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CAMPUS DE ARAPIRACA
MATEMÁTICA - LICENCIATURA
ARAPIRACA
2020
Marcone Barbosa França
Arapiraca
2020
Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Biblioteca Campus Arapiraca - BCA
Bibliotecário Responsável: Nestor Antonio Alves Junior
CRB - 4 / 1557
Referências: f. 53-59.
Anexos: f. 60-61.
CDU 51
Marcone Barbosa França
Banca Examinadora
(Charles Chaplin)
RESUMO
In terms of connectivity, the number of people using smartphones is increasing, since it has
more and more utilities and applications in everyday life, whether due to the ease of
communication, information exchange, internet access, connectivity, agility or entertainment.
Although the cell phone offers a series of benefits, the excessive use of these devices and the
constant and excessive concern about not being connected to the internet can also cause serious
psychological, physical and social disorders. In this regard, the present work aims to investigate
the behavior of undergraduate students in the Mathematics course at the Federal University of
Alagoas - Campus de Arapiraca, regarding the use of cell phones and the impact caused on their
personal and academic life. To this end, a qualitative and quantitative approach of an applied
nature was adopted, with regard to the objectives, it was descriptive and the methodology used
for the treatment of the data was descriptive statistics. The target population of the research is
composed of 121 students of the degree course in mathematics at UFAL Campus of Arapiraca,
for the sample 80 students were selected with a 95% confidence level and a sample error of
6.5%, using the method stratified random sampling and for each stratum simple random
sampling was used. A questionnaire consisting of 28 closed questions was applied to students
selected from the sample of the 1st, 3rd, 5th and 7th periods of the Mathematics course. The
survey results show that 69% of students said they use their cell phones in an exaggerated
manner and that they spend a lot of time using a cell phone and that 30% of the interviewees
sleep less than 4 hours, with the cell phone being the cause of these events. In addition, 41% of
them tried to use the device in a lesser amount of time, but failed because of the impulsiveness
and the feeling of relief (21%) that such device provides, consequently 31% of them stated that
life itself it wouldn't be funny if you didn't have your cell phone. In view of this dynamic
scenario of technological innovations, it is necessary to be aware and cautious of these facilities,
speed and amenities that smartphones provide to users.
Gráfico 1- Percentual de alunos que já receberam a informação mais de uma vez que passam
tempo demais ao smartphone no curso de Matemática da Universidade Federal de Alagoas –
Campus de Arapiraca................................................................................................................ 42
Gráfico 2- Percentual de alunos que dormem menos que quatro horas porque ficou usando o
smartphone no curso de Matemática – Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas –
Campus de Arapiraca................................................................................................................ 44
Gráfico 3- Percentual de alunos que usa smartphone durante mais tempo e/ou gasto mais
dinheiro nele do que eu pretendia inicialmente no curso de Matemática da Universidade federal
de Alagoas – Campus de Arapiraca .......................................................................................... 47
Gráfico 4- Percentual de alunos que “navegar no smartphone tem causado prejuízos para a
minha saúde física. Por exemplo, uso o smartphone quando atravesso a rua, ou enquanto dirijo
ou espero algo, e esse uso pode ter me colocado em perigo” no curso de Matemática da
Universidade federal de Alagoas – Campus de Arapiraca.........................................................49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................……………..….………..……….….…….……….………...12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……….………………..…….…….…….…….……15
2.1 A EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO………………………………...15
2.2 TECNOLOGIA E AS NOVAS MÍDIAS DIGITAIS………..…………….…..………22
2.3 VÍCIO TECNOLÓGICO: CONTEXTUALIZANDO NOMOFOBIA…………....…26
2.4 INCÊNDIOS x CHOQUES ELÉTRICOS……...…….…...…..…....……………..…..30
2.5 EXIBICIONISMO NAS REDES SOCIAIS…….....………..……..….…..…….……..31
2.6 CELULARES x TRÂNSITO……...……………………………………………….…...33
2.7 CELULARES NA EDUCAÇÃO………….….….….….….…………..……..….……..34
3 METODOLOGIA…………………………………….....…………………..…………..38
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES…………………….….…......……………....………42
4.1 USO EXCESSIVO DO CELULAR...……….…….....………………….….……..……42
4.2 CONSEQUÊNCIAS NO USO DO SMARTPHONE…….…..……………….……….43
4.3 SMARTPHONE VERSUS DROGAS..………….…………….…………………….…46
4.4 SMARTPHONE VERSUS PERIGO DE VIDA….……………..…..…..…….………48
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………..…….……………………………............……50
REFERÊNCIAS,,,,………………………………………………..……................….….53
ANEXO A - QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS SOBRE NOMOFOBIA…......…….60
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1 INTRODUÇÃO
pessoas sofriam com o transtorno; em 2015, o número saltou para 322 milhões. Um dos fatores
para esse acréscimo está associado ao medo de ficar sem o aparelho celular e também pelo
distanciamento da realidade e dos contatos sociais, ocasionando o isolamento.
Pesquisas envolvendo o uso indevido de smartphones no Brasil ainda são limitadas,
assim justifica-se o interesse do presente trabalho de uma maior investigação das suas
implicações no âmbito universitário a fim de acompanhar as interferências e mudança na vida
dos acadêmicos. É importante destacar que o problema não é, necessariamente, da tecnologia
em si, mas da maneira que a mesma é utilizada. Quando utilizada com cautela não se anula os
grandes benefícios que as inovações tecnológicas proporcionaram para o mundo.
A justificativa pessoal para a escolha deste tema veio através de conversas com um
amigo de turma, que me apresentou o tema junto com algumas publicações na internet. No
mesmo ano decidi me aprofundar em relação ao tema e fiz um artigo que foi submetido ao VI
Emaal, Encontro de Matemática do Agreste Alagoano. Também no mesmo ano foi decidido se
aprofundar ainda mais neste objeto de pesquisa e fazer está monografia de TCC.
Diante desse contexto, o presente estudo buscou responder ao seguinte questionamento:
Como é usado o celular pelos universitários do curso de Matemática- Licenciatura da
Universidade Federal de Alagoas – Campus de Arapiraca e qual o impacto causado em sua
vida pessoal e acadêmica?
O objetivo geral do presente trabalho é investigar o comportamento dos licenciandos do
curso de Matemática da Universidade Federal de Alagoas – Campus de Arapiraca, quanto ao
uso de celulares e o impacto causado em sua vida pessoal e acadêmica.
Para a realização do estudo, considerou-se os objetivos específicos: i) Entender como
os alunos têm se comportado com o uso do celular; ii) Verificar se existe diferença no uso do
celular em relação ao gênero; iii) Descrever o comportamento ou sentimento dos alunos quando
não estão de posse destes dispositivos móveis. iv) Investigar as consequências
do uso inadequado dos smatphones.
O trabalho está dividido em quatro seções, começando com a introdução, na qual há
uma breve apresentação em relação a pesquisa, justificativa e os objetivos da proposta. A
segunda seção é destinada a fundamentação teórica do trabalho, sob sete aspectos, são eles: 1)
A evolução dos meios de comunicação; 2) Tecnologia e as novas mídias digitais; 3) Vício
tecnológico: contextualizando nomofobia; 4) Incêndios X Choques elétricos; 5) Exibicionismo
nas redes sociais; 6) Celulares X Trânsito e 7) Celulares na educação. Na terceira seção, é
detalhado o caminho metodológico traçado, explicitando a forma como se deu a coleta de dados
e os instrumentos utilizados para a análise das informações colhidas. Por último, na quarta seção
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Esta seção está dividida em subseções para facilitar a compreensão e a leitura dos
mesmos. Na primeira subseção foi feito uma investigação em relação a diversos estágios na
comunicação, evoluindo de figuras rupestres feitas em paredes à comunicação via web. Na
segunda subseção é sob as tecnologias e as novas mídias digitais, em que diversos aparelhos,
inclusive os telefones, possuem as mais diversas aplicações para facilitar a vida das pessoas. Já
na terceira subseção fala-se sob os vícios tecnológicos e a consequente nomofobia.
Por causa do consumo em excesso de aparelhos celulares muitas pessoas podem
provocar acidentes, como é mencionado nas subseções 4 e 6. Além disso, muitas pessoas fazem
uso do anonimato para se expor e/ou para prejudicar alguma outra pessoa, como visto na
subseção 5.
Por fim, na última subseção fala-se sob o uso de celulares na educação, em que muitos
profissionais desta área necessitam se especializar para fazerem um trabalho melhor e mais
moderno.
Segundo Ipanema (1967), a comunicação foi utilizada como forma de interação entre
diferentes pessoas e camadas sociais, através da necessidade humana de se expressar.
Consoante Costella (2001), a comunicação teve início no momento em que os seres humanos
passaram a se comunicar por meio de gritos e gestos, com os quais conseguiam expor suas
intenções. Com o passar dos anos, a comunicação foi ganhando maior complexidade devido às
pinturas rupestres, artes baseadas em desenhos gravadas nas paredes e tetos de cavernas (Figura
1).
Mesmo com o passar dos anos os símbolos e as pinturas continuaram sendo relevantes
para as mais diversas civilizações. Entre estas civilizações destacam-se os sumérios, que deram
origem a escrita cuneiforme na mesopotâmia (Figura 2). De acordo com Pozzer (1999), o nome
cuneiforme vem do latim cuneus (canto), por ser o resultado do corte de um estilete sob a argila
mole, com três dimensões (altura, largura e profundidade). Segundo Oliveira (2018), o objetivo
principal dessa escrita, ao ser criada a 3.000 a.C., era contabilizar os impostos, o registro de
animais, e o controle sobre os meios de produção e subsistência.
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A prensa tipográfica foi inventada por volta de 1450, com a invenção da prensa e do
molde de tipos, os manuscritos viveram um processo de declínio. Segundo Monteiro e Rocha
(2011), “elas não foram extintas, mas passaram para segundo plano”. De acordo com Perles
(2007), a imprensa brasileira se iniciou em 1808, quando a coroa portuguesa passou a residir
no Brasil como refúgio do império napoleônico, com a criação da gazeta do Rio de Janeiro, na
19
qual publicava notícias e documentos de interesse da corte. Ao passar dos anos foram surgindo
novos periódicos, ocasionando, assim, o jornalismo panfletário.
De acordo com Cembrani (2017), em meados do século XVIII teve início os estudos
sobre eletricidade, fato este que ocasionou a criação do telégrafo, permitindo a comunicação de
pessoas ponto a ponto por meio de desenhos, códigos e telegramas. Em 1876, veio a ser criado
o telefone por Alexander Graham Bell, objeto este que permitia a comunicação por meio de
ondas sonoras. Ao decorrer dos anos os telefones passaram por uma série de modificações, em
ordem cronológica, tem-se: telefones públicos, analógicos, digitais.
Todas essas inovações pelas quais o telefone passou, e ainda passa, está relacionada ao
consumo de tais produtos, onde a cada instante é feito novas inovações para que eles estejam
mais completos, para que as pessoas sejam induzidas a consumi-los pensando que o aparelho a
qual detém está ultrapassado, antigo, como é retratado na Figura 4, consoante dados da Anatel.
Conforme Rodrigues et al. (2015, p.3),
guerra mundial, que passou a exercer influência significativa na economia brasileira. Com a
expansão da indústria, os meios de comunicação tornaram-se a cultura procurada pela
população.
No século XX houve grandes inovações tecnológicas, ocasionando descobertas na
comunicação. Nesse sentido, em 1946, John Eickert e John Mauchly inventaram o primeiro
computador que funcionavam por meio de válvulas e permitia resolver inúmeros cálculos e
problemas abstratos (Figura 5). Com o passar dos anos estes aparelhos foram aperfeiçoados em
computadores pessoais, ocasionando uma maior popularização.
Em 1947, tem-se a criação do celular, nos Estados Unidos, pelo laboratório Bell. De
acordo com Pinheiro (2005, p, 29), estes aparelhos permitiam “a comunicação por meio de
ondas eletromagnéticas, os primeiros aparelhos permitiam, basicamente, a realização de
ligações de forma portátil”. Com o passar dos anos novas funções foram adicionadas ao
aparelho, acrescentados de novos designs, tamanhos, pesos e processamento.
Em 1996, foi-se criado o primeiro celular com acesso à internet, disponibilizado pela
Nokia, o modelo 9000 communicator (Figura 6). Segundo Coutinho (2014), ao serem lançados,
eles foram autodenominados de telefones inteligentes, os smartphones, como agora são
conhecidos, apresentam alta tecnologia e uma grande capacidade de processamento de dados.
22
De acordo com o que foi exposto, percebe-se que a comunicação foi transformada em
harmonia com os interesses e necessidades das civilizações, assim como também vem
acompanhada pelo desenvolvimento das inovações. Contudo, existem impactos ocasionados
pela tecnologia e pelas novas mídias digitais. Um dos benefícios da internet é que ela propicia
mais liberdade, fazendo com que o mundo seja pequeno, beneficiando diversas pessoas; o lado
negativo é a opressão gerada sob as pessoas desinformadas ou que não saibam utilizar o recurso
de forma adequada. Baseado nisso, é necessário ter consciência sob os benefícios e os
malefícios ocasionados pelas criações da modernidade, para melhor ser preparado e não ser
pego pelas armadilhas.
Devido ao crescimento da globalização, os seres humanos estão cada vez mais expostos
a produtos midiáticos que impulsionam e fortalecem o consumo tecnológico. Uma das
consequências do desenvolvimento tecnológico é a alteração de comportamentos e hábitos pela
sociedade, onde a mesma necessita está conectada para se sentir incorporada ao mundo
interativo.
Castells (2009, p.55) destaca que, “com a difusão da Internet, uma nova forma de
comunicação interativa surge, caracterizada pela capacidade de enviar mensagens de muitos
para muitos, em tempo real ou não [...]”. A informação passou a ser, na atualidade, uma moeda
de poder e de troca, fazendo com que computadores, telefones e celulares se tornem
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indispensáveis no dia a dia das pessoas por causa da praticidade e da autonomia que eles
proporcionam.
Por causa do dinamismo proporcionado pelas tecnologias móveis houve uma
modificação nas formas de comunicação e participação das pessoas aparelhadas pelas redes
sociais, ocasionando, assim, pontos positivos e negativos. Bozza (2016) corrobora que as redes
sociais são importantes ferramentas de interação social que permitem que as pessoas se
comuniquem de forma rápida, quase instantânea, e que conheçam novas pessoas, mesmo que
em espaços bastante distantes. Fazendo, assim, com que pessoas das mais diversas idades
conheçam novos grupos de indivíduos que detenham de interesses comuns, expandindo, nesse
caso, a utilização de sites de relacionamentos para as mais variadas idades.
Na Figura 7 são mostrados os resultados de uma pesquisa realizada na Argentina, devido
à dificuldade de se encontrar dados existentes no Brasil, na qual os usuários de WhatsApp são
das mais variadas idades, com um menor consumo em relação aos idosos acima de 60 anos.
Existem desvantagens ocasionadas pela má aplicação deste recurso, entre elas, destaca-
se a exposição da própria intimidade como condição para se pertencer a uma rede social.
Segundo Bozza (2016), existe outra grande preocupação que é em relação ao anonimato,
fazendo com que alguns sujeitos apresentem atos abusivos, violentos ou mal-intencionados por
causa da sensação de invisibilidade presente no ciberespaço.
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Ainda de acordo com Mason (2008), o anonimato presente no ciberespaço pode driblar
a responsabilidade de pessoas que utilizam o mesmo para o cometimento do mal; reduzindo,
desse modo, o medo de serem pegos e punidos. Entretanto, a internet mesmo proporcionando
uma infinitude de conhecimentos e uma autonomia social, permitindo que pessoas de
localidades longínquas se conheçam, tem como malefício (ou falha) o anonimato presente nela,
o que gera a sensação de insegurança e impunidade.
Conforme a União Internacional de Telecomunicações (UIT) (EDGARD JÚNIOR,
2015), a quantidade de celulares existentes em nosso planeta está se equiparando à população
mundial. Essa adoção se deu pelo multiuso destinado a estes aparelhos, o que em outras épocas
era objeto de comunicação a longa distância entre pessoas conhecidas, atualmente, o aparelho
detém de diversos aplicativos capazes de estabelecer comunicação com pessoas conhecidas e
desconhecidas. Além de permitir a comunicação os apps (aplicativos) são ferramentas de
entretenimento, permitindo a seus detentores ouvirem as músicas prediletas, assistir filmes, tirar
fotos, jogar, entre outras coisas.
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Fonte: http://www.defensorcordoba.org.ar/archivos/noticias/2016-7-19-
11.9.8.149_NoticiaArchivo.jpg. Acesso em: 05 dez. 2019.
Figura 9 - Idade com que teve o primeiro telefone (Edad al primer teléfono)
Em paralelo ao exposto por Flankl (2005), é correto afirmar que a sociedade atual está
sob um alicerce frágil, na qual a importância se dar sob bens não duráveis e que em muitas
vezes não preenchem em nada a existência humana. Pode-se concluir, então, que a forma de as
pessoas terem suas relações sociais de modo virtual e, muitas vezes, vazias; associado ao grande
desenvolvimento tecnológico na criação de softwares e equipamentos é puro marketing
capitalista para que as pessoas não se sintam satisfeitas.
Por causa da necessidade de inovar para satisfazer seus consumidores, satisfação muitas
vezes vazias, os aparelhos celulares estão concentrando o máximo possível de aplicações,
fazendo com que as pessoas fiquem presas ao mesmo. Segundo Duhigg (2012), isso, na maioria
das vezes, fazem com que elas mudem seus hábitos para se auto preencherem, gerando, assim,
um anseio por estímulo.
Por causa da adoção do hábito de utilizar o telefone em "quase tudo", muitas pessoas se
sentem sozinhas, vazias, e muitas pessoas até com depressão. Segundo Mazieiro e Oliveira
(2016, p. 3):
30
Uma mulher de 26 anos morreu em setembro na Rússia após seu celular, que
estava carregando, cair na banheira. Na Tailândia, um homem de 40 anos foi
31
Isso ocorre por causa do alto consumo de carga na bateria, como mencionado
anteriormente, que é composta por substâncias que podem ser inflamáveis e tóxicas, podendo
ocasionar queimaduras químicas e explosões. Consoante Baeta (2019), existem alguns cuidados
que podem ser adotados, tais como: usa sempre carregadores oficiais do aparelho, não utiliza o
aparelho enquanto ele está conectado na tomada com o carregador, recarregar o aparelho em
uma superfície não inflamável, não recarregar a bateria em ambientes úmidos, não deixar o
aparelho recarregando a noite toda, entre outros.
De acordo com Gris (2018), eletrônicos em geral quando utilizado junto a um acessório
necessita que o mesmo tenha procedência e qualidade, pois recentemente têm-se casos de
pessoas que estão perdendo as próprias vidas. Em relação a aparelhos celulares, é destacada a
incidência de incêndios e de choques elétricos.
Os choques elétricos ocorrem porque as pessoas colocam os celulares para serem
carregados em lugares úmidos, como no banheiro; em relação aos incêndios, é ocasionado
devido ao carregamento do aparelho celular durante a incidência de raios ou em uma extensão
conectada com vários aparelhos, sobrecarregando, assim a rede e ocasionando em uma situação
de perigo que pode chegar a uma explosão.
Conclui-se que, ao falar ao telefone o condutor reage de forma mais lenta e com sérias
limitações, dando menos atenção aos retrovisores, a sinalização e ao próprio fluxo de veículos
no trânsito, segundo Morais (2011).
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O uso excessivo de telefones podem ocasionar fenômenos maléficos a vida das pessoas,
tais como: exibicionismo, acidentes no trânsito, incêndios e choques elétricos. Entretanto,
mesmo com estes malefícios ocasionados pelo uso do smartphone, existem alguns benefícios
proporcionados pelos mesmos, principalmente como ferramentas de estudo. Devido a sua
acessibilidade os mesmos podem ser transportados para os mais diversos locais, fazendo com
que a leitura fique mais acessível.
Na educação tem-se crescido o número de adeptos a inclusão de ferramentas
tecnológicas como forma de agilizar o trabalho em diversas áreas profissionais, principalmente
na docência. Na educação básica, uma das facilidades encontradas no mundo tecnológico é a
proximidade entre pais de estudantes e a organização escolar, incluindo professores,
coordenadores e diretores.
Muitas escolas estão passando por um processo de digitalização, por causa da inclusão
de diversas ferramentas na aplicação de aulas. No entanto, existem desafios a serem enfrentados
como a resistência de professores em adotar tais recursos por causa da desconfiança e da
dificuldade de adaptação dos próprios educadores. Nesse caso, segundo Feitosa e Pimentel
(2017, p. 72), as instituições de ensino e seu corpo docente “devem estar preparados para essa
nova realidade, […] e ir ao encontro dessa nova geração que vive na busca do conhecimento”.
O Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024), instituído pela Lei nº 13.005, de 25
de junho de 2014, (BRASIL, 2014) cita o quão é necessário o uso de tecnologias e aplicação de
métodos inovadores como formas de atingir algumas das metas no fomento a educação.
Entretanto, existem algumas dificuldades na aplicação destas tecnologias no ambiente
educacional, de acordo com Coll, Mauri, Onrubia (2010, p. 71), por causa do “ panorama tão
homogêneo quanto às vezes se supõe, […] porque na maioria dos cenários de educação formal
e escolar as possibilidades de acesso e uso dessas tecnologias ainda são limitadas ou ainda
inexistentes”.
A sociedade, segundo Lira (2016, p. 60), vem passando por alterações nas estruturas
escolares que se caracterizam como “desafios para a educação, que requerem novas concepções
para as abordagens dos conteúdos, outras tecnologias de ensino e perspectivas para a ação dos
professores, alunos e demais profissionais da educação”. Nesse caso, trabalhar com o celular
exige do professor conhecimento amplo dessa ferramenta para utilizá-lo adequadamente como
aparato pedagógico. De acordo com Moran (2007, p. 90) “o domínio pedagógico das
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variáveis, fazendo com que os professores possam atender necessidades específicas; motiva os
alunos; melhora a relação do professor com os alunos.
Existem muitos educadores tradicionais que se queixam dos aparelhos celulares,
afirmando que os mesmos distraem os alunos e impede-os de prestar atenção nas aulas e
explicações dos professores por causa das redes sociais e de aplicativos de mensagens
instantâneas. Entretanto, de acordo Antônio (2010), “O que causa a distração nos alunos é o
desinteresse pela aula e não a existência pura e simples de um telefone celular”.
Existem culturas em que os aparelhos celulares já são utilizados como ferramentas de
informação e mídia e na aprendizagem, por disponibilizar atividades educativas na ausência de
recursos tecnológicos nas instituições de ensino, pois
[…] sempre foi muito comum à falta de recursos tecnológicos nas escolas,
principalmente nas escolas públicas. Com o telefone celular passamos a ter
muitos desses recursos disponíveis não apenas pela escola, mas também pelos
alunos! Isso deveria ser comemorado, mesmo que não concordemos que os
alunos prefiram ganhar celulares dos seus pais do que enciclopédias, pois com
os celulares eles também ganham diversas possibilidades de aprendizagem
que antes não tinham porque a própria escola não dispunha desses recursos.
(ANTÔNIO, 2010).
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Enquanto as pesquisas qualitativas são focadas em situações cujo objeto de estudo seja
temas particulares, as pesquisas quantitativas são mais focadas na generalização do tema,
limitando-se somente a interpretações gráficas e a aplicação de fórmulas matemáticas. Para
Goldenberg (2002, p. 61), “as abordagens quantitativas sacrificam a compreensão do
significado em troca do rigor matemático”.
Richardson (2007, p. 70), acrescenta ainda que, “[…] o método quantitativo representa,
em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e
interpretação, possibilitando, consequentemente, uma margem de segurança quanto as
inferências”. Nas ideias de Marconi e Lakatos (2005, p.284) existem algumas características
que devem ser observadas numa pesquisa quantitativa, sendo destacadas estas: “evidência a
39
Tabela 1- População alvo da pesquisa composta pelos alunos devidamente matriculados no 1° semestre
de 2019 do curso de Matemática – Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas –
Campus de Arapiraca
Período
Gênero
1° 3° 5° 7° Total
Masculino 27 17 15 11 70
Feminino 20 9 10 12 51
Total 47 26 25 23 121
Fonte: Dados da pesquisa (2019).
Para o cálculo de tamanho da amostra foi utilizada a expressão descrito por Reis (2009).
A primeira estimativa do tamanho da amostra n0 é dada pela expressão n0 = 1/E02 em que E0 é
o erro amostral tolerável e n0 é a primeira estimativa do tamanho de amostra. Se o tamanho da
(𝑁×𝑛∘)
população, N, for conhecido pode-se corrigir a primeira estimativa por: 𝑛 = (𝑁+𝑛∘), onde N é
1 1
I) 𝑛 ∘= 𝐸∘2 ⇒ 𝑛 ∘= (0,065)2 ⇒ 𝑛 ∘= 236,68. ..
𝑁×𝑛∘ 121×237
II) 𝑛 = 𝑁+𝑛∘ ⇒ 𝑛 = 121+237 ⇒ 𝑛 = 80
Para o presente trabalho adotou-se um nível de confiança de 95% e E0= 6,5%, obtendo
uma amostra de n= 80 alunos, baseado no resultado acima.
Foi utilizada a amostragem aleatória estratificada proporcional, aplicada nos períodos
ímpares (1°, 3°, 5° e 7°) em que uma amostra de 80 alunos ficou distribuída da seguinte forma:
31 alunos no 1° período, 17 no 3°, 17 no 5° e 15 alunos no 7° período do curso de Matemática
– Licenciatura (TABELA 2).
planilha eletrônica Excel, devido a sua simplicidade na construção de gráficos e tabelas. Além
disso, estes dados quantitativos contaram com interpretações teóricas junto a relações
cotidianas dos entrevistados.
42
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Quando perguntado se alguém mais de uma vez mencionou que o discente passa tempo
demais utilizando o smartphone, a maioria das respostas dos alunos 55 (69%) foram positivas.
Segundo Vicentin (2008), a democratização dos smartphones e a inovação dos “telefones
inteligentes” estão fazendo com que o número de usuários destes aparelhos cresça de forma
constante.
Gráfico 1- Percentual de alunos que já receberam a informação mais de uma vez que passam tempo
demais ao smartphone no curso de Matemática da Universidade Federal de Alagoas –
Campus de Arapiraca.
Tabela 3- Avaliação espontânea dos itens de 1 a 3 pelos alunos do curso de Matemática da Universidade
Federal de Alagoas – Campus de Arapiraca para identificar possível nomofobia ou risco de
dependência do smartphone
Masculino Feminino Geral
Variáveis Sim Não Sim Não Sim Não
fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)*
1) Eu tenho aumentado
consideravelmente o tempo gasto
19 (41) 27 (59) 11 (32) 23 (68) 30 (38) 50 (62)
usando o smartphone nos últimos 3
meses.
2) Eu tenho tentado passar menos
tempo usando o smartphone, mas 8 (17) 38 (83) 12 (35) 22 (65) 20 (25) 60 (75)
não tenho conseguido.
Gráfico 2- Percentual de alunos que dormem menos que quatro horas porque ficou usando o smartphone
no curso de Matemática – Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas – Campus de
Arapiraca.
Tabela 4 - Avaliação espontânea dos itens de 4 a 6 pelos alunos do curso de Matemática da Universidade
Federal de Alagoas – Campus de Arapiraca para identificar possível nomofobia ou risco de
dependência do smartphone
Masculino Feminino Geral
Variáveis Sim Não Sim Não Sim Não
fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)*
4) Eu tornei o uso do smartphone
um hábito e minha qualidade e 21 (45) 25 (55) 9 (26) 25 (74) 30 (38) 50 (62)
tempo total de sono diminuíram. .
5) Eu sinto dores ou incômodos
nas costas, ou desconforto nos 15 (33) 31 (67) 12 (35) 22 (65) 27 (34) 53 (66)
olhos, devido ao uso excessivo do
smartphone.
6) A ideia de utilizar o smartphone
vem como primeiro pensamento 25 (54) 21 (46) 21 (62) 13 (38) 46 (58) 34 (42)
na minha cabeça quando acordo
de manhã.
fa(%) *, fa – frequência absoluta e (%) porcentagem
Fonte: Dados da pesquisa (2019).
Tabela 5- Avaliação espontânea dos itens de 7 a 9 pelos alunos do curso de Matemática da Universidade
Federal de Alagoas – Campus de Arapiraca para identificar possível nomofobia ou risco de
dependência do smartphone
Masculino Feminino Geral
Variáveis Sim Não Sim Não Sim Não
fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)* fa (%)*
7) Eu me sinto disposto a usar o
smartphone mesmo quando me 30 (65) 16 (35) 18 (53) 16 (47) 48 (60) 32 (40)
sinto cansado.
8) Embora o uso de smartphone
tenha trazido efeitos negativos nos
meus relacionamentos 24 (52) 22 (48) 12 (35) 22 (65) 36 (45) 44 (55)
interpessoais, a quantidade de
tempo que eu gasto nele mantém-se
a mesma.
9) Minha vida seria sem graça se eu
14 (31) 32 (69) 11 (32) 23 (68) 25 (31) 55 (69)
não tivesse o smartphone.
fa(%) *, fa – frequência absoluta e (%) porcentagem.
Fonte: Dados da pesquisa (2019).
Gráfico 3- Percentual de alunos que usa smartphone durante mais tempo e/ou gasto mais dinheiro nele
do que eu pretendia inicialmente no curso de Matemática da Universidade federal de Alagoas
– Campus de Arapiraca
De acordo com Lopes (2017), pessoas nomofóbicas têm a química cerebral alterada
(afetada) como ocorre com pessoas viciadas em drogas, levando ao desenvolvimento de
transtornos como deficit de atenção. Entre outros sintomas, estas pessoas ao terem o aparelho
celular fora do alcance costumam ter sentimentos de ansiedade, bastando tê-lo em mãos para o
alívio ressurgir. Além disso, pessoas nomofóbicas apresentam maiores níveis de depressão,
ansiedade, insônia e impulsividade.
Além disso, quando questionado se os entrevistados sentiam algum tipo de desconforto,
de ansiedade ou de inquietude, 35 (44%) afirmaram que sim e 55 (56%) responderam que não
(Tabela 6). Tem-se que 39 (49%) dos entrevistados acreditam que estão ficando mais conectado
ao smartphone, ao passar do tempo. Quando perguntado se os mesmos se sentem inquietos ou
irritados quando não tem acesso ao smartphone, 39 (49%) responderam concordar e 41 (51%)
não concordam.
48
Outra variável questionada era saber se os discentes se sentem mais satisfeitos utilizando
smartphone do que passar com algum amigo, como resposta 22 (28%) de todos os entrevistados
concordaram com a assertiva, sendo 16 (36%) em relação aos entrevistados do sexo masculino
e 6 (18%) em relação ao sexo feminino. Por consequência, muitos se sentem ansiosos ou
irritados quando não estão em posse de seus aparelhos celulares ou quando interrompe o uso
por um certo período de tempo, 20 (24%) de todos os entrevistados concordaram, sendo 14
(30%) em relação aos entrevistados do sexo masculino e 6 (18%) do sexo feminino. Quando
perguntado aos discentes se eles tem vontade de usar novamente o smartphone assim que cessa
seu consumo, 22 (28%) de todos os entrevistados disseram que sim.
A evolução tecnológica vem mudando o cotidiano de muitas pessoas por causa de suas
constantes adaptações, o que antes eram grandes computadores usados em casas e escritórios,
hoje são pequenos aparelhos capazes de serem guardados em bolsos.
A sua popularização ocorreu por causa da praticidade e da agilidade que foi incorporado
ao aparelho, junto à facilidade de créditos a população em geral. Embora tais aparelhos facilitem
o modo de viver das pessoas, os mesmos têm causado prejuízos a saúde física 73 (91%) dos
respondentes (GRÁFICO 4).
49
Gráfico 4- Percentual de alunos que “navegar no smartphone tem causado prejuízos para a minha saúde
física. Por exemplo, uso o smartphone quando atravesso a rua, ou enquanto dirijo ou espero
algo, e esse uso pode ter me colocado em perigo” no curso de Matemática da Universidade
federal de Alagoas – Campus de Arapiraca
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, a sociedade exige que o ser humano seja mais rápido e eficiente e, para
poder atender a essas expectativas é necessário que os mesmos façam uso da tecnologia. Por
consequência, a atual geração seria dependente ao novo modelo imediatista informacional e
social que foi criado.
Esta pesquisa buscou responder ao seguinte questionamento: Como é usado o celular
pelos universitários do curso de Matemática- Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas
– Campus de Arapiraca e qual o impacto causado em sua vida pessoal e acadêmica?
Através desta problemática foi traçado um objetivo geral que era investigar o
comportamento dos licenciandos do curso de Matemática da Universidade Federal de Alagoas
– Campus de Arapiraca, quanto ao uso de celulares e o impacto causado em sua vida pessoal e
acadêmica. No entanto, para se chegar a tal objetivo foram feitas subdivisões denominadas
objetivos específicos: i) Entender como os alunos têm se comportado com o uso do celular; ii)
Verificar se existe diferença no uso do celular em relação ao gênero; iii) Descrever o
comportamento ou sentimento dos alunos quando não estão de posse destes dispositivos
móveis. iv) Investigar as consequências do uso inadequado dos smatphones
Em relação ao primeiro objetivo específico a ser investigado, entre os comportamentos
dos alunos entrevistados tem-se que a maioria dos mesmos vem aumentando o consumo de
aparelhos celulares 55 (69%) e no tempo gasto destinado ao mesmo 30 (38%). Muitos dos
discentes tentam passar menos tempo utilizando o aparelho 20 (25%), porém não controlam o
impulso sob o mesmo 17 (21%), fazendo com que muitos gastem cada vez mais tempo no
consumo para ter a mesma satisfação antiga 28 (35%), utilizando-o até mesmo enquanto fazem
as refeições 45 (56%).
Em relação ao segundo objetivo específico, pode-se concluir que os homens estão mais
suscetíveis a contrair a nomofobia em relação a mulheres, como demonstra inúmeras variáveis.
Dos entrevistados, muitos preferem está com o aparelho celular do que com um amigo, sendo
16 (36%) em relação a homens e 6 (18%) em relação a mulheres; vem provocando efeitos
negativos nos relacionamentos interpessoais, 24 (52%) em homens e 12 (35%) em mulheres;
se sentem incomodado ou para baixo quando não usa o smartphone por um certo período de
tempo, 22 (47%) em homens e 9 (26%) em mulheres; vem causando efeitos negativos no
desempenho estudantil e profissional, sendo 21 (46%) em homens e 12 (35%) em mulheres.
Em relação ao terceiro objetivo específico, pode-se concluir que a ausência de aparelhos
celulares vem provocando comportamentos e sentimentos adversos, como: a irritabilidade e a
51
virtual deve andar em paralelo com o mundo real de modo a intensificar o primeiro e não o
afastar.
Embora o ser humano seja o principal responsável pelo desenvolvimento de novas
tecnologias, o mesmo, entretanto, sofre pelas consequências da má utilização, tanto em forma
biológica, como social. Dentre estes sofrimentos existem alguns que merecem ser destacados
pelos resultados ocasionados, destacando-se: as crises e escândalos associados pela divulgação
de certas coisas na internet.
Espera-se que esta pesquisa permita um maior entendimento da importância de se
investigar o tema em diferentes contextos e possibilitem que sejam traçadas novas formas de
pesquisas direcionadas a identificação da nomofobia. Uma vez que há pouco tempo os
problemas causados pela dependência do uso do celular ganhou maior notoriedade,
necessitando de maiores investigações a fim de se entender melhor porque as pessoas estão
cada vez mais dependentes, quais as consequências acarretadas e como fazer para apaziguar tal
situação.
Por causa das variações geográficas, culturais e das particularidades dos indivíduos
pesquisados, é necessário ressaltar que os resultados encontrados neste estudo não podem ser
generalizados, por causa da realidade de outros contextos, cursos e localidades, as quais não
foram refletidos.
Esta pesquisa apresenta limitações próprias de uma amostra, tendo sido desenvolvido
apenas nos cursos de licenciatura em matemática da Universidade Federal de Alagoas no
primeiro semestre de 2019, seus resultados podem não expressar a realidade de alunos de outros
cursos e em localidades diferentes. Por isso, tais resultados não devem ser generalizados.
Neste caso, é importante destacar que os resultados apresentados são considerados como
um esforço inicial de pesquisa em um campo ainda pouco explorado pela área da educação,
principalmente nos cursos de licenciatura, no Brasil. Para estudos futuros, seria interessante a
aplicação de outros instrumentos e a realização de entrevistas mais aprofundadas, o que
permitiria um melhor aprofundamento e entendimento do tema investigado.
A realização desta pesquisa não pretendeu trazer respostas irrefutáveis, nem tampouco
conclusões definitivas sobre o assunto, mas servir de direção a um conjunto de possibilidades
que o tema permite abordar e que venha a auxiliar no direcionamento de novas pesquisas a
serem realizadas.
53
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60
1. Já me disseram mais de uma vez que 10. Eu me sinto incomodado ou para baixo
passo tempo demais no smartphone quando eu paro de usar o smartphone por
( ) Sim ( ) Não certo período de tempo
( ) Sim ( ) Não
2. Eu me sinto desconfortável/ ansioso/
inquieto quando eu fico sem usar o 11. Eu não consigo controlar o impulso de
smartphone durante certo período de utilizar o smartphone
tempo ( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
12. Eu me sinto mais satisfeito utilizando
3. Eu acho que eu tenho ficado cada vez o smartphone do que passando tempo com
mais conectado ao smartphone meus amigos
( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não