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ATIVIDADES AVALIATIVAS A1 A2

NOTA: ______________

Disciplina(s): PRÁRTICA CIVIL – 10º SEMESTRE

Professora: Bruno Cristian Gabriel / Turma: DIR5BN-MCC

ATIVIDADE DE PRÁTICA CIVIL

Possessórias

LUIZ ALFREDO MACIEL DA SILVA / RA: 81727882


MAURICIO SOARES DOS ANJOS / RA: 817124445
NICOLE NAVES CARA PEREIRA / RA: 817123655
THIAGO DOS SANTOS SILVANO / RA: 81717261
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DOUTOR DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA
COMARCA DE IBIUNA/SP

CAIM, nacionalidade...., estado civil...., aposentado....., portador da


Cédula de Identidade RG nº XXXXX – SSP, devidamente inscrito no CPF/MF nº XXXX,
residente e domiciliado na XXXXXXXX, neste ato representada por seu advogado que esta
subscreve, constituído nos termos do mandato em anexo, com escritório na Capital do
Estado de São Paulo, na Rua XXXXXXX com endereço e local onde receberá as intimações,
vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento nos art. 560 do Código de
Processo Civil.

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PERDAS E DANOS

em face de SILAS, nacionalidade....., estado civil ..., portador (a) do RG


nº XXX e do CPF n.º XXXX, com e-mail: XXXXXXXXX, domiciliado na Rua XXX, n.º XX, Bairro
XXXX, Cidade de Ibiuna, Estado de São Paulo, CEP XXX, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos.
1. DOS FATOS

O Requerente é proprietário de uma chácara situada na cidade de


Ibiúna, imóvel este utilizado como casa de veraneio e que possui um pomar de laranjas.
Em dezembro de 2020 Caim foi acometido por uma pneumonia e ficou
internado por mais de 2 meses no Hospital São Jorge. Após receber a alta média foi
descansar em sua chácara de veraneio na cidade de Ibiúna, quando se deparou com a
ocupação de uma família que ali invadiu para fixar moradia.
Silas o representante da família invasora tentou instalar uma antena
pirata no imóvel, acabou por danificar o telhado, que devido as fortes chuvas que ocorreram
na cidade, causou graves infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$ 6.000,00.
Ademais, Silas vem colhendo e vendendo boa parte da produção das laranjas do pomar,
causando um prejuízo estimado de R$ 19.000,00.

2. DO DIREITO

Em virtude dos fatos narrados, é notório observar a comprovação do


esbulho possessório, no qual se evidencia a perda do Autor na posse de seu bem para o
Requerido, de forma clandestina e ilegal, preenchendo os requisitos do art. 561, CPC.
Assim o autor possui o direito de reintegração de posse do imóvel em
razão da posse de má-fé e injusta do Requerido, conforme os arts. 1200 e 1201 do Código
Civil Brasileiro.

Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou


precária.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o
obstáculo que impede a aquisição da coisa.

Foi constatado ainda que o Requerido danificou o imóvel ao instalar


uma antena pirata no telhado, ocasionando graves infiltrações em razão das fortes chuvas
que assolaram a região naquele período, constituindo-se assim um dano aproximado de R$
6.000,0, conforme documento em anexo. Desta maneira, em virtude da posse ilícita que o
Requerido e a sua família exerciam, causaram um dano imediato ao patrimônio do
Requerente, devendo haver reparação a título de danos materiais emergentes, nos moldes
do art. 1.218 do Código Civil.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou
deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de
igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.

Cumpre destacar que em virtude do Requerido e de sua família


estarem auferindo vantagem econômica com a venda de frutos da colheita de laranjas,
causando um prejuízo de R$ 19.000,00 ao Autor, deverá haver reparação a título de lucros
cessantes, com base no art. 1.216, do Código Civil.

Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos


colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de
perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem
direito às despesas da produção e custeio.

Em razão dos artigos mencionados anteriormente, a cumulação


objetiva dos pedidos é possível conforme os incisos I e II do art. 555, do Código de Processo
Civil.
Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:

I - condenação em perdas e danos;

II - indenização dos frutos.

3. DA LIMINAR POSESSÓRIA

O procedimento de manutenção e reintegração de posse ser dará pelo


rito especial, de acordo com o art. 558 do Código de Processo Civil, e levando-se em conta
que o esbulho possessório aconteceu a menos de ano e dia, faz se necessário que seja
concedida liminar sem que a outra parte seja ouvida.
Além do mais, o Autor detém a posse justa anterior ao ocorrido do
Réu, no qual ele obteve de forma irregular, por meio de um ato clandestino, transformando
a posse dele injusta e de má-fé. Assim, a posse é considerada nova, pois o esbulho
transcorreu conforme citado no artigo 558, CPC. E em virtude do perigo da demora de uma
sentença judicial, pelo fato de o imóvel ainda poder ser mais deteriorado e os frutos do
pomar continuarem a serem vendidos de forma ilegal, requer-se a expedição do mandado
de liminar de reintegração de posse, com base no disposto no art. 562, do Código de
Processo Civil.

4. PEDIDOS

Ante o que foi exposto, requer:

1. A concessão da liminar em ação possessória, sem a oitiva da parte contrária, ara a


reintegração de posse provisória do Autor, com fundamento no art. 562 do CPC;
2. A condenação do Réu ao pagamento de indenização, a título de danos materiais
emergente ocasionados ao telhado do imóvel, no valor de R& 6.000,00;
3. A condenação do Réu ao pagamento de indenização, a título de lucros cessantes
pelos frutos colhidos e percebidos, no valor de R$ 19.000,00;
4. A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova
testemunhal, para demonstrar a clandestinidade da posse, e prova pericial para
comprovar a ocorrência de danos sofridos ao imóvel;
5. A realização de diligências necessárias para obtenção de dados que possibilitem a
citação do Réu;
6. A condenação do Réu ao pagamento dos honorários de sucumbência, de acordo com
o disposto no art. 85 do Código de Processo Civil.
Dá-se o valor da causa de R$ 25.000,00, nos termos do art. 292, inciso VI,
CPC.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

São Paulo, XXX de XXX de 2021.

ADVOGADO

OAB XXX

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