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DIVULGAÇÃO MUSICAL

1
Sumário

DIVULGAÇÃO MUSICAL ................................................................................... 1

NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 3

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4

INDÚSTRIA FONOGRÁFICA: DO CILINDRO AO STREAMING ....................... 5

O QUE É A INDÚSTRIA FONOGRÁFICA.......................................................... 6


AS PRINCIPAIS MUDANÇAS COM O SURGIMENTO DA INDÚSTRIA
FONOGRÁFICA ............................................................................................... 14
DIVULGADOR MUSICAL ................................................................................. 20

COMO DIVULGAR UMA MÚSICA INDEPENDENTE ...................................... 22

PREPARANDO-SE PARA DIVULGAR UMA MÚSICA POR CONTA PROPRIA


......................................................................................................................... 23
DIVULGUE SUA MÚSICA ONLINE ................................................................. 24
DIVULGANDO SUA MÚSICA PESSOALMENTE ............................................ 28
REFERÊNCIA .................................................................................................. 31

2
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-


sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior.
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

A indústria fonográfica brasileira é constituída por uma rede de produção


e distribuição de um dos principais produtos de consumo da indústria cultural: a
música gravada. O seu consumo gera um mercado que hoje é o sexto maior do
mundo.
Os divulgadores musicais – profissionais da indústria do disco responsá-
veis pelo contato direto com locutores e diretores das emissoras de rádio – as-
sumiram um papel relevante nos bastidores da relação rádio/gravadoras especi-
almente a partir dos anos 1960, quando essas empresas adotaram estratégias
de divulgação agressivas. Reconhecer suas atividades ajuda a compreender
como o rádio musical assumiu a forma institucionalizada no Brasil.
Os artistas possuem hoje outras alternativas para produzir e divulgar mu-
sica própria da mão dos avanços tecnológicos. Tomar o protagonismo através
de um modelo de gestão de carreira autogestionado parece ser o mais sensato.
Seguramente ao início pode ser o caminho mais difícil, uma vez que é necessário
desenvolver novas habilidades (alguns conhecimentos de marketing, administra-
ção e tecnologia),
Dessa maneira, o desenvolvimento profissional e artístico será mais com-
pleto, colocando ao artista no comando, recebendo assim todos os benefícios.

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INDÚSTRIA FONOGRÁFICA: DO CILINDRO AO
STREAMING

Atualmente, é difícil imaginar que há relativamente pouco tempo não era


possível registrar os sons. Anteriormente, antes de a música ser gravada, você
teria que ir pessoalmente a uma sala de concerto ou chamar os amigos e famili-
ares para tocar na sua casa, o que era chamado de música de câmara.

Por outro lado, o mundo atual é repleto de música sendo reproduzida a


todo momento, seja dos vizinhos, dos carros, dos fones de ouvido. Enfim, você
é capaz de levar a música a praticamente qualquer lugar.

Consequentemente, essa música gravada trouxe mudanças significativas


nos aspectos sociais, econômicos e culturais. Concomitantemente, a sociedade
também sofreu mudanças na forma de como apreciar uma música e, com isso,
criou outros significados para a música.

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O que é a indústria fonográfica

Primeiramente, temos que entender o que é ‘indústria’. Em poucas pala-


vras, seria a capacidade de transformar uma matéria-prima em produtos que são
comercializáveis. Com isso, temos a produção em massa, algo que pode ser
copiado diversas vezes.

Já a palavra ‘fonográfica’ advém de ‘fonograma’, que significa a super-


fície de um material que o som será gravado. Esse material pode ser o vinil, o
CD, o DVD, entre outros.

Então, em uma simples definição a indústria fonográfica:

“é o conjunto de empresas da indústria da música especializadas em gra-


vação, edição e distribuição de mídia sonora, seja em formato de CD, fita cas-
sete, disco de vinil ou em formatos de som digital como o MP3”.

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Portanto, a música é transformada em um produto material, algo que pode
ser comercializado e reproduzido inúmeras vezes. Desse modo, a música segui-
ria a lógica do mercado. Esse lugar de compra e venda é o mercado fonográ-
fico. Sendo assim, esse mercado passa a movimentar consideravelmente a eco-
nomia, financiando a produção musical do séc. XX.

Com a ascensão desse mercado, foram feitos vários comentários contra


e a favor. Glenn Gould, por exemplo, alegava que isso acabaria com o público
em concertos dentro de um século e que ninguém mais iria querer aprender mú-
sica. Bem, um século depois a gente vê que isso ainda não aconteceu.

Como começou o registo do som

1. O Fonoautógrafo

Esse instrumento foi o primeiro a registrar o som em forma de oscilações


mecânicas produzidas pela voz humana em um papel. Foi inventado
por Édouard-Léon Scott de Martinville em 1860.

2. O Fonógrafo

Inventado pelo famoso Thomas Edson em 1877/78, o fonógrafo foi o pri-


meiro aparelho que gravou e reproduziu o som. Contudo, não foi um aparelho
economicamente viável, tendo sido transformado várias vezes. A gravação do
som era feita em um cilindro que era perfurado transversalmente.

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Fonoautógrafo

Fonógrafo

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3. O Gramofone

Esse aparelho foi inventado por Emil Berliner em 1888 e foi um concor-
rente do fonógrafo de Edson. A gravação, ao invés de ser em um cilindro, era
feita em um disco giratório com uma agulha que gravava as vibrações do som.
Com isso, temos o início do padrão do formato de disco.

4. A Rádio

Os aparelhos mencionados gravavam o som de forma mecânica, já a rá-


dio faz a gravação de forma elétrica. Esse tipo de gravação e transmissão do
som acontece no começo do séc. XX. O processo basicamente converte a infor-
mação em ondas eletromagnéticas e as propaga em meio físico, levadas até
um receptor, a antena.

Gramofone

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Coleção de rádios

A popularidade da rádio foi tão grande que a década de 1920 foi chamada
de ‘rádio boom’. Provavelmente, essa popularidade também está vinculada ao
fato de que esse tipo de transmissão melhorou a variação de dinâmica, textura
e altura das músicas. Desse modo, a música passa a ficar um pouco mais pare-
cida com o som ao vivo.

Por outro lado, esse processo eletromagnético consegue corrigir certas


imperfeições no som, o que já tornaria a música ao vivo diferente da transmitida
por esses sinais.

5. O Disco de Vinil

Finalmente, surge a gravação do som no vinil, que acabou mudando sig-


nificativamente a maneira de se ouvir música. Esse processo da reprodução do
som é feito através dos microssulcos do vinil que conduzem a agulha. Assim,
agulha vibra e essa vibração é transformada em sinal elétrico para ser amplifi-
cado.

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O disco foi inventado por Peter Carl Goldmark por volta de 1930, tendo
78 RPM. O aparelho que reproduz o som do vinil, então, é a famosa vitrola, ou
toca-discos.

Consequentemente, esse aparelho foi absorvido diretamente nos lares


doméstico e tinha a propaganda de substituir o piano em casa. Pois é, a partir
daí já podemos entender como a mudança da apreciação da música começa.

Disco de vinil

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Toca-discos

6. A Fita Cassete

O que realmente popularizou a música e a fez ser distribuída largamente


foi a invenção da fita cassete em 1963 pela Philips. A fita também tem um pro-
cesso de gravação magnético só que em um formato de fita. A popularização foi
enorme porque era um material muito fácil de ser transportado e manuseado.

Fita cassete

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7. A Era Digital

Finalmente, chegamos no Compact Disc, ou CD, no final de 1970, início


da era digital. Como o próprio nome induz, a gravação é feita de maneira digital.
O CD é um disco feito de acrílico que contém uma espiral. Assim, a gravação é
feito por furos na espiral em formas de ponto brilhante e ponto escuro, chamados
de bits.

Já a reprodução é feita em aparelhos que contém um laser que reflete a


luz pela superfície do CD, sendo captado por um detector. Então, os dados são
convertidos em formato binário para o aparelho de som.

O CD veio para substituir quase que totalmente os discos de vinil. Para


conseguir fazer essa substituição do vinil para o CD, a propaganda recaia sobre
o argumento de que o CD era quase como ouvir a música ao vivo.

Além disso, a indústria fonográfica regravou várias das músicas do vinil


no CD para poder revender, alegando que a qualidade era definitivamente me-
lhor. Porém, o som não teve melhorias nenhuma, pelo contrário.

O fato do CD ser binário acabou por limitar as informações e, assim, de-


cair a qualidade do áudio. Essa qualidade só será melhorada com o surgimento
do DVD e do Blue-Ray em novos formatos, como o FLAC. Mas essa era digital
não para por aí.

Após o surgimento dessas mídias, veio o MP3. Esse é outro processo que
diminuiu ainda mais a qualidade do áudio. Esse formato veio junto com o apare-
lho de reprodução do MP3, como o ipod, por exemplo.

Por último, vem a era do streaming que transformou a música em algo


completamente imaterial, trazendo outras mudanças no mercado.

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Compact Disc (CD)

As principais mudanças com o surgimento da indústria fonográfica

Bem, agora que já falamos da história do registro sonoro, podemos come-


çar a falar das principais mudanças que isso trouxe para a sociedade como um
todo.

1. A pirataria

Uma das mudanças mais significativas foi a queda da própria indústria por
causa da pirataria, que começou com as fitas cassetes. Esse não foi um pro-
blema isolado de um país, mas do mundo inteiro.

A partir daí, a indústria fonográfica teve que começar a se reinventar, já


que lutar contra tem se demonstrado improdutivo.

Podemos dizer que a principal mudança foi não depender apenas da


venda de suas músicas, mas sim de toda uma estrutura que vai desde o show
até excursões e venda de materiais promocionais. Segundo Ross, algumas or-
ganizações começaram a montar guias de audição online, reunir arquivos e ven-
der áudios com qualidade superior.

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Além disso, também temos o surgimento do formato do streaming, que
representa muito das mudanças do mundo atual: deixar de ser dono de um pro-
duto físico e passar a adquirir um serviço.

Antes do streaming, a música já era entendida como algo abstrato e ima-


terial. Após a eliminação do produto físico palpável, essa visão fica ainda mais
fortificada. Mas isso é assunto para outro post.

2. A mudança do registro sonoro

O primeiro formato do registro do som em si não foi o fonoautógrafo, mas


sim a partitura. Portanto, está dependia que houvesse pessoas para tocar as
músicas escritas, pois sem esse intermediário nada aconteceria.

Com isso, o registro passa dessa forma de notação do som para os vários
tipos de gravações e reproduções de som. Portanto, retira-se o papel do inter-
mediário, o músico que tocava a partitura, que passa a ser o aparelho reprodutor
de som.

3. As mudanças sociais

Segundo Alex Ross, a gravação trouxe uma democratização, fato muito


importante para a música popular. Vale falar que a música clássica tem a tradi-
ção de notar suas peças em partituras. Contudo, a música popular é feita pela
tradição oral.

Portanto, a gravação deu voz às pessoas que estavam à margem, disse-


minando, por exemplo, o hip hop nos Estados Unidos. Porém, como Ross res-
salta, a gravação também disseminou a cultura daquele país, suprimindo as mú-
sicas tradicionais de outros povos.

Em outro trabalho sobre o assunto ‘A Indústria Fonográfica como Media-


dora entre Música e a Sociedade’ de Lucas Françolin da Paixão, deu-se início,
assim, ao processo de massificação.

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Isso porque, mesmo a música popular ganhando voz, a indústria acabou
por massificá-la para que ela se tornasse popular no sentido de mais disse-
minada, perdendo suas origens. Com isso, muda-se o sentido do ‘popular’, que
passa a significar também algo muito disseminado.

Outro ponto colocado por Ross é que a música clássica passou também
a ser disseminada para mais gente, saindo da elite.

4. A indústria cultural

A partir do momento em que a indústria fonográfica transformou a música


em algo material, a música deixa de ser arte e passa a ser um produto do entre-
tenimento. Consequentemente, aqui temos a mudança da apreciação da mú-
sica.

A indústria utiliza recursos à exaustão, repetindo muitas vezes a mesma


coisa, criando uma certa norma. Assim, quando algo destoa disso, as pessoas
acham estranho.

5. A apreciação musical

Chegamos, portanto, a mudança da apreciação musical. Antigamente, a


música era escutada em uma sala de concerto, sendo um evento social. Após o
surgimento do registro sonoro, a música passa a ser reproduzida em um apare-
lho de som, sendo um evento solitário. Além disso, com o surgimento dos apa-
relhos mp3 e fones de ouvido, o evento se tornou mais solitário ainda.

Sendo assim, a audição não tem mais a interação com os músicos e sim
com aparelhos sonoros, ficando alheia ao ambiente social: cada um ouve o que
quer a hora que quer. Segundo Leonardo Oliveira do blog Euterpe, isso iniciou o
processo de silenciamento das salas de concerto.

Antigamente, não era necessário um silêncio total na sala de concerto


como vemos hoje. Isso pode ter acontecido pelo fato de poder se ouvir a música

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em casa sem interrupções. Assim, a gravação influencia a performance e a pró-
pria audição musical.

“Há quem diga que a formação dessa sensibilidade deve muito à cultura
fonográfica do século XX, em que se pôde trazer uma gravação pra casa e ouvi-
la meditativamente na poltrona da sala. Mas a partir dessa pergunta uma coisa
fica evidente: a crítica contra a intolerância à manifestação de entusiasmo do
público durante um concerto é obrigada a ceder alguma medida dessa primazia
básica”.

Outro fator da apreciação é que nos formatos digitais não temos a mesma
variação de dinâmica, timbre e textura de uma orquestra ao vivo. Toda a inten-
sidade sonora e suas variações de um concerto ou um show é difícil de ser cap-
tada no digital.

Além disso, há uma forte tendência da indústria fonográfica em deixar as


faixas de áudio cada vez mais volumosas e com menos variações. Com isso,
perdemos a capacidade de prestar atenção aos detalhes: tudo fica parecido. So-
bre isso, temos um vídeo explicando como fazer uma escuta ativa na música.

6. Homogeneização

No começo das gravações, precisava usar o que soava melhor. Assim, os


instrumentos alemães e franceses foram considerados melhores. Com isso, o
som começa a ficar uniforme.

Essa homogeneização se dá tanto pelo fato de ter timbres mais uniformes


como também nos estilos musicais, gêneros e outros. Esse processo todo acaba
acarretando mudanças na performance musical.

7. A performance musical

Com a gravação, tornou-se possível os músicos ouvirem suas próprias


interpretações. Com isso, começou a vontade de se tocar cada vez mais perfeito.

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Portanto, entendia-se que a performance gravada pela eternidade no CD tinha
que ser diferente da ao vivo.

Mas não é só isso! Ao se ouvir tocando, os músicos passam a basear


suas próximas interpretações em erros ou em algo que ele não gostou quando
ouviu.

Além disso, a gravação também trouxe a referência de outros músicos


para os próprios músicos. Por exemplo, um cantor pode basear sua próxima in-
terpretação em outro cantor que ele admire.

Claro que ter boas referências é ótimo, mas isso também fez com que
interpretações ficassem homogêneas. Por exemplo, é comum no canto ou em
concertos para pianos ter seções de cadencias, que são improvisadas durante a
interpretação. Ao gravar essas cadências, outros músicos podem não inventar
suas próprias e sim praticar a cadência de outros.

Porém, a música antiga, como já falamos em nosso vídeo, é mais “imune”


a interpretações muito homogêneas. É comum que esses artistas criem e ousem
bastante no palco, trazendo coisas excepcionalmente criativas.

8. Instrumentação

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A gravação da música também modificou os instrumentos. Com ela, sur-
giu os instrumentos elétricos como o sintetizador, a guitarra, o baixo elétrico,
entre outros. Além disso, temos a música eletrônica hoje em dia, que usa com-
putador como uma interface.

9. Os novos artistas? Os produtores musicais

Por fim, a gravação trouxe uma nova profissão que é o produtor musi-
cal. Muitas vezes, toda a concepção de um álbum ou interpretação recai sobre
a visão desse produtor. Ele pode afinar o som, colocar efeitos, inserir instrumen-
tos. Enfim, a edição sonora é toda dele. Assim, essa figura com certeza tem uma
parte significativa no processo de criação musical.

Produção musical

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DIVULGADOR MUSICAL

Divulgação em Rádios:

O gênero musical irá determinar quais as rádios certas para tocar sua
música. Pois seria praticamente impossível tocar um rock em uma rádio desti-
nada à MPB por exemplo. Esse é um dos cuidados que o divulgador deve ter na
hora de apresentar seu cliente. Para cantores ou bandas terem suas músicas
tocadas nas emissoras, seus nomes destacados no mercado fonográfico e al-
cançarem um grande número de fãs é preciso cuidar de duas coisas, divulgação
e gerenciamento de carreira. Quem conta com um divulgador já tem meio cami-
nho andado, basta apenas avaliar se o custo x benefício está valendo a pena.

Já para quem está na profissão de divulgador ou para quem quer começar


nesta área, vale sempre lembrar que uma boa divulgação em emissoras de rá-
dios tem que:

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* Apresentar a música e o artista aos coordenadores das emissoras;

* Negociar execução para fazer parte da programação;

* Agendar entrevistas ao vivo ou por telefone com os artistas;

* Realizar ações promocionais envolvendo artista, ouvintes e rádios;

* Pocket shows promocionais;

* Destacar na programação das rádios e redes sociais a participação do


artista em algum horário específico.

* Acompanhar, em tempo real, a execução das suas músicas em todo


país, e surpreender a emissora com uma ligação para agradecer; Este, com cer-
teza, será o seu maior diferencial na Era do Relacionamento.

* Outra dica muito bacana para que o artista não seja apenas a explosão
de uma composição, é acompanhar o ciclo de vida da música. Ver se ela está
tocando na mesma intensidade, e como está o lançamento e execuções de no-
vas músicas é o diferencial para permanecer em uma carreira sólida.

Divulgação em TV:

Pode-se dizer que a televisão é também uma grande vitrine para um ar-
tista divulgar o seu trabalho e manter-se na mídia. Para que isso aconteça é
necessária boa apresentação do mesmo para os produtores de programas, ne-
gociar agenda do artista, acompanhar o mesmo em gravações externas ou em
estúdios. Esse trabalho também é conduzido por um divulgador artístico.

E como funciona o Marketing Artístico?

É desenvolvido conforme necessidade do cliente, como gestão de car-


reira, produção de conteúdos e muitas outras ferramentas que auxiliam no de-
senvolvimento artístico.

Como por exemplo:

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-Estudo da imagem do artista (valorização da marca, estilo musical, apre-
sentação pessoal, atitude);

– Definição de metas e estratégias para se atingir o objetivo definido atra-


vés de ferramentas de marketing e publicidade;

– Elaboração de projetos,

– Criação de planos de ação.

Mas como nem tudo são flores, e em todos os campos existem indivíduos
com segundas e terceiros intensões. Para você não cair em falsas promessas e
acabar com sua carreira antes mesmo dela começar.

Quem contrata esses serviços?

A procura por esses profissionais é feita por cantores, grupos ou bandas


musicais em início de carreira ou até mesmo no topo das paradas musicais. Mas
é sempre bom lembrar: quem pretende contratar um bom divulgador artístico
precisa ter alguma experiência na área desejada, caso contrário o seu colabora-
dor ficará sem material para mostrar ao mercado. É importante ressaltar que a
carreira de um artista é praticamente uma empresa, se não tiver uma boa admi-
nistração cai na falência muito fácil.

COMO DIVULGAR UMA MÚSICA INDEPENDENTE

Divulgar uma música pode ser complicado quando há tantos artistas


talentosos e boas bandas por aí. Mas, se souber como divulgar e aprender a
fazer conexões pessoalmente, será possível espalhar uma música pelo mundo
como um profissional. A seguir alguns estes passos para saber como divulgar
uma música.

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Preparando-se para divulgar uma música por conta propria

1 Reflita se está pronto para compartilhar sua música com o


mundo. Este é o ponto mais importante. Será difícil se recuperar caso você
divulgue uma faixa ruim – ou até mesmo um álbum ruim. É melhor esperar até
estar absolutamente preparado para compartilhar sua música com o mundo do
que divulgar um trabalho que fará com que você se arrependa depois. Aqui estão
algumas dicas para descobrir se sua música pode ser divulgada:

 Se puder, consiga feedback de pessoas respeitadas da indústria.


Construa relacionamentos com produtores e pergunte se eles
gostam da música. Assim que pelo menos 60% deles disserem que
a música é boa, divulgue-a; produtores sempre serão mais críticos
que seus fãs. Lembre-se de que você tem que tirar um tempo para
construir esses relacionamentos primeiro.

 Verifique o serviço de feedback musical como o Soundout, que


pode ajudar você a divulgar suas músicas com outros ouvintes e
conseguir respostas alguns dias depois. Existe um grande recurso
se você não possui muitas conexões no mundo profissional ou se
desejar estabelecer laços com possíveis fãs.

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2 Descubra sua marca. Ainda que divulgar sua música seja a coisa mais
importante, compreenda que você também está se divulgando. Você deve se
enxergar não apenas como um músico ou como um membro de uma banda, mas
também como um produto. Esse produto precisa ser o mais atraente possível
para que sua marca seja única e excitante – algo que fará seus fãs se animarem
com você e sua música.

 Pense em si como Jéssica Simpson ou Kim Kardashian. Essas


mulheres compreendem que são marcas e que podem colocar
seus nomes em um produto – de sapatos a loções. Elas turbinarão
suas próprias vendas sendo o que são.

3 Saiba quem é seu público alvo. Até mesmo a melhor música pode
conseguir a pior das respostas se ela estiver nas mãos dos fãs errados. Se seu
estilo é o Techno, aprenda a diferenciar entre Deep House, Tech House e
Electro. Compreenda qual tipo de música você criará e qual tipo realmente atrai
você. Isso o ajudará a entrar em contato com fãs, visitar os lugares certos e
vender sua música do jeito correto.

Divulgue sua música online

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1 Divulgue a música no Twitter. O Twitter é uma excelente ferramenta
para entrar em contato com os fãs, divulgar conteúdo e fazer com que mais
pessoas se animem com seu trabalho. Para divulgar sua música no Twitter, você
deve atualizar ativamente sua linha do tempo com novas informações sobre
eventos, promoções e lançamentos. Aqui estão algumas coisas que você pode
fazer para tentar divulgar sua música no Twitter:

 Twitte eventos ao vivo. Se você possui uma perspectiva única


sobre algo, de seu próprio concerto ao Grammy, use um tweet ao
vivo para manter seus fãs conectados.

 Forneça links para seus vídeos ou músicas.

 Domine hashtags para que as pessoas se interessem em suas


músicas.

 Tire fotos legais que atraiam os olhos de seus seguidores e faça-


os desejarem mais.

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 Tire um tempo para responder aos seus fãs. Responda a eles
publicamente e mostre a todos o quanto você liga para seus fãs.
Faça-os se sentirem mais especiais enviando-lhes mensagens
com mais conteúdo.

 Use o aplicativo Vine para divulgar sua música através de vídeos.


Celebridades, de Paul McCartney a Enrique Iglesias, usam esse
aplicativo.

2 Divulgue sua música no Facebook. O melhor jeito de divulgar sua


música no Facebook é criar uma Fan Page no site. Isso permitirá que você se
conecte aos seus fãs, separando sua vida pessoal da profissional. Use sua
página do Facebook para dar aos fãs informações básicas sobre suas músicas,
para fornecer conteúdos exclusivos e para dar informações sobre futuros
lançamentos, concertos, além de qualquer outra coisa que seus fãs gostariam
de saber sobre seu trabalho. Aqui estão algumas outras coisas a se manter em
mente enquanto você divulga sua música pelo Facebook:

 Não incomode seus seguidores repostando várias vezes a mesma


informação. Apenas uma vez deve ser o suficiente.

 Use o “curtir” como um portão para distribuir conteúdo como vídeos


ou Downloads. Se um fã “curtir” seu link, ele pode escutar mais do
seu trabalho.

 Conecte-se com seus fãs. Peça feedback aos fãs e tire um tempo
para responder aos comentários deles. Assim, eles se sentirão
mais conectados a você e à sua música.

 Alcance outros artistas no Facebook. Peça para que um artista


mais popular ou um que possua uma base de fãs semelhante,
porém maior, divulgue sua música na página dele; isso turbinará
suas curtidas.

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 Crie eventos. Use o Facebook para criar eventos que convidem os
seus fãs aos seus concertos recentes. Mesmo que alguém já tenha
criado um evento, isso ajudará a divulgar ainda mais o seu
trabalho.

3 Divulgue sua música pelo Instagram. Você pode usar o Instagram


para alcançar ainda mais fãs. Você deve sincronizar seus perfis do Facebook e
do Instagram para atingir ainda mais pessoa, e usar hashtags populares para
aumentar sua visibilidade. Trabalhe em postar imagens de apresentações de sua
banda, ou até uma foto ocasional de você e seus colegas se divertindo para
demonstrar sua humanidade.

 Aproveite o tempo para se conectar aos seus fãs. Se eles postarem


uma foto de algum show seu, curta-a.

 Poste seu conteúdo no final da tarde – esse é o período com mais


acessos.

 Você pode ganhar mais curtidas em suas fotos no Instagram ao


curtir ou comentar as imagens dos fãs.

4 Divulgue sua música através de um website. Apesar das redes


sociais serem uma excelente plataforma para a divulgação musical, você precisa
possuir seu próprio website. Ele o ajudará a conduzir os fãs na direção certa do
jeito mais profissional possível. Seu website deve trazer informações sobre
shows, músicas, biografias, e qualquer outra coisa que anime seus fãs.

 Use as redes sociais para promover seu website. Inclua um link


para seu site em todos os seus perfis das redes sociais.

 Você deve pagar pelo nome de seu domínio e seu website singular
em vez de divulgar o nome de sua banda em um site que agrega
diversas bandas. Isso lhe dará mais destaque.

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5 Distribua músicas online. Faça com que sua música esteja
prontamente disponível no Spotify, Deezer e iTunes. Desse jeito, você parecerá
um verdadeiro profissional da próxima vez que um fã ou um produtor de shows
perguntar sobre onde é possível encontrar suas músicas.

 Utilize um pouco de áudio quando distribuir e divulgar sua música.


Isso significa dizer aos ouvintes onde eles podem encontrar a
música no início ou no fim de cada single, ou no início e fim de cada
álbum.

Divulgando sua música pessoalmente

1 Construa laços em pessoa. Assim que você sair pelo mundo, haverá
a oportunidade de construir uma conexão com alguém na indústria musical. Você
pode começar por baixo, seguindo produtores ou artistas online, e ir trabalhando
para poder encontrá-los pessoalmente em concertos, pequenas apresentações
ou em eventos sociais (desde que você tenha sido convidado). Não force

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amizades; apenas aproveite o tempo para crescer como um artista e procure
conhecer o máximo de pessoas da indústria que puder.

 Sempre seja amigável e educado. Você nunca sabe quem poderia


lhe ajudar.

 Construa relacionamentos com os fãs. Se os fãs quiserem


entrevistá-lo em pessoa ou pela internet, diga sim. Isso ajudará
você a divulgar seu nome, mesmo se for entre algumas pessoas.

2 Crie um kit de imprensa matador. O kit de imprensa deve gerar


interesse em você como um artista e músico. Ele contém sua biografia (ou a da
banda), folhas informativas, uma brochura, fotos promocionais, qualquer
avaliação que sua música tenha recebido na imprensa, três demos, e
informações de contato. Aqui estão algumas coisas que você deve manter em
mente enquanto monta o kit:

 Limite a quantidade de informação de fundo. Você não quer cansar


seu público.

 Mantenha sua tabela de informações em um nível básico. Forneça


informações sobre sua cidade natal, os nomes dos membros da
banda e os instrumentos que eles tocam, informações sobre
álbuns, agenda de shows, gravadora, produtores, e informações
de contato do empresário.

 Seu CD de demonstração deve ser de alta qualidade e feito


profissionalmente – não grave um CD em casa. Lembre-se de que
você possui 30 segundos para chamar a atenção do ouvinte –
portanto, faça cada segundo contar.

 Inclua uma tabela de shows com informações sobre apresentações


passadas e futuras. Isso demonstrará que você possui uma
popularidade crescente, sendo um bom investimento para
qualquer produtora.

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 Inclua algumas fotos profissionais 8 x 10 quando apropriado para
demonstrar o que lhe faz ser especial.

3 Encontre um empresário. Um empresário é uma pessoa que


aconselhará você e sua banda em todos os aspectos de sua carreira. Você deve
encontrar um empresário que tenha trabalhado com outros artistas de sucesso
e que tenha muitas conexões na indústria da música, assim como uma reputação
sólida. Use um diretório da indústria da música para encontrar um empresário e
peça recomendações para quaisquer profissionais que conhecer.

 Não envie kits de imprensa não-solicitados. Em vez disso, entre


em contato com o empresário e veja se é possível enviar-lhe
material. Se isso não funcionar, você ainda terá feito contato no
processo.

4 Faça apresentações sempre que puder. Shows são um ótimo jeito de


divulgar sua música e de se conectar aos fãs. Independentemente se você abrir
um show da Anitta ou tocar no barzinho da esquina, veja todo show como
oportunidade para vender sua marca e cante com o coração. Tire um tempo para
se conectar aos fãs antes e depois do show.

 Fãs amam coisas gratuitas. Use seu show como uma oportunidade
para distribuir camisetas gratuitas, mercadorias om o nome de sua
banda, CDs e qualquer coisa que possa divulgar o seu nome.

 Se outras bandas estiverem tocando no concerto, converse com


elas para criar mais conexões. Elogie o trabalho deles e, se puder,
peça para que divulguem a sua música.

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REFERÊNCIA

----------------- Bando da Lua. Gazeta Mercantil. São Paulo: 19, 20 e 21 nov.


1999, Fim de Semana, p.1.

----------------- Música Popular – do Gramofone ao Rádio e TV. São Paulo:


Ática,1978.

----------------- Música Popular: Teatro & Cinema. Petrópolis: Vozes, 1972.

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