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01/10/2012 às 17:02
Disponível em https://www.tecmundo.com.br/infografico/30658-a-evolucao-do-
armazenamento-de-musicas-infografico-.htm - acesso em 01/11/2021
Fernando DAquino
Não é de hoje que a música é uma das formas de arte mais inspiradoras. As diferentes
combinações de melodias e letras têm o poder de despertar em nós as mais variadas
emoções, como alegria, tristeza, saudade, nostalgia, paixão, entre outras.
De acordo com algumas lendas, a primeira gravação feita por Edison no protótipo do
seu aparelho de gravação foi a mensagem: “Mary tinha um cordeirinho”. Algum tempo
depois, as folhas de estanho foram substituídas por metal ou cera na confecção dos
cilindros – aumentando a durabilidade de reprodução da mídia. Embora tenha sido
pensado para o registro apenas de fala, não demorou para que essa invenção fosse
adotada para guardar músicas.
Disco plano (Gramofone) – 1887
Dez anos mais tarde, o alemão Emile Berliner criou o gramofone – equipamento
considerado o sucessor direto do fonógrafo. A principal diferença entre essas
tecnologias é que o gramofone passou a usar discos planos constituídos de cera, vinil,
cobre e goma laca em vez dos cilindros de Thomas Edison.
Tendo maior resistência e uma capacidade maior para as gravações, o sucesso dos
discos planos e do gramofone foi quase imediato e eles logo foram adotados pelos
músicos para gravar e reproduzir as suas composições.
A indústria fonográfica viu outra revolução em suas tecnologias somente em 1948 com
o surgimento dos discos de vinil, que ainda eram chamados de “Long Play”. No auge
dos seus 64 anos de existência, muitas pessoas ainda preferem o som analógico dos
LPs.
Produzida com um material plástico leve e flexível, essa mídia tem ranhuras
espiraladas que conduzem a agulha do toca-discos – também conhecido como vitrola
ou radiola. Tais sulcos microscópicos causam vibrações na agulha, as quais são
transformadas em sinais elétricos que, quando amplificados, geram sons audíveis.
Popular nos EUA nas décadas de 60 e 70, essa mídia foi a pioneira em gravar
conteúdos sonoros em fitas magnéticas – técnica que mais tarde originou outros
mecanismos que servem para o armazenamento de dados, como os discos rígidos.
O primeiro cartucho 8-track desenvolvido para o uso comercial foi lançado em 1958 e
essa mídia foi a precursora no desenvolvimento de equipamentos sonoros portáteis –
embora o aparelho que a tocava não fosse tão fácil de ser transportado como os
dispositivos que temos hoje.
Fita cassete – 1963
As fitas cassete (ou K7 para os mais “chegados”) são a evolução dos cartuchos 8-
track, com a vantagem de serem menores. No início, devido à baixa qualidade sonora,
essa mídia era usada apenas para gravação de conversas, entrevistas e palestras.
Com os reparos das falhas mecânicas e de gravação existentes nas primeiras versões
da tecnologia, as fitas cassete ganharam uma enorme popularidade em todo o
planeta. O auge dessa mídia foi dos anos 70 até meados da década de 90 – quando
foi desbancada pelo CD.
CD – 1982
O CD, ao menos até as atuais gerações, dispensa apresentação. Essa mídia óptica foi
desenvolvida especificamente para armazenar e reproduzir arquivos de áudio. A
tecnologia foi criada em 1979, mas os compact discs só começaram a ser
comercializados a partir de 1982. Esses discos compactos dominaram as prateleiras
ao longo dos anos 90 e início dos anos 2000.
Além de quebrar paradigmas na época de seu lançamento, essa mídia foi inspiração
para o desenvolvimento de outros meios de guardar conteúdos digitais, como os DVDs
e os discos de Blu-ray. É fato que os CDs estão perdendo espaço com o passar dos
anos e a popularização de outras mídias, mas você ainda pode encontrá-los com
facilidade no mercado.
Miniaturização
MiniCD – 1990
Atualmente, eles ainda são usados, em baixa escala, para fornecer informações ou
conteúdo de suporte para equipamentos eletrônicos, como drivers de MP3 players e
webcams. O primeiro player específico para esse tipo de disco foi lançado em 1990.
MiniDisc – 1992
De acordo com a empresa que a criou, essa mídia é capaz de ser regravada até 1
milhão de vezes. O MD foi anunciado pela multinacional japonesa em 1991, mas só
começou a ser vendido no ano seguinte. Apesar da capacidade, a tecnologia teve
grande sucesso apenas no Japão.
O MP3 player chegou para revolucionar a forma como as músicas eram armazenadas
e ouvidas no ano de 1998 com créditos para a empresa coreana Saehan. Ele
praticamente liquidou com todas as tecnologias antecessoras por ser facilmente
transportado em qualquer bolso ou mochila e pela sua longa vida útil se comparado às
outras mídias existentes até então.
Pendrive – 2000
Embora não tenha sido criado com o intuito de ser um repositório de canções, a
popularização de eletrônicos com portas USB, como PCs, TVs notebooks e aparelhos
de som – inclusive automotivos –, deu aos pendrives mais uma utilidade: ser um
dispositivo para o armazenamento de músicas.
As memórias flash USB começaram a ser vendidas em 2000 (tendo suas patentes
registradas em 1999 pela empresa israelense M-Systems) e ofereciam míseros 8 MB
de espaço para guardar dados – mesmo assim esse espaço era cinco vezes maior do
que o dos disquetes.
Essa limitação inicial foi um dos principais motivos por essa mídia demorar muitos
anos para ser adotado como equipamento para salvar canções. Atualmente,
presenciamos a terceira geração dessa tecnologia, que disponibiliza modelos muito
mais velozes e “espaçosos”.
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