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A Evolução do Armazenamento de Músicas

01/10/2012 às 17:02
Disponível em https://www.tecmundo.com.br/infografico/30658-a-evolucao-do-
armazenamento-de-musicas-infografico-.htm - acesso em 01/11/2021

Fernando DAquino

Não é de hoje que a música é uma das formas de arte mais inspiradoras. As diferentes
combinações de melodias e letras têm o poder de despertar em nós as mais variadas
emoções, como alegria, tristeza, saudade, nostalgia, paixão, entre outras.

Embora o ato de fazer música seja milenar, o homem só conseguiu desenvolver


tecnologias para armazená-las e reproduzi-las há “pouco tempo”. No infográfico acima,
você confere uma linha temporal com o surgimento das mídias que serviram para
guardar e executar canções. Agora, vamos explicar cada uma delas com mais
detalhes.

Cilindro fonográfico – 1877

O cilindro fonográfico foi a primeira mídia que obteve sucesso na gravação e


reprodução sonora. A tecnologia era usada no fonógrafo, sendo ambos os dispositivos
inventados por Thomas Edison em 1877.

O maior problema dos cilindros fonográficos era a sua durabilidade. As primeiras


amostras eram feitas de folha de estanho e podiam ser reproduzidos apenas 3 ou 4
vezes. Apesar de serem praticamente descartáveis, na época essa mídia abriu novas
perspectivas para a indústria fonográfica.

Foto de um fonógrafo. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons/Norman Bruderhofer)

De acordo com algumas lendas, a primeira gravação feita por Edison no protótipo do
seu aparelho de gravação foi a mensagem: “Mary tinha um cordeirinho”. Algum tempo
depois, as folhas de estanho foram substituídas por metal ou cera na confecção dos
cilindros – aumentando a durabilidade de reprodução da mídia. Embora tenha sido
pensado para o registro apenas de fala, não demorou para que essa invenção fosse
adotada para guardar músicas.
Disco plano (Gramofone) – 1887

Dez anos mais tarde, o alemão Emile Berliner criou o gramofone – equipamento
considerado o sucessor direto do fonógrafo. A principal diferença entre essas
tecnologias é que o gramofone passou a usar discos planos constituídos de cera, vinil,
cobre e goma laca em vez dos cilindros de Thomas Edison.

Tendo maior resistência e uma capacidade maior para as gravações, o sucesso dos
discos planos e do gramofone foi quase imediato e eles logo foram adotados pelos
músicos para gravar e reproduzir as suas composições.

Disco de vinil – 1948

A indústria fonográfica viu outra revolução em suas tecnologias somente em 1948 com
o surgimento dos discos de vinil, que ainda eram chamados de “Long Play”. No auge
dos seus 64 anos de existência, muitas pessoas ainda preferem o som analógico dos
LPs.

Produzida com um material plástico leve e flexível, essa mídia tem ranhuras
espiraladas que conduzem a agulha do toca-discos – também conhecido como vitrola
ou radiola. Tais sulcos microscópicos causam vibrações na agulha, as quais são
transformadas em sinais elétricos que, quando amplificados, geram sons audíveis.

(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)

Cartucho 8-track – 1958

Popular nos EUA nas décadas de 60 e 70, essa mídia foi a pioneira em gravar
conteúdos sonoros em fitas magnéticas – técnica que mais tarde originou outros
mecanismos que servem para o armazenamento de dados, como os discos rígidos.

O primeiro cartucho 8-track desenvolvido para o uso comercial foi lançado em 1958 e
essa mídia foi a precursora no desenvolvimento de equipamentos sonoros portáteis –
embora o aparelho que a tocava não fosse tão fácil de ser transportado como os
dispositivos que temos hoje.
Fita cassete – 1963

As fitas cassete (ou K7 para os mais “chegados”) são a evolução dos cartuchos 8-
track, com a vantagem de serem menores. No início, devido à baixa qualidade sonora,
essa mídia era usada apenas para gravação de conversas, entrevistas e palestras.

Com os reparos das falhas mecânicas e de gravação existentes nas primeiras versões
da tecnologia, as fitas cassete ganharam uma enorme popularidade em todo o
planeta. O auge dessa mídia foi dos anos 70 até meados da década de 90 – quando
foi desbancada pelo CD.

CD – 1982

O CD, ao menos até as atuais gerações, dispensa apresentação. Essa mídia óptica foi
desenvolvida especificamente para armazenar e reproduzir arquivos de áudio. A
tecnologia foi criada em 1979, mas os compact discs só começaram a ser
comercializados a partir de 1982. Esses discos compactos dominaram as prateleiras
ao longo dos anos 90 e início dos anos 2000.

Além de quebrar paradigmas na época de seu lançamento, essa mídia foi inspiração
para o desenvolvimento de outros meios de guardar conteúdos digitais, como os DVDs
e os discos de Blu-ray. É fato que os CDs estão perdendo espaço com o passar dos
anos e a popularização de outras mídias, mas você ainda pode encontrá-los com
facilidade no mercado.

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Miniaturização

MiniCD – 1990

Os miniCDs são basicamente CDs menores e com sua capacidade de


armazenamento reduzida. Embora tenha sido pensada para substituir o CD com foco
na portabilidade, essa mídia não vingou e pouco foi usada para a reprodução de
músicas.

Atualmente, eles ainda são usados, em baixa escala, para fornecer informações ou
conteúdo de suporte para equipamentos eletrônicos, como drivers de MP3 players e
webcams. O primeiro player específico para esse tipo de disco foi lançado em 1990.

MiniDisc – 1992

Criado pela Sony, o MiniDisc visava transformar conteúdos analógicos em digitais a


partir de equipamentos de gravação. Em suma, ele é um miniCD regravável com a
intenção de guardar e reproduzir músicas.

De acordo com a empresa que a criou, essa mídia é capaz de ser regravada até 1
milhão de vezes. O MD foi anunciado pela multinacional japonesa em 1991, mas só
começou a ser vendido no ano seguinte. Apesar da capacidade, a tecnologia teve
grande sucesso apenas no Japão.

MP3 Player – 1998

O MP3 player chegou para revolucionar a forma como as músicas eram armazenadas
e ouvidas no ano de 1998 com créditos para a empresa coreana Saehan. Ele
praticamente liquidou com todas as tecnologias antecessoras por ser facilmente
transportado em qualquer bolso ou mochila e pela sua longa vida útil se comparado às
outras mídias existentes até então.

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

O primeiro aparelho lançado tinha meros 32 MB de memória (espaço irrisório para os


padrões atuais). Um ano depois, a Samsung lançava o primeiro celular com suporte
para esse tipo de funcionalidade.
Memória Flash

Pendrive – 2000

Embora não tenha sido criado com o intuito de ser um repositório de canções, a
popularização de eletrônicos com portas USB, como PCs, TVs notebooks e aparelhos
de som – inclusive automotivos –, deu aos pendrives mais uma utilidade: ser um
dispositivo para o armazenamento de músicas.

As memórias flash USB começaram a ser vendidas em 2000 (tendo suas patentes
registradas em 1999 pela empresa israelense M-Systems) e ofereciam míseros 8 MB
de espaço para guardar dados – mesmo assim esse espaço era cinco vezes maior do
que o dos disquetes.

Essa limitação inicial foi um dos principais motivos por essa mídia demorar muitos
anos para ser adotado como equipamento para salvar canções. Atualmente,
presenciamos a terceira geração dessa tecnologia, que disponibiliza modelos muito
mais velozes e “espaçosos”.

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Cartão de memória microSD – 2005

Variação desses primórdios da memória flash, o padrão microSD de cartões de


memória foi usado inicialmente em celulares. Mas as suas medidas reduzidas e
enorme espaço de armazenamento logo foram adotadas por outros tipos de aparelhos
eletrônicos – incluindo GPS, som automotivo e câmeras digitais. Quando anunciados
em 2005, os cartões dessa categoria tinham no máximo 128 MB.

Streaming

O streaming no formato que o conhecemos tomou forma no final da década de 80 e


começou a se desenvolver nos anos 90, sendo que a primeira rádio online surgiu em
1994. Contudo, a infraestrutura precária e a baixa disseminação da internet nesse
período fizeram que esse tipo de mídia demorasse para se popularizar.

Há aproximadamente três ou quatro anos é que o streaming ganhou força.


Atualmente, existem inúmeros serviços em que você pode escutar música sem baixar
nada, quando e onde estiverem. Mais do que isso, você já pode assistir a filmes
completos em alta definição diretamente do seu PC sem fazer o download de nenhum
arquivo.

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