e invenções para a realização de tarefas mecânicas cotidiano. (alavancas, roldanas, engrenagens,
Máquinas simples plano inclinado).
(EF07CI03XJF) Utilizar o conhecimento das formas de propagação do calor para justificar a utilização
de determinados materiais (condutores e isolantes) na vida cotidiana, explicar o princípio de
Equilíbrio termodinâmico funcionamento de alguns equipamentos (garrafa térmica, coletor solar combustão, decomposição,
e vida na Terra ebulição, evaporação, digestão, respiração, etc.) e/ou construir soluções tecnológicas a partir desse
conhecimento.
(EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio termodinâmico para a manutenção da vida na Terra, para
Matéria e energia o funcionamento de máquinas térmicas e em outras situações cotidianas.
(EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econômicas, culturais e sociais, tanto na vida cotidiana
quanto no mundo do trabalho, decorrentes do desenvolvimento de novos materiais e tecnologias
(como automação e informatização).
459
Fenômenos naturais (EF07CI07.11JF) Relacionar e classificar estruturas e comportamentos dos seres vivos as chances de
sobrevivências nestes ambientes e sua importância.
e impactos ambientais
(EF07CI07.12JF) Identificar e perceber as principais características marcantes dos cinco reinos
(Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia) e dos três domínios (Archaea, Bacteria e Eukarya) de
classificação dos seres vivos.
(EF07CI40MG) Identificar as principais doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e fungos,
relacionando-as a cuidados de higiene, saneamento básico e saúde pública.
Vida e Evolução
(EF019CI02.01JF) Perceber e identificar as diferenças inscritas no corpo humano e discutir a
diversidade humana, bem como os estereótipos e preconceitos associados às diferenças corporais,
Respeito à diversidade, relacionadas aos padrões culturais de beleza e saúde. Funcionamento do corpo humano e seus
reconhecimento e valorização das sistemas.
diferenças
(EF019CI11XMG) Selecionar argumentos com bases científicas que evidenciem as múltiplas
dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética).
(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos
componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo
ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc, relacionando com
os impactos causados pela atividade humana.
Programas e indicadores de saúde
pública
(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na
análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de
saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos
resultados de políticas públicas destinadas à saúde.
460
(EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental para o
desenvolvimento da vida na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento
Efeito estufa artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.) e selecionar e
implementar propostas para a reversão ou controle desse quadro.
Fenômenos naturais (vulcões, (EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a
Terra e Universo rara ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas.
terremotos e tsunamis)
(EF07CI16) Justificar o formato das costas brasileira e africana com base na teoria da deriva dos
Placas tectônicas e deriva continental continentes.
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8º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF08CI02XJF) Construir circuitos elétricos com pilha/bateria, fios e lâmpada ou outros dispositivos
Transformação de energia e compará-los a circuitos elétricos residenciais, compreendendo as instalações elétricas de nossas
casas como um grande circuito.
(EF08CI03) Classificar equipamentos elétricos residenciais (chuveiro, ferro, lâmpadas, TV, rádio,
Cálculo de consumo geladeira etc.) de acordo com o tipo de transformação de energia (da energia elétrica para a
de energia elétrica térmica, luminosa, sonora e mecânica, por exemplo).
Matéria e energia
(EF08CI04) Calcular o consumo de eletrodomésticos a partir dos dados de potência (descritos no
Circuitos elétricos próprio equipamento) e tempo médio de uso para avaliar o impacto de cada equipamento no
consumo doméstico mensal.
(EF08CI05) Propor ações coletivas para otimizar o uso de energia elétrica em sua escola e/
Uso consciente de energia elétrica ou comunidade, com base na seleção de equipamentos segundo critérios de sustentabilidade
(consumo de energia e eficiência energética) e hábitos de consumo responsável.
462
(EF019CI02.01JF) Perceber e identificar as diferenças inscritas no corpo humano e discutir a
diversidade humana, bem como os estereótipos e preconceitos associados às diferenças corporais,
relacionadas aos padrões culturais de beleza e saúde. Funcionamento do corpo humano e seus
Respeito à diversidade, sistemas.
Vida e Evolução reconhecimento e valorização das
diferenças
(EF019CI11XMG) Selecionar argumentos com bases científicas que evidenciem as múltiplas
dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética).
(EF08CI16) Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da
identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana.
Repensar a utilização dos recursos e seus impactos.
463
9º ANO
UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF09CI01) Investigar as mudanças de estado físico da matéria e explicar essas transformações com
base no modelo de constituição submicroscópica.
Vida e Evolução Hereditariedade Ideias evolucionistas (EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade (fatores hereditários, segregação,
gametas, fecundação), considerando-as para resolver problemas envolvendo a transmissão de
características hereditárias em diferentes organismos.
464
(EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin apresentadas em textos
científicos e históricos, identificando semelhanças e diferenças entre essas ideias e sua importância
para explicar a diversidade biológica.
Hereditariedade Ideias evolucionistas
(EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção natural
sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo.
(EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas rochosos, planetas
Composição, estrutura e localização gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização do Sistema Solar na nossa Galáxia (a
do Sistema Solar no Universo Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia dentre bilhões).
(EF09CI15) Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a origem da Terra, do Sol ou
Astronomia e cultura do Sistema Solar às necessidades de distintas culturas (agricultura, caça, mito, orientação espacial
e temporal etc.).
Terra e Universo
(EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência humana fora da Terra,
Vida humana fora da Terra com base nas condições necessárias à vida, nas características dos planetas e nas distâncias e nos
tempos envolvidos em viagens interplanetárias e interestelares.
(EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) baseado no conhecimento das
Ordem de grandeza astronômica etapas de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os efeitos desse processo no nosso planeta.
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REFERÊNCIAS
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basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso
em: 6 abr. 2020.
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Edições Técnicas, 1996. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/
id/529732/lei_de_diretrizes_e_bases_1ed.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020.
______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro
Gráfico, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
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CARVALHO, A. M. P. et.al. (Orgs.). Ensino de Ciências: unindo a pesquisa a prática. São Paulo:
Thomson, 2004.
MINAS GERAIS. Currículo Referência de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEE, 2018. Disponível
em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/. Acesso em: 6 jun. 2019.
POLON, S, A. Teoria e Metodologia do Ensino de Ciências. Paraná, RS: Unicentro, 2012. In:
POLON, S, A. Teoria e Metodologia do Ensino de Ciências. Paraná, RS: Unicentro, 2012.
Disponível em: http://repositorio.unicentro.br/bitstream/123456789/333/1/TEORIA%20E%20
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ROITMAN, I. Quanto mais cedo melhor. Brasília: RITLA. Disponível em: http://provinhabrasil.
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SOUZA, B. F. de; MANOEL, P. A. F. Educação científica nos anos iniciais Ensino Fundamental.
Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, v. 5, n. 1, p. 278-302, 2018. Disponível em: http://
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pdf. Acesso em: 13 ago. 2020.
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