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REDAÇÃO PUBLICITÁRIA

MÍDIAS AUDIOVISUAIS
CCA1049
AULA 02 > CARACTERÍSTICAS DOS MEIOS AUDIOVISUAIS RÁDIO
PROFA.: ANA LATTANZI
Objetivos

 Mostrar a importância do meio rádio no Brasil e no mundo, como comunicação e


para a publicidade, através da contextualização histórica e mercadológica.

 Analisar os anunciantes de rádio e a segmentação dos veículos por gênero.

 Entender a importância do roteiro, da locução, do som e da música para a


publicidade radiofônica.

 Contextualizar a publicidade radiofônica no Brasil.


Contextualização

 A partir da metade do século XX, com o desenvolvimento dos meios


eletrônicos - comunicação midiatizada - a publicidade e, em especial,
a redação publicitária, transformaram-se radicalmente.

 Primeiramente, o som, transmitido à distância, permitiu acesso à


informação, à música, à cultura e ao entretenimento de maneira fácil e
veloz. A gratuidade do meio foi conquistada, como nos meios
impressos, a partir da publicidade, através de patrocínio - peças
publicitárias conhecidas como spots.
Contextualização

 Semana de Arte Moderna (Fev 1922)

 República Velha (1889-1930) – Política da Oligarquia cafeeira; Política


do “café com leite” – predominância nacional por parte das oligarquias
paulista e mineira, influenciada pelo setor agrícola (SP) e da produção
de café e leite (MG), maiores polos eleitorais do Brasil; crescimento do
capitalismo no Brasil.
Contextualização

 O rádio nasceu no Brasil, oficialmente, em 7 de setembro de 1922, nas


comemorações do centenário da Independência do país, com a transmissão,
à distancia e sem fios, da fala do presidente Epitácio Pessoa (1865-1942), na
inauguração da radiotelefonia brasileira (1919-1922). Roquette Pinto (1884-
1954), um médico que pesquisava a radioeletricidade para fins fisiológicos,
acompanhava tudo e, entusiasmado com as transmissões, convenceu a
Academia Brasileira de Ciências a patrocinar a criação da Rádio Sociedade
do Rio de Janeiro, que viria a ser a PRA-2.
Contextualização

 Em dois anos (1923- 1924) eram muitas as emissoras em operação. No Rio


Grande do Sul, a Sociedade Rádio Pelotense, de Pelotas, e em Porto Alegre, a
Rádio Sociedade Gaúcha, que até hoje se proclama a pioneira no Sul do país.
Em Minas Gerais, a Rádio Clube Belo Horizonte, com um potente transmissor
de 500 watts; em Curitiba, a Rádio Clube Paranaense; em São Paulo, mais
uma, a Rádio Clube São Paulo e a primeira emissora do interior, a Rádio Clube
Ribeirão Preto. A partir daí, surgiram emissoras de rádio por todo o Brasil, como
a Rádio Clube do Pará, no extremo Norte, e as fronteiriças do Rio Grande do
Sul.
Contextualização

 Apenas em 1931, no governo de Getúlio Vargas (1882-1954) (1930-1945; 1951-1954),


surgiu interesse para regular a atividade da radiodifusão. Naquela época, havia uma
preocupação do governo com a disseminação de emissoras de rádio no país, pois já
haviam centenas e o número estava em constante crescimento. Naquele ano, o
governo publicou um decreto que tinha como principais aspectos a concessão de
canais para entes privados e a legalização da propaganda comercial.

 O ano de 1938 foi o divisor de águas: O Brasil parou para ouvir as transmissões dos
jogos da Copa do Mundo, sediada na França, e se rendeu ao jornalismo radiofônico
que informava sobre os temores de guerra na Europa.
Contextualização

 A liberação das propagandas nas rádios trouxe desenvolvimento às


emissoras, que puderam investir mais, visto que agora possuíam recursos
para tanto. As radionovelas e os programas musicais se popularizaram,
lançando diversos artistas; os programas informativos também
conquistaram grande importância junto ao povo. O rádio tornou-se,
então, um importante meio de comunicação em massa.
Características

 As peculiaridades do meio e os desafios que oferecem para a redação publicitária: rádio não tem imagem,
redator deve sempre ter isso em mente ao escrever para este meio.

 A produção para rádio e a veiculação são fáceis e de baixo custo. Pequenos anunciantes podem anunciar em
rádio. É uma mídia móvel que faz "companhia" ao ouvinte. O ouvinte se sente muito próximo e individualizado. O
rádio fala "para ele".

 A linguagem radiofônica e como ela se expressa na publicidade: as linguagens local, regional e nacional. Por
ser oral, a linguagem radiofônica tende a ser coloquial e respeita os regionalismos, já que grande parte desta
mídia é local ou regional.

 A segmentação das emissoras: música, religião, notícias, esporte e trânsito.

 As emissoras de rádio são bastante segmentadas e a redação deve se adaptar a essa segmentação.

 O som das palavras e da música na publicidade radiofônica é fundamental.


1938: Pânico após transmissão de "Guerra
dos mundos"

 No dia 30 de outubro de 1938, um programa de rádio simulando uma invasão


extraterrestre desencadeou pânico na costa leste dos Estados Unidos.

 Parecia uma noite normal naquele 30 de outubro de 1938, até que a rede de rádio CBS
(Columbia Broadcasting System) interrompeu sua programação musical para noticiar uma
suposta invasão de marcianos. A "notícia em edição extraordinária", na verdade, era o
começo de uma peça de radioteatro, que não só ajudou a CBS a bater a emissora
concorrente (NBC), como também desencadeou pânico em várias cidades norte-
americanas. "A invasão dos marcianos" durou apenas uma hora, mas marcou
definitivamente a história do rádio.
1938: Pânico após transmissão de "Guerra
dos mundos"

 Dramatizando o livro de ficção científica A Guerra dos Mundos, do escritor inglês Herbert
George Wells, o programa relatou a chegada de centenas de marcianos a bordo de
naves extraterrestres à cidade de Grover's Mill, no estado de Nova Jersey. Os méritos da
genial adaptação, produção e direção da peça eram do então jovem e quase
desconhecido ator e diretor de cinema norte-americano Orson Welles (1915-1985). O
jornal Daily News resumiu na manchete do dia seguinte a reação ao programa: "Guerra
falsa no rádio espalha terror pelos Estados Unidos".
1938: Pânico após transmissão de "Guerra
dos mundos"
 A dramatização, transmitida às vésperas do Halloween (dia das bruxas) em forma de programa jornalístico, tinha
todas as características do radiojornalismo da época, às quais os ouvintes estavam acostumados. Reportagens
externas, entrevistas com testemunhas que estariam vivenciando o acontecimento, opiniões de peritos e
autoridades, efeitos sonoros, sons ambientes, gritos, a emoção dos supostos repórteres e comentaristas. Tudo
dava impressão de o fato estar sendo transmitido ao vivo. Era o 17º programa da série semanal de adaptações
radiofônicas realizadas no Radioteatro Mercury por Orson Welles.

 A CBS calculou, na época, que o programa foi ouvido por cerca de seis milhões de pessoas, das quais metade o
sintonizou quando já havia começado, perdendo a introdução que informava tratar-se do radioteatro semanal.
Pelo menos 1,2 milhão de pessoas acreditaram ser um fato real. Dessas, meio milhão tiveram certeza de que o
perigo era iminente, entrando em pânico, sobrecarregando linhas telefônicas, com aglomerações nas ruas e
congestionamentos causados por ouvintes apavorados tentando fugir do perigo.
Peças

 https://www.youtube.com/watch?v=g2TfT8AK3OE
 https://www.youtube.com/watch?v=g2TfT8AK3OE
Referências

 https://www.dw.com/pt-br/1938-p%C3%A2nico-ap%C3%B3s-transmiss%C3%A3o-de-guerra-
dos-mundos/a-956037
 https://www.youtube.com/watch?v=9w94JfAXf10
 https://www.youtube.com/watch?v=PrBtsG7n8yE
 https://www.youtube.com/watch?v=cfG-zy7W-8U
 https://www.youtube.com/watch?v=Y5JJpoy5oh8

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