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Sem o intuito de estipular, determinar, ensinar, rotular, ou até mesmo

impor uma regra, estamos divulgando com este trabalho, as


informações mais básicas possíveis, sem ferir o princípio ético da
religião, onde fundamentos são passados, sem qualquer discriminação,
contribuindo para a utilização da má-fé, o que não nos caberia, em
nome da nossa Federação que zelo pelo moral.

PS: estaremos utilizando os termos e escrita, o mais simples possível, para


melhor compreensão de todos.

Candomblé Kètú (pronuncia-se queto), é a maior e mais popular


"nação" do Candomblé, uma religião afro-brasileira.

No início do século XIX, as etnias africanas eram separadas


por confrarias da Igreja Católica na região de Salvador, Bahia.
Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs estavam
os Yoruba (Iorubá). Suas crenças e rituais, são parecidos com os de
outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em
quase todos os detalhes.

Os Orixás do Ketu são basicamente os da Mitologia Yoruba.


Òlòrún é o Deus supremo, que criou as divindades ou Orisás
(Orixás). Diante de centenas de orixás ainda cultuados na África,
ficou reduzida à um pequeno número que são invocados em
cerimônias, principalmente no Brasil:

Esú: Orixá guardião dos templos, casas, cidades e das


pessoas, mensageiro divino dos oráculos.

Ògún: Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.

Osóssi: Orixá da caça e da fartura.

Lògúnèdé: Orixá jovem da caça e da pesca

Sàngò: Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.

Obáluaiyè: Orixá das doenças epidérmicas e pragas.

Osúmàré: Orixá da chuva e do arco-íris.

Òssáín: Orixá dos remédios, conhece o segredo de todas as


folhas.
Oyá ou Iansã(apelido): Orixá feminino dos ventos,
relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger;

Òsún: Orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios e amor

Yèmònjá: Orixá feminino dos lagos, mares, família,


psicologia, fertilidade; mãe de muitos Orixás;

Nànà: Orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de


Sápònà, considerada o mais antigo dos Orixás;

Ewá: Orixá feminino, dona da beleza e do Rio Ewá;

Òbá: Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Sàngò;

Ásábó: Orixá feminino da família de Sàngò;

Ibeji: Orixá dos gêmeos, das crianças;

Iròkò: Orixá da árvore sagrada (gameleira branca no Brasil);

Ègùngún: Ancestral cultuado após a morte em Casas


separadas dos Orixás;

Òníylé: Orixá do culto de Egungun;

Òsáálá: nome de alguns Orixás Funfun(branco);

Òrísá N'lá ou Òbátálá: o mais respeitado, pai de quase todos


os orixás, criador do mundo e dos corpos humanos;

Ifá: é o porta-voz de Òrúnmílá, Orixá da Adivinhação e do


destino;

Òdúdúwá: Orixá também tido como criador do mundo, pai de


Oranian e dos yoruba;

Oranian: Orixá filho mais novo de Òdúdúwá;

Báíyàní: Orixá também chamado Dadá Ajáká;

Òlòkún: Orixá divindade do mar, mãe de Íyèmònjá;


Òsálálufòn: Orixá velho e sábio;

Òsálágíyan: Orixá jovem e guerreiro;

Òrisá Òkò: Orixá da agricultura;

Na África cada Orixá estava ligado originalmente a uma cidade ou a


um país inteiro. Tratava-se de uma série de cultos regionais ou
nacionais. Sàngó em Oyó, Íyèmònjá na região de Egbá, Iyèwá em
Egbado, Ogún em Ekiti e Ondô, Òsún em Ijexá e Ijebú, Erinlé em
Ilobú, Lógúnèdé em Ilexá, Otin em Inixá, Osàálà-Obàtálá em Ifé,
subdivididos em Osàlúfon em Ifan e Òságiyan em Ejigbô

No Brasil, em cada templo religioso são cultuados todos os Orixás,


diferenciando que, nas casas grandes, tem um quarto separado
para cada Orixá, nas casas menores são cultuados em um único
(termo para designar o quarto onde são cultuados os Orixás).

O Ritual de uma casa de Kètù, é diferente das casas de outras


nações, a diferença está no idioma, no toque dos Ilús (Atabaque no
Ketu), nas cantigas, nas cores usadas pelos Orixás, onde os rituais
mais importantes são: Apadê, Sacrifício, Oferenda, Sassayin,
Iniciação, Axexê, Olubajé, Águas de Oxalá, Ipeté de Oxum,...

A língua sagrada utilizada em rituais do Ketu é o (Iorubá ou Nagô)


e é derivado da língua Yoruba. O povo de Ketu procura manter-se
fiel aos ensinamentos das africanas que fundaram as primeiras
casas, reproduzem os rituais, rezas, lendas, cantigas, comidas,
festas, etc. Esses ensinamentos são passados oralmente até hoje.

As posições principais do Ketu (são chamados de cargo ou posto,


em yoruba: Olóyès , Ogãns e Àjòiès), em termos de autoridade,
são:

O cargo de autoridade máxima dentro de uma casa de candomblé é


o de Iyálorixá (mulher mãe-de-santo) ou Babalorixá (homem pai-
de-santo). São pessoas escolhidas pelos Orixás para ocupar esse
posto. São sacerdotes, que após muitos anos de estudo, adquiriram
o conhecimento para tal função. Existem casos que a pessoa
escolhida através do jogo de búzios, ainda não esteja preparada
para assumir o posto, nesse caso, terá que ser assistida por todos
os Egbomis (meu irmão mais velho) da casa, para obter o
conhecimento necessário.

Iyalorixá ou Babalorixá: A palavra iyá do yoruba significa mãe,


babá significa pai.
Iyakekerê (mulher): mãe pequena, segunda sacerdotisa.
Babakekerê (homem): pai pequeno, segundo sacerdote.
Iyalaxé (mulher): cuida dos objetos ritual.
Ajibonã: mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação
Egbomi: são pessoas que já cumpriram o período de sete anos
da iniciação (significado: meu irmão mais velho).
Iyabassê:mulher responsável pela preparação das comidas de
santo
Yaô: filho de santo (que já incorpora Orixás).
Abiã ou abian: Novato.
Axogun: responsável pelo sacrifício dos animais. (não entram
em transe).
Alagbê: Responsável pelos atabaques e pelos toques. (não
entram em transe).
Ogã ou Ogan: Tocadores de atabaques (não entram em
transe).
Ajoiê ou ekedi: Camareira do Orixá (não entram em transe).

Na Casa Branca do Engenho Velho, as ajoiés são chamadas de


ekedis. No Gantois, de "Iyárobá" e na Angola, é chamada de
"makota de angúzo", "ekedi" é nome de origem Jeje, que se
popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do
Brasil.

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