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Universidade Federal de Santa Catarina - CFH

Coordenadoria Especial de Museologia


Curso de Museologia
MUS 7505 – 05338 – Preservação e Conservação de Bens Culturais II

Discente: Augusto G. A. Barbosa

Trabalho 1

Manual de Preservação de acervos fílmicos.

Este manual que se apresenta aqui, é construído usando duas publicações como
referência base. Vale ressaltar que a bibliografia, em língua portuguesa, sobre
preservação de acervos fílmicos é bem restrita. Deste modo o manual que aqui se
apresenta em grande parte se faz a partir de uma tradução livre do “The Film
Preservation Guide: The basics for archives, libraries, and museums.” (Guia de
Preservação de Filmes: O básico para arquivos, bibliotecas e museus) da National Film
Preservation Foundation (Fundação Nacional de Preservação de Filmes), dos Estados
Unidos da América. Em contra partida, foi utilizada a publicação mais completa já
publicada em português, que é a dissertação de mestrado de Angélica Gasparotto de
Oliveira, no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade
de Brasília (UnB), sob o título “Preservação de Acervos Fílmicos no Distrito Federal”,
onde a autora trata mais da contextualização institucional e do histórico da preservação
fílmica do que das técnicas de conservação especificamente. Logo de início recorre-se
aqui à OLIVEIRA para desfazer uma confusão comum quando são abordados os termos
preservação e conservação:

“A conservação é uma das formas de preservação de qualquer material e


compreende “o conjunto de medidas precisas para evitar uma deterioração ulterior
do documento original e que requerem uma intervenção técnica mínima”
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A
CULTURA..., 2002, p. 19). Iván Trujillo Bolio destaca a importância de se
estabelecer critérios de preservação, para que não se confunda com os de
conservação. Portanto, enfatiza que conservar consiste em armazenar os
materiais para que não se degradem ou para que a degradação seja mais lenta do
que se não estivessem em ambientes sob proteção (EL ACERVO..., 2004, p. 64).”
(OLIVEIRA, 2013,p. 57)

“Já a preservação engloba a classificação dos materiais para que sejam


recuperados, explorados por todos: “é decidir que se não existe acesso aos
materiais eles não estão sendo preservados, mesmo que isso pareça contraditório”
(EL ACERVO..., 2004, p. 64). Ao se elaborar um programa visando à criação de
diretrizes de preservação de acervos, deve-se levar em conta alguns fatores como
[...] o ambiente, o tipo de material, a estratégia de preservação/conservação
propostas, o acesso às técnicas, os conhecimentos em matéria de preservação, o
controle da documentação, as coleções e as disposições em matéria de acesso.
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A
CULTURA, 2002, p. 19)” (OLIVEIRA, 2013, p. 57)

1) Contextualização da Tipologia Material


O Cinema é uma prática cultural que engloba diferentes práticas técnicas que compõe
uma experiência áudio-visual desde o final do século XVIII. Estamos falando de
processos de captação/gravação de imagem, captação/gravação de áudio, edição,
finalização, distribuição/apresentação aos públicos. Tendo em vista que os
equipamentos iniciais funcionavam a partir da gravação dessas imagens e áudios em
rolos de filme cinematógráfico, ou também chamado de película cinematográfica.
Estamos falando de um tipo de tecnologia, e quando falamos nesse assunto é
importante ressaltar que é um campo de constantes pequenas revoluções e renovações,
ou seja, as demandas por novos mercados e novas maneiras de fazer/vender, geram
mudanças na estrutura da tecnologia de tempos em tempos, influenciada pelo estilo de
lidar do capitalismo e por um instinto de aprimoramento o que já se tem. É importante
levar isto em consideração, visto que o resultado destas mudanças dos jeitos de fazer
geraram e geram diferentes tipos de equipamentos, e portanto, diferentes tipos acervos
para serem salvaguardados quando pensamos a partir da perspectiva de salvaguarda
museológica.

Trataremos aqui dos acervos fílmicos mais antigos, das primeiras fazes das
experiências cinematográficas. Por conta do limite de tempo, não aprofundarei nas
técnicas de salvaguarda de equipamentos de captação (câmeras filmadoras) e de
projeção (projetores) – máquinas/acervos que também fazem parte da história dessa
experiência cultural no momento de produção e de exibição das películas aos públicos.
Ou seja, trataremos dos acervos de filmes cinematográficos em seus formatos 35mm,
16mm, 8mm e Super-8.

- 35mm: Este formato foi o primeiro a ser utilizado nas câmeras e projetores da história
da cinematografia. Os registros exatos são imprecisos mas as referências apontam que
foi entre 1893 e 1895 que aconteceram as primeiras exibições de filmes na França e
nos Estados Unidos, mesmo que países como a Inglaterra e Alemanha também
realizavam já nessa época alguns experimentos do tipo. Durante 6 décadas as películas
de 35mm foram fabricadas usando um componente básico extremamente inflamável, o
nitrato de celulose. A partir de 1948 a Eastman Kodak Company começou a eliminar
gradualmente o nitrato de celulose, e em 4 anos conseguiu parar totalmente com a
fabricação de filmes com este material. Vale lembrar que as maiores produtoras de
filmes na história da cinematografia foram a Kodak e a Fuji, desse modo é impossível
não citar estas empresas como protagonistas nas mudanças.

- 16mm1 : É um dos formatos mais achados em cinematecas, arquivos, bibliotecas e


museus. Introduzido pela Kodak a partir de 1923 como uma segura alternativa não-
inflamável. Foi o modelo que primeiro recebeu uma pista de som (“sound track”), em

1
Trechos retirados e traduzidos de https://en.wikipedia.org/wiki/16_mm_film
1935. Este formato foi extensamente usado na IIª Guerra Mundial, assim como houve
uma grande expansão do uso profissional do 16mm na produção de filmes no pós-
guerra. Filmes para governos, para empresas, filmes educativos, filmes médicos,
industriais e para a televisão; demandas cinematográficas para o 16mm que marcam as
décadas de 40, 50 e 60. Principalmente por conta de os equipamentos para a captação
e projeção serem menores e mais leves, a televisão foi o setor que mais utiizou o 16mm
junto com o cinema. A partir de 1970 muitos dos usuários do 16mm começaram a fazer
a transição para o uso do vídeo.

- 8 mm e super 8mm: Modelos também muito comuns em repositórios são o 8mm


regulares e o super 8mm. Muitas câmeras de 8mm usam um carretel ou carregador
contendo filme de 16mm. O 8mm regular foi introduzido no mercado em 1932 e o super
8mm em 1965. Trazendo uma importante inovação: diminuiu o tamanho dos furos da
roda dentada, deixando maior área para a imagem. O super 8mm foi aplicado tanto no
uso amador quanto no uso profissional; se tornando muito comum entre os filmes de
cineastas de vanguarda.

Quadro elementos básicos do filme2:


- Fotograma ou quadro (em inglês, “frame”): É o espaço onde cada imagem se forma
e é armazenada. Este espaço é de formato retangular e a projeção dessas imagens em
alta velocidade que produz ao olho humano uma “ilusão” de movimento. Em 1927 a
velocidade padronizada para gerar essa situação foi de 24 imagens por segundo.
- Perfurações: furos feitos na superfície do filme, em geral dos dois lados do fotograma,
e que servem para facilitar o transporte do filme, tanto na câmera quanto no projetor,
mantendo as imagens em registro alinhado umas com as outras.

2
O seguinte trecho foi retirado de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pel%C3%ADcula_cinematogr%C3%A1fica (Acesso em 22 de junho de
2022).
- Numeração de borda (“edge numbers” ou “edge code”): uma série de pequenos
números impressos em uma das bordas da película, sequencialmente e a intervalis
regulares, para facilitar a montafem do filme e sua posterior manipulação em laboratório.
Desde 1991, esses números são acompanhados de códigos de barras, o que permite
sua leitura mecânica.

- Pista de som ou “sound track” (em filmes não-mudos): é o espaço para a


informação sonora, disposto em uma das laterais do filme, entre o fotograma e as
perfurações. Pode ser constituído por uma ou mais pistas de som óptico (visíveis como
uma linha sinuosa preta “desenhada” ao lado do fotograma) ou de som magnético (tiras
de cor marrom constituídas de material magnetossensível). Hollywood começou a fazer
filmes com som em 1929, e as câmeras caseiras 16mm com captação de som foram
apresentadas em 1934. As pistas de som podem ser encontradas em 35mm, 16mm,
Super 8mm e ocasionalmente em 8mm. Um fator importante de ser considerado por
restauradores é de como a pista de som está sincronizada com o prosseguimento da
imagem, há um deslocamento proposital da pista em relação à imagem para que o
projetor consiga reproduzir de maneira sincronizada imagem – mesmo que a cabeça de
reprodução do projetor leia e reproduza ambas as faixas simultaneamente, isso
acontece pelos processos de amplificação de som e projeção de imagem acontecerem
de maneiras diferentes.

Independente do calibre/formato, todos os filmes cinematográficos têm a mesma


estrutura básica. O corpo do filme tem das camadas primárias. A camada mais espessa
é a base de plástico transparente que fornece suporte. A camada mais fina, chamada
de emulsão, carrega os materiais fotossensíveis em um aglutinante de gelatina. Tanto
a base como a emulsão estão sujeitas a decomposição.

- Nitrato: Quando as películas cinematográficas foram introduzidas na década de 1890,


o nitrato de celulose era o único plástico transparente disponível e suficientemente
durável para o uso em câmeras de cinema e projetores. Embora forte e flexível, o filme
à base de nitrato tem uma desvantagem singular: é altamente inflamável. Incêndios de
nitrato são extremamente complicados de serem extinguidos a partir do momento que
começam. A maioria dos filmes de 35mm antes do início da década de 1950 usavam a
base de nitrato de celulose. Por motivos de segurança os filmes 16mm e 8mm já
nasceram utilizando outro material. A Kodak rotulou muitos de seus estoques de nitrato
com as palavras “NITRATE FILM” na borda, para distingui-los dos demais materiais.
Angélica Gasparotto de Oliveira, autora do trabalho “Preservação de Acervos Fílmicos
no Distrito Federal” (2013) aponta:

“Quando nova, a película de nitrato entra em combustão espontânea


a uma temperatura de 130°C; mas, com o passar do tempo, começa
a entrar em combustão espontânea com uma temperatura de apenas
40°C, que pode ser atingida em algumas cidades do Brasil, inclusive
no Rio de Janeiro, que abriga um grande acervo fílmico

A decomposição da película de nitrato ocorre da seguinte forma: a


nitrocelulose desprende gases nitrosos que, juntamente com água
(H2O) ou com a umidade do ar, formam ácido nitroso (HNO2) e ácido
nítrico (HNO3). Tais ácidos destroem a imagem de prata e imagens
coloridas contidas na 55 emulsão, assim como a hidrólise da gelatina,
que forma a emulsão, também leva à destruição da própria emulsão
(CALIL e XAVIER, 1981, p. 112).”

Citando o trabalho de Calil e Xavier “Cinemateca Imaginária: Cinema e Memória” (1981),


Oliveira atenta que filmes de nitrato que já sofreram o efeito do tempo correm grande
risco de serem destruídos caso precisem ser limpos. A água fria favorece a solubilidade
da gelatina, devido à hidrólise da substância. Pode-se fazer um teste antes da lavagem;
contudo, com apenas algumas gotas d’água, há o risco de ocorrer um processo de
decomposição com liberação de calor, o que pode levar a autocombustão da película.

- Acetato: Os fabricantes econtraram um substituto seguro para o nitrato de celulose


explorando plásticos da família do acetato de celulose. A partir de 1909, uma série de
novas bases de acetato foram introduzidas, começando com o diacetato de celulose;
depois na década de 1930, o propionato de acetato de celulose e butirato de acetato de
celulose, e finalmente na década de 1940, o triacetato de celulose. Esses filmes são
chamados de “filmes seguros” ou “filmes de segurança”, são apresentados em formatos
de 16mm e 8mm. O filme de acetato Kodak geralmente tem as palavras “SAFETY FILM”
impressa na borda.

- Poliester: Na metade da década de 1950, a Kodak começou a vender um novo tipo


de filme de segurança feito de polyester. O polyester é a base de filme mais resistente
e quimicamente mais estável, usada até o tempo presente. Por ser tão forte, o poliéster
pode ser mais fino do que outros tipos de suportes de filmes. Além disso, sua resistência
à tração o torna menos vulnerável a danos físicos causados por manuseio inadequado.
Poliéster é inclusive o suporte utilizado para impressão de novos lançamentos em
35mm. Ao contrário do filme de nitrato ou acetato, o poliéster não pode ser emendado
com o cimento/cola de filme, apenas com fita de emenda ou uma emenda ultrassônica.
Sob condições de armazenamento semelhantes, o poliéster dura muito mais que outros
tipos de filme.
Emulsão - A Emulsão carrega os materiais fotossensíveis em um aglutinante de
gelatina. A composição desta camada se difere entre filmes preto e branco e filmes
coloridos. A emulsão de filme cinematográfico em preto e branco bruto contém sais de
prata que são convertidos em partículas de prata metálica durante o processamento.
Com material preto e branco o lado da emulsão do filme parece mais opaco e mais
texturizado do que o lado da base brilhante e suave. Quando processadas e
armazenadas adequadamente, as imagens de prata são muito estáveis. A emulsão do
filme colorido, por outro lado, contém três camadas de corantes: amarelo, ciano e
magenta. Os lados da emulsão e da base, nos materiais coloridos, são mais difíceis de
distinguir, mas é possível identificar o lado da emulsão segurando o filme contra a luz e
verificando o lado em que a imagem aparece levemente elevada ou texturizada.

2) Técnicas de Criação/Produção

Filmes Negativos, Filmes Impressos e Filmes Inversos

No processo fotográfico que cria imagens em movimento, o elemento fílmico que capta
a imagem dentro da câmera é o negativo. O filme negativo é revelado e impresso para
fazer um filme positivo para a projeção. Às vezes, dois rolos de negativo ou positivo –
rolos A e B – são executados sucessivamente na impressora, permitindo que o cineasta
alterne entre eles para ocultar as emendas entre as cenas e criar desvanescimentos
(fades) e descolorações. O filme de reversão é um caso especial. O mesmo filme que
passa pela câmera é processado para se tornar uma imagem positiva. Assim, com o
filme reverso, o original da câmera pode se tornar a impressão de projeção sem o uso
de um negativo intermediário. Frequentemente, cineastas amadores e independentes
preocupados com os custos, optam por trabalhar com o filme reverso. Eles podem ser
identificados examinando a borda do filme perto dos orifícios da roda dentada. Se a
borda estiver clara, a impressão foi produzida a partir de um negativo; se preto,
provavelmente é filme de reversão.

3) Principais Formas e Degradação


O Filme foi concebido como um meio de exibição. Embora a base e a emulsão
sejam propensas à decomposição química, alguns estoques ou lotes de filmes
podem ser mais vulneráveis do que outros. O armazenamento e manuseio
inadequados prejudicam ainda mais a conservação desses acervos.

Dano Mecânico – quando o filme é manuseado incorretamente e inevitavelmente


acontecem danos físicos. Filmes desenrolados em uma mesa de trabalho suja ou
passados por rolos desgastados podem acumular poeira, sujeira, arranhões e
abrasões. Podem ocorrer rasgos se o filme for tensionado durante o enrolamento
ou projeção. Quando o filme é inserido incorretamente no projetor, as perfurações
podem ser esticadas ou rasgadas. Situações irregulares no transporte ou
embalagens inadequadas são também causas recorrentes de danos. As evidencias
físicas de descuidos costumam permanecer na impressão do filme. Os
restauradores podem reparar rasgos, emendas danificadas e furos da roda dentada
quebrados. Mas os arranhões são permanentes, embora às vezes possam ser
minimizados em laboratório durante a duplicação.

Degradação do Acetato (Síndrome do Vinagre) – Água, alta umidade e calor


podem destruir a base plástica do filme de acetato. No estágio inicial da
decomposição, o plástico libera ácido acético, que é quimicamente idêntico ao
vinagre, daí o nome “síndrome do vinagre”. À medida que a decomposição avança,
a reação química acelera. Normalmente, o processo de decomposição segue este
padrão:
1- O filme começa a cheirar a vinagre;
2- A base do filme começa a encolher. Como a base encolhe irregularmente, o
material se torna resistente à ser colocado em posição plana/reta/desenrolada;
3- O filme perde a flexibilidade;
4- A emulsão pode rachar e eventualmente descamar;
5- Um pó branco pode aparecer nas bordas e na superfície do filme.

O vapor de ácido acético liberado por filmes com síndrome do vinagre pode infectar
outros materiais à base de acetato armazenados nas proximidades, principalmente em
uma área de armazenamento mal ventilada. O Image Permanence Institute (IPI) do
Rochester Institute of Technology aconselha o congelamento de filmes em decaimento
avançado de acetato.

A deterioração do acetato não pode ser revertida, mas pode ser retardada
melhorando as condições de armazenamento. Nos estágios iniciais de deterioração, o
conteúdo do filme pode ser resgatado transferindo-o para um novo rolo de filme.
Geralmente uma vez que o filme se torna muito frágil, ele não pode ser copiado em sua
totalidade, embora seções menos danificadas possam ser recuperadas.

Encolhimento – Embora o encolhimento seja um dos principais sintomas da


deterioração do acetato, ele também afeta o nitrato e pode ser agravado por condições
de armazenamento excessivamente secas. Se a umidade relativa cair abaixo de 15%
por longos períodos, o filme perde umidade, se contrai e pode se tornar quebradiço. O
encolhimento é um problema particular para filmes de pequeno calibre devido ao
tamanho menor do quaro do filme e à precisão mecânica exigida do equipamento. Uma
vez que um filme 16mm ou 8mm tenha encolhido além de 0,8% (1% para 35mm), ele
pode ser danificado na projeção. Acima de 2%, mesmo laboratórios qualificados podem
ter problemas para copiar o filme. Neste ponto, o filme geralmente exibe problemas
adicionais de decaimento além do encolhimento.

Esmaecimento de Cores – Mesmo que esta estabilidade se apresente de forma


variada, todos os tipos e marcas de filme colorido desbotam com o tempo. As três
camadas de corante perdem sua cor original em taxas diferentes. Em alguns rolos de
filme, o amarelo é o primeiro a desaparecer; em outros é o ciano. À medida que os
corantes decompõem, o equilíbrio de cores muda. O contraste é perdido e o filme
começa a adquirir um tom marrom-rosado. Eventualmente, o filme assume uma
aparência monocromática desbotada. Impressões e negativos podem sofrer
desbotamento em taxas diferentes. O calor e a alta umidade relativa são os principais
culpados pelo desbotamento da cor. O processo pode ser retardado com um
armazenamento frio e seco, porém não pode ser revertido. Por muitos anos, laboratórios
norte-americanos de cinema buscaram métodos para corrigir filmes de Hollywood
desbotados. Recentemente, vários processos fotoquímicos patenteados têm atraído
interesse. As técnicas digitais também estão ganhando terreno, mas, no momento
ambas as abordagens estão muito além do orçamento das coleções de filmes não
comerciais

Degradação do Nitrato – A forma mais conhecida de deterioração do filme é o


decaimento do nitrato. A degradação do nitrato é um processo químico que ocorre
devido a dois fatores: a natureza do próprio plástico de nitrato de celulose e a forma
como o filme é armazenado, além disso, o decaimento do nitrato costuma seguir um
padrão – a Federação Internacional de Arquivos de Filme (FIAF) define os critérios
indicadores que distinguem o processo de cinco estágios. Geralmente, uma vez que o
filme de nitrato atinge o terceiro estágio, ele não pode mais ser duplicado. Um filme de
nitrato severamente deteriorado é um resíduo perigoso e deve ser transferido para uma
instalação autorizada que possa efetuar o descarte. Como em outras formas de
deterioração química de filme, a degradação do nitrato não pode ser revertida, mas pode
ser retardada a partir de melhoras no armazenamento. O filme de nitrato deve ser
copiado antes que a degradação afete a imagem.

Cinco estágios da degradação do nitrato:

1. Desvanecimento da imagem, descoloração da emulsão para um tom


acastanhado e leve odor nocivo.
2. A emulsão começa a adquirir uma textura pegajosa. Leve odor nocivo.
3. A emulsão amolece e forma bolhas de gás. O odor fica mais intenso e pungente.
4. O filme congela em uma massa sólida. Forte odor nocivo.
5. O filme se desintegra em um pó acastanhado.

Deterioração da trilha magnética – Conservadores(as) observaram que os filmes de


acetato com trilhas sonoras magnéticas são especialmente vulneráveis à síndrome do
vinagre, levando cientistas a especularem que o óxido de ferro na trilha magnética pode
atuar como um catalisador na degradação do acetato. À medida que a base do filme
encolhe e se torna quebradiça, compromete o suporte da tira magnética de som. O
revestimento magnético pode liberar óxido, tornar-se pegajoso e se desprender da base.
Tal como acontece com outros problemas de decomposição química um melhor
armazenamento retarda o processo. Para evitar a perda de som, é importante copiar o
som assim que o decaimento for detectado.

Sobre Umidade Relativa e Temperatura - A segunda edição do IPI Media Storge, para
Negativos, Impressões, Fitas, CDs e DVDs recomenda que a umidade relativa (UR) do
ambiente esteja entre 30% e 50%. A seguir se apresenta a tabela do Anexo 2 do Manual
traduzida.

Fonte: The Film Preservation Guide: The Basics for archives, libraries and museums. I. National Film
Preservation Foundation (U.S.), 2003.
Pragas: Mofo, Bolor e Fungos – Um filme armazenado em condições úmidas pode se
tornar um hospedeiro para mofos, bolores e fungos. Gerlamente os organismos iniciam
o ataque pela borda externa e entram no rolo de filme. Esses agentes biológicos podem
causar danos significativos à emulsão. O crescimento aparece inicialmente na forma de
manchas brancas e foscas e, eventualmente, cresce em um padrão rendado
semelhante a uma teia/rede. A invasão pode ser interrompida limpando o filme e depois
movendo-o para um ambiente frio e seco. Uma vez que os organismos tenham comido
a emulsão, a perda da imagem é irreversível.

4) Manuseio e Higienização

O manual nesta sessão detalha o procedimento de inspeção, higiene e os primeiros


passos de reparo, dos mais básicos. Como o foco aqui são as instruções para
conservação, deixarei de lado as partes sobre intervenção sobre o acervo,
considerando como um passo a ser realizado por especialistas.

Para inspecionar o filme com segurança sem danificar o material, costuma-se utilizar
equipamentos especializados. Antes de começar recomenda-se levar em conta as
seguintes diretrizes:

• Trabalhe em uma mesa organizada em um área bem iluminada e ventilada.

• Antes de começar, limpe a mesa de trabalho. O filme pega facilmente sujeira e poeira.

• Limpe o equipamento de metal com um limpador que não deixa resíduo. Lave as
ferramentas de plástico e balcões com água destilada.

• Use luvas de algodão ao manusear filme. No entanto, perfurações danificadas e


emendas podem prender o algodão tecido. Se for necessário retire as luvas ao
manusear filme danificado, segure o filme junto as bordas e nunca toque no trilha sonora
ou imagem.

• Acima de tudo, resista ao impulso de veja seu filme com um projetor. Os projetores
infligirão danos a filmes já enfraquecidos por encolhimento, rasgos ou decadência.

Dentre os materiais indicados para a inspeção e higienização, utiliza-se:

- Luvas de algodão ou nylon sem estática;

- Máscara de pó;

- Jaleco;
- Óculos de segurança;

- Pano sem fiapos;

- Cotonetes;

- Lupa.

Após a inspeção, o filme pode ser limpo para remover o mofo e os resíduos oleósos
decorrentes do processo de projeção. Neste procedimento, é necessário o uso de luvas
limpas e resistentes a solventes (evita-se as de látex fino, tipos usados em exames
médicos) e uma máscara facial que cubra ao menos nariz e boca. Certifique-se de
trabalhar em um local bem ventilado, pois os esporos de mofo podem ser prejudiciais à
sua saúde. Outra preocupação é a toxicidade do líquido limpador de filme. É importante
rever as especificações do produto antes de usar. Não use limpador de filme em filmes
com bandas magnéticas de som.

Modo de limpar: Monte o filme nas rebobinas. Coloque o filme entre um pano
levemente umedecido com limpador de filme, dobrado e sem fiapos. Enrole o filme
lentamente, passando-o suavemente sobre o pano e permitindo que o líquido evaporar
da superfície antes de enrolar na bobina de recolhimento. Substitua o pano conforme
necessário. Não use este método de limpeza em filmes com danos de perfuração. É
importante limpar um filme antes de realizar uma cópia de preservação. Laboratórios
comerciais geralmente incluem limpeza, às vezes em equipamentos ultrassônicos,
como parte do processo de cópia de preservação.

Inspeção:

Passo 1: Abrir a lata de filme (ver Anexo 3).

As latas de filmes, a primeira proteção do filme, geralmente carregam as marcas das


negligências passadas – elas podem estar enferrujadas ou amassadas. Para abrir uma
lata danificada, bata-a suavemente em uma superfície dura (uma superfície outra, não
faça isso em sua mesa de trabalho limpa previamente). Se isso falhar, como último
recurso, abra a lata com uma chave de fenda, tomando cuidado para evitar que o metal
da chave escorregue na lata e danifique o filme. Ao manusear latas enferrujadas,
certifique-se de usar óculos de segurança e uma máscara para proteção contra fumaça
e partículas voadoras.

Filmes geralmente chegam aos repositórios em bobinas de projeção. No entanto


produções fílmicas frequentemente também são armazenadas em “cores” (núclos,
milos,...), rolos de plástico onde os filmes são enrolados ao arredor. As películas nesses
rolos podem ser difíceis de extrair da lata, principalmente se o filme tiver sido enrolado
frouxamente ou muito apertado em relação ao tamanho da lata. Na remoção desses
filmes teimosos, apõe o rolo com a mão ou com a metade de um molinete para que ele
não desenrole quando levantado. Neste momento, retirando o filme da lata, inicie a
busca por mofo, bolor ou outros fungos; fazendo também uma “verificação do cheiro”
para identificar uma possível síndrome do vinagre.

Passo 2: Usando Rebobinadores.

A rebobinação é uma ferramenta que possibilita que a pessoa conservadora desenrole


e enrole o filme lentamente sem forçar as perfurações. Rebobinas são usadas em pares
– um para a alimentação e outro para o “take-up”. Eles podem ser operados da esquerda
para a direita ou vice-versa, dependendo da preferência. Rebobinas podem se
apresentar como unidades móveis ou modelos acoplados à uma mesa própria;
motorizados ou com manivela, também podem ser montados com eixos longos para
que várias bobinas possam ser examinadas lado a lado - e, ainda incluem acessórios
que controlam a tensão do filme.

A maioria das pessoas conservadoras de filmes recomendam o uso de rebobinamento


manual para a inspeção de filmes e rebobinamento motorizado para transferência de
bobinas para núcleos plásticos (“cores”).

Para o exame em rebobinas, os filmes podem estar em bobinas ou núcleos. Se o filme


a ser analisado está enrolado em um núcleo, você precisará usar uma bobina dividida
para colocar o filme no Rebobinador (um carretel dividido ao meio, que consiste em dois
discos planos que se encaixam para acomodar o núcleo).

Vamos supor que o filme está em um rolo e não foi examinado antes. Monte o carretel
no rebobinador, desenrole suavemente um pouco de filme e enfie a ponta solta na
rebobina de recolhimento.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUA INSPEÇÃO


a. Qual é a duração do filme?
b. Qual é o calibre?
c. Qual é a base do filme?
d. O nome do fabricante está impresso ao longo da borda? Existem códigos na borda
que podem ajudar na identificação e datação?
e. O filme é colorido ou preto e branco?3 Se for colorido, exibe algum grau de
desbotamento?
f. É silencioso ou sonoro?
g. Em caso de som, que tipo de trilha de som tem?
h. É positivo, negativo ou filme reverso?
i. Tem título ou créditos?

3
Às vezes, os filmes incluem preto e branco e cenas coloridas que foram editadas juntas.
j. Quanto dano mecânico existem emendas, arranhões ou a roda dentada apresenta
quebra nos furos? À qual distância do início o dano ocorre?
k. Qual é o grau de encolhimento, medido por um medidor de encolhimento ou
comparando com um estoque de filme novo?
l. Existe mofo observável? Há sinais de crescimento duradouro do mesmo?
m. O filme tem cheiro de vinagre?

n. Existem outros sinais de decadência ou danos

5) Embalagem
O QUE FAZ UM BOM RECIPIENTE DE PELÍCULA?

Recipientes para filmes - caixas ou latas - são um requisito essencial para a


conservação básica, visto que protegem o filme de poeira e danos físicos. Como
unidade física de organização das coleções, recipientes também devem fornecer uma
superfície rígida para prateleiras e dar algum medida de proteção contra fogo e água.
Alguns também oferecem proteção adicional para envios de filmes pelos correios. Os
fabricantes costumam fazer recipientes de filme de papelão de arquivo, de plástico e
de metal. É possivel conferir os padrões ISO que publica padrões de invólucros para
materiais fotográficos – os padrões recomendam que as latas de plástico sejam feitas
de polipropileno ou polietileno. Caixas de papelão para filmes devem ser neutras ou
tamponadas e compostas de materiais isentos de lignina. Latas feitas de metal não
corrosivo também são aceitáveis. Além disso, os recipientes devem não incluir colas ou
aditivos que possam ter uma reação química com o filme, conforme medido pelo Teste
de Atividade Fotográfica do IPI.9.

O melhor modelo de lata ou caixa a ser utilizada dependerá das condições de


armazenamento da sua instituição, bem como do financiamento. Seja qual for o tipo que
você selecione, certifique-se de que o container esteja quimicamente inerte e
fisicamente estável. O tamanho do gabinete deve corresponder ao tamanho do filme.
Sempre empilhe os recipientes horizontalmente para que os filmes fiquem planos. Ao
reutilizar latas usadas, certifique-se de que estão completamente livres de ferrugem,
sujeira e dano estrutural. Qualquer lata de metal mostrando sinais de ferrugem ou
rachaduras em seu revestimento deve ser descartada.

Substituindo Latas, Bobinas e Núcleos Plásticos.

A inspeção é o momento ideal para substituir latas enferrujados, amassados ou


lascadas; assim como os núcleos plásticos e bobinas de enrolamento. Bobinas são
projetado para segurar filmes para projeção, não armazenamento a longo prazo. Para
o armazenamento de filmes em 16mm e 35mm, a melhor escolha é um núcleo plástico
inerte medindo pelo menos três polegadas de diâmetro. O núcleo age como um hub
para o rolo de filme. Quanto maior o núcleo, o maior o diâmetro do rolo de filme e menos
estresse no filme. Por causa de seu tamanho pequeno, filme de 8mm é geralmente
mantido em Bobinas. Tanto em bobinas como em núcleos, quanto maior o diâmetro do
hub, menos o filme será possível de enrolar.

SELAGEM DOS RECIPIENTES DE FILMES

As pessoas responsáveis por preservar os filmes devem selar os recipientes ou deixá-


los ventilar? Muito depende de como o filme é armazenado. Se o filme for mantidoà
temperatura ambiente, um recipiente bem fechado evitará a fuga de ácido acético e
pode acelerar a síndrome do vinagre. À temperatura ambiente um recipiente selado
também acelerará a deterioração do filme de nitrato. Com a diminuição da temperatura,
contudo, a reação química diminui e a ventilação faz menor diferença. Ao armazenar
filmes em freezers frost-free , é necessários um selo hermético para proteger o filme da
incursão de umidade. Além disso sele a lata quando usar “molecular sieves”4.

6) Armazenamento e Mobiliário

O ambiente ideal para o armazenamento de acervo fílmico é de certo modo


complexo, e concomitantemente de alto custo financeiro. São raras as instituições que
conseguem preservar acervo fílmico cumprindo a risca todas as recomendações. Deste
modo, o manual nos apresenta maneiras de alcançar uma aproximação com as
condições ideais, aumentando a qualidade da salvaguarda.

“A existência dos filmes por longo prazo depende amplamente das condições
ambientais das salas que abrigam os acervos, e também do clima da
localização geográfica em que essas salas se encontram. Fenômenos
naturais como inundações, incêndios, terremotos e ciclones podem também
ser antevistos por meio de um planejamento prévio que atenue as
consequências dessas catástrofes sobre os acervos.” (OLIVEIRA, 2013, p.
57-58)

Em geral, as melhorias para melhorar o estado de conservação, vão depender


do tamanho da coleção, da disponibilidade de recursos, da frequência de uso do acervo
e do compromisso institucional para com a preservação.

4
A tradução alcançada é “peneiras moleculares” que talvez não seja suficiente. São dessecantes colocados
dentro das latas de filme para absorverem vapores de ácido acético e umidade. Pequenos pacotes são
colocados entre o rolo de filme e a parede interna da lata e devem ser substituídos quando atingirem seu
nível máximo de absorção (processe que pode levar cerca de dois anos à temperatura ambiente. É um
material caro e complicado de ser aplicado a uma coleção inteira.
Armazenamento Frio: Para coleções de médio a grande porte a melhor solução é
muitas vezes uma câmara fria com controle de umidade e de circulação de ar. O IPI
recomenda uma unidade de desumidificação que controle a umidade de toda a área do
armazenamento – estando a umidade controlada no ambiente, não são necessários
dessecantes adicionais dentro das embalagens individuais de cada filme. É importante
que a câmara frigorífica seja utilizada exclusivamente para armazenamento de acervo
fílmico. Muitos repositórios utilizam de trancamentos inteligentes e sistema de
segurança para proteger as câmeras frias.

Geladeiras e Congeladores: Pequenas coleções de mídia podem ser acomodadas em


freezers ou refrigeradores frost-free de prateleira. Um grande desafio no uso de freezers
e refrigeradores está em proteger o filme da alta umidade proveniente desse tipo de
armazenamento. Uma questão crítica deste método é a situação do estado de
condensação de quando os filmes são retirados do freezer ou refrigerador.

Algumas organizações movem o filme para um ambiente controlado/sala de


“preparação” ajustada a uma temperatura e umidade que evitam a condensação no
filme. Os níveis de temperatura e umidade para esta sala devem ser determinados em
consulta com uma pessoa com conhecimento técnico em planejamento ambiental ou
engenharia de materiais.

Uma abordagem alternativa é colocar o filme em um recipiente à prova de umidade


antes de recipiente a prova de umidade antes da retirada do ambiente mais frio; desse
modo qualquer condensação ocorrerá fora do recipiente e não no filme – o recipiente
pode ser tão simples como um saco de congelador com bom selamento. A duração do
tempo de aquecimento depende da massa do filme. Um rolo grande de 35mm filme vai
exigir mais tempo para se adaptar às novas condições do que um pequeno rolo de filme
8mm. Jorge A Eastman House, por exemplo, mantém suas câmaras frias a 4,4 °C e
30% UR e sua sala de preparação a 12,7 °C e 50% UR. Nesta instituição utilizam uma
política de permitir que os filmes se aclimatem por pelo menos 24 horas antes da
transferência para as áreas de trabalho. Este tempo mínimo de aquecimento é
adequado para a maioria das configurações de arquivamento. Se a umidade relativa
permanecer abaixo de 60%, retornar os filmes ao armazenamento a frio é relativamente
simples e pode ser realizado sem adaptação de temperatura reversa.

Film Forever: The Home Film Preservation Guia (www.filmforever.org) ilustra as etapas
de embalagem de um filme para refrigeração ou congelamento. Para proteger cada
filme, você precisará de um recipiente de filme rígido e sacos resseláveis de polietileno
para freezer ou sacos laminados seláveis a quente feitos de camadas de papel alumínio
e polietileno ou camadas de papel alumínio, poliéster, e polietileno. Os sacos laminados
fornecem melhor proteção, mas por conveniência, considera-se viável usar para o
congelamento sacos plásticos resistentes com fecho zip-lock.

Lugares NÃO RECOMENDADOS para guardar um filme:

a. Porões (muitas vezes têm alta umidade) ou no chão;

b. Sótãos (quente no verão e tem temperatura flutuante ao longo do ano);

c. Sob luz solar direta ou próximo a uma janela;

d. Perto de aquecedores, radiadores ou aspersores;

e. Perto de produtos químicos, tintas ou fumaça de escapamento .

f. Para trilhas sonoras magnéticas, perto campos magnéticos como os produzido por elétrica de
serviço pesado cabos, equipamentos elétricos, e transformadores

7) Considerações finais:
Esta foi uma breve introdução dos conceitos e termos básicos para começar a
compreender sobre a preservação e conservação de acervos fílmicos. O que foi
exposto aqui é realmente o básico. O manual utilizado apresenta conteúdo
aprofundado em todas as frentes apresentadas até aqui – havendo ainda frentes de
conteúdos que não foram abordadas aqui, como quanto aos processos laboratoriais
de duplicação e de intervenção de restauro (corte, colagem, reparo,...), catalogação,
embalagem para envio via correios, papel curatorial, contexto legal de exibição,
direitos e distribuição; e mais. Sugiro que, para mais detalhes e maiores
aprofundamento sobre o contexto, sejam acessados os conteúdos na íntegra que
estão disponíveis online em seus respectivos repositórios.
Anexo 1

Fonte: The Film Preservation Guide: The Basics for archives, libraries and museums. I. National Film
Preservation Foundation (U.S.), 2003.
Anexo 2

Fonte: The Film Preservation Guide: The Basics for archives, libraries and museums. I. National Film
Preservation Foundation (U.S.), 2003.
Anexo 3

Fonte: The Film Preservation Guide: The Basics for archives, libraries and museums. I. National Film
Preservation Foundation (U.S.), 2003.
Referências Bibliográficas:

- The Film Preservation Guide: The Basics for archives, libraries and museums. I.
National Film Preservation Foundation (U.S.), 2003.

https://archive.org/details/david-wells-2004-the-film-preservation-guide/mode/2up

Acessado em: 17 de julho de 2022

- OLIVEIRA, Angélica Gasparotto; Preservação de Acervos Fílmicos no Distrito


Federal; Orientadora Profª Dra. Miriam Paula Manini, Programa de Pós-Graduação
em Ciência da Informação – Universidade de Brasília, Brasília; 2013.

https://www.scielo.br/j/interc/a/kjLWDBkygNyQ5xpKzSzHc7H/?format=pdf

Acessado em: 17 de julho de 2022

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