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Unidade Acadêmica de Design

Disciplina: História do Design Industrial


Professor: Levi Galdino Souza
Alunos: Alana Gabriela Bezerra Freire
Victor Renê Cabral de Farias

A Evolução dos Aparelhos


de Reprodução Sonora
Do século XX aos dias atuais

Campina Grande, 14 de março de 2018.


Sumário

Introdução ............................................................................................................................ 3
Vitrola Ortofônica (20-30) ...................................................................................................4
Toca-discos (40-50) .............................................................................................................. 5
Toca-Fitas (60-70) ................................................................................................................ 7
CD player (70-80)............................................................................................................... 10
MP3 Player (90-00) ............................................................................................................ 12

Home Theater (00-10) ........................................................................................................ 14


Speaker (10-) ...................................................................................................................... 15
Conclusão............................................................................................................................ 16
Referências Bibliográficas .................................................................................................. 17

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Introdução

O início do século XX é marcado por diversas transformações, principalmente técnico cien-


tificas. As duas grandes guerras que houveram durante o século foram responsáveis por
parte desse avanço, e a forte industrialização. O mundo pós-Guerra Fria traz consigo a Glo-
balização e a expansão do capitalismo, sendo este último o sistema que vem a fomentar o
consumismo. Os meios de comunicação e a publicidade exercem um papel fundamental de
influenciador da vida cotidiana. A crescente urbanização provoca uma mudança no estilo
de vida das pessoas. Os inúmeros movimentos sociais e surgimento de novos gêneros mu-
sicais são responsáveis por impulsionar parte da evolução dos produtos de reprodução so-
nora que serão abordados nos próximos tópicos. Os produtos que serão mencionados no
decorrer do trabalho foram os mais importantes no momento, com ressalvas para alguns
modelos criados que não revolucionaram tanto, mas que devem ser abordados pelo fato de
apresentarem uma relevante importância para o desenvolvimento posterior de novas tec-
nologias e atenderem as demandas sociais da época. O início da construção de aparelhos
sonoros se dá pelo Fonográfo. Ele foi o primeiro aparelho funcional capaz de gravar e re-
produzir um som registrado na hora, de maneira totalmente mecânica. Depois surge o
Gramofone, uma invenção do alemão Emil Berliner de 1888, que servia para reproduzir
som gravado utilizando um disco plano, em contraste com o cilindro do fonógrafo de Tho-
mas Edison. Desde então, houve um grande avanço na forma como os novos aparelhos fo-
ram desenvolvidos, com vendas massivas e menor custo.

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Vitrola Ortofônica (20-30)

Por volta da década de 20, a indústria fonográfica


passou por uma série de transformações acarreta-
das pelo advento do rádio e pela substituição da
gravação mecânica pela gravação elétrica, que não
apenas representou um importante avanço em
qualidade, mas também introduziu alterações
tanto na prática de gravação quanto na experiência
auditiva.
A era do Jazz havia começado, e a música que era
presente no cotidiano passou a ter cada vez mais
visibilidade forçando a indústria começar a porta-
bilizar seus produtos, daí surgiu a vitrola ortofô-
nica, a qual tinha a base do sistema do gramofone,
entretanto mais refinado, sendo esta menor e com
maior eficácia. O seu transporte era facilitado por
sua estrutura que era semelhante à uma mala.
Geralmente sua base era de madeira mais fina e
leve, com revestimento em couro. Também haviam
as vitrolas “fixas” que possuíam pernas e uma base
para sustentação maior. Geralmente estas ficavam Figura 1: Vitrola portátil
na sala de estar.

Figura 2: Vitrola de uso doméstico, decorativa de salas. Figura 3: Vitrola portátil, modelo colorido.

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Toca-discos (40-50)

Em 1948 surgiu o disco de vinil, inicialmente, foi necessário a implementação de um apa-


relho mais moderno para que pudesse ler os vinis com eficácia. O aparelho de som que toca
discos de vinil, consiste em uma base que acomoda o prato circular que gira no sentido
horário acionado por um motor elétrico com um pino central onde se deposita ou encaixa o
disco, à direita existe um braço pivoltante contendo, na extremidade uma cápsula fono cap-
tadora e agulha para se fazer a leitura dos microssulcos do vinil. Para se ouvir o disco, desde
o início é necessário colocar a agulha na borda externa do disco. Nesse momento pós- 2ª
guerra mundial intensificou-se a consolidação e expansão da industrialização, principal-
mente na indústria eletroeletrônica. A TV começa a fazer partes dos domicílios, principal-
mente na Europa, EUA e Japão. A partir da década de 50, a música popular tornou-se uma
indústria poderosa. Com o advento do rock’n’roll, surgia a cultura adolescente (artpop) e
novas oportunidades comerciais emergiram. Então, surge a publicidade, através dos meios
de comunicação com papel fundamental no consumo,
principalmente através dos meios de comunicação (rádio
e televisão), transformando os produtos da indústria em
objetos de desejo. A TV, se torna influenciadora da vida
cotidiana. Cantores internacionais como Frank Sinatra e
Carmem Miranda fazem grande sucesso na mídia. Isso
contribui para o aumento na venda dos LP’s, o que ocasi-
ona também uma maior demanda para a fabricação do
toca-discos. As artes tomam conta das capas dos LP’s – o
inicio do Design Gráfico - o que os tornam mais atraentes
e a sua venda mais convidativa.
O Dansette, com seu estilo moderno e colorido, visava ao
mercado jovem. Quanto aos meios de produção e materi-
ais, seguiam uma tendência que retornava com uma nova
interface, o Art Noveau. Assim, misturando diferentes
formas e materiais orgânicos (madeira, palhas, fibras em
geral) e metais em um só produto.
Figura 4: Toca-discos Dansette

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Houve o também então conhecido “Caixão da branca de neve”, o SK55 foi exibido na XI
Trienal de Milão, em 1957, cabendo à Braun o prêmio máximo. Projetado por Dieter Rams e
Hans Gugelot, é uma fabulosa peça de design minimalista. A tampa transparente em Pexi-
glass foi um conceito inovador, que influenciou
radicalmente a indústria de hi-fi. Pouco tempo
depois, em 1958 a introdução de sistemas de som
estereofônicos, permitiu o som mais rico e rea-
lista, com a gravação de duas ondas sonoras. Ao
serem executadas, as vibrações viajam simulta-
neamente por dois canais diferentes e são con-
vertidas e dispersadas por meio de alto-falantes.
O que foi um importante fator para a evolução
do produto.
Figura 5: Toca-discos SK55

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Toca-Fitas (60-70)

As fitas cassete (ou K7) surgiram em 1963 como uma maneira de tornar a reprodução de
música portátil. A tecnologia em um corpo plástico desenvolvida pela Philips virou uma
alternativa aos enormes discos de vinil. Ela permitia, em média, 30 minutos de música de
cada lado, mas a qualidade do som armazenado não era dos melhores e, caso o usuário
quisesse ouvir novamente, deveria rebobiná-la. O mecanismo, no entanto, facilitou o pro-
cesso de gravar músicas de rádios, mas também permitiu que bandas de garagem pudessem
gravar canções próprias. Para reproduzir as fitas foi criado o toca-fitas, o aparelho que
decodifica as informações armazenadas nas fitas magnéticas e as transformam em som. A
fita é inserida no compartimento apropriado, onde é posta com uma cabeça magnética, que
captas as variações do campo magnético que fora previamente impresso sobre a fita. Um
circuito eletrônico amplifica o sinal obtido e o aplica sobre dois altos falantes que comple-
tam a transformação da informação em som. Uma desvantagem das fitas magnéticas era
que elas eram facilmente corrompidas pelo calor e foi caindo em desuso. Logo mais, a fita
VHS tomou seu lugar, pois revolucionou a marca do tempo. Não era mais preciso estar às 9
horas em casa para assistir um programa que passava às 9 horas. Bastava gravá-lo para
assistir depois. A fita VHS foi criada pela empresa JVC, em 1976. Com a miniaturização e o
barateamento, o toca fitas tornou-se um acessório comum em veículos automotores e foram
incorporados alguns anos mais tarde ao Walkman.

Figura 6: : Toca-fitas K7, Philips Figura 7. Toca-fitas VHS, Panasonic.

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Boombox

O intenso processo de urbanização que iniciou a partir da década de 60 e se expandiu, com


os diversos movimentos que ocorreram nesse meio tempo, principalmente a entrada da
mulher no mercado de trabalho. A dinâmica social e espacial é caracterizada pelo modo de
vida urbano, que trouxe grandes mudanças. Grande parte da população vive sozinha ou em
famílias pequenas. O tempo para lazer é mais curto e a vida mais agitada e corrida. A dis-
tribuição nos sistemas de produção, troca e consumo se tornam acentuadas. Com a neces-
sidade de uma gama de objetos diferenciados, pois os estilos musicais influenciam na filo-
sofia dos grupos que os seguem e há uma necessidade de se diferirem um do outro. Nesse
segmento é em 74, que frequentadores da cena underground em Nova York, decidem criar
um estilo opositor ao rock progressista da época. Ao mesmo tempo, mais ao norte, nos su-
búrbios da ilha, surge o hip hop uma subcultura (resistência), com contribuição de afro-
americanos, latinos e jamaicanos. Onde incorpora elementos como o rap, grafite, DJ e o
street dance. O movimento surgiu por diversão. Jovens que tinham pouco acesso a entrete-
nimento e cultura passaram a organizar encontros para ouvir rap, difundir o Grafite, e por
fim, curtir o Break, a dança de rua. Como queriam dançar nas ruas se os sistemas de som
estavam dentro das casas, para atender a essa necessidade foi criada a Boombox com fun-
ções de rádio AM/FM, toca-fitas e muita potência sonora para se agitar no ambiente das
ruas. O modelo de Boombox era capaz
de definir a personalidade e o poder
aquisitivo dos seus donos. Existiam
os modelos de entrada, menores e
menos potentes. Os intermediários
com opção de utilizar baterias recar-
regáveis no lugar das pilhas. E os
avançados, com mostradores analógi-
cos, equalizadores e grandes alto-fa-
lantes, com tweeters.

Figura 8: Beach Blanket Boombox.

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Walkman

Lançado em 1979 pela Sony, o TPS-L2 vendeu cerca de 1,5 milhão de unidades em dois
anos. O gadget tornava possível ouvir fitas cassete em qualquer lugar e mudou o jeito de se
ouvir música. Foi criado no Japão e levava o
nome de Soundbout, no exterior. Alguns de seus
aparelhos também possuem capacidade de grava-
ção. Com energia fornecida por duas pilhas AA,
o primeiro walkman era vendido nos EUA por
150 dólares. Ele foi o primeiro dispositivo a per-
mitir a reprodução de músicas de forma portátil
e individual. Até então, as pessoas só conse-
guiam escutar as canções em rádios AM/FM e
tocadores de fitas cassete maiores. O aparelho
recebeu, de início, nomes diferentes em cada
país. O Walkman teve seu auge na década de
1980, com um sucesso estrondoso, mas, con-
forme foram aparecendo mais os CDs e “su-
mindo” as fitas cassete, o aparelho foi perdendo
espaço. Foi a partir dele, que anos mais tarde
veio surgir o MP3 player e o iPod. Figura 9: Walkman TPS-L2 , Sony.

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CD player (70-80)

A invenção, que pouco mais tarde viria revolucionar a indústria fonográfica, começou a ser
desenvolvida em 1974. Nessa época, a holandesa Philips pretendia criar um disco óptico de
áudio com som superior ao vinil, formato vigente até então, e que medisse até 20 cm. Três
anos mais tarde, a companhia estabeleceu um laboratório exclusivamente para a confecção
de CDs, que receberam este nome graças a uma outra linha da Philips, a "compact k7". O
modelo tinha então 8,5 cm de diâmetro. Independentemente disso, a Sony também traba-
lhava na tecnologia, com foco na codificação e na leitura, tendo feito algumas demonstra-
ções de seus esforços em 1976. No entanto, foi a partir de 1979, quando as duas empresas
resolveram unir forças no projeto, que o produto deslanchou. A versão final, lançada em
82, ficou com os atuais 12 cm. Segundo alguns, o tamanho foi determinado para que a mídia
pudesse comportar a nona sinfonia de Beethoven, supostamente a favorita do vice-presi-
dente da Sony à época, Norio Ohga. Antes de decidir a dimensão, porém, o grupo japonês
encomendou uma pesquisa sobre o tamanho médio dos bolsos de cidadãos da América, Ásia
e Europa, para se certificar de que o CD seria facilmente transportado. O primeiro Compact
Disc da história, representado pelo "52nd Street", foi o do compositor, pianista e cantor
Billy Joel. O popular CD surgiu de uma parceria entre a Philips e a Sony, que também lançou,
naquele 1º de outubro de 1982, no Japão, o primeiro CD player, o Sony CDP-101. O CD subs-
tituiu o disco de vinil devido sua grande praticidade no dia a dia. Para a leitura desse ma-
terial é preciso ter um leitor de CD que converte as intensidades de luz em íons elétricos,
que se amplificam. Quanto mais rápido é o leitor – a rotação do disco –, melhor será a
transmissão de dados para o computador ou dispositivo eletrônico.

Figura 10: CDP-101, Sony.

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Discman

Discman é um leitor de CDs portátil, bastante conhecido pela sua praticidade. A pioneira
nesse formato de aparelho foi a Sony, com a estreia do seu D-50, entrando no mercado para
substituir o walkman. Posteriormente, nesse ramo,
chegaria a vez da entrada de sua antiga parceira
Philips, em 1986, com seu CD-10. O primeiro Dis-
cman foi o modelo CD-50, um dispositivo grande e
pesado e que, apesar disso e de custar caro, fez
muito sucesso na época. Depois, surgiram diversos
modelos da então novidade e várias outras fabrican-
tes lançaram seus próprios modelos de Discman,
além dos da própria Sony, cada vez menores e mais
leves.
Figura 11: Discman D-50, Sony.

Micro System

Para acompanhar o avanço dos CD’s e fitas cas-


setes, surgiu o Micro System, ele geralmente
possuía entrada para CD’s e fitas cassetes,
além de saídas para fones de ouvido. O micro-
system ainda captava ondas de rádio. Esse apa-
relho foi muito popular, quando surgiu no mer-
cado. Os menores eram até levados para a rua
no ombro das pessoas, com o tempo surgiram
versões à pilha ou direto na tomada. O formato
foi originalmente desenvolvido com o propó-
sito de armazenar e tocar apenas músicas, mas
posteriormente foi adaptado para o armazena-
mento de dados, o CD-ROM.

Figura 12: Micro System Aiko 300, Aiko.

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MP3 Player (90-00)

Na década de 70, um professor chamado Dieter Seitzer,


da Universidade de Nuremberg, na Alemanha, estuda,
juntamente com alunos de seu grupo de estudos, uma
forma de transmitir áudio em alta qualidade, através de
linhas telefônicas. Com o surgimento das fibras ópticas,
Seitzer resolve que sua pesquisa não é mais necessária, e
muda o foco para a codificação de música. Ainda em me-
ados de 1970, o time de Seitzer consegue desenvolver o
primeiro processador capaz de comprimir áudio. O cha-
mado MP3. Até o final dos anos 1990, o MP3 chegaria à
casa do usuário doméstico, como um tsunami de músicas
compactadas. Centenas de pessoas poderiam ouvir suas
músicas prediletas, sem terem o trabalho de trocar os CDs
Figura 14: MPMan F1o, Saehan.
inúmeras vezes. A internet acompanhava o crescimento e
facilitava ainda mais a disseminação de informações sobre MP3. O primeiro produto por-
tátil capaz de reproduzir arquivos MP3 foi o MPMan F10, lançado pela coreana Saehan In-
formation Systems em março de 1998. O F10 vinha com memória flash de 32MB, media
91x70x165,5mm e se conectava ao PC via porta para-
lela. Ele já tinha uma pequena tela LCD na parte fron-
tal, indicando a música que estava sendo reprodu-
zida. Na época seu preço caiu consideravelmente com
a chegada do Diamond Multimedia Rio PMP300, que
possuía um display maior do que o do F10 e já vinha
com um slot Smart Media, permitindo que usuários
expandissem a sua capacidade de armazenamento.
Nesse período, a conclusão da Guerra Fria trouxe a
expansão dos sistemas de democracia e capitalismo e
uma consolidação da Globalização. Sendo este – anos
90 - considerado por muitos países, instituições e
companhias como os “tempos prósperos”. A cultura
jovem aceita o Grunge como mídia e se diversifica se
ramificando nas chamadas tribos urbanas, num uni- Figura 13: Rio PMP300, Diamond.
verso social que vai desde o superficialismo e consu-
mismo até as militâncias: ambientalista e antiglobalizante. No entanto, é com o crescimento
da internet, devido à queda no custo de computadores e tecnologia, que causa maior im-
pacto no cenário, onde traz um boom de informações e possibilita a comunicação entre
diversos lugares do mundo com a criação dos chamados Chats.
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Ipod

No início dos anos 2000, a Internet se consolida como veículo de comunicação em massa e
armazenagem de informações, a Globalização da informação atinge um nível sem preceden-
tes históricos. A diminuição dos preços de acesso e as conexões de banda larga, que substi-
tuíram as conexões discadas da década anterior, permitiram que as pessoas passassem mais
tempo na Internet e possibilitaram não somente o acesso a informações, mas também a
transferência de vídeo, áudio e softwares. Recursos da Internet como as redes sociais, a
comunicação por mensagens instantâneas, a tecnologia VoIP e o comércio eletrônico modi-
ficaram em grande extensão a maneira como as pessoas se relacionam entre si, tanto em
nível pessoal quanto em nível profissional. A indústria dos jogos eletrônicos desbanca Hol-
lywood, assumindo em alguns momentos o posto de indústria do entretenimento mais cara,
sofisticada e lucrativa. E é em 2001, que Apple anuncia o iPod, iniciando o processo de
decadência dos CDs. O formato MP3 tornou-se ainda mais popular graças à mobilidade dada
com o tocador da Apple. Havia modelos de tocadores de outras marcas e mais baratos que
aumentaram fluxo de downloads de arquivos de áudio, dando início à uma preocupação da
indústria musical com a queda de vendas de discos.

Figura 15: Ipod, Apple.

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Home Theater (00-10)

Também conhecido como home cinema ou até mesmo cinema em casa, é aquele ambiente
ou espaço que tem montado uma verdadeira sala de cinema, com aparelhos eletrônicos al-
tamente sofisticados. Essa técnica surgiu na década de 70 com o famoso videocassete e os
amplificadores – chamados de receivers – que fizeram o gosto de todos daquela época. Com
a popularização do cinema, caiu no gosto das pessoas fazer o cinema em casa. Com os avan-
ços tecnológicos dos anos 2000, foi desenvolvido um sistema de som que se assemelha ao
cinema e permite ao usuário ter uma experiência semelhante. As pessoas passaram a se
voltar para produtos que ofereçam conforto e qualidade na hora do uso, sem precisar sair
de casa. O home theater é em geral, um equipamento de projeção de filmes de alta quali-
dade simulando uma verdadeira sala de cinema. No entanto, vale ressaltar que diz mais
respeito ao conjunto de sistemas sonoros dentro de um ambiente a integrar a experiência
de uma sala de cinema. Esse modelo de equipamento de reprodução sonora, de uso domés-
tico, já não se trata necessariamente de música e sim de uma experiência sonora em con-
junto com a imagem, precisando da televisão para complementar a sensação. A edição do
filme gravado é feita em vários canais, a ideia é atingir a totalidade do ambiente. Por isso
as caixas espalhadas pelo ambiente (em geral 4 ou 6), precisam estar posicionadas em di-
ferentes áreas. O processo é sim-
ples, os sinais emitidos pelo apa-
relho de DVD, Blu-ray ou o pró-
prio televisor vão diretamente
para o receptor de áudio e vídeo,
que os interpreta e decodifica,
ampliando o sinal e enviando aos
altos falantes. O aprimoramento
na qualidade de reprodução do
sistema de som surround sound,
possibilitou esse processo e a
produção desses padrões de áu-
dio pertencem a: DTS e a DOLBY Figura 16: Home theater Blu-ray 3D, Samsung.
5.1.

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Speaker (10-)

Em 2010, a cultura de escutar música de forma portátil já está estabelecida na juventude.


No entanto a tecnologia, ousou ao recuar um pouco e utilizar o que já havia sido produzido.
Nessa época que começa a surgir as Speakers, que são caixas de som com conectividade
Bluetooth. Dessa forma, permitiu-se que as pessoas que já levam seus celulares por diversos
lugares, pudessem conecta-los a um aparelho de som compacto via sistema Bluetooth. A
marca JBL é responsável pelo desenvolvimento desse aparelho. Os seus modelos em geral
possuem um design minimalista e são coloridos. No entanto foi o estúdio de design Fuse-
project, junto com a empresa Jawbone. O design da Jambox é marcado pelos princípios mi-
nimalistas, com poucas peças para facilitar na sua montagem, e no seu corte simples no aço
utilizado no produto. Com diversas cores, ela foi pensada para ser portátil, robusta e com
uma integridade máxima de saída de som. A JBL aproveitou o formato característico deste
produto para entregar um som de altíssima qualidade. E tornou-se referência na área, de-
vido a sua qualidade e beleza das peças. Contribuindo de maneira significante na mudança
na forma como o usuário interage com o produto.

Figura 18: Jawbone Big, Jambox. Figura 17: Speaker Xtreme Bluetooth, JBL.

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Conclusão

Diante do que foi pesquisado e exposto, pode-se perceber que as artes possuem forte in-
fluência na vida do homem, de tal forma que o leva a buscar novos meios para seu entrete-
nimento. Mesmo que tenham sido as grandes guerras que marcaram o período as maiores
responsáveis pelos avanços da industrialização (como dito anteriormente). De tal maneira,
foi possível realizar um grande salto na tecnologia para uso doméstico e que pudesse ter
um valor acessível para o consumo em massa. Os aparelhos elaborados agora já sofrem
influência do estilo musical e do cotidiano do consumidor no momento. A indústria musical
ganha espaço e permite ao usuário se aprouver de novas tecnologias para seu entreteni-
mento. Quanto aos produtos, agora a função vem em detrimento da forma, sem perder o
apelo estético que o Design proporciona nos modelos projetados para atender as necessida-
des do indivíduo. A publicidade passa a ter tamanha importância para a venda, influencia
no consumo e tendência à inovação, obrigando as empresas à estarem sempre à frente de
seu tempo.

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Referências Bibliográficas

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