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DISCENTE: AUANA DA CÂMARA LIMA

Para podermos falar da indústria fonográfica brasileira é importante adaptar o


começo dessa história. Segundo Millard, devemos adotar o pressuposto de que nos
permita avaliar melhor a formação dessa indústria, para isso precisamos
descentralizar o contexto de inovação apenas para uma figura e tratar como um
avanço de diversas tecnologias, sobretudo, as tecnologias comunicacionais.

[...] a revolução das comunicações teve início em meados do


século XIX, com a invenção e o desenvolvimento do telégrafo. Na
sequência da aplicação desta tecnologia, multiplicaram-se o número e
a velocidade das comunicações, e o registo e a reprodução do som
tornaram-se o objecto de novas pesquisas. Em 1876, Alexandre Bell
registrou a patente do telefone e, logo no ano seguinte, Thomas
Edison anunciava a invenção do fonógrafo. Todavia, Bell e Edison são
duas personagens entre muitas outras que exploraram e ensaiaram
as novas técnicas e tecnologias, nos domínios do som, da
electricidade e da comunicação (ABREU,2012).

Tais tecnologias foram criadas com intuito de melhoria comunicacional e, logo


foram inseridas na indústria cultural de entretenimento e, desta forma, dando início a
indústria fonográfica.
No Brasil a indústria fonográfica se iniciou no séc. XX, principalmente com a
maior popularização de demonstração com o fonógrafo trazido por Frederico Figner.
Finger também foi responsável por outras novidades para indústria, bem como abrir
uma das primeiras lojas, Casa de Edson, que desempenhava gravações sonoras.

Já a radiodifusão no Brasil chegou adotando o lugar de um meio de


comunicação de massa, visto que conseguia alcançar boa parte dos territórios, ela
foi utilizada como forma de acessibilizar informações e até mesmo servir como
veículo de educação no contexto terceiro mundista, embora tenha sido consolidada
com fim de comercialização de marcas nacionais e internacionais. A radiodifusão foi
a maior propulsora da indústria fonográfica.

Ao falarmos em rádio pensamos primeiramente na memória afetiva de


nossos parentes e dos grandes sucessos musicais porque eram as rádios que
decidiam o que e quem a hegemonia iria ouvir, da mesma forma que decidiam quais
produtos a população iria consumir mais. Num sentido industrial a rádio movimentou
toda uma cadeia de produção musical: produção, distribuição, patrocinadores e
públicos; além disso, movimentou vários outros comércios e criou influências
estéticas. A escolha entre tocar ou não uma música constrói audiências tanto
quanto alimenta a relação de força entre o rádio e as gravadoras, simultaneamente
impactando a cultura popular (BERLAND, 1993; DUBBER, 2013 apud GAMBARO,
VICENTE, RAMOS, 2018).

A música popular brasileira foi e é totalmente influenciada, estilos musicais


foram cada vez mais massificados e vendidos internacionalmente, estilos musicais
como MPB, rock, samba e sertanejo eram os que mais tinham cópias de discos
vendidos.

REFERÊNCIAS

GAMBARO, Daniel; VICENTE, Eduardo; RAMOS, Thais Saraiva. A divulgação


musical no rádio brasileiro: da “caitituagem” aos desafios da concorrência digital.
Contracampo, Niterói, v. 37, n. 02, pp. 132-151, ago. 2018/ nov. 2018.

ABREU, Paula. A indústria fonográfica e o mercado da música gravada – histórias


de um longo desentendimento, Revista Crítica de Ciências Sociais [Online], 85 |
2009, publicado a 01 dezembro 2012.

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