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Aula 2 - Como a tecnologia transformou a indústria da música

Vamos perceber como diferentes compositores tratam um mesmo tema, e como a tecnologia
modifica a produção musical.

Atividade 2 – Música com temática sobre trens


Assista aos vídeos e faça anotações sobre eles:
Villa-Lobos compôs, em 1931, uma música chamada “O Trenzinho do Caipira”, que faz parte da
peça musical “Bachianas Brasileiras n.º 2”. Ele se inspirou ao viajar de trem por 54 cidades do
interior paulista. A música tem como principal característica imitar o som do trem, desde a partida
da estação até a chegada em outra, utilizando somente os instrumentos da orquestra.
Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras Nº 2 – IV. Tocata (O trenzinho do caipira). Maestro: Minczuk.
Orquestra Sinfônica Brasileira.
Villa-Lobos - Bachianas Brasileiras Nº 2 - IV. Tocata (O trenzinho do caipira) . Minczuk
https://www.youtube.com/watch?v=wIG4h7lvj4Y&ab_channel=sinfonicabrasileira
Com o desenvolvimento de instrumentos eletrônicos e digitais, principalmente sintetizadores de
som, os músicos contemporâneos passaram a conseguir reproduzir sons do cotidiano com maior
fidelidade. Como, por exemplo, as experiências do grupo alemão Kraftwerk. Esse grupo é
reconhecido por muitos críticos como precursores da dance music e as técnicas musicais criadas
por ele são utilizadas pela maioria dos músicos atuais. Em 1976, o Kraftwerk lançou o álbum “Trans-
Europe Express”, que traz uma música com o mesmo nome. A intenção do grupo, tal qual Villa-
Lobos, foi descrever musicalmente uma viagem de trem pela Europa, passando por diferentes
estações e localidades.
Kraftwerk - Trans Europe Express (Original Video)
https://www.youtube.com/watch?v=kv8_EZrNhpY
A indústria fonográfica mudou muito com a facilidade de distribuição, comercialização e
divulgação. Isso criou novos serviços, novas demandas e, ao mesmo tempo, matou alguns dos
antigos hábitos de consumo das últimas décadas. A evolução da indústria musical se mistura com
a evolução das mídias e formatos de distribuição, desde os discos de vinil, passando pelo rádio, as
fitas K7 e os CDs, até chegar ao MP3.
Como ouvimos música ao longo da história - gráfico
https://tm.ibxk.com.br//2012/10/infograficos/30658/infografico-tecmundo-306580.jpg?v=70
Se antes, para fazer sucesso, era preciso estar dentro de uma gravadora influente, hoje só
é preciso ser bom e, de alguma forma, cair no gosto do público.
Como tudo o que a web já mudou, na música não é diferente: o poder mudou de mãos e,
agora, a tendência é que o público dite o que quer ver ou ouvir, e não o contrário. Com isso,
ocorreram mudanças na forma com que gravadores trabalham, o que também garantiu acesso de
produtores independentes a um enorme público.

O fim dos álbuns


Mas qual foi o grande ponto de virada da indústria? Tudo começou ainda na década de 90,
mais precisamente em 1998. Enquanto no Brasil os mais moderninhos usavam discmans
(reprodutores portáteis de CDs) para ouvir suas músicas, na Coreia do Sul a Saehan criava o
primeiro aparelho para reprodução de MP3.
A portabilidade aliada ao fácil acesso às músicas era a chave para toda uma revolução.
Enquanto os CDs exigiam meses de espera para seu lançamento e os discos tinham preços nada
camaradas, o MP3 poderia ser baixado em alguns minutos.
Em 2001, o “boom” da mobilidade explodiu. Steve Jobs anunciava o que viria a ser a maior
febre da década: o iPod. Ele foi apresentado apenas alguns meses após o lançamento do iTunes,
a loja da marca que permite comprar músicas em formato digital.
A inovação estava na velocidade, na comodidade e na economia: sem precisar sair de casa
e sem a necessidade de fazer a compra de álbuns inteiros, você poderia curtir suas músicas
preferidas, algo nunca imaginado antes.
Os lançamentos saíram das rádios e foram parar na tela do computador. Para ouvir suas
músicas no carro ou na hora da ginástica, não era mais necessário comprar discos ou ficar
esperando em frente ao rádio para gravar fitas. Com poucos cliques, tudo passou a caber em seu
bolso.
O fim da MTV e o início de uma nova era para a música
O encerramento das transmissões da MTV brasileira como canal de televisão aberta marcou
o final de uma era e, ao mesmo tempo, demonstra muito bem a forma como a popularização das
redes sociais e a internet em geral mudou o consumo de conteúdo musical.
Até o começo dos anos 2000, era preciso esperar a noite de sexta-feira para conferir na
programação da MTV o lançamento de determinado videoclipe. Tudo era feito com um enorme
suspense: durante a semana, várias chamadas anunciavam a novidade da banda que lançaria o
clipe, convidando o público a acompanhar a primeira transmissão do novo conteúdo.

A mudança começou em 2005, com a criação do YouTube. A rede de compartilhamento de


vídeos deu início à grande parte da acessibilidade que temos hoje. Se antes, para ver um clipe, era
preciso esperar a MTV transmitir o conteúdo, conferir fitas ou abrir arquivos digitais em discos (que
muitas vezes eram vendidos como extras nos CDs de bandas), agora com poucos cliques na tela
ele passava a aparecer em seu computador.
Em poucos anos, o YouTube virou um fenômeno e as gravadoras começaram a perceber
que ele era um poderoso instrumento para a divulgação de bandas. E foi exatamente nesse ponto
que a MTV começou a ficar de lado.
Canais exclusivos de gravadoras e grupos de entretenimento, como o VEVO, começaram a
priorizar a promoção na internet, levando a exclusividade que antigamente era de rádios e canais
de televisão para a web.
Automaticamente, os anunciantes seguiram as gravadoras, transferindo investimentos para
canais online. Com isso, o crescimento do YouTube foi inevitável, enquanto alguns veículos
tradicionais com o foco em música foram ficando de lado.
Tudo isso é potencializado com a divulgação de conteúdo que ocorre em compartilhamentos
de redes como Facebook e Twitter. Em poucos minutos uma nova música vira o assunto mais
comentado das redes, atraindo cada vez mais acessos ou visualizações para os vídeos.
Dessa forma, você pode conhecer em segundos novos artistas ou músicas, o que,
antigamente, poderia levar dias, semanas ou até mesmo meses para chegar aos seus ouvidos.
Isso gerou mais um novo fenômeno, que são as celebridades instantâneas.

Atividade 3 - 15 minutos de fama


Assista aos vídeos abaixo e anote características da música, figurino, cenário e efeitos digitais:
Ylvis - The Fox (What Does The Fox Say?) [Official music video HD]
https://www.youtube.com/watch?v=jofNR_WkoCE&ab_channel=discoveryplusNorge
Rebecca Black - Friday
https://www.youtube.com/watch?v=kfVsfOSbJY0&ab_channel=rebecca
Nissim Ourfali -Bar Mitzvah
https://www.youtube.com/watch?v=KcVRsIsv0CE&ab_channel=NissimOurfali

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