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Revista

ISSN: 2359.5345

EXOCIÊNCIA
UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DA CONSCIÊNCIA E DOS FENÔMENOS ANÔMALOS
ANO 1 | Volume 1 | Junho 2015

Manuel J. Gandra
Monica S. Borine Michael E. Salla
A Hierarquia Celeste
Exopsicologia Exopolitics
e os Seus 9 Coros
Revista

EXOCIÊNCIA
UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DA CONSCIÊNCIA E DOS FENÔMENOS ANÔMALOS
Revista
ISSN: 2359.5345
EXOCIÊNCIA
UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DA CONSCIÊNCIA E DOS FENÔMENOS ANÔMALOS
ANO 1 | Volume 1 | Junho 2015

Diretores Conselho Assessor


Loryel Rocha; Monica Borine Paulo Iannuzzi; Gener Silva; Francisco Javier
Rios; Lú cia Helena Alves de Sá
Secretária
Alessandra Morgado Ramiro Editor
Instituto Mukharajj Brasilan - Est. da Grota
Coordenador Editorial Funda, 2440 - Guaratiba - Rio de Janeiro/RJ
Lú cia Helena Alves de Sá - CEP.22785-330 - www.brasilan.com.br
& Instituto Integral da Consciência
Conselho de Redação de Ensino de Extensã o
Rua Tranquilo Luiz Rosa, 860 - Atibaia/SP -
Loryel Rocha; Monica Borine; Lú cia Helena
CEP 12946-732 - www.inic.com.br
Sá ; Gilda Moura; Paulo Iannuzzi; Maria
Helena Bittencourt
Projeto Gráfico e Editoração
Conselho Científico P Design Grá fico
David Boyle, PhD; Leo Sprinkle, PhD;
Impressão
Gilda Moura; Manuel J. Gandra, Dr.;
Michael Salla, PhD; Vitor José F. Rodrigues, A Criaçã o Gráfica
Dr. Francisco Di Biase, PhD ; Victor Losacco,
Dr; Rebecca Hardcastle Wright, PhD; Flori Depósito Legal: IBICT
Antonio Tasca, Dr; Alexandre Magnus
Gomes www.revistaexociencia.com.br
Carvalho, Dr.

ISSN: 2359 5345


NESTE NÚMERO:

Projeto Editorial............................................................................... 7
Monica S. Borine e Loryel Rocha

Exopsicologia................................................................................... 9
Monica S. Borine

As Ativações dos Lóbulos Cerebrais no Êxtase Místico


e nos Contatos Extraterrestres......................................................... 31
Gilda Moura

A Hierarquia Celeste e os Seus 9 Coros........................................... 41


Manuel J. Gandra

As Inteligências Supremas, Breve Ensaio........................................ 89


Loryel Rocha e Ana Maria Dutra de Meneses de Carvalho 

Exopolitics: Discipline of Choise for Public Policy


Issues Concerning Extraterrestrial Life........................................... 127
Michael E. Salla

An Exoconscions Proposal: The Common Ground of Consciousness


Science and Psychic Intelligence..................................................... 141
Rebecca Hardcastle Wright

Investigação Sobre EC IV VDD e Avistamentos


OVNI na Argentina........................................................................... 155
Gustavo Cia
Projeto Editorial
O pensamento positivista dominante tem-se dirigido, regra geral, à
contemplaçã o da falsidade das coisas e dos homens, nã o passando,
portanto, de uma ciência de compromisso que prefere ignorar a
interrogar, limitando-se a exaltar técnicas reducionistas, sem penetrar a
alma autêntica da terra, dos fenô menos e dos homens em busca da sua
vera essência.
Nã o será ocioso sublinhar que o confronto entre as atitudes mentais,
culturais e sociais, com destaque para os fenô menos anó malos, paradoxais
e
da consciência, continua, em grande parte por descobrir e investigar muito

embora nos recô nditos silenciosos da memó ria coletiva subsista a


consciência
tradicional dos rumos suscetíveis de descobrir e dar testemunho das suas
coordenadas.
Com efeito, raros sã o aqueles que hoje em dia persistem em negar que
os
mitos, as tradiçõ es e a ciência visioná ria constituem notá veis guias dos
novos
saberes. No entanto, sã o verdadeiramente arbitrá rias as razõ es pelas quais
é
recusada a certos relatos e experiências a legitimidade consentida a
outros.
O conformismo religioso e, designadamente, aquele que preside ao ensino
das chamadas humanidades estã o, indubitavelmente, na origem dos
aludidos
distinguo.
Convirá , por consequinte, alterar tal metodologia, isto é, em vez de
apriori
se desdenhar de um relato visioná rio, lendá rio, assustador, por mais
incríveis
que possam parecer, convirá interrogá -los, reportando-se a um manancial
de referências e tó picos obtidos a partir de disciplinas como, entre outras,
o imaginá rio, a histó ria mítica, a neurociência, a neuropsicologia, a física
quâ ntica, a astronomia, a aritmosofia pitagó rica, a simbó lica, a iconologia, a

filosofia hermética.
Isto, tã o só porque a Exociência comporta uma leitura integrada da
natureza e do cosmos que quebra os limites do finito e do fragmentá rio,
rementendo para o vasto edifício do Sagrado consubstanciando uma visã o
do
mundo que pressupõ e a ú nica globalizaçã o genuina: Universo-
Macrocosmo,
Homem-Microcosmo. De fato, ela exprime a nostalgia das origens, através
da
busca das relaçõ es entretidas por terra-homem-céu para a constituiçã o de
um
vasto templo, espécie de escada de Iacob com vista à realizaçã o da Parú sia.
Nesta conformidade, Revista Exociência apresenta-se como um espaço-
tempo de reflexã o transdisciplinar dos arquétipos humanos, à margem de
chauvinismos e com a convicçã o de que, na atualidade mais do que em
qualquer
outro momento, se justifica apelar para a defesa do cará ter infinito e
eterno do
universo, contraponto indispensá vel à cultura do efémero tã o em voga.

Os Editores

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Exopsicologia
Monica S. Borine

Resumo
A Exopsicologia estuda fenô menos anô malos ou não relacionados
a pessoas que se dizem contatadas por OVNIS e/ou com a Síndrome da
abduçã o alienígena, seus processos mentais, consciência e
comportamento
resultante da interaçã o com seres alienígenas/extraterrestres, extradi-
mensionais ou extratemporais. A Síndrome da abduçã o alienígena é
definida por uma pessoa que se diz retirada do seu local de origem,
com
ou sem contato com objetos voadores não identificados (OVNIS) à s
vezes
interrogada e/ou pesquisada por seres diferentes dos humanos, com
ou sem
o seu consentimento consciente e na maioria das vezes com
consequências
traumá ticas. Foi realizado em Sã o Paulo um estudo com 80 pessoas
divididas
em dois grupos de 40. O grupo denominado “A” de pessoas que se dizem

abduzidas ou contatadas por OVNIS e o grupo “B” com pessoas comuns,


sem a mesma experiência. Neste estudo foram utilizados instrumentos
de
avaliaçã o psicoló gica: o Inventá rio de ansiedade traço-estado (IDATE),
a
Escala fatorial de neuroticismo (EFN), o Inventá rio de stress para
adultos
(ISS) e o Inventá rio de percepçã o de suporte familiar (IPSF). O objetivo
da
pesquisa foi verificar se pessoas que se dizem contatadas por OVNIS
e/ou
com a Síndrome da abduçã o alienígena possuem diferenças
significativas
em relaçã o a ansiedade, neuroticismo, suporte familiar e stress. O
estudo
nã o apresentou diferenças significativas em relaçã o à saú de mental
conforme demonstrado nos resultados de p‹0,05.

Palavras-chave: avaliação, OVNIS, abdução alienígena, exociência,


alienígena

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1. Introdução

Fundado em 1969 e hoje extinto, o Sistema de Investigaçã o de


Objetos
Aéreos nã o Identificados (SIOANI) era um ó rgã o oficial da aeroná utica
dentro do 4º Comando Aéreo Regional em Sã o Paulo que investigava os

objetos voadores nã o identificados cuja sigla é conhecida por OVNIS.


Com
a ostensiva intensificaçã o da pressã o civil, a aeroná utica sensibilizada
começou a fornecer informaçõ es para o pú blico e, a partir de 2007,
abriu
seus arquivos sobre relatos, desenhos, filmagens e fotos de objetos
voadores
não identificados pela primeira vez aos civis. Em 09 de Agosto de 2010
no Diá rio Oficial da Uniã o, através da Portaria 551/GC3 regulamenta as

atividades da aeroná utica referente ao recebimento dos relatos sobre


esses
objetos e em 11 de Agosto de 2010, a Força Aérea Brasileira estabelece
as
regras para esses informes tornando pú blico através do jornal Folha de
Sã o
Paulo o aceite de recebimento de relatos sobre OVNIS, sejam de pilotos,

militares ou civis justificando que poderia recebê-los, mas não tinham


condiçã o de investigá -los.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB) informou à revista “ISTOÉ ”,

ela nã o dispõ e de estrutura especializada para realizar “investigaçõ es


científicas” porém, durante o funcionamento SIOANI, no IV Comar, toda

testemunha era submetida a exames nos quais se avaliavam a presença

de psicopatologia, desvio de personalidade ou a tendência à mitomania.


O
SIOANI procurava saber ainda a condiçã o psicofísica da pessoa no
momento da observaçã o, se ela vivia tensõ es familiares em casa ou com

amigos, sua vertente política e qual religiã o seguia. O local da apariçã o


do
OVNI também era solicitado e cuidadosamente detalhado nos
relató rios
(ISTOÉ Comportamento, Ed. 2071).
Embora a Força Aérea Brasileira (FAB) nã o tenha emitido
qualquer
documento oficial admitindo efetivamente a realidade dos OVNIS, ela
já liberou diversos documentos com milhares de pá ginas à populaçã o
brasileira como sendo “confidenciais” envolvendo diversos incidentes
com OVNIS ou “discos voadores” em todo o territó rio nacional. Inclusive

relatando perseguiçõ es de jatos da Força Aérea assim como a captaçã o


em radares e a interaçã o desses objetos com testemunhas civis e
militares
que foram afetados psicologicamente. Esses documentos estã o abertos
e
disponíveis para pesquisa pú blica no Arquivo Nacional em Brasília.
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Registros da existência de OVNIS existem desde a pré-histó ria
como demonstram os desenhos rupestres em pinturas nas cavernas,
em
esculturas milenares de diversas civilizaçõ es antigas e nas
representaçõ es
artísticas da idade média (Redmond, 2002). Nã o podemos deixar de
considerar que existem aproximadamente 100 bilhõ es de estrelas
somente
em nossa galá xia; quantas delas possuem planetas habitados?
Em 2008 a National Aeronautics and Space Administration(NASA)
informou que encontraram á gua na superfície lunar, aumentando a
chance de ser possível a vida fora da Terra. A Equaçã o formulada por
Frank Donald Drake, em 1961, sugere a probabilidade das condiçõ es de

uma estimativa da quantidade de civilizaçõ es extraterrestres que


podem
habitar nossa via Lá ctea. Essa equaçã o possibilitou compreender que
a vida inteligente pode existir em infindá veis lugares do universo e que
poderíamos estabelecer contato e interaçã o com essas civilizaçõ es. A
partir
de entã o diversas teorias como a da “panspermia” surgiram, e nos
chama
a atençã o para as sementes da vida que vieram do espaço sideral
através
dos meteoros possibilitando a germinaçã o da vida no planeta Terra. Em

quantos desses casos o processo evolutivo articulou a matéria até o


nível
de vida efetiva e quantos deles produziu vida inteligente? (Borine,
2014).
A sonda Opportunity, da NASA, confirmou um ambiente ú mido no
passado do planeta Marte e um clima mais ameno do que as condiçõ es
á cidas e oxidantes que rochas examinadas recentemente revelaram,

sugerindo uma condiçã o favorá vel para a vida ter existido no passado
nesse planeta. Um estudo curioso foi realizado por Brandenburg
(2014)
sugerindo uma explosã o termonuclear no passado remoto do planeta
Marte “Abstract: G1.0000: Evidence of massive thermonuclear explosions in
Mars past, the Cydonian Hyphotesis, and Femi’s Paradox”. Se as evidencias
sã o corretas como isso aconteceu em Marte sem avançada e
desenvolvida
tecnologia? Se nã o foram os humanos que provocaram essa explosã o,
quem a provocou?

2. Exociência

Histó rias de pessoas que avistaram OVNIS no Brasil e ao redor do


mundo vêm aumentado substancialmente segundo investigadores do
fenô meno e ufó logos. O fenô meno OVNI e Abduçõ es alienígenas exige

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um novo espaço científico para as nuances de seus enigmas. A
Exociência chegou no cená rio atual fazendo justiça e fornecendo luz a
novas ciências para subsidiar os estudos destes fenô menos anô malos.
Novas Exociências estã o surgindo para dar maior compreensã o de uma
possível interaçã o entre seres alienígenas e a nossa humanidade.
Segundo o escritor Erick Von Daniken, existem muitas evidências
arqueoló gicas que constam em seu livro Eram os deuses astronautas?.
Quando o livro foi publicado na década de 60 causou um certo furor,
desencadeou uma teoria baseada na arqueologia que diz que a
interaçã o
entre extraterrestres e humanos vem ocorrendo há milhares de anos
no planeta Terra interferindo na nossa cultura, religiõ es, ciências e
tecnologias. Hoje em dia, com os avanços tecnoló gicos o que dizer das
evidências de antigas civilizaçõ es em Marte e na Lua apontadas por
alguns
pesquisadores? Poderemos chamar estes achados arqueoló gicos
não
oficialmente divulgados de Exoarqueologia?
Novas ciências estã o em ebuliçã o derivadas da Exociência cuja
definiçã o, a priori, é “o estudo do fenô meno alienígena/extraterrestre”.
Ela
surge através de intelectuais e cientistas de diversas á reas do
conhecimento
preocupados com o fenô meno da vida inteligente extraterrestre
possibilitando perspectivas de estudos nas á reas das ciências exatas,
humanas e bioló gicas.
Um estudo realizado por Baum et al em 2011 sobre possíveis
cená rios
em relaçã o a um contato efetivo com raças alienígenas no planeta Terra
foi
realizado na Filadelfia sendo intitulado Would Contact with
Extraterrestrials
Benefit or Harm Humanity? A Scenario Analysis e seus autores fizeram
alusõ es de possíveis reaçõ es da populaçã o mundial frente aos
fenô menos do
contato com alienígenas em diversas situaçõ es. Os autores
demonstraram
que mais estudos sã o necessá rios para uma conclusã o efetiva da reaçã o

das pessoas em relaçã o a aspectos sociais, políticos e psicoló gicos.


Alertam
também para a importâ ncia da preparaçã o de nossas mentes para um
possível contato efetivo e, segundo estes autores, qualquer preparaçã o
em relaçã o à humanidade para a chegada de alienígenas em nosso
mundo
seria positiva para os seres humanos. O estudo forneceu estratégias
abrangentes para um possível cená rio e a necessidade futura de uma
análise quantitativa dos riscos desse contato, já que os autores
levantam
diversos aspectos da possibilidade do encontro e que, segundo eles, o
resultado do contato entre a humanidade e extraterrestres inteligentes
depende de muitos fatores que nã o podem ser totalmente conhecidos
até
o momento e a tomada de decisã o a respeito de mensagens enviadas ao
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cosmos deve levar em consideraçã o as probabilidades e magnitudes de
uma
aná lise de risco formal que poderia se desencadear num contato
efetivo.
Suas consideraçõ es observaram o impacto na mente e comportamento
humanos. Uma advertência adicional, segundo a análise do estudo,
deriva
dos limites do nosso conhecimento sobre contatos com alienígenas,
porque
nã o se tem dados empíricos oficiais sobre eles devendo-se extrapolar
a partir de informaçõ es disponíveis, incluindo o conhecimento sobre o
universo observá vel e o conhecimento sobre nó s mesmos. Segundo os
autores deste artigo nó s devemos ter em mente que as nossas
observaçõ es
sã o inevitavelmente confinadas à experiência humana, e assim, nossas
extrapolaçõ es, não importa quã o generalizada sejam, podem conter
ainda
“preconceitos antropocêntricos implícitos”.
Crescer e amadurecer repentinamente pode gerar sofrimento,
principalmente quando sã o derrubados valores, princípios e crenças,
podendo afetar a saú de física e mental da populaçã o. Conceber que não
estamos sozinhos no universo poderá trazer dor e sofrimento em
diversos
níveis aos desinformados. Uma nova consciência vem despertando
para
a possibilidade de uma realidade ampla e có smica de que nã o estamos
sozinhos no Universo respaldada nas inú meras evidências fornecidas
por
pesquisados acadêmicos e nã o acadêmicos. Nã o podemos mais
sustentar
uma identidade narcisista acreditando que somos as ú nicas criaturas
conscientes e inteligentes no cosmos. Seja a partir de um contato oficial

do governo com civilizaçõ es extraplanetá rias ou através de seguidores


da
Exopolítica, a humanidade nunca mais será a mesma apó s essa
realidade.
Este advento será um grande marco que certamente amadurecerá a
humanidade e trará um salto quâ ntico na consciência humana. Será
grande
divisor de á guas na histó ria da civilizaçã o humana.
O termo grego “exo” significa movimento para fora ou de fora e
“ciência” em sentido amplo e diversificado, refere-se a qualquer
conhecimento ou prá tica sistemá ticos, em sentido estrito refere-se ao
sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico bem
como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de
pesquisas, portanto, podemos entender a Exociência como:

1. Ciência que além de estudar os fenô menos anô malos de maneira


multidisciplinar foca no fenô meno da vida inteligente
extraterrestre,
extradimensional, extratemporal, na cultura e tecnologias.
2. Possibilita a importaçã o de conhecimento sistematizado de ciências
externas ao planeta Terra.

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3. Surge dentro de um novo paradigma frente à possibilidade de
contato
com civilizaçõ es extraterrestres, consequentemente abrindo
espaço para novos ramos das ciências existentes como a
Exopolítica (Salla 2004), Exobiologia, Exoconsciência (Hadcastle
2010), Exopsicologia (Borine, 2014) entre outras.
4. Está relacionada à pesquisa e desenvolvimento de diferentes
conceitos
e tecnologias científicas da nossa humanidade e à s importadas de
civilizaçõ es de fora do planeta Terra.
5. Possibilita a assimilação e uso de diferentes conceitos
“exocientíficos”
e “exotecnoló gicos” para beneficiar as sociedades do planeta Terra.

Segundo Rodrigues (2013) as Exociências Sociais estudam:

...as relaçõ es sociais, políticas e culturais, filosó ficas, políticas,


religiosas, linguísticas, afetivas, talvez econô micas de nossa
espécie com outras consideradas inteligentes, de suas
implicaçõ es
e impactos em nossa histó ria assim como estudaria as mesmas
relaçõ es das ciências alienígenas em seu pró prio contexto e
entre elas mesmas se é que se pode aplicar essas categorias de
pensamento a sociedades alienígenas.

Segundo Rodrigues (2013) as Exociências Sociais visam:

... a compreensã o dos alienígenas na relaçã o com os seres


humanos
de nosso planeta Terra, “a partir da confirmaçã o cabal que os
seres
humanos nã o sã o as ú nicas criaturas inteligentes no
universo”....As
Exociências nascem como ciências sociais, dialogando com á reas

como Histó ria, Filosofia, Sociologia, Ciência Política,


Antropologia,
Linguística dentre outras ciências sociais, assim como algumas
ciências da natureza (Rodrigues, 2013).

A Exociência está preocupada com as implicaçõ es que podem


ocorrer na humanidade com o advento e confirmaçã o pelos governos
da existência de outras civilizaçõ es. Muitos dos modelos adotados em
diversas á reas do conhecimento poderã o se tornar obsoletos ou até
ruírem. Sã o necessá rias novas metodologias, parâ metros, modelos, e
novas ciências para dar conta desta realidade - “a realidade do contato
formal de alienígenas tecnologicamente avançados com a raça
humana”.
Essa possibilidade pode trazer implicaçõ es profundas à
humanidade,
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uma necessidade de se reescrever a historia como a conhecemos hoje.
Certamente será o advento do grande “apocalipse” isto é, “a grande
revelaçã o” já profetizada em muitas religiõ es e filosofias se tornando
pura
realidade.
Um exemplo de exocientista é o Dr. Francis Crick (1995, 2004) que

vem buscando o DNA da alma humana em suas pesquisas. Ele pode ter
encontrado a origem extraterrestre no genoma humano em sua
renomada
pesquisa sobre DNA, porque elas sugerem que existem mais de vinte
evidências de tipos de genes “extraterrestres” no DNA humano. Então
é de se esperar que em funçã o dessas descobertas se abra campo para
exploraçã o desses conhecimentos. Enquanto as evidências sugerem
que
governos encobrem as pesquisas e informaçõ es sobre o tema OVNIS
e abduçõ es alienígenas, intelectuais e acadêmicos dentro e fora das
academias, preocupados com a verdade e com as possíveis
consequências
deste advento, estã o se preparando.

3. Exopsicologia

O termo Exopsicologia surgiu a partir da Astropsicologia um ramo


da
Astrobiologia que tinha como objetivo especificar aspectos psicoló gicos

nos estudos de campo de militares, mas foi o americano Timothy Leary


(1977) que cunhou o termo Exopsicologia com a publicaçã o de um
livro
com o título de “Exo Psychology”, mas que posteriormente se arrependeu

e o reeditou em 1989 com o título de “Info-Psychology”, quando


descartou
completamente os aspectos alienígenas/extraterrestres do conteú do
do
livro original enfatizando somente os aspectos cibernéticos. Em 1979
Robert J. Freitas Jr. cunhou o termo Xenopsychology que significava o
estudo
da psicologia extraterrestre, mas, foi o psicó logo Michael A. Gintowt
(2008)
que escreveu um ensaio sobre o que seria a Exopsicologia aludindo
sobre
a necessidade de uma psicologia específica para o estudos da interaçã o
alienígena.
Dentro do contexto psicoló gico é importante saber que o
renomado
psiquiatra Carl G. Jung, preocupado como o fenô meno OVNI
principalmente
como ele poderia afetar psicologicamente as pessoas, escreveu um
livro em
1955 intitulado “Um mito moderno de coisas vistas nos céus” (Jung, 1955
vol.
1, 2). Neste livro ele se preocupa com os aspectos psicoló gicos do
fenô meno
dos “Discos Voadores” abrindo uma premissa importante em sua época.

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Jung realizou uma extensa pesquisa sobre os OVNIS iniciada em 1944 e
em
1955 ele escreveu a uma revista britânica chamada Flying Saucer
Review
dizendo que o que estava ocorrendo nã o era simplesmente um mero
rumor
e sim que algo foi visto e uma explicaçã o puramente psicoló gica estava
descartada. Para ele as autoridades em posse de informaçõ es não
deviam
hesitar em esclarecer o pú blico tã o rá pida e completamente quanto
possível.
O cientista natural e psiquiatra Wilhelm Reich (apó s ele mesmo e
sua
equipe terem contato com OVNIS durante suas pesquisas orgonô micas
- energia có smica orgone descoberta por W. Reich e mensurada em
laborató rio), escreveu que estes objetos voadores eram pilotados por
extraterrestres e os denominou de (C.OR.E) Cosmic Orgone
Engineering.
Segundo Reich esses “homens C.OR.E” estavam aparentemente
familiarizados com as leis do funcionamento “orgonó tico” (energia
existente tanto no vá cuo quanto na natureza) e especialmente com a
gravidade terrestre (Reich, 1957).
Para o psicó logo Richard Haines “nó s nã o estamos lidando com
projeçõ es mentais ou alucinaçõ es por parte da testemunha, mas com
um fenô meno físico real” (Haines, 1980).
O psicó logo americano e professor da Universidade de Wyoming
Leo Sprinkle, 1998 escreveu um artigo intitulado “Psychotherapeutic
Services for Persons Who Claim UFO Experiences” onde narra:

“...as prá ticas psicoterapêuticas específicas desenvolvidas para


ajudar pessoas com experiências com OVNIS e/ou abduçõ es
alienígenas podem ser ú teis considerando que essas pessoas
enfrentam transtornos de stress pó s-traumá tico... Se as pessoas
afetadas recebem assistência competente e compassiva, entã o
muitas vezes eles podem aprender a lidar com os seus
sentimentos
de raiva, ansiedade, dú vida, tristeza, culpa, dor, vergonha, etc...
No entanto, em nossa sociedade contemporâ nea, as pessoas que
descrevem crises psíquicas sejam espirituais, paranormais, ou
trauma emocional de memó rias com OVNIS ou entidades
alienígenas
sã o confrontados com escá rnio ou ceticismo, reaçõ es nã o só de
seus
amigos e parentes, mas à s vezes de psicoterapeutas. Com base
nos
processos de psicoterapia, o que sabemos sobre as experiências
de OVNIS? A minha principal hipó tese ou especulaçã o, é que a
atividade OVNI é um programa educacional: Um
condicionamento
gradual, mas persistente, da consciência humana para uma nova
era da ciência e da espiritualidade” (Sprinkle, 1988 p.1).
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Davis, Donderi e Hopkins em 2013 estudando a relaçã o do fenô meno
OVNI com seres humanos no trabalho intitulado “The Ufo Abduction
Syndrome”
aplicaram 608 perguntas a 52 pessoas que se diziam abduzidas onde
foram
comparadas as respostas. Foi pedido a um grupo controle para simularem as

respostas ao questioná rio como se fossem sequestrados. Isso ajudou a


definir
um estado de espírito chamado de síndrome da abduçã o alienígena.
Nos estudos realizados pelo psiquiatra John Mack (1994), um dos
pioneiros a estudar o fenô meno da abduçã o alienígena na Universidade

de Harvard, as experiências descritas por essas pessoas que se dizem


contatadas ou abduzidas sã o simplesmente de difícil compreensã o de
acordo com a visã o da nossa ciência tradicional. Para Mack é um apelo
sensível para uma mudança nessa perspectiva cogitando uma expansã o

de nossas açõ es de realidade ao invés do “entupimento” de “dados nas


categorias existentes” (Mack, 1994)
O Dr. Mack não considerava estas pessoas doentes, mas apenas
seres
humanos traumatizados por suas experiências anô malas, as quais
fogem
da “suposta normalidade” das pessoas comuns. Para ele a síndrome da
abduçã o alienígena é um fenô meno que penetra agressivamente, seja
ele da
realidade consensual ou não e o seu poder, portanto, para atingir e
alterar
a consciência é potencialmente imenso. Mack afirmou: “...o fenô meno
da abduçã o alienígena é uma potencial rica fonte de informaçã o de nó s
mesmos, do universo que nos cerca e do qual participamos...” (Mack,
1994).
McLeod et al. (1996) sugere benefícios à Psicologia no estudo dos
OVNIS e das abduçõ es alienígenas referente a intersubjetividade,
mente,
memó ria, emoçõ es e estados alterados da consciência na construçã o
de realidades complexas. Segundo McLeod et al. muitas pessoas seriam
beneficiadas e nã o receberiam diagnó stico e tratamento equivocados
de
profissionais da saú de, se a Psicologia se apropriasse de estudar esses
fenô menos. É importante considerar que décadas atrá s pessoas que
avistavam OVNIS eram consideradas pelos profissionais da saú de
pessoas
com alguma perturbaçã o mental, paranoicas, psicó ticas, delirantes,
porque
os OVNIS não faziam parte da realidade consensual isto é, nã o faziam
parte
do repertó rio psicoló gico das pessoas. Atualmente a situaçã o é
diferente,
pois devido à s evidências que acompanham as pessoas, tais como
testemunhos, fotos e filmagens, fazem parte do contexto do fenô meno.
Independente de ser uma síndrome desconhecida da mente ou
uma
experiência da realidade ordiná ria como a entendemos, o fenô meno
deve
ser estudado com todo o rigor científico e metodoló gico que a
Psicologia
tem disponível.

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O renomado físico Michio Kaku criador da “teoria das cordas” em
seu livro intitulado “The future of the mind”, é convincente na ênfase
que dá nas pesquisas surpreendentes que estã o sendo realizadas nos
principais laborató rios do mundo com base nos mais recentes avanços
da Neurociência, da Neuropsicologia e da Física quâ ntica. Ele também
explana sobre os possíveis níveis de desenvolvimento das civilizaçõ es
extraterrestres que para ele vã o do nível zero ao quarto nível tendo
como
parâ metro o uso dos recursos energéticos disponíveis (Kaku, 2014).
Dentro do contexto desta realidade explanada é de se esperar
que frente a necessidades de estudos destes fenô menos anô malos
surjam ciências e cientistas preocupados em estudá -lo. Se as evidências

levantadas por alguns teó ricos alertam para a possibilidade de


interaçã o
de humanos com seres alienígenas, certamente suas implicaçõ es e
consequências afetarã o a populaçã o em muitos aspectos tais como
sociais,
psicoló gicos, políticos, culturais, religiosos, espirituais, etc... e os
estudos
atuais demonstram isso: Saliba, 1995; Suenaga, 1998, 1999; Appelle et
al,
2000; Goldberg, 2000; Maleval & Charraud, 2003; Palmer, 2004;
French,
2008; Holden et al, 2008; Hough & Rogers, 2008; Baum, 2010; Martins,
2011; Hague, 2011; Davis & Donderi 2013. A Psicologia deve e
necessita
acompanhar o avanço das demais ciências buscando nelas subsídios
para
maior compreensã o do seu objeto de estudo - o Ser humano na mente,
consciência e comportamento. Para Organizaçã o Mundial de Saú de
(OMS, 1995) o ser humano é considerado bio-psico-social e espiritual, e

levando em conta estes diversos componentes saudá veis para


possibilitar
uma saú de satisfató ria, justifica-se a preocupaçã o da autora deste
artigo
fundando em Maio de 2014 a Exopsicologia no V Congresso Latino
Americano de Psicologia promovido pela Uniã o Latino Americanas de
Entidades de Psicologia (ULAPSI) na cidade da Antiqua Guatemala,
Guatemala. No evento foram apresentados um seminá rio com relato de
pesquisa quantitativa em psicometria “Stress pós traumático nos casos
de
pessoas que se dizem abduzidas por alienígenas” e a publicação de um livro
sobre Exopsicologia (Borine, 2014) compartilhando estas pesquisas
pela
primeira vez com os acadêmicos da Psicologia, cujo propó sito é o
estudo
e a pesquisa da consciência e os fenô menos anô malos especificamente
referentes à interaçã o de humanos com os OVNIS e/ou alienígenas.
Posteriormente em Junho de 2014 a Exopsicologia foi também
apresentada
no XIV Congresso Brasileiro de Psicologia em Curitiba com um
seminá rio
de pesquisa na área clínica “Exopsicologia a síndrome anômala da abdução
18 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
tratada com psicoterapia energética corporal” (Borine, 2014). A partir de
entã o um Comitê em Exopsicologia foi criado para agregar
profissionais
da Psicologia e demais profissionais formando uma á rea
multidisciplinar.
Um dos fenô menos que tem chamado a atençã o de pesquisadores é
o fenô meno da abduçã o alienígena.

4. Abdução alienígena
A Síndrome da abduçã o alienígena pode ser definida por uma
pessoa
que se diz retirada do seu local de origem com ou sem seu
consentimento
com objetos voadores não identificados (OVNIS), à s vezes interrogada
e/ou pesquisada por seres diferentes dos humanos, com ou sem o seu
consentimento consciente e na maioria das vezes com consequências
de
traumas e stress. O termo “síndrome” se refere a um conjunto de
sintomas e
“alienígena” significa estrangeiro, alguém que vem de fora sendo
“abdução
alienígena” empregada na literatura para definir uma pessoa que se diz

levada a outro local através de um contato com um OVNI ou mesmo


sem o
contato dele por criaturas nã o humanas. Poderíamos entã o ter a
hipó tese
que se trata de uma espécie de memó ria de sequestro originá ria de um
fato
real ou vivencias reais.
Seja a Síndrome da abduçã o alienígena uma síndrome
desconhecida da mente seja ela decorrente de sintomas resultantes de
um trauma real, ela necessita ser estudada e pesquisada com o mesmo
rigor científico oferecido a tantos outros fenô menos.
Em relaçã o à polêmica da atribuiçã o a falsas memó rias dos
abduzidos,
um estudo foi realizado por French et al (2008) intitulado
“Psychological
aspects of the alien contact experience” onde os autores replicaram um
estudo sobre memó ria utilizando o mesmo rigor e metodologia
científica
de estudos publicados anteriormente. Nã o encontraram diferenças
significativas entre os grupos de pessoas comuns e o grupo das pessoas

com a Síndrome da abduçã o alienígena no que se refere a


suscetibilidades
a falsas memó rias. Estudos recentes demonstraram que essas pessoas
que se dizem “contatadas” por OVNIS e/ou abduzidas por alienígenas
não
se diferenciam em relaçã o á saú de psicoló gica (Hough & Rogers, 2008;
Martins, 2011).

19 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


Seguindo esta linha de raciocínio, um dos pontos de partida por
mim
escolhido neste artigo e, em se considerando a necessidade ainda de
maiores
estudos para distinguir aspectos referentes à saú de mental, realizei
uma
pesquisa quantitativa para encontrar possíveis diferenças
significativas, ou
não, entre duas populaçõ es distintas como demonstrado abaixo.

5. Metodologia
Apó s assinado o termo de consentimento livre e esclarecidos,
foram
selecionadas 80 pessoas com mais de 18 anos, divididas em dois
grupos de
40 cada um. Um grupo denominado “A” de pessoas que se diziam
abduzidas e um grupo denominado “B” de pessoas comuns. Na escolha
de pessoas tomou-se o cuidado de investigar em entrevista preliminar
o passado de cada uma delas buscando antecedentes de internaçõ es
psiquiá tricas ou transtornos mentais como filtragem na amostra. Para
o estudo foi escolhido e utilizado método quantitativo em psicometria.

5.1 Material
5.1.1 Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) possui duas escalas
paralelas, uma para medir ansiedade traço A-T e a outra ansiedade estado.
O instrumento foi formulado em um autorrelato, tipo Likert, com
escores para item individual variando de 1 (absolutamente nã o) a 4
(muitíssimo). O escore total varia de 20 a 80 para cada escala
(Spielberg, Gorsuch & Lushene, 1970; Biaggio, Natalício & Spielberger,
1977).
5.1.2 Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN)Hutz, C. S., Nunes, C. H.,
Silveira, A. D., Serra, J., Antó n, M. & Wieczonek, L. S. (1998), Hutz, C. S. &
Nunes, C. H. S. S. (2001) que consiste num instrumento de autorrelato
com
82 itens, que pode ser utilizado tanto no â mbito clínico como também
em instituiçõ es de saú de sendo que o instrumento é uma escala Likert
de sete pontos. Estimativas da precisã o de pacientes estudados no
hospital geral (Yoshida & Silva, 2007) e em hospitais universitá rios
variaram entre 0,79 e 0,93 (Medeiros & Yoshida, 2004).
5.1.3 Inventário de Percepção e Suporte Familiar (IPSF) para sua
construçã o foi realizada inicialmente uma pesquisa com 100
estudantes
universitá rios de Psicologia. (Souza & Baptista, 2007). Baptista (2005)
realizou uma pesquisa com 1.064 estudantes com idade entre 17 e 64
20 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
anos, de instituiçõ es particulares e pú blicas de Sã o Paulo. Foi calculada
a
precisão do instrumento, fazendo uso do Alfa de Cronbach. Foi realizada

uma aná lise com três dimensõ es, com cargas fatoriais acima de 0,30,
eingenvalues acima de 1,0 para saber se essas dimensõ es se agrupariam
novamente em uma só .
5.1.4 Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISS) um instrumento de
avaliaçã o de stress para sujeitos a partir de 15 anos (Lipp & Guevara,
1994).
Na avaliaçã o do stress foi utilizado o Inventá rio de Sintomas de Stress
(ISS)
de (Lipp, 2005) validado para sujeitos a partir de 15 anos (Lipp &
Guevara,
1994). O ISS se constitui de uma lista de sintomas físicos e psicoló gicos
baseados no modelo trifá sico de Selye (1956) sendo que cada quadro
corresponde a uma das fases do modelo. O ISS permite diagnosticar se
a
pessoa tem stress (Calais et al, 2003).
5.1.5 Inventário da Síndrome da abdução alienígena (ISAA). Perguntas
elaboradas pela autora para distinção entre os grupos.
5.1.6 Questionário sócio demográfico.

6. Objetivo
O objetivo da pesquisa foi verificar se pessoas com a Síndrome da
abduçã o alienígena e/ou contatadas por OVNIS possuíam diferenças
significativas em relaçã o à saú de mental nos aspectos: ansiedade,
neuroticismo, stress e suporte familiar em relaçã o à s pessoas comuns
(sem histó rico de experiências semelhantes). Buscar correlaçã o,
validade convergente entre os instrumentos de avaliaçã o.

7. Análise Estatística
A análise estatística dos dados foi realizada com o programa IBM
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Para a caracterização das
variá veis qualitativas sã o apresentadas as frequências absolutas e
relativas
(em %) e no caso das variá veis quantitativas sã o apresentadas a média
e
o desvio-padrã o. O estudo da correlaçã o entre as pontuaçõ es das
escalas e
a idade foi realizado através do coeficiente de correlaçã o de Pearson.
Para
a aná lise da consistência interna (confiabilidade) foi calculado o Alfa de

Cronbach. Foi considerado um nível de significâ ncia de 5% para a


tomada
de decisã o quanto aos resultados dos testes estatísticos.

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7.1 Caracterização da Amostra

FIGURA 1 - Distribuiçã o da amostra por grupo e


gênero.
Teste do Qui-Quadrado: p = ,003.

Na Figura 1 a amostra é constituída 80 indivíduos divididos em


dois grupos, cada um com 40 (50%) elementos. Do total da amostra, 33

(41,3%) sã o do sexo masculino e 47 (58,8%) do sexo feminino.


Observam-
se diferenças estatisticamente significativas entre os grupos quanto ao
gênero (p =,003), sendo a percentagem de elementos do sexo
masculino
superior no Grupo A (57,5%) comparativamente com o Grupo B
(25,0%).

7.2 Distribuição por grupo e gênero

TABELA 1 - Distribuiçã o da amostra por grupo e gênero.


22 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

GRUPO A GRUPO B TOTAL GÊNERO

MASCULINO 23 (57,5%) 10 (25,0%) 33 (41,3%)

FEMININO 17 (42,5%) 30 (75,0%) 47 (58,8%)

TOTAL GRUPOS 40 (50%) 40 (50%) 80 (100%)

TESTE QUI-QUADRADO X 2 = 8,717; p = ,003

Na Tabela 1 a média das idades dos 80 sujeitos da amostra é de


29,14 anos com desvio-padrã o igual a 10,44 anos. Nã o existem
diferenças
significativas entre as idades do Grupo A (M = 29,98; DP = 10,71) e do
Grupo B (M = 28,30; DP = 10,23) nem entre os sujeitos do sexo
masculino
(M = 30,91; DP = 10,84) e feminino (M = 27,98; DP = 10,08).
7.3 Validade convergente (correlações)

TABELA 2 - Correlaçõ es entre o IDATE, IPSF, EFN e ISS na amostra global

IPSF EFN ISS

IDATE -,132 -,019 -,041


IPSF - ,071 -,338**
EFN - - -,146
* p < ,05; ** p < ,01

Considerando toda a amostra, observou-se a inexistência de

correlaçõ es significativas entre as pontuaçõ es do IDATE, do IPSF e EFN.

Em relaçã o à escala ISS, existe uma correlaçã o negativa e significativa


com
o IPSF (r = -,338; p < ,01), indicando uma tendência de diminuiçã o do
ISS
com o aumento do IPSF. Demonstrando que quanto maior é a
percepçã o do
suporte familiar menor é o stress.

7.4 Correlação entre os instrumentos por grupo

TABELA 3 - Correlaçõ es entre o IDATE, IPSF, EFN e ISS por grupo.

GRUPO A GRUPO B

IPSF EFN ISS IPSF EFN ISS 23 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

IDATE ,035 -,075 -,258 -,178 ,086 -,021

IPSF - ,514** -,263 - -,384* ,016

EFN - - -,051 - - -,082

* p < ,05; ** p < ,01

Na Tabela 3, a análise dentro de cada um dos grupos, mostrou que apenas


existiu correlação significativa entre o IPSF e o EFN, tanto no Grupo A como no
Grupo B. Essas correlações apresentam sinais contrários no Grupo A (r =,514;
p < ,01) e no Grupo B (r = -,384; p < ,05). O que se verificou é que no grupo
A os sujeitos com maior percepção de suporte familiar (IPSF) tiveram mais
ansiedade (EFN) e no grupo B verifica-se o contrário, os sujeitos com maior
percepção de suporte familiar obtiveram menos ansiedade.
7.5 Comparação por grupo na amostra global

TABELA 4 - Pontuaçõ es do IDATE, IPSF, EFN e ISS, por


grupo
e na amostra global
GLOBAL
(N = 80) GRUPO A GRUPO B
TESTE T STUDENT
(N = 40) (N = 40)

IDATE 45,15 (9,09) 46,55 (9,79) 43,75 (8,20) t = 1,386; p = ,170

IPSF 54,35 (16,21) 46,78 (13,46) 61,93 (15,27) t = -4,706 p < ,001

EFN 66,66 (23,39) 62,80 (20,76) 70,53 (25,44) t = -1,488; p = ,141

ISS 7,40 (2,33) 8,65 (1,97) 6,15 (1,98) t = 5,661; p < ,001

t - estatística do Teste T de Student; p - valor de significâ ncia.

Na Tabela 4 os resultados do Teste T de Student para a


comparaçã o das
pontuaçõ es entre os grupos, levaram a concluir que nã o existem
diferenças
significativas entre os grupos nas pontuaçõ es do IDATE (p =,170) nem
do
EFN (p = ,141). Quanto ao IPSF, as diferenças sã o significativas
(p<,001),
com o Grupo B (M = 61,93; DP = 15,27) a apresentar pontuaçõ es
superiores
ao Grupo A (M = 46,78; DP = 13,46). Superiores significa que a
percepçã o
de suporte familiar (IPSF) forneceu um resultado elevado
demonstrando
maior percepçã o de suporte familiar (IPSF) no grupo B do que no
grupo A.
També m existem diferenças significativas nas pontuaçõ es médias
do ISS, (p<,001). Neste caso, os sujeitos do Grupo A (M = 8,65; DP =
1,97)
tiveram pontuaçõ es superiores aos do Grupo B (M = 6,15; DP = 1,98).
Isso
corresponde que o grupo A demonstrou mais stress (ISS) do que o
grupo B.
O grupo A obteve pontuaçã o média de ansiedade-estado (IDATE)
superior
ao grupo B. Quanto à neuroticismo (EFN) acontece o contrá rio, o grupo
B
obteve pontuaçã o superior ao grupo A. No entanto, como p < ,05 em
ambos
os casos, não existiram diferenças significativas entre os grupos
quanto à
ansiedade.

8. Resultados e Discussão
Considerando toda a amostra, observou-se que os valores obtidos
sã o indicadores de uma boa consistência interna das respostas dos
24 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
instrumentos de avaliaçã o psicoló gica em todos os casos (IDATE), (ISS),

(EFN). Consideremos o grupo “A” as pessoas com a Síndrome da


abdução
alienígena ou contatadas por OVNIS e o grupo “B” as pessoas comuns.
Em relaçã o ao (ISS) os dados demonstraram uma correlaçã o negativa e
significativa com o (IPSF) (r = -,338; p< ,01), indicando uma tendência
de
diminuiçã o do stress com o aumento da percepçã o do suporte familiar
em
ambos os grupos A e B, demonstrando que quanto maior é a percepçã o
do suporte familiar menor é o stress independentemente se sã o pessoas

comuns ou com a Síndrome da abduçã o. Os dados revelaram uma


maior
percepçã o de suporte familiar no grupo B isto é, nas pessoas
consideradas
comuns em relaçã o ao grupo A ou grupo das pessoas com a Síndrome
da abduçã o alienígena, demonstrando que pessoas com a Síndrome da
abduçã o e/ou contatadas por OVNIS têm menor percepçã o de suporte
familiar do que as pessoas comuns, podendo se sentir mais excluídas
do
contexto familiar do que outras pessoas e consequentemente podendo
se sentir mais isoladas e desamparadas. O estudo demonstrou nã o
haver
diferença significativa em relaçã o a transtornos mentais como
ansiedade e/
ou neuroticismo em relaçã o aos grupos como demonstraram os
resultados
de p que foi menor ,05. Os resultados da ansiedade em uma das escalas
(EFN) relacionada a um maior suporte familiar (IPSF) foi levemente
maior
no grupo A (o grupo das pessoas com a Síndrome da abduçã o) já no
grupo
B (o grupo das pessoas comuns) verificou-se o contrá rio, os sujeitos
com
maior percepçã o de suporte familiar (IPSF) obtiveram menor índice de
ansiedade.
Esses resultados sã o interessantes porque revelam que mesmo
havendo uma boa percepçã o do suporte familiar, as pessoas do grupo
A obtiveram um leve grau de ansiedade, mesmo nã o sendo significativo
comparado com o grau de ansiedade do grupo B. Uma hipó tese sugere
que esta pequena variaçã o seja uma característica específica do grupo
A,
considerando que essas pessoas que se dizem abduzidas ou contatadas
alegam traumas e pesquisadores como Sprinkle (2002) e Jacobs,
(2002)
alegam que o fenô meno da abduçã o nem sempre acontece uma ú nica
vez e
sim por diversas vezes no decorrer da vida da pessoa. Este estudo
revelou a
existência de um grau de ansiedade relevante possivelmente causado
pelo
stress recorrente.

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9. Considerações finais
Através de estudo psicométrico e dos resultados dos dados
estatísticos desta pesquisa ficou demonstrado que pessoas que se
dizem
contatadas por OVNIS e/ou abduçã o alienígenas nã o apresentaram
diferenças significativas em relaçã o à Saú de mental em relaçã o à s
pessoas
comuns. Os resultados dos dados levantam a hipó tese de que as
pessoas
“contatadas por OVNIS e/ou alienígenas” podem sofrer maior nível de
stress e ansiedade como um subproduto das abduçõ es que geralmente
segundo essas vítimas nã o acontecem uma ú nica vez no decorrer de
suas vidas, mas sim diversas vezes. O estudo apontou que pessoas que
se
dizem abduzidas têm menor percepçã o de suporte familiar podendo
gerar
maior isolamento e depressã o como subproduto desta baixa percepçã o
de
suporte de amigos e familiares frente à s suas experiências
consideradas
anô malas. Em relaçã o aos instrumentos aplicados, houve boa
correlaçã o
demonstrando eficá cia dos testes nos objetivos deste estudo. A
síndrome
da abduçã o alienígena independente de ser uma síndrome
desconhecida
da mente ou experiências traumatizantes reais, maiores estudos
poderã o
ser realizados em Exopsicologia para trazer luz sobre ela
principalmente
sobre os seus efeitos e consequências da interaçã o de alienígenas com
seres
humanos, uma realidade possível que nã o pode e deve ser descartada.

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Consciência, Instituto Core Energetics do Brasil e Instituto de Exopsicologia, São Paulo, Brasil.
30 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
As Ativações dos Lóbulos
Cerebrais no Êxtase Místico e nos
Contatos Extraterrestres
Gilda Moura

Recebi a visita de dois homens excessivamente altos, como eu jamais


vira sobre a Terra. Os seus rostos brilhavam como o Sol, os olhos
eram como carvões incandescentes, e o fogo brotava dos seus lábios.
As vestes eram semelhantes a plumas. Os pés eram cor de púrpura
e os olhos brilhavam mais do que a neve. Chamaram-me pelo meu
nome.

Enoch

Histórico e Conceitos da Abdução


Desde que comecei a estudar as abduçõ es que me interessei pela
universalidade deste fenô meno. Seriam as memó rias evocadas uma
expressã o arquetípica, com expressõ es culturais, ou o fenô meno teria
31 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

uma
matriz provocada por uma memó ria de um acontecimento real, mesmo
que essa realidade fosse questionada em relaçã o ao nosso conceito de
realidade? [...]
A primeira experiência de abduçã o, como nó s atualmente a
consideramos, ocorreu no Brasil. Trata-se do caso Vilas Boas, em 1958.
Entretanto, só a partir de Setembro de 1961 (Fuller, John G., 1964),
com o
caso de Betty e Barney Hill, o fenô meno começou a ser conhecido.
Vilas Boas foi abduzido quando dirigia um trator na fazenda do seu
pai. Alegou ter sido levado a ter relaçõ es sexuais com uma estranha
mulher, quase humana. Entender e lidar com essa situaçã o bizarra
incomodava e, assim o episó dio foi mantido em silêncio, vindo apenas a
ser publicado no mesmo ano do caso Barney Hill. Devido a isso, este
ú ltimo vai tornar-
se o marco com respeito ao conhecimento e pesquisa dos fenô menos da

abduçã o.
Os Hills, um casal respeitá vel e interacial que vivia em Hamshire,
sofreram sintomas que os incomodaram durante mais de dois anos,
antes
de se decidem procurar o psiquiatra Dr. Benjamin Simon, de Boston.
Barney
tinha insonias e Betty pesadelos, causas de muita ansiedade a partir do
lapso de tempo que vivenciaram numa viagem de regresso de
Montreal.
O Dr. Simon nã o encontrou nenhuma doença psiquiá trica, a nã o ser
os sintomas que os pertubavam. A seqü ência dos acontecimentos que
foram recuperados no decurso de vá rias sessõ es hipnó ticas com o Dr.
Simon, é o padrã o que atualmente consideramos típico das abduçõ es.
O casal recordou que, apó s avistarem uma luz errá tica, viram um
objeto estranho. Recordaram também, terem sido levados contra a
vontade
do seu carro para um objeto voador, colocados numa mesa e
submetidos
a exames médicos onde porçõ es de pele e cabelos foram removidos.
Uma
agulha foi inserida no abdomen de Betty - similar a um teste de
gravidez.
Esse episó dio manteve-se em amnésia até à s regressõ es
hipnó ticas. O
Dr. Simon considerou que eles vivenciaram uma fantasia, um tipo de
folie
à deux1, mas eles ficaram sempre com a sensaçã o que o episó dio foi
real.
Entretanto em 1975 quando o filme The Ufo Incident estréiou na
televisã o americana muitos livros, artigos e pessoas apareceram com
relatos semelhantes (Lorenzen and Lorenzen 1976; Lorenzen and
Lorenzen 1977; Haisell 1978; Fowler 1979; Rogo 1980; Druffel and
Rogo
1980; Bullard 1987, pp. 1-15; Clark 1990, p.2; John E. Mack, 1994).
Todavia, o grande marco na pesquisa será dado pelo trabalho de
Budd
Hopkins, um artista plá stico de Nova York. Seu livro Missing Time
(1981),
descreve sintomas que indicam a presença de abduçã o em amnésia.
Equacionou-se, pela primeira vez, a possibilidade de as pessoas que
viveram essas experiências terem sido alvo de “implantes” e
apresentarem
marcas no corpo, além da possibilidade de existirem episó dios de
abduçõ es
1 Folie à deux é uma sintomatologia psicopatoló gica na qual sintomas psicó ticoss são compartilhados por
duas pessoas, geralmente da mesma família ou pró ximas.
32 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
totalmente esquecidos.
No seu segundo livro Intruders (1987), Hopkins levanta a hipó tese
dos
episó dios sexuais nas abduçõ es terem uma cará ter de reproduçã o.
Quando li esse livro, ainda muito incrédula sobre o fenô meno,
apesar de ter encontrado o meu primeiro caso de abduçã o em 1981,
ainda não sabia o que fazer com esses relatos. Tive, nessa época, a
mesma reaçã o de muitos investigadores e cientistas, até hoje em dia, de
que Hopkins havia “implantado”, ele mesmo, aquelas memó rias.
Naquela época, esse raciocínio era plausível, havia pouca informaçã o.
Hoje em dia, esse tipo de raciocínio denota falta de interesse em
conhecer toda a investigaçã o já existente.
A partir de 1980, começou a emergir um padrã o relativamente à
abduçã o: paralisia, exames físicos, telepatia, amnésia, pequenos seres,
cinzentos e com grandes olhos pretos. Muitos investigadores observam
o
grande interesse em reproduçã o por parte dos seres (Jacob, The
Threat).
Tentou-se a partir daí definir os abduzidos como um grupo, mas,
tal
nã o foi possível, já que provinham de todos os níveis da nossa
sociedade, de
secretá rias a donas de casa, estudantes, empresá rios, mú sicos,
psicó logos,
médicos, etc… Com essa preocupaçã o, foram sendo publicados alguns
trabalhos (Bullard 1987; Hopkins 1981, 1987; Jacobs 1992).
No entanto, a minha pergunta era diferente da desses
investigadores.
Como o meu grande interesse sempre foi a consciência humana, o que
primeiro me chamou a atençã o nos abduzidos, foi a sua mente
expandida e
o entendimento dos aspectos psicopatoló gicos associados a essa
expansã o.
Eu estava mais interessada nas conseqü ências, dessa interaçã o entre
espécies e como minimizar no ser humano o trauma ocasionado.
Foram feitos muitos estudos para entender qual era o perfil dessas

pessoas. Os testes psicoló gicos nã o revelaram nenhuma psicopatologia


a
nã o ser os distú rbios das consequências traumá ticas (Bloecher, Clamar,

and Hopkins 1985; Parnell 1986; Parnell and Sprinkle 1990;


Rodeghier,
Goodpaster, and Blatterbauer 1991; Slater 1985; Spanos et al. 1993).
Seria
esse trauma intencional? Facilitaria a transformaçã o da consciência
como
subproduto?
Quando participei no congresso Abduction Study Conference, no
MIT.
em 1994, encontro apenas o Dr. John Mack com preocupaçõ es
semelhantes
a minha: a expansão da consciência humana, aliado ao entendimento do
que estaria ocorrendo e quais as conseqü ências a longo prazo para a
espécie humana.
Registraram-se também muitas pesquisas para tentar associar um
tipo de personalidade à s abduçõ es (Basterfield and Bartholomew
1988;

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Rodeghier, Goodpaster, and Blatterbauer 1991; entre outros). Muitas
outras
hipó teses foram sendo levantadas, a mais persistente delas é a
tendência
para a fantasia, a paralisia do sono e a síndrome da “falsa memó ria”.
Sobre essa ú ltima, David Jacobs no seu livro “A Ameaça” (The Threat,
pp. 36-39), nos dá cinco argumentos completos para explicar por que
razõ es os abduzidos não correspondem as vítimas de “falsa memó ria”. A

quinta é o desaparecimento físico do abduzido que nã o existe na


mesma
síndrome.
No trabalho clínico, encontrei muitos pacientes, com relatos de
paralisia
do sono sem recordaçõ es de abduçõ es. Tenho no meu arquivo apenas
um
caso em que características de paralisia do sono e abduçã o ocorreram
em
simultâ neo. A paralisia relatada pelos abduzidos no momento em que
sã o
“levados” não provoca, normalmente, as sensaçõ es físicas desagradá veis
da
outra síndrome. Ao sentir-se paralisado o abduzido já se encontra em
outro
estado de consciência, mais similar ao êxtase, onde nã o sente
desconforto.
Segundo o que foi definido no congresso do MIT, a abduçã o
seguiria sempre um mesmo padrã o: o da pessoa ser conduzida,
inconsciente ou contra a sua vontade, por seres alienígenas a um local
onde ela seria submetida a exames físicos e psicoló gicos e em que a
finalidade, seria a reproduçã o, isto é, a criaçã o de híbridos.
Apó s o congresso do MIT houve mais um encontro entre os
pesquisadores e cientistas na Divinity School na Universidade de
Harvard. Nesse encontro, os cientistas e investigadores presentes
chegaram, entre outras conclusõ es, a propor que a abduçã o teria uma
conseqü ência transformadora para quem a vivência.
Enquanto os pesquisadores estudavam a personalidade dos
abduzidos
e levantavam hipó teses sobre a intencionalidade dos seres e a
reproduçã o
sexual, o meu interesse estava em descobrir o que era estimulado no
cérebro dos abduzidos, além do trauma ocasionado. Isso levou-me a
fazer mapeamento cerebral em um grupo de 24 contatados/abduzidos
e aí encontrarmos uma rara ativaçã o nos ló bulos frontais, quando estã o
em E.A.C. (Estados Alterados de Consciência) recordando o encontro na

nave. (Norman e Gilda, 1997). Esse trabalho já está publicado no


Journal
of Scientific Exploration, volume II, e sobre a atual compreensã o desse
resultado falaremos nas conclusõ es. No entanto, já sabemos que é uma
onda rara e, portanto, a tendência à fantasia, a paralisia do sono e a
falsa
memó ria nã o a poderã o estimular[...].
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Conclusões
Quando escrevi meu livro Transformadores de Consciência sobre os
casos de abduçã o que acompanhei na época apenas comparei
processos.
Agora, porém, posso compreender melhor o significado das ativaçõ es
da
onda beta da alta freqü ência que encontrei nos frontais e pré-frontais
das pessoas que investiguei. Esse resultado, como já me referi, está
publicado no Journal of Scientific Exploration, volume II e é uma síntese
dos
mapeamentos cerebrais que fizemos no grupo de abduzidos/contatados.
Observei que apó s o trabalho de eliminaçã o e transformaçã o do
medo que ficou apó s a abduçã o, à medida que o abduzido vai
interagindo com as energias estimuladas, trabalhando o seu ego,
recuperando suas memó rias, transformando as emoçõ es, a abduçã o
transforma-se num contacto, e ele passa a considerar que recebe
orientaçõ es diretamente de Seres e Mestres ou da Fonte. (John Mack,
1994, Moura, Gilda, 1993).
Os resultados da nossa pesquisa com as ondas cerebrais,
exemplificam
o impacto transformativo do fenô meno e, como consequência, produz
uma
frequência mais alta, a que poderíamos, como hipó tese, chamar a Onda
do
Despertar da Consciência. Quando se chega à Transformaçã o, o
abduzido
passa a ter a noçã o de uma missã o mais clara e, uma vez inserido nessa
direçã o, boa parte das suas ansiedades terminam e começa a viver com
mais alegria, criatividade, rapidez mental e principalmente focalizaçã o
nesse mundo e na missã o.
É já suficientemente conhecido que as ondas beta estã o associadas
a
estados de alerta e estar acordado, e muitos trabalhos recentes
sugerem
que ritmos Beta de alta freqü ência sã o associados a funçõ es especiais e
consciência. Alguns autores (Sheer, 1984; Lliná s & Pare, 1991; Lilná s &

Ribary, 1992, 1993; Steriade et al, 1991, 1993) sugeriram que


provavelmente
40Hz sã o associados à cogniçã o e ao processamento sensorial.
Fui chegando a conclusão que “os alienígenas” estão nos ensinando
a viver melhor, a expandir os limites da nossa consciência mudando o
nosso modo de pensar centrado nas camadas superficiais da mente e
do ego para as camadas mais profundas, onde encontramos o nosso
Self e o entendimento da Unidade do Universo.
Estarã o a proceder assim através do ensinamento gradual de como

fazer subir a nossa freqü ência cerebral eliminando medos, angú stias,
raivas
e outros sentimentos negativos que nã o podem existir com as
frequências
mais altas. Esse estado de consciência determina que todos os
conteú dos

35 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


emocionais reprimidos se possam expressar. Quando percebi isso
entendi o porquê da desorganizaçã o psicoló gica emocional apó s o
contacto. Elaborei entã o uma hipó tese: a experiência passa-se e fica
registrada nesse campo vibrató rio de diferente frequência das outras
memó rias. Como nã o estamos acostumados a viver nesse nível, o físico
ressente e esse aumento de frequência trá s á tona o material
reprimido.
Na série Taken, de Steven Spielberg, esse processo é muito bem
demonstrado quando as pessoas se matam ao exprimirem emoçõ es
reprimidas diferentes, na hora em que é retirado o implante do
abduzido. Volta a ser demonstrado na materializaçã o das baratas para
o sujeito que tinha medo delas. A investigaçã o com as abduzidas
portuguesas foram essenciais para essa complementaçã o.
Quando comecei a perceber isto, é que me dei conta, como o plano
é sofisticado e de difícil conduçã o. Daí, a dificuldade de aproximaçã o e
exposiçã o perante nó s, sem provocar caos e destruiçã o entre a nossa
espécie.
Por isso, o preparo para o contacto com outras espécies tem sido lento.
No entanto, dentro deste pensamento há muitas críticas no sentido

que o contato e o abduzido possuem conceitos semelhantes ao


movimento
New Age. O fenô meno da abduçã o transforma-se gradualmente em con-
tacto e aí adquire semelhanças com o movimento New Age. No entanto,
isso é apenas consequência do impacto na consciência e na expansã o
dessa
e nã o uma absorçã o de relatos, vídeos, filmes a que o abduzido esteve
exposto, como sugere a Dra. Clancy no seu livro “Abtucted”. No entanto,
ela
acaba por render-se aos relatos de transformaçã o dos abduzidos.
“Claro
que a abdução foi terrificante”, disse uma abduzida… “Mas depois que fui

colocada na cama, eu senti alívio por eles terem me levado. Muitas e


muitas
vezes eu me senti sobrecarregada por um sentimento de…
Transformaçã o”.
(Clancy, 2005).
“A primeira liçã o que aprendi com a minha pesquisa com
abduzidos
é que muitos de nó s desejam contato com o divino, os alienígenas sã o
o meio de resolver o conflito ciência e religiã [...] É claro que as pessoas
adquirem da abduçã o o que milhõ es de pessoas pelo mundo de
adquirem
suas religiõ es: significado, afirmaçã o, revelaçã o mística, espiritualidade
e
transformaçã o. Francamente, eu gostaria de ter também.” (Clancy,
2005).
O fenô meno começa muito antes dessas grandes divulgaçõ es.
Pesquisando no Brasil, onde ele é menos uma abduçã o na cama ( como
nos E.U) e muito mais externa, sabemos que antes de se verem filmes e
vídeos o fenô meno já existia com todas as características e bem
separado
do movimento New Age.
36 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
Ser abduzido é um acontecimento transformativo. Os abduzidos
afirmam: ”expandi minha visão do mundo”, “me deu sabedoria para
trocar”
“deu-me cuidado pelo caminho espiritual da humanidade”, “expandiu
minha realidade”.
É necessá rio algo impactante na consciência para que isso ocorra.
Se
a experiência é apenas uma tendência para a fantasia e paralisia do
sono,
como muitos autores afirmam, se ela nã o é real, como houve o
impacto?
Como a onda cerebral se transformou numa onda rara, uma frequência
alta de Beta que só é encontrada nos yoguis avançados em Ê xtase?
(Don,
Norman e Moura, 1997)
Essa ativaçã o nos frontais é semelhante à descrita por Newberg no
aumento do fluxo sangü íneo nas á reas frontais e pré-frontais e na
inativaçã o das outras á reas nos momentos de intensa concentraçã o e
do êxtase ou Samadhi, em monges tibetanos.

Experiências transcendentais, principalmente as que levam

a um intenso Estado de Uniã o espiritual, sã o dependentes do


envolvimento de estruturas cognitivas superiores,
especialmente
as do ló bulo frontal e á reas associadas. O sú til e complexo ritmo
mental da meditaçã o e da oraçã o contemplativa sã o os estímulos

neuroló gicos que colocam o processo em movimento. (Andrew


Newberg)

Os nossos achados foram os primeiros a relacionar essa activaçã o,


especialmente nos frontais, de onda Beta de alta freqü ência e grande
amplitude, encontrado no êxtase místico com as experiências dos
abduzidos do fenomeno UFO. Os sujeitos investigados desse grupo que
pesquisamos ativaram os frontais e á reas adjacentes quando em E.A.C.
(Estados Alterados de Consciência), a esse nível.
Estaríamos, assim, perante experiências humanas de um profundo
poder transformador, orquestradas nesse momento por “alienígenas”,
mas
talvez, como Jaques Vallé e Kenneath já descreveram, “produtos de
uma
realidade alternativa que os contactados integram ou de uma
consciência
que a muitos anos controla e dirije os nossos mitos e cultura”. O
fenô meno
seria o precurssor da mudança necessá ria da nossa consciência para
salvar
o nosso planeta da destruiçã o da nossa tecnologia e vivência limitada a
nossa actual visã o do mundo.
David Jacob no seu livro A Ameaça analisa as duas formas de
interpretar o fenô meno. Ele considera que o segredo que os
“alienígenas”

37 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


mantém na abduçã o, induzindo amnésia, nã o tem o objectivo de nos
proteger, mas sim a criaçã o de híbridos, que para ele só é do interesse
dos mesmos “alienígenas”.
Apesar das suas conclusõ es pessoais sobre o processo da abduçã o
ser
negativo, ele executou uma excelente pesquisa demonstrada nos seus
dois
livros Vida Secreta e Ameaça. Ele considera a abdução um fenô meno real
e
que deveria ter sido levado mais a sério pela comunidade científica.
Ele, como eu, defende a regressã o hipnó tica bem feita sem
interferências que a influenciam, como a melhor forma de se recuperar
pelo menos parte do que foi vivido. Segundo David Jacob:

Tudo que os alienígenas fazem é ló gico, racional, orientado para


uma meta. Com o uso de uma tecnologia superior, física e
bioló gica,
eles estã o engajados numa sistemá tica e clandestina exploraçã o
fisioló gica, e talvez alteraçã o, do ser humano com o propó sito
de passar as suas capacidades genéticas para os homens, e ao se
integrar na sociedade humana vai controla-la, a sua agenda é
auto-
centrada, nã o humana-centrada.

Em contrapartida, defende a idéia de que esses extraterrestres nã o

seriam nem positivos nem negativos para a nossa Humanidade.


Estariam
aqui com o objectivo de misturarem o seu DNA com o nosso , visando
resolver o problema genético ligado à reproduçã o de sua pró pria raça.
Atualmente Budd Hopkins, no seu novo livro Ligth Unseen (2003),
tentando compreender dentro dos avanços da nossa ciência a
possibilidade
dessa miscigenaçã o de espécies, coloca a hipó tese que não seria a
criaçã o
de seres híbridos mas de seres transgênicos. John Mack questiona:
“qual
a visã o do futuro humano que os abduzidos nos trouxeram com a sua
viagem? A abduçã o pelos Ufos tem que ver com a evoluçã o da
consciência
e o colapso da visã o do mundo que colocou a Humanidade num tipo de
epicentro da inteligência, num cosmo percebido como sem vida e sem
sentido[...] Quando suspendermos a noçã o da nossa predominante e
dominadora inteligência, abriremos para um universo cheio de vidas
diferentes das nossas, com as quais estaremos conectados de uma
forma
que ainda nã o compreendemos. Esse princípio conectador, a força que
expande nossa consciência além de nó s, creio ser Amor. Os “alienígenas”

vieram aos abduzidos oriundos de uma Fonte que continua


desconhecida
para nó s. Nó s ainda nã o compreendemos totalmente seus propó sitos
ou
métodos. Mas parece claro que “eles” tiveram de vir a “nó s”, aparecendo
na
38 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
forma material para que pudéssemos conhecê-los”.
Os abduzidos e a sua evoluçã o me trouxeram muita alegria e
aprendizagem. Sem eles, nã o teria tido a oportunidade de entender um
pouco mais das capacidades da nossa consciência e das possibilidades
que
essa interaçã o com os seres tã o diferentes de nó s pode proporcionar-
nos.
Através da expansã o da nossa consciência, em conseqü ência de
ativaçõ es e impacto, conectamo-nos com a Fonte ou o Divino numa
sensaçã o de êxtase. O resultado é a transformaçã o que nos leva a um
aprendizado de Amor conosco com a humanidade e o Planeta. Nã o
creio que seja um subproduto da interaçã o, mas, um efeito intencional
orquestrado por seres organizados e que sabem o que estã o a realizar.

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Gilda M. Moura. Psicóloga clínica e Hipnóloga. Senior Research Associate of the Kairos
Foundation. Consultora científica da revista Cons-ciência do CTEC/UFP, no Porto-Portugal.
Membro da Eurotas, Rio de Janeiro, Brasil.
Os Nove Coros da
Hierarquia Celeste
Manuel J. Gandra

Hierarquia Celeste é uma expressã o de origem grega reportando-


se à
cadeia de entidades espirituais e inefá veis, as inteligências incorpó reas
de
Philon de Alexandria (280-220 a. C.) 1, agentes, nú ncios ou mensageiras
2

da providência divina e intermediá rias entre os mundos celeste e


terreno,
as quais, numa acepçã o corrente, porém nã o totalmente legítima, sã o
denominadas anjos 3. Estes excelsos e puros espíritos, não obstante o
cunho
hierá tico e manifestamente imaterial da sua presença, sã o figurados
com
corpo, ou habitando um, pro tem, de beleza inexcedível, alado e
revestido
das roupagens e adereços condizentes com as respectivas natureza,
posiçã o
41 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

hierá rquica e funçã o 4.

1 A angeologia judaica apenas conheceu algum desenvolvimento no judaísmo tardio.

2 Do hebraico, maleak, enviado (mensageiro), correspondente ao grego aggelos. Deus envia anjos para
realizarem missõ es junto da humanidade, enquanto anunciadores de promessas (Genesis, XVIII, 10), de
julgamento (idem, XIX, 12) de protecção (Êxodo, XXIII, 20-23 e 1 Reis, XIX, 5) e de punição (2 Samuel, XXIV,
16). Tais missõ es, cumprem-nas, por vezes, conformando-se com o estilo de vida dos humanos: 1.
Partilhando refeiçõ es com eles, bem como a sua hospitalidade (Genesis, XVIII, 3-8); 2. Adversando-os,
como quando Jacob luta com o anjo (Genesis, XXXII, 24-32).

3 O Pseudo-Dinis utiliza o termo dynamis para denominar o conjunto de anjos e Deus, enquanto detentor
do infinito poder de produzir todo o poder (Div. Nom., VIII, 2, 889l-892a).

4 Persiste a incó gnita sobre a razão subjacente à adopção pela tradição iconográfica cristã do modelo
unívoco de representação das entidades angélicas (figuras antropomó rficas, dotadas de asas), uma
vez que não existe na Bíblia senão um exemplo apenas dessa iconografia e, ainda por cima, imperfeito,
porquanto se trata de mulheres aladas (Zacarias, V, 9). O Novo Testamento ler-se-à em vão em busca
de anjos providos de asas: Mateus a penas se refere à luz de um deles (XXVIII, 1-7) e Lucas refere dois
homens cujas vestes eram de uma brancura brilhante. Sendo questão muito controversa havia de originar
inú meras dissençõ es entre teó logos e não só , como se depreenderá do processo inquisitorial de Pedro de
Rates Hanequim [ANTT: Inq. de Lisboa, proc. 4864].
Achando-se quase totalmente ausente do Novo Testamento, se
se exceptuarem as referências que ocorrem nas fontes apó crifas e
deuterocanó nicas, a Hierarquia Celeste cristã funda-se em textos do
Antigo
Testamento 5, por sua vez influenciados por fontes persas e babiló nicas,

nomeadamente em Daniel (que refere Miguel e Gabriel, duas entidades


celestes da trindade expressamente nomeada em toda a Sagrada
Escritura
canó nica) e no Livro de Tobias (que cita Rafael pelo seu pró prio nome) 6.
42 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

Sonho de Jacob

5 Os primeiros anjos citados na Bíblia são os querubins, apontados por Deus como guardiõ es do Jardim do

É den. Segue-se-lhes “o Anjo do Senhor”, o qual intervém para interromper o sacrifício de isaac (Genesis,
XXII, 11) e, depois, no episó dio da sarça ardente (Êxodo, III, 2). Não convém confundir com anjos os
filhos de Deus que abandonam o céu para copular com as mulheres mais belas que encontraram na terra
(Genesis, VI, 1-4).
6 De facto, três outros anjos são citados na Bíblia pelo seu nome, a saber: Rahab, também referido pelo
Talmud que o denomina “o anjo do mar”; Abadon-Apolion, mencionado no Apocalipse (IX, 11), como o
“anjo do abismo”, detentor de cauda semelhante à dos escorpiõ es e associado à queda de uma estrela
do céu; o pró prio Satã, o qual, no Antigo Testamento, é apresentado como um anjo insigne, um dos mais
excelsos, decerto não malévolo e, de modo nenhum, caído. Foram a teologia cristã e os escritos judaicos
pó s-biblicos os responsáveis pela transformação do ha-satan vetero-testamentário num espírito do mal.
O Anjo de Senhor
Francisco de Holanda, Livro das Idades

Só a partir dos escritos paulinos a angelogia cristã ganha forma e 43 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
expressã o, todavia sem se destacar significativamente da angelogia
judaica.
Reassume a hierarquizaçã o dos seres celestes 7 cuja réplica negativa no

mundo infernal admite, organizando os anjos caídos em classes


idênticas
(Efésios, VI, 12).
7 São Paulo refere os dois coros superiores: os Principados, as Autoridades e as Potestades (Efésios, I, 21)
e as Majestades, os Senhorios, os Principados e as Potestades (Colossenses, I, 16), nunca aludindo aos
anjos propriamente ditos (3º coro).
A ambiguidade e as vicissitudes conjunturais das posiçõ es
dogmá ticas
que o cristianismo viria a assumir relativamente ao estatuto ontoló gico
e
escatoló gico da Hierarquia Celeste foi sibilinamente prognosticada por
Sã o
Paulo, na Epístola aos Colossenses (II, 18): “Ninguém vos domine a seu
bel
prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em
coisas
que não viu […]”.
Em 325, o Concílio de Niceia assumia a crença nos anjos, posiçã o,
entretanto, condenada como idolatria pelo Sínodo de Laodiceia (343).

a partir do século V, Santo Agostinho e o Pseudo-Dionísio 8, pela
primeira
vez, firmaram doutrina teologicamente consistente a respeito da
questã o.
Na opiniã o desses Padres da Igreja, os anjos, mais numerosos que as
estrelas do firmamento, os grã os de areia do oceano e as folhas das
á rvores
9
, haviam sido criados nos primeiros dias da Criaçã o, ou mesmo antes
dela,
tota simul, isto é, de uma só e ú nica vez.
Ulteriormente (no ano de 870), quase uma centú ria apó s o sétimo
Sínodo Ecuménico (787) tê-lo feito para a Igreja do Oriente, tal
hermenêutica
seria tornada oficial na Igreja do Ocidente pelo papa Gregó rio Magno,
assistindo-se, a partir de entã o, e especialmente entre os séculos XI e
XIII,
à extraordiná ria difusã o quer da angelologia, quer da angelolatria, para
a
qual muito terá contribuído o De consideratione de São Bernardo 10.
A fixaçã o definitiva dos contornos, até entã o nem sempre
consensuais
(quadro I), do câ none doutrinal, no â mbito do cristianismo romano 11,
ocorreria na Suma Teológica de São Tomás de Aquino, em cujo Tratado
dos
Anjos 12 o Doutor Angélico sistematizou em treze pontos os aspectos
mais
relevantes da problemá tica:
1. Da natureza dos anjos;
2. Dos anjos com relaçã o aos corpos;
8 Opera omnia quae extant, scilicet de Coelesti Hierarchia, in Sanctorum Patrum Ecclesiae primitivae opera,
Lião, 1652 [BPNM: 1-52-1-16] e Traité des Noms Divins ou des Perfection Divins, Lião, 1739 [BPNM: 1-53-
8-19]. Ver Pedro Hispano, Expositio Librorum Beati Dionysii, Lisboa, Instituto de Alta Cultura, 1957. O
Pseudo-Dinis atribui a Hieroteu a repartição hierárquica das entidades angélicas que foi o primeiro a
expor tão explicitamente. Antes dele, num contexto cristão, só os Padres sírios (c. 380-c.500) haviam
considerado a hierarquia dos 9 coros.

9 O Deuteronómio (XXXII, 8) sustenta que os anjos são equivalentes em nú mero aos homens. Já S. Bernardo
(Sermão 62 sobre o Cântico dos Cânticos) admite que “dos homens se hão-de escolher para a gló ria,
quantos são os anjos que caíram dela”.

10 Cf. Ailbe Luddy, Bernardo de Claraval, Lisboa, 1959, p. 557-562.

11 Face às especulaçõ es de teó sofos e teó logos, não raro contraditó rias quanto à cosmogonia angeloló gica,
bem como relativamente ao carácter alegó rico, muitas vezes invocado, da Hierarquia Celeste, o 4º Concílio
de Latrão (1215) viu-se na contingência de ter de definir os anjos como criaturas.

12 Cf. 1, Questõ es 50-64. Tomás de Aquino expõ e o tema em confronto com a exegese não revelada de
Gregó rio Magno (Homília XXIV sobre o Evangelho).
44 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
3. Dos anjos em relaçã o com o lugar;
4. Do movimento local dos anjos;
5. Do conhecimento dos anjos;
6. Do meio de conhecimento dos anjos;
7. Do conhecimento que os anjos têm das coisas imateriais;
8. Do conhecimento que os anjos têm das coisas materiais;
9. Do modo de conhecer dos anjos;
10. Da vontade e do amor nos anjos;
11. Da produçã o dos anjos no seu ser natural;
12. Da perfeiçã o dos anjos no estado de Graça e de Gló ria;
13. Do pecado e castigo dos anjos maus;

Doravante, ficaria definitivamente consagrada a Hipó stase dos


nove Coros, Ordens ou Dignidades angélicas, de acordo com a seguinte
ordem decrescente da sua importâ ncia: Serafins, Querubins, Tronos,
Dominaçõ es, Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos.
Segundo um exegeta português, em tal Divina Monarquia, os
Serafins
sã o semelhantes aos amigos dos Reis; os Querubins aos sá bios e
prudentes;
os Tronos aos magistrados; correspondendo as Dominaçõ es aos
barõ es; as
Virtudes aos governadores das Províncias; as Potestades aos perfeitos
da
guerra e capitã es; enquanto os Principados, os Arcanjos e os Anjos
estã o
para os soldados e mensageiros, “assim das coisas particulares, como
do
que toca ao comum governo”.
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Transverberação de Santa Teresa de Josefa de Óbidos


[Convento dos carmelitas de Cascais]
Quadro I
A Hierarquia Celeste
Segundo diversas fontes e autoridades

Primeira Hierarquia ou Coro


Alumia e não é alumiada
46 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
Serafins
Os serafins ocupam o lugar mais elevado da Hierarquia Celeste,
assistindo pró ximo de Deus. Os escritos rabínicos associam-nos aos
hayyoth (bestas sagradas que sustentam o Trono de Gló ria).
O seu nome deriva do hebraico saraph (singular), seraphim
(plural), verbo sinó nimo de queimar, arder, ou consumir, de onde
serem
denominados “ardentes”. Outras etimologias: saraph = serpente
venenosa
(Números, XXI, 4-9; Deuteronómio, VIII, 15), ou espécie de dragão (Isaías,
XIV, 29; XXX, 6); sharrapou = forma ardente e solar de Nergal, divindade
babiló nica figurada por um leã o; seref = termo egípcio para guardiã o
dos
tú mulos, figurado por um grifo; sharifa = palavra á rabe para designar
um
ser moralmente superior, nobre e elevado.
Sendo os mais perfeitos e inflamados em Amor (porque excedem a

todos os demais no amor a Deus), entoam incessantemente o trisagion


“Santo, Santo, Santo” (Apocalipse). Segundo o apó crifo III Henoch há
apenas quatro serafins, “correspondendo aos quatro ventos do mundo”
e
cada um deles possui quatro faces e seis asas: duas cobrindo a face,
duas
os pés e duas destinadas ao voo (II Henoch e Isaías). Anjos da esfera das
estrelas fixas, também denominada Cristalino 13, compete-lhes zelar
pela
manutençã o do equilíbrio universal.
No Antigo Testamento apenas sã o referidos, explicitamente, em
Isaías
(VI, 2) e, implicitamente, em Números (XXI, 6), sob o epíteto de
“serpentes
ardentes”. O Novo Testamento nã o inclui qualquer mençã o expressa a
eles, apenas se achando subentendidos no Apocalipse (IV, 8): “E os
quatro
animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro,
estavam cheios de olhos”.
Possuem seis asas: com duas cobrem os olhos para nã o sofrer o
resplandor que sai do rosto de Deus; com duas cobrem os pés, para
mostrar
modéstia e a grande reverência que devem ao seu Criador; as duas do
meio
utilizam para voar.
Na iconografia da estigmatizaçã o de Sã o Francisco, Cristo é
figurado alado, como um serafim.

13 Denominaçã o da 9ª Esfera, também conhecido como “céu áqueo”, formada por águas claras e
transparentes como cristal, águas (distintas do elemento água) colocadas no céu para moderar o calor
produzido pelo movimento do Primeiro mó vel (10º Céu). Santo Isidoro (Etimologias) situa as “águas
celestes” acima do firmamento (céu das Estrelas Fixas, ou 8º Céu), sublinhando que Deus dotou aquelas
da “solidez do gelo”.

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Estigmatização de São Francisco (sacristia da Basílica de Mafra)


Christos Angelos (Cristo Serafim) comunica a sua natureza será fica ao fundador dos
Menores. O topos de Sã o Francisco como Alter Christus foi longamente glosado a partir
de
uma metáfora de Sã o Boaventura
(Sermão V, sobre São Francisco).
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Criação de Eva
Francisco de Holanda - Livro das Idades
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Criação dos animais


Francisco de Holanda - Livro as Idades
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Trisagion: Santo!, Santo!, Santo!


Francisco de Holanda - Livro das Idades
Querubins
Um dos principais ofícios dos Querubins, é alumiar e ensinar, “a
qual dignidade e operaçã o principalmente lhes pertence, cuja
excelência
especial sobre as ordens inferiores é a luz da ciência divina e sua
revelaçã o
que Deus lhe comunicou para alumiar por si, e pelos anjos seus
inferiores,
aos homens”. Em razão disso, são denominados “Mestres” e
“comprimento
de sabedoria”.
Anjos regentes do Zodíaco, responsá veis pelo curso ordenado dos
planetas. Para o neoplató nico Philon de Alexandria figuravam as mais
elevadas e principais potências divinas, bem como a soberania e a
bondade
(Sobre os querubins).
Trata-se dos primeiros anjos citados no Antigo Testamento
(Genesis,
III, 22), cuja missã o é guardar o jardim do É den e o caminho para a
Árvore da
Vida com as suas espadas flamígeras, donde o epíteto de “espada
inflamada
que anda ao redor” (Genesis, III, 24). Com efeito, na tradição cananeia
primeva os querubins nã o eram concebidos como entidades angélicas,
antes como terríveis visõ es bestiais, susceptíveis de manter Adã o
afastado
da entrada do paraíso. No Talmud ora sã o associados à Ordem dos
ophanim
(rodas ou carros), ora à dos hayyoth (bestas sagradas).
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Embora o Pseudo-Dionísio declare que o termo querubim é
sinó nimo de “conhecimento”, o nome (karibu) pelo qual são conhecidas
as entidades que integram este Coro é de origem assíria, babiló nica ou
acá dica, com o significado de “aquele que reza” ou “aquele que
intercede” (Ezequiel, I, 4-26; X, 1-22; Salmos, LXXX, 2).
Um exegeta chamou-lhes “claríssimas luzes do Empíreo que só se
ocupam no conhecimento de Deus e das suas perfeiçõ es”.
Os querubins sã o, geralmente, iconografados com cabeça e duas
asas. O profeta Ezequiel teve a visã o de quatro querubins junto ao rio
Quebar, e cada querubim estava associado a uma roda, “cor de pedra de
turquesa […], andando eles, andavam elas pelos seus quatro lados; nã o
se viravam quando andavam, mas para o lugar para onde olhava a
cabeça, para esse andavam; nã o se viravam quando andavam. E todo o
seu corpo e as suas costas e as suas mã os e as suas asas e as rodas que
os quatro tinham estavam cheias de olhos em redor” (X, 9-15).
Deus ordenou a Moisés que colocasse sobre a Arca da Aliança dois
querubins de ouro, com as asas abertas e voltados um para o outro
(Êxodo,
XXV, 18-22 e XXXVII, 7-9), preceito que Salomã o decidiu manter no
Templo
(1 Reis, VI, 23). A este propó sito será conveniente compulsar o Tratado
de los Cherubim, en que se examina qual aya sido la figura de los Cherubim
que estavan sobre la Arca del Testamento colocados (Amesterdão, Nicolas
Ravesteyn, 5414 [i. e., 1654]), de Jacob
Jehudah Leon, judeu seiscentista, de
origem sefardita.
A tradiçã o corâ nica di-los nascidos
das lá grimas derramadas por Miguel
em
consequência dos pecados cometidos
pelos fiéis, o que revela certo nexo
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semâ ntico com uma passagem de


Ezequiel (XXVIII, 14-16), onde o profeta
se reporta a uma humanidade anterior
à queda, pura como os querubins: “Tu
eras querubim ungido para proteger e
te estabeleci; no monte santo de Deus
estavas, no meio das pedras afogueadas
andavas. Perfeito eras nos teus
Cabeça de querubim
caminhos, desde o dia em que foste Litografia de V. A. M. Azevedo 1851
criado, até que se achou iniquidade em
ti”.
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Um Querubim expulsa Adão e Eva do Paraíso


Francisco de Holanda - Livro das Idades
Tronos
Ofício especial dos Tronos é revelar os segredos divinos aos
homens, como a providência divina lhes ordena.
Anjos, ora adjudicados à esfera de Saturno, ora ao quarto céu.
Enquanto regentes do tempo, “têm a dignidade de serem firmíssimos
assentos de Deus”. “Na ordem dos Tronos está Deus quietamente, como
em sua cadeira”, como indica seu nome.
Referidos por Sã o Paulo (Epístola aos Colossenses, I, 16), é por seu
intermédio, assevera o Pseudo-Dinis, que “Deus comunica a sua justiça
à
humanidade”.
Sã o figurados como rodas de fogo com asas rotativas, repletas de
olhos, ou pelos quatro animais (homem - leã o - á guia - boi) que 55 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
Ezequiel viu e, sobre eles a Deus (Ezequiel, I).
Mateus diz que as asas, os pés e as mã os representam os mistérios
dos Tronos (Mateus, XXVIII, 10).
Segunda Hierarquia ou Coro É
alumiada e alumia

Dominações
São as kyriotetes gregas, correspondentes aos hashmallin hebraicos.
Anjos da esfera de Jú piter, “presidem à s coisas inferiores na ordem
da graça e da natureza e governam os seus ministros visíveis e
invisíveis”, isto é, sã o responsá veis pelas metamorfoses da matéria,
mandando e ordenando o que pertence aos estados humanos dos
Impérios e Reinos, “conforme ao que lhes revela o Sumo Criador e
Senhor”.
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Segundo o Pseudo-Dinis compete à s Dominaçõ es, enquanto anjos


revelantes e ministrantes, “regular as tarefas dos anjos”, bem como
revelar
a vontade divina no que concerne ao regimento da humanidade, “para
que
tal coisa se faça sobre tal Província, Naçã o ou Reino e que tal pessoa
seja
Rei ou Prelado”.
Reportam-se-lhes II Enoch (XX, 1) e São Paulo (Epístola aos
Colossenses,
I, 16).
Envergam alva até aos pés, estola verde e cinto de ouro (que lhes
cinge o peito, como símbolo da caridade e da sua perfeiçã o) e ostentam
orbes e ceptros, como emblemas de autoridade.
Virtudes
Sã o as exsusiai gregas, equivalentes aos malakim ou tarshishim
hebraicos.
O seu nome advém-lhes da circunstâ ncia de terem, segundo S.
Bernardo, recebido a divina graça de contemplar, em a bem-
aventurança e gloriosa visã o, as secretíssimas causas e fonte das
virtudes, milagres, prodígios, obras e sinais que executam nos céus e na
terra.
Anjos da esfera de Marte que conferem a substâ ncia e a forma ao
mundo sublunar (das criaturas carnais). A sua tarefa principal consiste
em operar milagres e obras maravilhosas e sobrenaturais em benefício
da
humanidade.
No Hermetismo, as Virtudes representam a multiplicaçã o
incontá vel da Luz inteligível (Poimandro, 7).
No apó crifo Livro de Adão e Eva, duas Virtudes, acompanhadas por
doze outras entidades angélicas, prepararam Eva para o nascimento de
Caim.
Eusébio de Cesareia identifica como Virtudes os dois anjos que
escoltaram Cristo na sua Ascensã o.

Potestades
As dynamis, segundo a Versão dos Setenta.
Anjos da esfera do Sol, têm “poder e mando sobre os outros Coros”.
Na sua qualidade de anjos exequentes, compete-lhes assegurar a
ordem nos caminhos celestes.
O Pseudo-Dinis assevera que as Potestades têm o ofício de 57 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
contrariar
as entidades demoníacas e de impedi-las de subverter o mundo.
Também lhes é creditado o poder de resistir aos homens
poderosos e malévolos, para que nã o pratiquem quanto mal podem e
querem, impedindo guerras e destruiçõ es provocadas por Príncipes e
agentes infiéis e perversos.
Reportam-se-lhes II Enoch (XX, 1), S. Mateus (XXVI, 53) e Sã o Paulo
(Epístola aos Colossenses, I, 16). Em outras passagens das suas Epístolas o
Apó stolo dos Gentios pondera a possibilidade de as Potestades serem
(ou poderem ser) malévolas.
Sã o Joã o Baptista é considerado participante neste Coro, graças ao
seu comportamento como mensageiro e anjo de Jesus.
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Virgem e anjos músicos de Vasco Pereira Lusitano


TERCEIRA HIERARQUIA ou CORO É
alumiada e não alumia

Principados
Do grego, archai, arqueus.
Anjos da esfera de Vénus, responsá veis pelo advento e decadência
das civilizaçõ es.
Os Principados têm poder de mudar e ordenar, conforme a divina
disposiçã o, os Reinos, Principados e Prelazias e quaisquer Impérios e 59 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
dignidades, competindo-lhes, à semelhança dos Arcanjos, “a guarda dos
Reis, Príncipes e Reinos, Províncias, Cidades, a Igreja Universal, as
religiõ es, os conventos, as paró quias, os bispos e os prelados e pessoas
constituídas em Dignidade […]” (D. Antó nio Caetano de Sousa, Agiológio
Lusitano, v. 4, p. 216), a quem influenciam na tomada de decisõ es.
Voragine associou-os ao mistério eucarístico.
Reportam-se-lhes II Enoch (XX, 1) e São Paulo (Epístola aos
Colossenses,
I, 16).
Arcanjos
Do latim, archangelus, acima de anjo.
Anjos da esfera de Mercú rio, os quais partilham com os
Principados
a conduçã o do destino dos povos e naçõ es, competindo-lhes, de acordo
com o Pseudo-Dinis, a comunicaçã o dos decretos divinos, bem como
“as
obras mais heró icas e graves”, eventualmente, a razã o por que
envergam
armadura.
As Sagradas Escrituras relatam inú meras apariçõ es de Arcanjos,
cujo ofício é “consolar, animar, esforçar e instruir as pessoas de estados
grandes e ordenados por Deus para o bem comum”.
No Novo Testamento o termo arcanjo apenas ocorre duas vezes,
nas Epístolas I aos Tessalonicenses e de São Judas, na qual só São Miguel é
citado como pertencendo a esta Ordem de entidades angélicas.

Quadro II

Dos sete arcanjos que “estão diante da face de Deus” (Apocalipse,


VIII,
2), os três principais (e ú nicos admitidos pelo concílio de Latrã o, de
756,
por se acharem citados na Bíblia), sã o São Miguel [= “grande príncipe”
(Daniel, XII, 1)], Sã o Gabriel [= “Anjo intérprete” (Lucas, I)] e Sã o Rafael
[anjo curador (Tobias, XII)]. Uriel é referido no Livro de Henoch.
Os nomes dos restantes nã o sã o consensuais, ocorrendo as
variaçõ es
mais sensíveis nos apó crifos e nos deuterocanó nicos (quadro II).
Miguel,
Gabriel, Rafael e Uriel sã o citados nos Papyri Graecae Magicae como
arcontes (grandes anjos), com a funçã o de proteger e tutelar as naçõ es.
Os
monarcas nacionais desde D. Miguel a D. Manuel II e, à sua semelhança,
o
Imperador do Brasil, bem como diversos Infantes, tomaram no
baptismo
os nomes de Miguel, Gabriel e Rafael, alegadamente em virtude da
devoçã o
da coroa portuguesa aos três Arcanjos.
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Santos Arcanjos Rafael Uriel Gabriel Micael Sealtiel Iehudiel Barachiel,
Em linha, de pé, cada um com seus atributos respectivos.
Registo da Loja de José da Fonseca do Arsenal (143 x 108
mm).
Trata-se dos “sete anjos que assistem ao Senhor”
(Tobias, XII, 15; Apocalipse, I, 4)
Oratório do convento dos Cardais (Lisboa)
Com sete quadrinhos figurando
os sete Arcanjos (diante do Trono), consoante a gnose
cristã . Trabalho de inícios do séc. XVIII, de dois artistas. A
imagem da
Virgem com o Menino é mais antiga.
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À esquerda: Arcanjos Rafael (peixe) e Gabriel (açucena e lanterna)


À direita: Arcanjos Miguel (couraça e capacete) e Uriel (espada flamejante)
Arcanjo Sealtiel, com turíbulo por atributo
Inspirado numa á gua-forte do bolonhês Simone
Cantarini,
figurando o Anjo da Guarda
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Arcanjo Jehudiel, com coroa e disciplina por atributos

65 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


Arcanjo Baraquiel, com flores na mã o e no regaço
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SÃO GABRIEL
Deus é a minha Força / Fortaleza de Deus
O nome deste arcanjo é de origem caldaica, tendo sido
desconhecido dos judeus até ao Cativeiro da Babiló nia.
Principal Arcanjo das Escrituras, trata-se de uma das mais excelsas

entidades angélicas da tríplice tradiçã o abrahamida (judaico-cristã -


islâmica) que o Alcorão designa por “Comunidades do Livro” (Ahl al-
Kitâb). Anjo da anunciaçã o, ressurreiçã o, misericó rdia, vingança, morte
e
revelaçã o.
Mensageiro Fiel de Deus, Anjo da Esperança e da Paz, Protector de
todos os servos e servas de Deus, Guarda do Santo Baptismo, Patrono
dos
Sacerdotes.
Príncipe regente do primeiro Céu, vela pela segurança do Paraíso.
Diz-
se que está sentado à esquerda de Deus. Anda-lhe creditada a
destruiçã o de
Sodoma e Gomorra, a luta com Jacob, a salvaçã o dos três companheiros
do
Profeta Daniel lançados na fornalha por ordem de Nabucodonosor
(Daniel,
III, 19-30), a revelaçã o do sentido da visã o do carneiro e do bode
(Daniel,
VIII), a anunciaçã o a Maria, a inspiraçã o de Joana d’Arc, etc.
Na literatura rabínica Sã o Gabriel é o Príncipe de Justiça (Moisés
Cordovero, Tomer Devorah - Palmeira de Deborah), enquanto Orígenes
lhe
chama Anjo da guerra (De Principiis, I, 81) e São Jeró nimo o faz equivaler
ao
anjo Hamon de Isaías (X, 13). Os cabalistas identificam-no com o
“homem
vestido de linho” (Ezequiel, IX, 10-11), ajudado por São Miguel, em
Daniel
(X, 13).
Alguns exegetas apontam-no como o arcanjo enviado para
consolar
Cristo, posto em oraçã o e agonia no horto, antes da Paixã o (Lucas, XXII,
43).
Na tradiçã o muçulmana, é denominado Jibril, detentor de 140
pares de asas, o qual ditou o Alcorão, surata a surata, ao Profeta que
havia de o confundir com o Espírito Santo (confusã o, de resto,
compreensível à luz dos relatos contraditó rios de Mateus, I, 20 e Lucas, I,
26).

67 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


68 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

São Gabriel: escultura de Giovanni Battista Maini, 1731


[Capela colateral da Basílica de Mafra, dedicada a Sã o Pedro de
Alcâ ntara]
69 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

São Gabriel [Seminário Maior de É vora, séc. XVII]


Na flâmula estã o desenhados os sírnbolos da Paixã o de Cristo, alguns dos quais se
repetem em diversos pontos da tú nica.
Filacteras brancas com inscriçõ es alusivas a Cristo Salvador surgem em determinadas
partes da composiçã o, evidenciando clara relaçã o com elas.

Junto do rosto: CONFITEANTVR OMNES ANGELl QVONIAM CHRISTVS EST REX


ANGELORVM
(Todos os anjos proclamam que Cristo é o seu Rei); Partindo de uma cruz pintada sobre
a
manga direita da tú nica: ECCE CRVCEM DOMINI, FVGITE PARTES ADVERSAE [da
antífona
de Laudes da Festa da Exaltaçã o da Santa Cruz] (Eis a cruz do Senhor, afastem-se os
seus
inimigos);
Do lado oposto, e partindo de um desenho na orla da manga: DVLCE LlGNVM DVLCES
CLAVOS [da antífona ad Magnificat das 1.as vésperas da festa da Exaltaçã o da Santa Cruz]
(Doce madeiro, doces cravos);
À altura dos joelhos, e distribuída pelos dois lados da figura: IN NOMINE IESV OMNE
GENV FLECTATVR/CAELESTIVM, TERRESTRIVM ET INFERNORVM [Filipenses, II,10]
(Ao nome de Jesus todo o joelho se dobre nos céus, na terra e nos infernos);
Na parte inferior da pintura, por debaixo dos pés do anjo e ao longo de duas filacteras:
QVAM PVLCHRI SVNT (IN)GRESSVS TVI / AD DIRIGENÐOS PEDES NOSTROS IN VIAM
PACIS [a segunda parte, extraída do Cântico de Laudes Benedictus] (Como são belos os
teus passos a dirigir os nossos pés no caminho da paz).
Sobre o decote da tú nica, em deficiente estado de conservaçã o: SP(IRIT)VS S(ANCT)i
GRA(BIELlS) InVMINET SENSVS ET CORDA NO(STR)A (O espírito de Sã o Gabriel
ilumine as nossas inteligências e os nossos coraçõ es).
70 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
71 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

Anunciação de Fernão Gomes


[Mosteiro dos Jeró nimos]
São Gabriel, de uma Anunciação [Sé de Miranda do Douro]
72 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
SÃO MIGUEL
Quem como Deus
De origem caldaica, é considerada, quer por escritos religiosos,
quer por fontes seculares, a mais importante de todas as entidades
angélicas do contexto judaico-cristã o-islâ mico.
Chefe da Ordem dos Principados e também da dos Arcanjos, é o
Príncipe da Presença, anjo do arrependimento, sabedoria, misericó rdia
e santificaçã o, regente do quarto Céu, anjo tutelar e defensor de Israel,
custó dio de Jacob, patrono dos moribundos, companheiro das alams
dos
defuntos, chefe das milícias celestes, vencedor de Lú cifer e demais
anjos
rebeldes e, nessa qualidade guardiã o do limiar de recintos
consagrados,
como, a título de exemplo, o da igreja de Sã o Pedro das Á guias
(Tabuaço).

73 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

Aduela do portal Norte de S. Pedro das Á guias (Tabuaço): D[omi]N[u]S


EXERCITUM. CUSTODI / AT: HUI[us] TEMPLI INTROIT / VM ET EXITVM (Que o
Deus dos exércitos
defenda a entrada e a saída deste templo)
Homem de linho ajudado por S. Miguel (Daniel)
Francisco de Holanda - Livro das Idades
74 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

Usa o nome secreto de Sabbathiel.


Sã o-lhe creditadas diversas acçõ es extraordiná rias (por
vezes
adjudicadas a outros Arcanjos), tais como: a destruiçã o dos exércitos
de Senaquiribe, a salvaçã o de Isaac, prestes a ser imolado por Abraã o, a

disputa com Satã pelo corpo de Moisés e respectivo enterro, a


Anunciação
a Maria da sua morte, etc.
Sacrifício de Abraão de Baltasar Gomes Figueira

[igreja de Nossa Senhora da Ajuda, Peniche]

75 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


São Miguel, como psicopompa [MNAA]

Em Baruch III, Sã o Miguel detém as chaves do reino dos Céus, as


quais, popularmente, sã o atributo de Sã o Pedro. Assume-se como
psicopompa, isto é, como guia das almas desencarnadas e redentor das
76 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

que se acham no purgató rio, cujos méritos e deméritos avalia com uma
balança (psicostasia), tantas vezes presente na iconografia.
Padroeiro dos tanoeiros, esgrimistas, doceiros, merceeiros e, desde
1950, também patrono dos polícias consoante directiva de Pio XII.
A 8 de Maio comemora-se a Apariçã o deste Arcanjo, outrora
celebrado com festa privativa, a 29 de Setembro e, apó s o Vaticano II,
nessa data, conjuntamente com Sã o Gabriel e Sã o Rafael.
São Miguel - Livro de Horas de D. Fernando [MNAA]

77 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


São Miguel vencedor do Demónio [MNAA]
78 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
Julgamento das Almas [MNAA]

79 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


80 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

São Miguel: escultura de Giovanni Battista Maini, 1732


[Capela colateral da Basílica de Mafra, dedicada a Sã o Pedro de
Alcâ ntara]
SÃO RAFAEL
Medicina de Deus
De origem caldaica, chamou-se primitivamente Labbiel.
Regente do Sol e do segundo Céu, partilha com Sã o Miguel a chefia
da Ordem dos Principados, cabendo-lhe governar a direcçã o Sul e
custodiar a direcçã o Oeste, bem como a á rvore da Vida no jardim do
É den.
Segundo uma lenda, constante do Testamento de Salomão, Deus
correspondeu aos apelos daquele rei de Israel, que lhe solicitava ajuda
para a edificaçã o do Templo, enviando-lhe Sã o Rafael, que era portador

de um anel má gico com o qual o monarca hebreu pô de subjugar todos


os demó nios, com cujo concurso lhe foi possível concluir a construçã o
do
Templo.
De acordo com Trithemius de Spanheim (séc. XV), Sã o Rafael é um
dos sete anjos do Apocalipse.
Além de guia e defensor dos caminhantes, patrono dos médicos,
viandantes e peregrinos, é advogado e protector dos pretendentes, e
um dos seis anjos do arrependimento, da oraçã o, do Divino Amor, da
alegria e da luz, porém, acima de tudo, o anjo da cura.
Em I Enoch é designado como “um dos vigilantes” (XX),
apresentado
como guia no sheol, ou submundo (XXII), e referido como “uma das
quatro
presenças, encarregadas de eliminar todas as doenças e feridas dos
filhos
dos homens” (XL).
Das curas notá veis que lhe andam creditadas, destacam-se: a da
dor
provocada pela circuncisã o em Abraã o e a da coxa de Jacob, ferida
durante
a luta que o patriarca manteve com o seu adversá rio negro, em Peniel.
No Livro de Tobias Sã o Rafael é companheiro e guia de Tobias, filho
de Tobit, desde Ninive até Media, apenas lhe revelando a sua
verdadeira
identidade no final da viagem. A partir de 1480, vá rios familiares de
Vasco
da Gama, bem como o pró prio Almirante, fizeram-se acompanhar de
uma imagem de S. Rafael com o Menino Tobias em todas as viagens que
realizaram, incluindo a da descoberta do caminho marítimo para a
Índia.

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São Rafael: imagem que pertenceu à família Gama
Seguiu para a Índia em 8 de Julho de 1497, a bordo da nau «S. Rafael», que integrava
a
Armada de Vasco da Gama. Na viagem de regresso a Portugal, a “S. Rafael” naufragou,
82 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

mas
a imagem foi salva pelo seu comandante, Paulo da Gama, sendo transferida para o navio
do
irmã o. Vasco da Gama jamais se separou da imagem que permaneceu na Índia até à
morte
do navegador. Em 1628, a peça voltou definitivamente para Portugal e tendo
permanecido
na vila da Vidigueira. Foi transferida para o Mosteiro dos Jeró nimos em 1880 e
entregue
ao Museu de Marinha em 1950.
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São Rafael e o Menino Tobias: Livro de Horas de D. Manuel [MNAA]
Tobias e Ana e Tobias e S. Rafael despedem-se de Tobit; 2. Tobias e o lú cio e Tobias
em
casa de Gabael. Painéis inspirados em gravuras de Cornelis Metsys e de Maarten
van
Heemskerck [Paço Ducal de Vila Viçosa, Sala da Mú sica}
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São Rafael: escultura de autor desconhecido, 173?


[Capela colateral da Basílica de Mafra, dedicada a Sã o Pedro de Alcâ ntara]
São Rafael e Tobias
Escultura atribuída a Machado de Castro [Museu Grã o Vasco,
Viseu]
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Anjos

Termo derivado do sâ nscrito angiras (espírito divino), ou do persa


angaros (mensageiro), semanticamente equivalente ao hebraico malakh,
ao árabe malak e ao grego angelos.
Os Anjos ocupam o nono lugar na Hierarquia Celeste,
correspondendo à esfera da Lua.
Sã o eles os encarregados de zelar por cada alma, cada reino,
cidade, vila e comunidade, competindo-lhes desempenhar a funçã o de
anjoscustó dios privativos.
Enquanto guardiõ es dos homens, seus defensores e guias, para o
fim para que foram criados, andam sempre com eles e, por conseguinte,
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entre os demó nios que os tentam.


Sã o Gregó rio associa os anjos à esmeralda e à cor verde.
Representação iconográfica de uma alma: atente-se na configuração
das asas, distintas das características das entidades angélicas
[Colégio de Santo Antão, actual Hospital de São José].

Os meninos presentes nos retá bulos barrocos, frequentemente


interpretados como Anjos, sã o, de facto, almas que buscam a bem-
aventurança, de acordo com a afirmaçã o de Jesus, segundo a qual o
Reino
dos Céus só será acessível à queles que adquirirem a pureza infantil.
Representam as almas dos fiéis que constituem a Igreja e que sustêm
figuradamente a estrutura visível dela, sob a forma do retá bulo. No
plano
inferior figuram-se sexuados para aludirem à quelas que ainda se
acham
subjugadas pelos instintos da carne. À medida que ascendem torna-se
evidente a espiritualizaçã o. Atingido o cimo do retá bulo, sã o
representados
88 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

em atitude beatífica, em adoraçã o ou carregando emblemas de


glorificaçã o. Atingiram a categoria de anjos, encontrando-se
perfeitamente
espiritualizados, porém, distinguindo-se dos que assim foram criados
desde o princípio, por terem asas metade verdes, metade vermelhas.
Quer isto dizer que foram elevados a tal categoria pelo amor
(vermelho)
e pela penitência (verde). As pequenas cabeças aladas que, geralmente,
os
acompanham sã o os Anjos, puros espíritos, que nunca encarnaram.

Manuel J. Gandra. Filósofo. IADE-U/CLPUL/CESDIES, Lisboa, Portugal.


As Inteligências Supremas
Breve Ensaio
Loryel Rocha
Ana Maria Dutra de Menezes de Carvalho
(in memoriam)

Os mitos e as constelações
Consideração Preliminar

O mestre Tibetano faz uma chamada de atençã o:

Quando a verdadeira astrologia esotérica vier à luz, mais


conhecimentos sobre isto poderã o ser dados. O estudante atual
de
astrologia está apenas aprendendo o ABC deste estupendo
assunto
e ocupando-se com as franjas esotéricas do grande véu que foi,
prudente e sabiamente, lançado sobre o conhecimento
planetá rio.
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ALICE A. BAILEY
(Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, p. 1051)

Eis aqui uma observaçã o vital a quem se ocupa ou quer vir a se


ocupar
dos estudos do Céu: o que se sabe é somente “as franjas esotéricas do
grande
véu”. O Tibetano anuncia para a Astrologia remodelaçõ es e acréscimos
ao já dito e propagado. O véu será levantado é expressã o concorde ao
Apocalipse que apregoa a vinda de um “Novo Céu e uma Nova Terra”,
com
todas as sequências e consequências que isso implica. A Astrologia
passará e pensar em termos de Totalidade Ú nica, saindo da esfera do
particular para o Absoluto, ocupando-se com as Fontes e as Causas
emanantes e não com seus efeitos, objeto de seus estudos atuais.

É exatamente neste ponto que a moderna astrologia tem falhado,

pois, inverteu o processo correto e verdadeiro ao dar ênfase


ao específico e particular; ao horó scopo pessoal e ao destino
individual, deixando de enfatizar as grandes energias e suas
Fontes,
as quais sã o, basicamente, as responsá veis pela manifestaçã o do
específico. Este posicionamento e apresentaçã o da verdade, têm

que ser modificados.


ALICE A. BAILEY
( O Tibetano, Astrologia Esotérica, Tomo I)

Parte da inversã o do processo encontra-se no estudo das


constelaçõ es,
cuja histó ria mítica e simbó lica foi relegada à segundo plano pela
Astrologia atual que absorveu (e pratica) da Filosofia, da Religiã o e da
Ciência os descredenciamentos atribuídos aos mitos e lendas, tidos
como
relatos fabulosos, no sentido de “nã o reais”. A supressã o da Fonte
original,
deslocou o eixo do Absoluto para o particular, por conseguinte, toda a
realidade fenomênica/visível perde seus fundamentos, pois, esta retira
seus fundamentos exatamente daquela contraparte invisível de todo o
Céu visível, registrá vel na histó ria mítica e por onde se devem iniciar os
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estudos da astrologia sem abrir mã o da iconografia e iconologia que os


acompanham.
A Astrologia retira diretamente seus fundamentos da Metafísica,
da Cosmologia e da Teologia. Tem relaçõ es de analogia com a Mú sica, a
Gramá tica, a Ló gica, a Retó rica, a Aritmética, a Geometria. A Astrologia
de hoje é um pá lido reflexo de algo que um dia foi uma Ciência.
Forma indica Função, consoante os gregos. Posição, estabelece
relaçõ es e analogias.
Este breve ensaio propõ e alguns passos na leitura da forma e
posição geográfica das Constelaçõ es no Céu, criando o que conhece
como os Três Impérios das Inteligências Supremas.
Observação Suplementar: a ideia do infinito/
intemporal e o DNA Divino
Todos os povos, tanto do Oriente quanto do Ocidente, possuem
mitologias que narram a criaçã o do mundo e a passagem dos Deuses
pela Terra formando uma supra-humanidade (a nobreza e os heró is),
distinguível exatamente pelo carisma do sangue como herdeiros e
portadores do sangue divino dos Deuses do Alto Cosmos.
Paralelo ou concomitante ou subjacente à narrativa mítica corre a
idéia do Infinito, do Eterno, do Intemporal, expressada na idéia do Caos

Primordial, da Criaçã o do mundo, da existência dos Deuses e de uma


ciclotimia temporal e comportamental, a ser seguida como “regra de
conduta” pelos homens tendo como referencial o Mundo Divino. A
idéia
do Infinito/Intemporal nã o se ajusta a nada que possa ser
convencionado
visto que começa onde acaba o universo observá vel. Mas, é a partir
dela
que a vida dos homens é tecida.
A ideia do Infinito/Intemporal é o discurso oculto de origem
sagrada
que estabelece a ligaçã o de alguns seres com o seu percurso memorial
subjacente à cultura de vá rios povos, se nã o de todos, que apresentam
em
seu teor uma mesma origem arcaica do mundo: foi criado por um Deus/
Deuses (Alto Cosmos-Intemporal) de direito onde parte da
humanidade
(Baixo Cosmos-Temporal) preconiza-se ou como eleitos de um Deus ou

como descendentes diretos dos Deuses, ocasionando o surgimento de


uma
casta distinta no seio dos humanos, chamada nobreza, que possui, face à

sua herança genética Intemporal (Divina), prerrogativas e direitos


vetados
aos mortais, de genética circunscrita ao Temporal.
Esta origem arcaica do mundo é concebida, pois, como uma moeda
de
dupla-face: Intemporal-Temporal. Numa face - Intemporal- estã o os
Deuses
Criadores do mundo e dos seres, pairando sempre no Além, numa
espécie
de dimensional da eternidade, num outro mundo além deste mundo
criado,
donde nã o saem nunca, exceto esporadicamente e por razõ es
estratégicas
urgentes. Diretamente deste outro mundo orientam, conduzem, velam
os
destinos do mundo e dos homens, rumo à um destino incó gnito
marcado
com o prenú ncio de um fim que é também começo. Noutra face -
Temporal-
está o mundo criado propriamente dito e os seres que nele habitam.
Imersos neste mundo criado subsiste uma prole de sangue divino (ou
um
eleito de Deus), “aparecida em razã o de uma transgressã o de um Deus.
Tal
prole, exerce seu Poder no mundo terreno pelo dom de origem (filho de
um

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Deus), que lhe é afeito por Direito e Justiça do Alto Cosmos.
Ambas as faces, a do Alto e a do Baixo, a dos Imortais e a dos
Mortais, a do Intemporal e a do Temporal, a da Luz e a das Trevas, a da
Direita e da Esquerda, a Feminina e a Masculina, etc, fundem-se num
ú nico corpo simbó lico do qual emanam distintas leituras e mensagens.
Desta feita, está presente no registro arcano dos povos duas ideias
paralelas que traçam interfaces entre si: a de uma origem divina do
mundo e a de uma genética divina inserida em uma pequena parcela
da humanidade, fruto da interferência direta dos Deuses no mundo dos
homens, acasalando-se com as mulheres. Coroando à ambas a ideia de
uma guerra celestial de proporçõ es e alcances inter-dimensionais,
cujas
causas ainda permanecem lacradas ao entendimento do grande
pú blico:

Quando os homens começaram a multiplicar-se na superfície do


solo e lhes nasceram filhas, sucedeu que os filhos de Elohim se
aperceberam de que as filhas dos homens eram belas. Tomaram

portanto para si mulheres entre todas que tinham sido


escolhidas.
Entã o Iahvé disse: “Meu espírito nã o ficará para sempre no
homem,
pois ele ainda é carne. Seus dias serã o de cento e vinte anos”.
Naquele tempo havia gigantes sobre a terra, e também depois:
quando os filhos de Elohim1 se uniram à s filhas dos homens e
estas
lhes davam filhos, estes eram os heró is que foram outrora
homens
de renome2.
Gênesis 6:1-4

Travou-se entã o um grande combate no céu: Miguel e os seus


anjos
combateram contra o dragã o. E o dragã o combatia também
apoiado
pelos seus anjos, mas estes foram vencidos e foram expulsos do
céu.

Apocalipse 12:7-8

1 Mota Rios apresenta versõ es distintas para o significado da expressão “filhos de Deus”: “Emanuel Araú jo
observa que os cristãos do século 4 e 5 (entre eles João Crisó stomo e Agostinho) quiseram entender que,
ao dizer “filhos de Deus”, o texto fazia referência aos descendentes de Set, enquanto que as “filhas dos
homens” eram descendentes de Caim. Contudo, nos séculos 2 e 3 (Justino, Irineu e Clemente, entre outros)

predominou a idéia de que tais filhos de Deus eram anjos. (ARAÚ JO, 1995, p. 132---133) Essa foi a posição
de Fílon. E não poderia ser diferente, uma vez que a Septuaginta apresenta “anjos de Deus”, angeloi tou
theou, como tradução para bene ha’elohim, que realmente significa “filhos de Deus”. O pró prio Araú jo,
contudo, reconhece que o grupo que entende tratar---se de anjos estava certo, por ser a ú nica alternativa
razoável.” ( MOTA RIOS, Cesar. Tratado Sobre os gigantes, de Fílon de Alexandria: apresentação, tradução,

notas. Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 2, n. 2, mar. 2008.
ISSN: 1982---3053).

2 Tradução de DHORME, É douard 1956. Tradução e notas do Gênese em La Bible: l’Ancien Testament. 2
vols. Paris: Gallimard (Bibliothèque de la Pleiade), vol. 1.
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Ressalvadas as diferenciaçõ es culturais, as narrativas acima
(pertencentes ao contexto judaico-cristã o) apresentam semelhanças
notá veis com mitos de outros povos, como se pode ver na Ilíada de
Homero
e na Teogonia de Hesíodo e mesmo nas tradiçõ es nativas brasileiras e
ameríndias.
Ambas as obras sã o representativas tanto para a compreensã o dos
conceitos de nobreza e de heró i (ambos descendentes diretos dos
Deuses,
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híbridos de sangue metade divino metade humano), bem como, para a


relaçã o misteriosa entre os Deuses Intemporais e os homens
Temporais,
mormente no que tange à repetiçã o de modelos paradigmá ticos
“ajustando
o comportamento dos homens ao critério divino, num “aparente”
contrasenso, uma vez que o Intemporal não se ajusta nem se relaciona
com
o Temporal. Quanto à isso, nã o casualmente, em Homero a prerrogativa
da excelência3 (aretê) pertence ao sangue divino dos aristocratas, e em
que pese essa qualidade, por genética superior divina, fica como que
adormecida na criança desabrochando através da educaçã o e se
realizando
plenamente no heró i.
Muito embora a mitologia grega nã o seja criacionista, os Deuses
Olímpicos são uma espécie de “criadores” no sentido de que na
duplicidade
de seus atributos “geram”, “transmitem”, “exigem”, à “criação” (os
homens)
uma espécie de personificação e semelhança com a “autoridade
gerativa”
dos Deuses no Olimpo. Os homens devem e prestam obediência aos
Deuses e estes interferem continuamente em suas vidas. Nesse
sentido, os
homens sã o hierarquicamente afeitos à paternidade suprema do
Olimpo.
Tempos depois, já na Grécia clá ssica, opera-se uma ruptura entre os
Deuses
(Intemporal) e os homens (Temporal), onde os ú ltimos assumem para
si
a direçã o de seus destinos, levando os Deuses ao ocaso do
esquecimento,
ocorrência similar à mítica castraçã o de Urano, a deposiçã o de Cronos,
e a
divisã o do mundo por Zeus, Hades e Poseidon.
Quanto à memó ria do sangue divino a validar os Direitos Divinos
da nobreza, uma sutil mudança se operará através dos séculos, mas, os
livros de linhagem manterã o sempre a íntima e estreita ligaçã o dos
humanos com seus antepassados Divinos, restando ao homem comum
a imutá vel vontade de unir-se aos Céus Estrelados.
A Astrologia, ao alienar essas passagens Intemporal-Temporal
acomoda uma visã o teó rico-conceitual anô mala dos Astros e seus
símbolos
sem atentar aos seus fundamentos profundos, uma vez que as
qualidades
planetá rias consubstanciadas ou detectáveis pela Astrologia que
“influem”
nos seres humanos retiram suas raízes da relação existente entre o
3 A palavra areté tem sido traduzida como virtude em praticamente todas as línguas ocidentais: virtue,
virtù, etc... A despeito desse uso universal e consagrado é inevitável que a palavra virtude apareça
carregada de significados e conceitos cristãos que, claramente, não poderiam ser aplicados ao contexto
dos gregos antigos. Desse modo, fazer a tradução da palavra areté por excelência, ou seja, o ponto máximo
de aperfeiçoamento que um determinado ser pode alcançar, revela muito mais o pensamento grego que a
palavra virtude, cujo peso teoló gico é inevitável.
Segundo o Dictionaire Grec-Français , a palavra areté significa mérito ou qualidade pela qual alguém se
destaca. Dessa maneira, ela pode ser aplicada às mais diferentes esferas da vida humana . Pode significar
uma qualidade do corpo, tal como força ou agilidade (Ilíada, canto XX, verso 411), beleza, saú de (Platão,
Górgias, 479b; Político, 353b; Aristó teles, Retórica, 1 , 3), ou pode ser uma qualidade da inteligência ou da
alma (Platão,Protágoras,322d). Pode adquirir o sentido de consideração ou honra (Tucídides, História da
Guerra do Peloponeso, I, 33), ou pode ser vista como o mérito do artesão, ou ainda do homem de Estado.
No sentido moral, areté significa nobres açõ es em Platão (República, 618b).
Ela tem a mesma origem da palavra áristos, pois ambas compartilham o prefixo aumentativo ari-. Por
seu lado, áristos é o superlativo de agathós (bom) e significa o excelente, o melhor, o mais bravo, o mais
nobre, etc...
Portanto, as duas palavras estão intrinsecamente ligadas, seja por sua origem, seja por seu significado:
ter areté, ser áristos, este é o objetivo do homem grego, desde os primó rdios da sua civilização, posto que
ambas aparecem nos mais antigos textos da cultura ocidental de que temos notícia: a Ilíada e a Odisséia.
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Intemporal e o Temporal. É preciso, pois, ler o que se apresenta por
detrá s do mito, subjacente à ele.

Os Mitos e as Constelações Zoodiacais


Os nomes e origens das constelaçõ es e dos planetas sã o,
consabidamente, retirados da mitologia grega, notadamente da
Teogonia de Hesíodo que narra o percurso dos Deuses Primordiais e
Olímpicos e sua passagem pela Terra e formando uma supra-
humanidade (criada depois de uma guerra celestial) afeita à uma
paternidade suprema.
A Teogonia4 de Hesíodo afirma que o atual conceito de criaçã o
elementar era patrimô nio dos corpos planetá rios pelo menos dos
que formam o atual Sistema Solar: Apolo é o Sol, ou antes, o elemento
humanizado pelo Sol, enquanto Diana é o elementar humano “criado”
pela
Lua (ambos antagô nicos e confluentes); Jú piter/Zeus é o Senhor do
Olimpo,
que divide e dirige o mundo (apó s uma guerra celestial) juntamente
com
Hades/Plutã o e Netuno; Ú rano é o Pai Supremo castrado por Cronos e
Gaia/Terra a Deusa Primordial que pare a si mesma e à seu filho-
consorte
Ú rano com o qual gera os Titã s e as Titâ nidas, donde derivam os
Deuses
Olímpicos, criadores dos humanos.

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Fig. 1. Á rvore Genealó gica dos Deuses Gregos.

4 HESÍODO - Teogonia, tradução de Jaa Torrano, São Paulo: Iluminuras, 2001.


A mesma histó ria se repete em inú meros outros mitos, com os
Deuses
assumindo outros nomes, mas, guardando o significante fundamental
de
uma ruptura (có smica) anormal, que dá origem à uma simbiosis
imitativa,
até a uma síntese de aparência heroica, mas, condenada à um fatal.
A leitura atenta do mito esclarece que de um Grande Meio Eterno e

Inabalá vel, uma interferência estabelece o confuso, disassociando a


vida à
uma orgâ nica rupturada ou castrada, do contínuo ao nã o contínuo,
ligando
uma Trindade de Forças a uma Unidade que a ré-composiçã o encontra
oposiçã o. Porém, prevalece a ideia de ressurreiçã o, ideia esta
duplicada
uma pelos herdeiros do sangue (da castraçã o), outra, pelo poder da
interferência a este mesmo sangue. Portanto, duas ré-tomadas de
Poder:
uma pela Força do Poder e outra, pelo Poder da Força.
Quanto ao símbolo do sangue é ele sobretudo o prognó stico de
nova
dualidade: 1) o da criaçã o e seus atributos à obra da reencarnaçã o
(Cronos
devorando e vomitando seus filhos); 2) do Tributo do sangue ( o dos
“castrados”) paralelo à um contínuo (interferido) eterno e inabalável. A
memó ria ancestral e o pré-consciente desconjugados à sua origem
historial
obscura.
Fig. 2- Organograma das Uniõ es Divinas e Terrenas de Zeus e seus
Filhos
(Deuses e Heró is/Híbridos).
98 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
A Árvore da Vida
Há uma constante nas narrativas míticas, a idéia que de um Grande
Caos abismal, que nã o traz nome ou origem conhecida, “emana” uma
força imponderável que traz a luz e a vida, habitação da imortalidade:

Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também Terra de amplo


seio, de todos, sede irresvalá vel sempre, dos imortais que têm a
cabeça do Olimpo nevado.
HESÍODO, Teogonia, versos 116-118

Nesta “apariçã o” do Caos, há algo de transparente, pois, tira-se da


Divina Escuridã o uma luz escondida, agente da conversã o do Verbo
em comunhã o material na execuçã o do sangue provedor da vida. Da
profundidade das Alturas cria-se um organograma de superfície. Em
ampliada acepçã o aplica-se a regra que interpreta a imagem tanto do
Caos,
quanto da Escuridã o, como um estado de anterioridade, onde o
passado
significa quase sempre algo dotado de um estado primitivo, des-
ordenado,
portanto, fadado a ir progressivamente se adensando, ou evoluindo aos

poucos dentro da sua açã o ordenativa, mas, atente-se, a ordenaçã o não


pertence ao mundo dos Deuses e sim ao mundo Temporal.
Pode-se dizer que o homem nasce com uma “intuiçã o” voltada para
o Alto. Seja no meio mais suposto como “incivilizado” ele determinará
alguma coisa animada ou inanimada a quem vai adorar e chamar de
Deus.
Nã o querendo recorrer-me de sutilezas, o ser bípede nasce sobre o
có digo
da “idolatria” pelo Alto. Provavelmente nos chamados seres irracionais
ou animais menores talvez existam “temores” na mesma direçã o visto o
comportamento ritualista que assumem à época do acasalamento e a
tá cita
constatação de um “controle” a época das migraçõ es e no ritmo geral as
diferentes espécies, algumas das quais de excepcional precisã o.
As diferentes culturas dos povos deixaram registros escritos ou
verbais da percepção da ocorrência desse “fenô meno”. No que tange a
tradiçã o judaica-cristã e grega tais ocorrências sã o narradas de modos
distintos. A primeira, apó s guerras sucessivas entre suas tribos e a
unificaçã o do Reino de Israel, tornou-se monoteísta, sepultando as
antigas
tradiçõ es matriarcais de Baal. A segunda, herdou da civilizaçã o
minó ica e
indo-européia suas raízes pagã s. Seja no monoteísmo, seja no
paganismo

99 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


veremos que uma forma de Realidade Suprema se encontra presente
como fundamento da matéria e da vida. Em outras palavras, há uma
ú nica raiz que chamamos de Alto.
A concepçã o semita ou ariana do Alto difere na escrita, mas,
comunga
na imagem. Tanto uma quanto outra, ao descrever a forma como o
mundo
e os seres vieram à existência recorrem a imagem de uma Á rvore.
A arquitetura da Á rvore da Vida na tradiçã o cabalística: sai de Ain
(uma espécie de Absoluto primordial, de Caos grego) Ain Soph e deste
emana Ain Soph Aur que se derrama no primeiro dos 10 Sephirots,
Kheter,
até chegar ao ú ltimo dos sefiras, Malkut, o Reino, de onde tudo retorna
para
o início. A Á rvore da Vida é dividida em duas faces, a superior e a
inferior.
Segundo os cabalistas, o mundo foi criado por 32 vias que incluem
as 22 letras do alfabeto hebreu e os 10 Sephirots ou Moradas que sã o
os atributos do Nome Divino. Entre os sefirots estabelecem-se 22
ligaçõ es que correspondem as 22 letras do alfabeto. Aos textos de
literatura cabalística soma-se uma iconografia simbó lica de difícil
interpretaçã o.
Pode-se traçar uma analogia entre a imagem da Á rvore da Vida
judaica
e a geração dos Deuses Olímpicos narrado por Hesíodo na Teogonia. A
narrativa do poeta apresenta a genealogia divina como uma estrutura
arborescente, onde se identifica claramente uma raiz, uma matriz, um
ú nico tronco, ramos principais e secundá rios da á rvore, copa e frutos.
Essa á rvore “cresce” da imensidã o abismal das trevas em direção à luz
da criação. Todas as suas partes estã o unidas entre si por uma “seiva”
intemporal, o “sangue dos deuses”, que se origina do abismo profundo
(Caos) dirigindo-se para o Alto (Gaia, seus irmã os e os Olímpicos) para,
por
fim, verter-se no baixo (a criaçã o e o mundo dos homens). A imagem
da
Á rvore, rigorosamente orientada segundo um eixo vertical do Alto para
o
Baixo, aproxima a vegetação e a astronomia.
Jean-Pierre Vernant5 menciona a existência de um sistema
quá druplo
de codificaçã o social - o có digo botâ nico, zooló gico, alimentar e
astronô mico
-, complexo e diferenciado, característico de uma cultura definida. Tal
có digo funda-se sobre séries combinadas de oposiçõ es: alto-baixo,
terracéu, ú mido-seco, imortal-mortal, etc:
Considerado na íntegra, tal sistema aparece carregado de uma
significaçã o fundamentalmente social: exprime a maneira pela
qual um grupo humano, em condiçõ es histó ricas determinadas,
apreende-se a si mesmo, define sua condiçã o de existência e
situase em relaçã o à natureza e ao sobrenatural.
5 VERNANT, Jean-Pierre - Mito e Sociedade na Grécia Antiga; José Olympio Editora, 1999, p.125-126
100 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
Antó nio Telmo6 fará um Louvor da Matéria, invocando a imagem
arquetípica da Á rvore:

1. [...] A matéria do mundo é a madeira.


2. A madeira é o que cresce indefinidamente, é o princípio da
multiplicaçã o sem divisã o.
3. As á rvores crescem em direcçã o ao Sol, mas quanto mais se
aproximam da luz mais fundo mergulham as raízes na terra.
4. Alimenta-se de luz a á rvore do mundo, como as pobres e belas
á rvores dos nossos campos.
5. A matéria é a á rvore sephiró tica.
6. Há corpos sem matéria de tã o densos que sã o.
7. Todos os pontos da totalidade infinita estã o unidos entre si
por uma á rvore invisível.
8. Esta á rvore nã o cresce de baixo para cima, mas do alto para o
abismo. Compete ao homem justo inverter em si a corrente que
vem das alturas, concitando as vozes mais fundas do abismo a
um
câ ntico de louvor.
9. Eu sou o fruto da á rvore; serei a semente que apodrecerá nas
á guas inferiores ou que germinará nas á guas superiores, criando

um novo futuro.
10.[...] Em grego, matéria diz-se úlê, palavra que corresponde a
silva no latim. Em português, matéria é madeira, que se arranca
das florestas.
11. Se quando falamos em matéria pensá ssemos em madeira, 101 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
nã o
diríamos tantos disparates sobre o que ela é, sobre o que sã o as
suas relaçõ es com o espírito. Aristó teles e Platã o e os outros
gregos
pensaram a matéria através de uma palavra que tinha como
sentido
imediato madeira ou floresta. Foi uma grande vantagem.
12. Há ainda outra conotaçã o, matéria e mater, matéria e mã e.
13. As raízes e as matrizes.
14. [...] Um ensinamento maçô nico: “O Grande Arquiteto do
Universo edificou o Templo do Mundo sobre a madeira.”

6 TELMO, Antó nio - Filosofia e Kabbalah; Guimarães Editores, 1989.


15. Por isso a arte da carpintaria, que parece auxiliar a
maçonaria, é-lhe anterior.
16. [...] Daqui tudo deriva e cresce conhecendo o Abismo.

17. [...] A suprema arte do carpinteiro trabalha com a matéria do


mundo e os aprendizes têm de transformar-se em pá ssaros para
nã o sentirem vertigem sobre os altos andaimes.

18. Em tiferet, no centro dos centros, já nã o há o perigo de cair,


porque o baixo é o alto e o alto é o baixo. O Sol nã o cai, imó vel
no
centro do seu sistema. Pois, para que lado se há de cair, se já nã o

há lado?
19. O ser em si dos filó sofos, o ser que em si tem o seu princípio,
é como um pá ssaro que voa de ramo em ramo, sustentado, nã o
pelas asas, mas pelo que move as asas.

20. O ser em si, livre por nã o ter o seu princípio noutro ser, é,
mais do que o pá ssaro, o vô o.

21. [...] De keter a malcuth, pela linha vertical, a idéia é um


relâ mpago, onde o pá ssaro é o vô o e o voo o pá ssaro.
22. [...] A vertigem é a sensaçã o do vó rtice que anima o mundo.
Sem se estar no centro de esse vó rtice. A sensaçã o periférica.

23. E até lá ? O pavor da queda e a seduçã o dela.”

Hesíodo, ao traçar por toda a Teogonia uma origem do mundo e


uma
genealogia dos Deuses Intemporais cuja genética é transplantada para
seletos mortais, levando-os à construçã o de uma cultura voltada para o
Alto,
não estaria por acaso a descrever, a imagem de uma Á rvore da Vida?
Se a
imortalidade e a atemporalidade era transplantada para “outra
dimensão”;
se a vida, na matéria do lado de cá , é a habitaçã o da imortalidade, e
apesar
dos abismos có smicos permanece ligada à s Origens pelas analogias e
semelhanças, mas limitada ao novo tempo de baixo, linear e ruturado;
se a
genética dos Deuses Olímpicos se encapsula do DNA mortal formando
com
isso uma supra-humanidade - os heró is e os nobres; se os gregos,
através
de rituais cíclicos, ajustam seu espaço-tempo ao espaço-tempo das
Origens;
se os gregos pela hierogamia procuram unir indissoluvelmente aos Céus
Estrelados; se os Deuses interferem continuamente na vida humana
lhes
traçando có digos comportamentais e éticos, acaso nã o vemos em todas
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essas manifestaçõ es do Alto e do Baixo o princípio da multiplicaçã o
sem
divisã o, a matéria do mundo? Nã o vemos um ú nico corpo sem matéria,
ou
antes, dotado de matéria “escura”, que de tão grande torna-se invisível
aos
olhos? O que sã o os filhos dos Deuses com outros Deuses ou com
mortais
senã o os ramos da Á rvore que crescem do Alto em direçã o ao Abismo
do
antes da criaçã o? Do Caos tudo deriva e cresce, conhecendo o Abismo.
A
Á rvore de Hesíodo tem muitos ramos, mas um ú nico tronco. Nã o seria
Prometeu ou Dioniso ou Hefestos Deuses-Pá ssaros, precipitados no
mundo
dos homens? Nã o tem os Deuses vertigem das alturas, e talvez por isso,

alguns deles quiseram aos homens como anjos, e pagaram alto preço
por
seu amor. Os que nã o quiseram aos homens como pá ssaros ao menos
tentam ensiná -los nã o ter medo das alturas, como explicita a Bíblia.
Os Deuses não se precipitam em quedas voluntá rias, no entanto
seduzem-se pela matéria e, sem vertigens, descem ao mundo dos
homens para comungar deles e com eles.

A Hostilidade de Sangue
Em paisagismo a poda das á rvores dá -se apó s a primavera com o
claro
fim de retirar os ramos velhos que terã o dificuldades de florescer. Com
a
poda, a seiva corre com mais vigor, nutrindo igualmente a planta no
seu
todo, ou seja, das raízes até as folhas. Esta técnica visa a manutençã o
tanto
da saú de, quanto da longevidade, quanto da funçã o da planta.
A poda é sempre um ato exterior à planta, executada por um há bil
jardineiro. Para os japoneses isto constitui uma espécie de Arte, e o
culto
supremo da mesma consiste no cultivo do bonsai, uma á rvore adulta
em
miniatura magnificamente viva. Mas, há algo intrigante no cultivo do
bonsai. A expressã o de sua vida é artificializada ou controlada por um
agente externo que interfere em tudo que concerne ao mundo da
planta.
Na exata medida da dificuldade que essa gestã o traz para manter a vida
da
planta está a fama devida ao bonsai e seu jardineiro secreto.
Cabe ressaltar que o Paraíso Bíblico é um Jardim habitado por
vá rias
espécies de plantas e animais. També m os Deuses Olímpicos têm o seu
Paraíso particular, donde retiram suas delícias, o Jardim das Hespérides.
O
homem habita solitá rio o primeiro, mas, no segundo, não pode
penetrar.
A tradiçã o cristã apresenta Deus como o Divino Oleiro moldando o
barro.
Mas, também nã o teria ele a imagem de Jardineiro Celestial, tendo em
vista que o Paraíso Primordial, enquanto existência, antecede a criaçã o

103 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


do homem? E quem cuidaria das espécies do Jardim do É den senã o o
Supremo Jardineiro? Os Deuses gregos sã o avessos a qualquer forma
de
trabalho. As exceçõ es sã o Prometeu, Hefestos e os Ciclopes, todos,
há beis
forjadores do fogo. Muito embora os Deuses nã o sejam amigos do
obrar,
suas histó rias exploram fartamente a vegetaçã o, as forças da natureza,
o
contato com os animais, o vigor da juventude, as á guas, os ventos, os
rios,
enfim, as imagens descrevem um mundo maravilhosamente
desconhecido
aos mortais, mas, desconcertantemente “agrícola”, “pastoril”, no sentido
de
natural de contato pró ximo com a natureza do Alto. De alguma forma,
a
descriçã o desses Deuses remete também á imagem de Jardineiros, que
se
não cultivam o seu pró prio jardim, ao menos habitam dentro dele.
De modo fantá stico, Hesíodo apresenta a arquitetura de uma
Á rvore
e Gaia vem a ser também um tipo de Jardineira que inicia a poda de seu
pró prio ramo ao insuflar em Cronos a idéia da castraçã o de seu pai:

Filhos meus e do pai estó lido, se quiserdes ter-me fé, puniremos


o
maligno ultraje de vosso pai, pois ele tramou antes obras
indignas.
Teogonia, versos 164-166

Como um autêntico mestre do bonsai, Gaia urde podas contínuas,


interferindo nas geraçõ es que lhe sucedem:

Pois soube da Terra e do Céu constelado que lhe era destino por
um
filho ser submetido apesar de poderoso, por desígnios do grande

Zeus. E nã o mantinha vigilâ ncia de cego, mas à espreita engolia


os
filhos.
Teogonia, versos 463-467

Em muitos outros episó dios do poema constata-se a mesma


atuaçã o interferente de Gaia e de Ú rano (já castrado e deposto):
Mas quando ia parir a Deusa de olhos glaucos Atena, ele enganou

suas entranhas com ardil, com palavras sedutoras, e engoliu-a


ventre abaixo, por conselhos da Terra e do Céu constelado.
Teogonia, versos 888-891.

Como resultado (?) desta contínua interferência cria-se uma

hostilidade de sangue e geraçõ es transgressoras. Deflagra-se uma


guerra
104 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
dos reinos, onde as crenças do mundo novo (Zeus) lutam contra as
crenças
do mundo antigo (Uranos). A cada geraçã o vemos uma “cena Bíblica”:
a
casa do Filho ousou à casa do Pai pela posse da casa do Espírito Santo, que
seria o seio do eterno e inabalável apoio a todas as outras casas. A guerra
dos reinos inicia-se pela pretensão de “ascender” ou de “manter inviolado” o
espaço sagrado da Grande Mãe Gaia que delimitava o ilimitado da matéria?
Uma interferência tã o sistemá tica e contínua denota um há bil
planejamento e a manutençã o de um Poder ainda bastante respeitá vel
e influente o suficiente ao ponto de mudar o curso dos acontecimentos.
Isso faz de Gaia e da Á rvore da Vida grega um personagem no mínimo
enigmá tico. A Deusa-Mã e dos Deuses Olímpicos por motivos não
revelados
em Hesíodo, mantém-se soberana mesmo apó s a castraçã o de seu filho-
consorte Uranos.

As Leis Atávicas do Estado de Guerra


Pode-se extrair alguma liçã o dos eventos acontecidos no início dos
tempos narrado na Teogonia? A considerar verdadeira a afirmação de
Hesíodo (Teogonia) de que o Céu/Ú ranos fecunda a Terra/Gaia, e de que

os homens repetem o modelo paradigmá tico dos Deuses, no que tange


à hostilidade de sangue bem vemos que parecem existir leis atá vicas
que perpetuam antagonismos e conflitos no plano da histó ria só cio-
cultural humana. Habita o atavismo de uma prá tica bélica que adentra
o
terreno da razã o, da emoçã o e dos comportamentos. O novo nã o
coexiste
pacificamente com o antigo. Há sempre uma dualidade opositora em
quase
tudo que o homem toca ou cria.
Por outro lado, nã o se entende as raízes desse estado bélico na
genética social. E para não ser considerados marginais ao contexto, o
homem se acomoda em explicaçõ es pouco lú cidas. Desde que as
mesmas
nã o lhes tragam sofrimento sã o por sintetizadas para dar continuidade
a esse vago existir do nada para lugar nenhum. Os chamados
problemas
sociais que vã o da criminalidade ao quase desvinculamento à
sociedade
humana, tornam-se teses de soció logos, exortaçõ es de teó logos,
bancadas
de políticos, divagaçõ es de filó sofos, sem um indagaçã o íntima acima
do
pró prio problema, que justifique o porque das diferenciaçõ es
milenares
que sempre conduziram os povos a razõ es divididas até as ú ltimas
conseqü ências, sem notarem que provavelmente tais diferenciaçõ es
nã o
repousam na opiniã o, mas, na pró pria Origem da humanidade. As leis

105 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


atá vicas sã o herança sanguínea do imemorial, vem escrito no pró prio
Ser o
delírio de uma conquista divisioná ria que faz com que o “estado de
guerra”
se localize em tudo, do dia-a-dia labutado ou deleitoso à s conflagraçõ es

destruidoras. Até no suposto aprazível, como o amor, há guerra. Na


insegurança de sua conservaçã o, a proposta voracidade alheia.
Curiosamente, o chamado ser criativo só aparece em determinadas
épocas, exatamente notá veis pelo evento, ou em nú mero diminuto e
consequentemente registrá vel e cujo coeficiente de inteligência possui
um
registro mais alto. Assim, podemos concluir que uma massa
considerá vel
da humanidade é repetitiva, insere a uma natureza circundante rítmica
e monotonizada a Leis invariá veis. Ao mesmo tempo, assalta-nos à
idéia
inquietante o aparente prestígio das civilizaçõ es passadas e o
acréscimo
da literatura do insó lito a apontar caminhos difusos e pouco
constatados.
Tudo isso a mistura com nossos sentimentos religiosos ou intelectuais
a
nos proibirem especulaçõ es mais profundas, alicerçados que somos as
opiniõ es de cará ter vá lido das eminências de gênio que nos ministram
cultura e compreensã o. Limitamo-nos a pensar em nosso cotidiano e
deixamos a quem de direito o destino das idéias, dos ideais e das
causas.
O que é o mito que Hesíodo narra? É uma resposta fá cil afirmar
que
a mitologia é a corporificaçã o dos deuses como narrativa histó rica de
sua passagem pela Terra criando a formaçã o de uma supra-
humanidade,
herdeira divina abandonada á sua pró pria sorte, pois, ou o Deus cristã o

“descansa” apó s o sétimo dia da criaçã o ou os Deuses Olímpicos caem


no esquecimento dos homens e, repetindo a tragédia da castraçã o de
Ú ranos, sã o depostos pelos filhos que ousaram se apoderar da casa do
Pai.
Mnemó sine, talvez se antecipando ao futuro trá gico reservou as Musas
aos
homens, para que quando esses tempos de escuridã o chegassem, os
filhos
de Prometeu acorrentado, tivesse condiçõ es de saber ler nos registros
ancestrais os acontecimentos notá veis que lhes deu origem, e quem
sabe, pudesse o homem se desacorrentar dessa herança atá vica e parar

de querer como ateniensese e se movimentar como espartano. Como


conciliar a herança dos Deuses Olímpicos sem sucumbir á ela? Como
parar
de repetir a castraçã o imposta à Ú ranos?
A considerar que as Profecias estã o certas e claras ao apontar um
Novo Céu e uma Nova Terra, porque o Primeiro Céu e a Primeira Terra
já terã o passado, quem sabe nesse Novo Nundo o Antigo coexista com o

Novo de forma totalmente inusitada. Subsistem os registros incertos e


fragmentá rios dos relatos das Origens. O passado está escrito. No
entanto,
até o momento, nenhum poeta ou profeta ou avatar ou Deus foi louco o
106 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
suficiente para deixar registrado como, quando e onde será e se dará a
Nova Alvorada. Talvez as Moiras queiram que desta vez assuma o
homem
o controle do mundo de Baixo e dando continuidade à Grande Obra
dos
Deuses.

Simetria da reflexão no tempo


Einstein lançou a hipó tese de que qualquer situaçã o física é
reversível
no tempo. Esta, por sua vez, foi reconhecida vá lida pelas interaçõ es
nucleares fortes e interaçõ es eletromagnéticas. No entanto, subsistem
dú vidas quanto à s interaçõ es nucleares fracas. De acordo com esse
princípio, se pudéssemos inverter o tempo, isto é, faze-lo decorrer em
sentido inverso, a reflexã o no tempo de uma situaçã o física particular
corresponderia a que normalmente poderia ser observada refletindo a
situaçã o em um espelho espacial, com a diferença que todas as
partículas
teriam sido substituídas pelas anti-partículas correspondentes.
A hipó tese da simetria da reflexã o no tempo de Einstein parece, de
certo modo, aná loga ao pensamento judaico-cristã o que afirma ser o
homem uma imagem na semelhança de Deus. De igual modo, pensam
os gregos com sua mitologia que relaciona continuamente o Intemporal

com o Temporal, o mundo dos Deuses com o mundo dos homens. Dois
mundos distintos e invertidos, por princípio e natureza, que se
relacionam
continuamente. Um, eterno, imortal, caó tico, sem lei nem ordem nem
costumes seculares; outro, temporal, mortal, ordenado, com lei e
ordem e
costumes que se secularizam nos anos.
A hipó tese da simetria da reflexã o no tempo de Einstein, caso
possa
ser “aplicada” à mitologia do mundo grego, acaso não demonstraria que,

além da possibilidade da ocorrência da rotaçã o do Intemporal em


direçã o
ao Temporal, as anti-partículas correspondentes (os homens e o
mundo
criado) passam a ter a sua pró pria imagem como reflexo e semelhança
abandonando no “passado paralelo” a imagem dos Deuses e
inaugurando
uma nova ordem só cio-temporal humana, uma nova imagem que tem o
homem como centro visível da vida e da ordem? A consequência,
segundo
esse raciocínio matemá tico, é que a nova imagem formada ( a das anti-
partículas/dos homens ) tem-se como o real. O que antes da rotaçã o
era
o real - por geratriz de origem- passa a ser o outro real, antes, figura
agora ou como o real paralelo ou o irreal ou o ilusó rio/mítico, só
acessível

107 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


àqueles que nele “acreditam”. Além da rotaçã o do Intemporal em
direçã o
ao Temporal os gregos parecem se referir a um tipo de estabilizaçã o da
rotaçã o, uma vez que o eixo deslocado dos Céus/Deuses para a Terra/
homens pá ra na Terra, no mundo dos homens. E desde entã o, nã o há
sinais
de um novo deslocamento em sentido inverso. Ao contrá rio, qualquer
possibilidade de deslocamento rumo aos Céus assume aspectos
negativos,
e quando nã o muito, proibidos, tornando-se tentativas desesperadas
pró prias dos loucos. Curiosa inversã o essa que levou a um quase total
repú dio por tudo aquilo que remete ao passado Celestial da
humanidade e
sua origem. A razã o desse repú dio?
Concluindo, a luz proveniente agora da anti-partícula passa através

de si mesma e se reflete a si mesma, tem-se como alvo e fim e começo.


É
um outro tipo de tempo cíclico puramente material? A teoria da ó tica
diz
que forma-se uma imagem real quando a luz proveniente do objeto
passa
através da lente e converge efetivamente até formar uma imagem que
pode
ser recebida num alvo; doutro lado, forma-se uma imagem virtual
quando
os raios ao deixarem a lente, divergem, pelo que obviamente não
podem
ser recebidas num alvo (sem outra lente ).
Acaso, nã o será esse o caso humano, que se recusa olhar com
frontalidade
corajosa para seu pró prio passado e origem? No entanto, também pela
teoria
da ó tica parece haver uma saída. Assim como o olho humano, o ser
humano,
que configura uma espécie de lente (pois, segundo os relatos da Tradiçã o
é imagem na semelhança), pode algumas vezes focá -la e por isso, receber
imagens virtuais ou ilusó rias. Como se ajusta a lente e o foco?

Império Supremo
O Verbo da Beleza Thipereth (o Pégasus posterior) ligado à
Andrômeda ( a Senhora das Correntes) Yesod do Casamento Celeste na
Via Láctea ( Caminho do Aleitamento), formam a inversã o dos
triâ ngulos.
O Cisne (metamó rfico) Cassiopéia (a Senhora da Cadeira) e Perseus
(a traduçã o do Amor) velam a forma das Cárites (as que sã o cheias das
Graças do Amor fecundante, alegria dos Deuses ilustres, belos e
prudentes)
em Capela na sabedoria de Serpens e equilíbrio de Balança traço da casa
de Drago (transmutante) ao Centro Polarisador (Polaris) que “alonga o
pescoço” (Girafa) até Órion em Betelgeuse ( a Casa da Luz) a Belatrix ( a
Matriz do Coração).
108 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
Hércules (os fortes Deuses) guarda a Coroa Boreal ( os Bó reos, “os
Deuses Felizes) entre Ofiucus e Serpens e a Arca das Ursas enquanto ao
Velo
do Cão os cabelos de Berenice ocultam o leito da Virgem e os dois Leões e
o Lince cercam em “visita” os Gêmeos de Órion sob a Estrela do Presepe
(Presépio) em Câncer.

O Império dos Céus


O Império é 18 (17 + 1; 9 + 9 = Universo Criador).
As Ursas invertidas em harmonia na casa de Draco (Sabedoria) tem
a vigília de Canes Venatici e os olhos do Lince. São quaternárias no
corpo
e ternárias nas extremidades (bi-polarisadas em força). É o Templo da
Colméia e das Obreiras.
Órion é o Gigante regulador (Régulus em Leo Maior) onde em Auriga/

Capela unifica o quaterná rio e o manifesta (Deuses e os diferentes


atributos
das Deusas).
“Conversão da unidade total da matéria na experiência da vida
Divina”. Órion traz Bellatrix ( a Beatriz de Dante...) no coraçã o.
... Um (1) só Império em Três (3) Reinos; 1 Forma em 2 Forças; 1
só Forma de Sabedoria em 2 Identidades Gêmeas...
Também tem à vigília Canis Major com Monocerus (o Unicórnio) aos
flancos - é o centro como a Ursa Menor é pó lo ( e também centro) em
Polaris ( a estela do “Norte”) - Órion em Alnilam no Anti-Universo
Criador.

O Império dos Mundos


A Ursa Minor centro polarizador (o pó len) do Universo Criador
( Norte
X Sul na inversã o) na Casa de Draco (Dragã o - Sabedoria Alquímica) foi
a
causa da guerra dos “Gigantes” Hércules X Orfeu, pela posse da Sabedoria
(Serpens) revelação da obra em Corona Borealis (7 estrelas em círculo/
4 externas = Ternário e quaternário = 7). O Triângulo de Andrômeda
acorrentado em Áries (Hamal estr.) e o quaternário a Pégasus - onde
Scheat pode ser Schechima ( “Matrona”) e Markab, Malchuth... Apesar da

salvaguarda de Monocerus ( o Unicórnio) pela vigilância de Canis Major e


a
resistência de Órion sob o olhar de Aldebaran ( o olho do Touro). A
forma
(Taurus) fugitiva (Lepus) escapa pelo Eridanus - Álcion ( o “marinheiro
pescador”) leva as Plêiades.

109 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


Cetus ( o monstro do “mar”) abre-se para Sculptor ( a Loja do novo
escultor) que sobre a Phoenix Criadora que ao lado de Horologian (o
Relógio) marca o ú ltimo “tempo” de Columba ( a Pomba) no céu (caelum/
Dorado). A nave de Jasão (Argo) e seus “Peixes Voadores” (Volans) os
argonautas (Carina) navegadores (Vela) de Argos, sobre a égide de Pupis

( a estrela de Argos) e no rumo de Pictor ( o Compasso dos navegantes


de
Argos) levam Crater ( o Cálice) no Sextante da Hidra dividindo Mensa ( a
Mesa da Montanha) na mutaçã o do Camaleão. Peixes (os navegadores)
ruptura os universos na Trilogia do quaternário.
“O outro lado do espelho”. “A outra face”.
Aquárius rege ( a “pura água”) sobre Piscis Austrinus ( o “Peixe do
Sul”)
defendido por Capricórnius ( o Bode Sagrado ou a Cabra Sagrada).
O Grus (o Cisne) do “microcosmos”e Tucana guardam Indus (a Índia,
a primitiva - a primeira) na casa do Pavo (o Pavão) onde a estrela Alpha
Pavonis (a Pava Branca vê Sagitarius (o Arqueiro) misturar o Kaos Australis
em Kaos Borealis no meridiano 8 da “Lagoa de Nebula”, alí a Coronoa
Borealis é erguida sobre a Ara (4 em um só â ngulo que forma 2
triângulos) o ângulo da Alpha Arae ( a Ara Alva) entre o Triângulo Astral
regido por Apus ( a “Ave do Paraíso”) e Scorpius onde o TAU scorpii rege
Antares. Na Trilha da Abelha (Musca) Circinus ( o par de Compassos)
aponta para Norma (3 em 4) a nova geometria do exquadro. A Cruz
(Cruz) Bettacrucis e Gamacrucis cercada por Centaurus, Lupus ( o Lobo) e
Escorpius aguardam o fim da viagem da Hidra onde Corvus voejam Virgo
(Virgo) com Libra ( a Escala antes Balança) em Serpens.
Porém, Orficus continua ascendendo na linha de Serpens a casa de
Scutum até Áquila ( a Águia) e dia virá que a Indus liberta de Mar Australis
110 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

alcançará novamente o Phoenix pelo mesmo rio do Eridanus...

Loryel Rocha. Filósofo. Instituto Mukharajj Brasilan/Programa PACEM-UFRJ/CESDIES-Brasil,


Rio de Janeiro, Brasil

Ana Maria Dutra de Meneses de Carvalho. Poetisa, folclorista, historiadora, Rio de Janeiro,
Brasil.
APÊNDICE:
TEMPO EM QUE OS ANJOS ENSINARAM
SEGREDOS AOS HOMENS7

111 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

7 Nota do editor (N.E.): Ediçã o fac-simile de ARAÚ JO, EMANUEL. Tempo em que os anjos ensinaram segredos aos
homens, 1995. In: Textos de História: Revista da Pó s---Graduaçã o em Histó ria da UnB. v. 3, n. 1. UnB: Brasília, 1995.

Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/10066/1/ARTIGO_TempoAnjosEnsinaram.pdf.>


Acesso em: 17 jan. 2014.
112 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
113 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
114 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
115 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
116 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
117 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
118 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
119 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
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121 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
122 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
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125 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
126 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
Exopolitics: Discipline of
Choice for Public Policy Issues
Concerning Extraterrestrial Life
Michael E. Salla, PhD.

The existence of extraterrestrial life has long been a subject of


intense
speculation and fierce public debate. Speculation has focused on the
more
than 200 billion solar systems known to exist in the Milky Way, and
similar
figures for other galaxies, that might harbor advanced extraterrestrial
life.
This is exemplified in estimates of extraterrestrial life in the galaxy
provided
by Project OZMA participants (forerunner to Search for Extraterrestrial

Intelligence - SETI), who in a 1961 meeting agreed on the Drake


equation.
They came up with the initial figure of 10,000 technological
civilizations
scattered throughout the galaxy. [2] Such estimates have allowed
futurists
and science fiction authors to speculate on what such life would be like,

and how it may impact on human society at some future date. Scientific

speculation has taken the form of estimating the possibilities of


advanced
extraterrestrial life evolving in our galaxy, and the levels of scientific
advancement that these would have reached. The Russian Astronomer
Nikolai Kardashev, for example, speculated that advanced
extraterrestrial
civilizations could be distinguished by the quantity of energy they used.
This could occur at a planetary level (Type I), stellar level (Type II) or
galactic level (Type III). [3]
Public debate concerning extraterrestrial life has focused upon
extensive visual sightings, radar trackings and photographs of
Unidentified
Flying Objects (UFOs) that appear to be under intelligent control. Many

127 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


UFO sightings have been acknowledged by government officials as not
explainable in terms of known aircraft or natural phenomena, and have

even been reported to outperform the most advanced aircraft


possessed
by industrialized nations. For example, former Chairman of the Joint
Chiefs of Staff in the U.S., General Nathan Twining, made the following
declaration about the “flying disks” phenomenon in September 1947:
“The
phenomenon reported is something real and not visionary or
fictitious.” [4]
Such comments by similar senior military or government officials have
led
to the extraterrestrial hypothesis that UFOs are extraterrestrial in
origin,
as a possible explanation. [5] More recently, a growing number of
former
government, military and corporate officials have come forward to
disclose
direct experience of UFOs and extraterrestrial life, and of government
suppression of corroborating data. [6]
While speculation and debate continues around the subject of
extraterrestrial life and its relation to UFO sightings, there has been
growing controversy about how to approach the growing pool of data
available in the public domain, primarily through the internet. The data

comprises many thousands of accounts by both private individuals;


and
former corporate, military and government officials; who have made
available personal testimonies, photos, videos and
documentation
concerning extraterrestrial life. National governments have also
significantly contributed to the growing pool of open source data
available.
The U.S. government, for example, has made available many documents

through Freedom of Information Act requests that are now available on

the internet. Similarly, governments such as France and Britain in 2007

and 2008 placed thousands of UFO case files on the internet. [7]
One approach to the public database has been to focus primarily
on evidence concerning UFOs, and to subject this to rigorous scientific
analyses to determine its credibility. Another more recent approach
gaining
popularity has been to focus on the public policy implications of
evidence
concerning extraterrestrial life. These respective approaches are
generally
known as ‘UFOlogy’ and ‘exopolitics’. The supporters of each approach
advocate distinct methodologies for dealing with the data available in
the
public domain. In this paper, I contrast these two approaches to UFO-
related
data in terms of their suitability for comprehensively understanding
the
public policy implications of extraterrestrial life.
128 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
UFOlogy and Emphasizing Scientific Study of
Physical Evidence
The field of UFOlogy is generally accepted to have started with
sightings of what were initially called ‘flying saucers’ by Kenneth
Arnold
in June 1947. The frequency of flying saucer reports in the U.S. quickly
led to a classified study by the U.S. Air Force with the initial assistance
of
the Federal Bureau of Investigation in 1948. Documents have emerged
to
confirm that the Air Force commissioned technical specialists at its Air
Technical Division at Wright Patterson Air Force Base to conduct a
detailed
investigation. The resulting investigation of approximately 300 cases
produced a highly classified study called ‘The Estimate of the Situation’
in September 1948, whose initial conclusion reportedly supported the
extraterrestrial hypothesis. The Estimate and its remarkable
conclusion
was moved all the way up the Air Force hierarchy to the desk of the
Chief
of Staff, General Hoyt Vandenberg who, according to unconfirmed
reports,
rejected it and made clear that support for the extraterrestrial
hypothesis
was not an acceptable conclusion for reasons related to national
security.
[8] According to Captain Edward Ruppelt, who in 1952 set up and was
in charge of Project Blue Book, the official USAF investigation of the
UFO
phenomenon: “The general said it would cause a stampede....How could

we convince the public the aliens weren’t hostile when we didn’t know
ourselves? … the general ordered the secret analysis burned. But one
copy
was held out - Major Dewey Fournet and I saw it in 1952.” [9]
If accurate, Ruppelt’s statement suggests that the extraterrestrial
hypothesis was not a neutral scientific problem to be determined by
technical specialists, but an issue of utmost national security concerns.
Clearly, the public policy implications of extraterrestrial life, trumped
any
neutral scientific study of the phenomenon. It could not be assumed
that
the findings of any genuine investigation of UFOs would be released to
the general public. The subsequent official U.S. Air Force study of UFOs,
Project Blue Book, was dogged by criticisms by UFO researchers that
important evidence was being overlooked. The most well-known critic
was Major Donald Keyhoe who wrote a number of books concerning
‘flying
saucers’. [10] He eventually became the head of the National
Investigative
Committee for Aerial Phenomenon (NICAP) which was created in 1956
to initiate civilian investigations of UFO’s and to pressure the USAF to
conduct more thorough investigations. Keyhoe and NICAP employed
well-

129 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


credentialed scientists, engineers and former officials to build
impressive
database confirming the reality of UFOs and the support this gave to
the
extraterrestrial hypothesis. Regardless of Keyhoe’s and NICAP’s efforts,

USAF and official government attitudes were dismissive, and even


recommended debunking of UFO reports on national security grounds.
The 1953 CIA-sponsored Robertson Panel delivered a report, the
Durant Report, that recommended ridiculing the flying saucer
phenomenon
and the possibility of extraterrestrial life, for national security reasons.
The
Report stated:
The “debunking” aim would result in reduction in public interest in
“flying saucers” which today evokes a strong psychological reaction.
This
education could be accomplished by mass media such as television,
motion
pictures, and popular articles.… Such a program should tend to reduce
the
current gullibility of the public and consequently their susceptibility to
clever hostile propaganda. [11]
Subsequent debunking by government and military officials
culminated in Keyhoe and some UFO researchers concluding that a
government conspiracy existed to cover up information. Keyhoe’s 1955
book, The Flying Saucer Conspiracy, detailed the extent to which the
U.S. military was silencing personnel from revealing what they had
seen and withholding corroborating physical evidence. [12]
Other UFO researchers, in contrast, insisted that the government
had
merely “fouled up” its study of UFOs, and that no government
conspiracy
existed. The consensus between the two groups of UFO researchers
was
that more emphasis would be given to establishing the scientific merit
of
UFO evidence, to counter the debunking efforts of government officials
and
members of the public. Public policy implications of the data
confirming
the reality of UFOs and the likelihood of the extraterrestrial hypothesis
would be put off to some future date when evidence would be
sufficiently
overwhelming to remove all possible doubt.
As a field of study, UFOlogy therefore concentrated on scientific
analysis of physical data associated with UFOs, and minimized
speculation on the origins of UFOs and the extraterrestrial hypothesis.
This is best demonstrated in a famous definition by Dr Allen Hynek,
who defined the scientific study of UFOs as follows:
We can define the UFO simply as the reported perception of an
object
or light seen in the sky or upon the land the appearance, trajectory, and

general dynamic and luminescent behavior of which do not suggest a


logical, conventional explanation and which is not only mystifying to
the
130 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
original percipients but remains unidentified after close scrutiny of all
available evidence by persons who are technically capable of making a
common sense identification, if one is possible. [13]
Leading UFOlogists such as Dr Hynek were not receptive to the
idea
that government entities were systematically tampering with evidence
and intimidating individuals into silence. Any government ‘cover-up’
was
limited to maintaining silence on evidence confirming UFO’s, and not
admitting to blunders in official studies of UFO’s. Thus the government
‘cover-up’ or ‘foul-up’, according to UFOlogists, could be overcome by
more
detailed scientific studies.
The view that a ‘hard’ cover-up existed in terms of systematic
evidence
tampering and intimidating witnesses by draconian security measures
was
dismissed. The idea of a ‘hard cover-up’ would seriously undermine the

merit of the scientific method championed by UFOlogists for getting to


the
truth. Given that leading UFOlogists were scientists with backgrounds
in
engineering, astronomy, meteorology, physics, and/or image analysis,
who
were “technically capable of making a common sense identification”, the

‘hard cover-up’ idea was dismissed as unsubstantiated conspiracy


theory.
[14] Consequently, neither the UFO data that pointed to the existence
of
extraterrestrial life, nor evidence of a high level government cover-up
on
national security grounds, would be discussed in terms of its public
policy
implications.
UFOlogy as a field of study was not receptive to analyses of the
public policy implications of extraterrestrial life which was regarded as

premature and too speculative. Instead, a number of ad hoc public


policy
measures were adopted in terms of briefings of government officials
and
the mass media of the need for serious scientific study of UFOs given
the
quality of evidence. This attitude has not appreciably changed over the
sixty-year period of UFO investigations by official and private entities.
It is
best exemplified in documents such as “The Best Available Evidence”
which
was circulated in a confidential policy initiative by Laurence
Rockefeller
to brief the Clinton Administration of UFOs in the early 1990s. [15]
More
recently, a Press Conference at the National Press Club in Washington
DC
chaired by former Arizona Governor Fife Symington, focused
exclusively on
expert witness sightings of UFOs. [16] The extraterrestrial hypothesis
was
deliberately excluded from discussions by Symington and the
organizers.

131 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


The Brookings Report and Public Policy
Implications of Extraterrestrial Life
While UFOlogists avoided analysis of the public policy implications

of extraterrestrial life, official documents would slowly emerge


detailing
such implications. Undoubtedly the most important document to
publicly
emerge is the 1961 Brookings Institute study commissioned by NASA
on
behalf of the U.S. Congress. Titled “Proposed Studies on the
Implications
of Peaceful Space Activities for Human Affairs,” the Brookings Report
devoted several sections to discussing the public policy implications of
extraterrestrial life. The Brookings Report delivered to the U.S.
Congress
in April 1961, described the potential impact of extraterrestrial life or
‘artifacts’ being found on nearby planetary bodies. The Report stated:
While face-to-face meetings with it [extraterrestrial life] will not
occur within the next 20 years; artifacts left at some point in time by
these life forms might possibly be discovered through our space
activities on the moon, Mars, or Venus. [17]

Viking Photo: Face on Mars


The Report described the unpredictability of societal reactions to
the discovery of extraterrestrial artifacts:
Evidences of its [extraterrestrial] existence might also be found in
artifacts left on the moon or other planets. The consequences for
attitudes
and values are unpredictable, but would vary profoundly in different
cultures and between groups within complex societies; a crucial factor
would be the nature of the communication between us and the other
beings. [18]
The Report also mentioned that devastating societal effects could
also
result from contact with more technologically advanced off world
societies:
Anthropological files contain many examples of societies, sure of
their place in the universe, which have disintegrated when they had to
associate with previously unfamiliar societies espousing different ideas
and different life ways; others that survived such an experience usually
did so by paying the price of changes in values and attitudes and
behavior. [19]
The Brookings Report went on to raise the possibility of
suppressing
any announcement of extraterrestrial life or artifacts for national
security
reasons: “How might such information, under what circumstances, be
132 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
presented or withheld from the public?” [20] Significantly, the
Brookings
Report pointed out that “of all groups, scientists and engineers might
be
the most devastated by the discovery of relatively superior creatures,
since
these professions are most clearly associated with mastery of nature.”
[21]
The Brookings Report provides the first officially sanctioned
analysis
of the public policy implications of discovering extraterrestrial life
and/or
artifacts. The Report confirms the unpredictability of societal
responses
around the globe, and raises the possibility of societal collapse. The
clear
conclusion is that the discovery of extraterrestrial life and/or artifacts
would be of the utmost national security concern. Furthermore, the
Brookings Report alluded to the possible desirability of withholding
from
the public any discovery concerning extraterrestrial life and/or
artifacts
on national security grounds. It should be pointed out that the
Brookings
Report itself, while not a classified document, was mysteriously
withheld
from the general public until 1993 when it was discovered at a Federal
Archive in Little Rock, Arkansas. [22] The conclusions of the Brookings
Report and its non-availability for over thirty years, helps confirm that
an
official effort was well underway to discourage discussion of the public
policy implications of extraterrestrial life.
The Brookings Report together with the Durant Report make it
possible to identify ten significant public policy questions concerning
extraterrestrial life that are raised by these official documents:
Is an official cover-up of extraterrestrial life justified on national
security grounds?
To what extent would official disclosure of extraterrestrial life
destabilize global society?
What segments of American and global society would be most
affected by disclosure of extraterrestrial life?
To what extent are the tools of psychological warfare such as
debunking
and discrediting of witnesses, to be used on the American and global
public
to dismiss the seriousness of data concerning UFOs and extraterrestrial

life?
To what extent is the mass media used to promote a cover-up of
extraterrestrial life?
What is the constitutional standing of classified executive orders
concerning extraterrestrial life?
To what extent does the public’s ‘right to know’ impact on official
efforts to limit information on extraterrestrial life on a ‘need to know’
basis?

133 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


To what extent would a cover-up of information on extraterrestrial
life involve draconian national security measures?
To what extent should scientific principles or technologies gained
from extraterrestrial life be shared with the general public?
Should public policy decisions concerning extraterrestrial life or
technologies be decided in secretly appointed committees veiled from
public scrutiny or made transparent in a highly visible public process?
These public policy questions and the issues they address arise
directly out of officially sanctioned investigations, the Durant Report
and the Brookings Report. The related public policy issues do not
require acceptance of data confirming the reality of extraterrestrial life,
only the possibility that extraterrestrial life exists.
Consequently, there is an important need to systematically study
such
public policy issues using a range of disciplinary approaches
incorporating
both quantitative and qualitative methods on the publicly available
evidence on extraterrestrial life and UFOs. This needs to be done in a
way
that satisfies two constituencies who strongly differ over the question
of
whether the minimum threshold of evidentiary support for the reality
of
extraterrestrial life has been attained. The first constituency comprises
individuals and groups who do not accept that a minimum threshold of
evidence has been reached to prove that extraterrestrial life exists
beyond
all reasonable doubt. Prominent examples include supporters of
Search
for Extraterrestrial Intelligence (SETI), who argue that the possibility
of
extraterrestrial life is sufficient to justify the investment of appreciable
resources in seeking evidence through radio transmissions.
Such
individuals and groups largely accept the pioneering work of Frank
Drake
and his SETI colleagues in calculating the likelihood of extraterrestrial
life
existing in the Milky Way galaxy. [23] However, many advocates of
SETI
openly challenge the evidence proposed by UFO researchers as having
proved the existence of extraterrestrial life. [24]
A second constituency is individuals and groups who argue that a
minimum evidentiary threshold has been reached but that the general
public and many scientists are not aware of this. This group believes
that vigorous education programs are needed to inform the public of
the
available evidence, much of which has been ignored by the mass media,

universities and public officials. More importantly, this second


constituency
argues that public policy analysis needs to proceed using the available
evidence.
134 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
Exopolitics and Public Policy Concerning
Extraterrestrial Life
Historically there have been a number of attempts to address key
public policy issues concerning evidence of extraterrestrial life from
the perspective of inadequate official investigations and governmental
suppression of UFO data. [25] These public policy issues have arisen in
an
ad hoc manner in the context of proposed or ongoing UFO
investigations
without any attempt to systematically address these issues. [26] This
has primarily resulted in attempts by UFO researchers to get national
governments to initiate official investigations and to create the
necessary
governmental bodies to achieve this task. This is exemplified in the
1978
UN General Assembly Decision to set up a United Nations agency to
investigate UFO reports and the possibility of extraterrestrial life. [27]
While lauded at the time as a great achievement by UFO researchers, to
date
the UN has not implemented this decision, nor made any effort to study
the
public policy issues associated with the evidence. Consequently, up
until
recently, there has been no attempt to systematically study public
policy
issues concerning extraterrestrial life. ‘Exopolitics’ has been proposed
as a
distinct disciplinary approach that attempts to provide such a
systematic
study.
The first reference to ‘exopolitics’ as a distinctive approach to
studying public policy issues associated with extraterrestrial life
appeared in a seminal 2000 paper by Alfred Webre where he wrote:
No mainstream politicians have defined extraterrestrial presence
as a live political or public policy issue. No sizable number of citizens of

any terrestrial nation are moved to call upon their local politicians or
the
political process to connect with the extraterrestrial presence, or study
it,
or even acknowledge it officially… Exopolitics is a fundamental
organizing,
mediating, social, and governmental process in our interplanetary and
interdimensional space. [28]
The need for systematic discussion of public policy issues
concerning extraterrestrial life by establishing a new discipline called
‘exopolitics’ was more formally proposed in a January 2003 paper
where I argued that evidence concerning extraterrestrial life would:
… lead to the birth of a new field of public policy, ‘exopolitics’,
which
can be defined as the policy debate over the choices governments and
populations need to make in formulating and implementing legislative
and

135 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


policy responses to the presence of ETs in human affairs.” [29]
More recently, a definition has been proposed for helping better
formalize exopolitical study:
“Exopolitics is the study of the political actors, institutions and
processes associated with extraterrestrial life.” [30]
The advantage of this definition is that it makes it possible for
exopolitical discussion of public policy issues without necessarily
accepting
that extraterrestrial life has been discovered and/or is covered up for
national security reasons. This helps offset criticism that exopolitics
makes
a priori assumptions that extraterrestrial life exists which might be
directed
at alternative definitions of exopolitics. So, for example, the Brookings
Report can be cited as a document making a number of exopolitical
statements concerning public policy implications of extraterrestrial
life, without accepting the reality of extraterrestrial life. Similarly, SETI
researchers speculating about protocols for dealing with contact with
extraterrestrial life are implicitly analyzing exopolitical themes. [31]
Most supporters of exopolitics accept that the existence of
extraterrestrial life has been abundantly demonstrated by a vast and
ever-
growing pool of evidence accumulated over the last sixty years
provided
by eyewitnesses, whistleblowers, scientists, ‘experiencers’ and leaked
government documents. Consequently, most advocates of exopolitical
analysis claim it is finally time to focus on public policy aspects of this
accumulated evidence. This is exemplified in the case of Paul Hellyer,
the former Defense Minister of Canada, who has spoken at a number of
exopolitical events on what he describes as some of the “most
profoundly
important policy questions that must be addressed.” [32]
Alternatively, it is possible, as already mentioned, for public policy
aspects of extraterrestrial life to be analyzed without necessarily
accepting
the veracity of evidence supporting such life. Consequently, while
exopolitical analysis often proceeds from accepting the persuasiveness
of
evidence establishing the reality of extraterrestrial life and/or artifacts,

exopolitics does not require such an acceptance as a necessary


condition.
A sufficient condition for exopolitical study is acceptance that the
possible
existence of extraterrestrial life has significant public policy
implications.
Most exopolitical analysts contrast their approach with UFOlogists
who continue to advocate accumulating more evidence to provide a
scientific argument for proving to determined skeptics that UFOs are
real
and that the extraterrestrial hypothesis a legitimate focus of scientific
inquiry. Exopolitics analysts conclude that much of the skepticism
136 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
concerning UFOs and extraterrestrial life crosses the conceptual
boundary
between objective criticism and debunking. [33] This has led to claims
that
the debunking performed by critics of UFOlogy and exopolitics, is part
of
the debunking and ridiculing effort recommended by the Durant
Report,
and implicitly legitimated by the Brookings Report. In short, the
discussion
of public policy issues concerning extraterrestrial life is itself subjected
to debunking as evidenced in the 30 years of secrecy surrounding the
Brookings Report and its findings. This has prevented the development
of
the field of exopolitics for over five decades since UFO research began
in
1947.
The attempt to raise public policy discussion of extraterrestrial life

has led to much debate and controversy. Supporters of exopolitics have

been subjected to sustained criticisms for proposing serious public


policy
discussion of the available evidence. Many ‘UFOlogists’ remain highly
critical of exopolitics as an emerging disciplinary approach to public
policy issues concerning extraterrestrial life. UFOlogists and other
skeptics
have difficulty grasping that exopolitics is the forerunner to a
legitimate
academic discipline that can be anticipated to be eventually established
in
every major university for the systematic study of such policy issues.
Critics
of exopolitics often tend to focus on some of the pioneers of
exopolitical
thought in terms of their methods and ideas, rather than identifying the

merits of demarcating the conceptual boundaries for a scholarly


approach
to public policy issues concerning extraterrestrial life. [34]

Exopolitics as the Discipline of Choice


The present historical situation is in some ways analogous to the
19th century where there was much debate on how to prepare
individuals
for studying public policy issues in relation to careers in international
diplomacy, public office and/or as university professors. Gentlemen
drawn
from the Aristocratic class formed a unique pool of amateur scholars
who
emphasized classical studies as the best preparation for dealing with
public policy issues. They recommended the historical works of Cicero,
Josephus, Herodotus, Thucydides and other ancient authors; and
requisite
training in Latin, classical Greek or similar ancient languages. [35]
Amateur ‘gentlemen scholars’, as they have been described, prescribed
ample leisure time for study of public policy issues and criticized those
who required remuneration from their studies. Nevertheless, largely
out

137 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


of the History departments of many universities, the new discipline of
Political Science began to emerge in the 1860s; and these were staffed
by
salaried professionals trained in the latest methods of political
scholarship
and pedagogy. [36] Political science developed as an academic
discipline
since it fulfilled a functional need: the need was to systematically study

public policy issues, and how individuals could be trained to


professionally
deal with these.
Political science is now the discipline of choice for those wanting
to systematically study public policy issues and to be professionally
trained to work with these in various careers. Similarly, exopolitics will

be the discipline of choice for those desiring to study public policy


issues
associated with extraterrestrial life, since it also fulfills a functional
need.
The functional need is to understand how extraterrestrial life impacts
on
public policy issues, and to professionally train individuals to deal with
these. Exopolitics will be first established in departments of political
science as a legitimate sub-field, as is currently the case with
‘international
politics’, ‘foreign policy’, ‘comparative politics’, ‘political economy’, etc.,
in many political science departments. The precursor to such academic
studies is the Exopolitics Certification Program created with faculty
drawn
from the Exopolitics Institute. [37] Eventually, exopolitics will emerge
as a
distinct department with an interdisciplinary focus spanning public
policy
issues relating not only to political science, but to exoscience,
exoreligion,
exodiplomacy, etc.
Debunkers, UFOlogists, SETI researchers and other critics of
exopolitics
are poor students of history not to have observed how academic
disciplines
and sub-fields develop to fulfill functional needs. Such individuals are
remiss in not observing how exopolitics will fill the functional need for
the
systematic study of public policy issues concerning extraterrestrial life.
The choice of the word ‘exopolitics’ to represent this nascent academic
discipline has long-term strategic value due to the functional need it
fills.
Furthermore, exopolitics is the term of choice to deal with the public
policy issues identified earlier, and others that arise from documents
and
evidence concerning extraterrestrial life and technologies.
Both UFOlogy and SETI will become redundant as fields of study
since
the functional needs each serves will quickly be settled once the
existence
of extraterrestrial life is accepted. The reality of UFOs will be moot
once
they have been publicly identified as ‘extraterrestrial’,
‘interdimensional’
or ‘extratemporal’ in origin. UFOs that are extraterrestrial origin will
no
longer form a unique conceptual category of unidentified flying objects,
138 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
but will become identified as extraterrestrial vehicles (ETVs). Similarly,

continued efforts to “search for extraterrestrial intelligence” will also


become redundant. Discerning the existence of extraterrestrial life
through
radio communications will cease to have much of a functional need
once
such life has been confirmed.
Those devoted to UFOlogy and SETI are missing a great
opportunity to contribute to establishing legitimate conceptual
parameters
for exopolitical study. Experts in both fields of study can assist in
bringing
clarity to the public policy implications of a phenomenon they are also
interested in. Exopolitics is here to stay as the discipline of choice for
understanding the public policy implications of extraterrestrial life.
Exopolitics as a new branch of knowledge will revolutionize academic
studies and the world as we know it.

Michael E. Salla Ph.D. International politics and Politics sciences. Director Exopolitics Institute,
Hawaii, USA.

139 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


An Exoconscious Proposal: The
Common Ground of Consciousness
Science and Psychic Intelligence
Rebecca Hardcastle Wright

Abstract
Over the past 60 years, the collection and analysis of data on the
UFO/ET phenomenon coalesced into the formal field of Ufology and
later
Exopolitics. Both fields are primarily sourced by government-military-
intelligence reports and experts. Historically, the choice of these
sources
and experts was made in order to align with classical science. Both
fields
endeavored to remove any indication of supernatural visitation. This
paper defines the ramifications of this historical decision, which
included
marginalizing and ignoring extraterrestrial experiencers. This paper
then
offers two solutions for merging Ufology, Exopolitics and
Exoconsciousness
(which is sourced through extraterrestrial experiencers): 1)
consciousness
science and 2) psychic intelligence. Today, extraterrestrial
experiencers join
growing numbers of vocal psychic experiencers: near death
experiencers
(NDE), out of body travelers (OBE), mediums, psychics and healers.
Together these groups are urging, if not pushing, consciousness science

to build a body of experiments and theories regarding consciousness as

a non-local field. This growing psychic research has not gone unnoticed
by classical scientists. Many of them are beginning to acknowledge
consciousness as a fundamental field of reality. Consciousness science
is also experimenting and developing theories related to psychic

141 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


intelligence—which this paper proposes as Howard Gardner’s 9th
Intelligence in his theory of multiple intelligences. The merger of
Ufology,
Exopolitics and Exoconsciousness creates a more correct and balanced
world-view. Exoconscious experiencers have living confirmation of the

Extraterrestrial Presence. These experiencers have the potential to


birth
a social movement confirming the extraterrestrial presence. They have
the
power to propel the UFO/ET information mainstream in ways not
possible
with classical science.

Keywords: Exoconsciousness, consciousness science, Ufology,


Exopolitics, extraterrestrial, multiple intelligences.

Introdution

The expertise and information from extraterrestrial experiencers


regarding the UFO/ET phenomenon is marginalized and often ignored
by
mainstream Ufology and Exopolitics. Yet, extraterrestrial experiencers
have the potential to open new sources of information for science,
Ufology,
Exopolitics, and all humans. According to some consciousness
researchers,
humans possess psychic intelligence which includes the exoconscious
ability to experience extraterrestrial contact. This exoconscious ability
is
sourced in Exoconsciousness— the extraterrestrial origins, dimensions
and abilities of human consciousness. This paper defines the
ramifications
of Ufology’s historical decision to marginalize and ignore
extraterrestrial
experiencers. It also offers solutions based on the common ground of
consciousness science which is experimenting and developing theories
related to psychic intelligence.
In 1959 the Times Literary Supplement first identified the field of
Ufology as “studies which have been written about this perplexing
visitant.”1 Visitant was a curious word choice for the UFO and
extraterrestrial phenomenon, as it indicated that Ufology was
studying a supernatural visitation, a ghost, or apparition. 2 This
language categorized the UFO/ET phenomenon as magical, mystical
and religious, within the realm of spirituality.
Forced into this categorization, ufologists began a push-back
campaign. They wanted to break away from the imposed visitation
1 Ufology. Retrieved from http://en.wikipedia.org/wiki/Ufology

2 Visitant. Retrieved from http://www.collinsdictionary.com/dictionary/english/visitant


142 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
category. Many determined to create a pristine classical scientific
study of UFO craft sightings. So, they joined with the ultimate
classical scientific experts, government-military-intelligence, and
proclaimed them as their primary experts. This decision created an
early division within Ufology. The classical experts dominated the
field and the extraterrestrial experiencers were shunned. However,
not all extraterrestrial experiencers were shunned. Ufologists
dedicated a sliver of space to those experiencers vetted by their
experts, for example, MILABS were given consideration. Yet even
research into these vetted experiencer sources was limited.
In Ufology, extraterrestrial experiencers were out and classical
scientific researchers of UFO craft were in.
For over six decades, Ufology was exclusively dominated
by government-military-intelligence sources. Historically, this
decision was based on classical science and the need to fit in. They
wanted to be accepted as a mainstream scientific endeavor. It was
a well-meaning decision but with vast ramifications, which will be
discussed later.
Alongside ufologists, citizen craft sighting groups organized.
Forty-five years ago the MUFON database was launched. It was
successful in examining citizen reports, training a vast volunteer
network and compiling an extensive database. And yet, databases
are extensive and complex. Today, a survey of the array of
algorithms
developed over the past decade indicates that databases are a gold
mine of information to identify relationships, directions, and draw
conclusions. The question is where has all the MUFON data gone?
Where has all the information from the citizen sightings gone?
Exopolitics entered Ufology in 2000 via Alfred Webre, then
Michael Salla and eventually Steven Bassett. It started as a dynamic 143 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
grassroots political movement, but once again the strategic decision
was made to primarily speak the classical government-military-
intelligence language. Steven Bassett’s citizens’ endeavor began in
1996 with his Paradigm Research Group which overwhelmed the
White House We the People website with an explosion of signatures
for the first of what would become six Disclosure Petitions. His Million
Fax on Washington also inspired political activism, as did his world-
wide and cities network.3 People were connected and hopes ran high.

3 Retrieved from http://www.paradigmresearchgroup.org/


Bassett’s organization, founded for the political resolution of
the UFO/ET issue, also hosted a series of X Conferences. While the
petitions and fax initiative inspired the grassroots, the lineup of
conference speakers was mainline ufologists. Many of them came
from classical government-military-intelligence fields or were deep
into researching these fields, digging for UFO/ET information.
Again, this was a historical decision based on what the leaders
felt was the best judgment at the time. The quiet message behind
the lineup of mainstream ufologists was that extraterrestrial
experiencers would need to wait. Their turn would come,
eventually.
For now, the leadership rationalized that Disclosure needed to be
lead by experts in Ufology, many directly or indirectly government-
military-intelligence. The unspoken assumption was that these
experts were Exopolitic’s best chance to be accepted and move
Disclosure into reality. They chose to advocate with politicians by
revealing a lineup of their people who spoke their language.
The 2013 Citizens Hearing on Disclosure 4, a resounding success
that continues to unfold, again featured mainstream ufologists
showcasing primarily government-military-intelligence personnel
and information.
The Disclosure movement has shifted between developing a
grassroots community via petition initiatives and showcasing the
traditional sources of UFO/ET information for elected officials.
Amid this shift, where have all the potential social movement
grassroots extraterrestrial experiencers gone? The ramifications
of the political decisions of the Exopolitics movement were that
few listened to the grassroots. The primary voices were those of
the “experts.” And experts do not create social movements. They
144 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

create courses, write books and make presentations. They disperse


information, but they do not create or empower a social movement.
Beyond ignoring their grassroots, a further complication arose.
As Ufology ignored and marginalized extraterrestrial experiencers,
this decision intensified and in some cases encouraged the cultural
prejudice against extraterrestrial experiencers. Mainstream
culture continued to label extraterrestrial experiencers as insane,
dangerous, possessed and delusional. And the experiencer position
of Ufology, in some cases, excused this labeling. Indirectly Ufology’s

4 Retrieved from http://www.citizenhearing.org/


experiencer position and government-military-intelligence sources
made it culpable (albeit in a limited sense and for many reasons)
in this labeling. Along with the marginalizing of extraterrestrial
experiencers came the development of mind control that
was unleashed over the last 50 years. Ufology, though often
unintentionally, may have sent the message that extraterrestrial
experiencers were crazy, dangerous or possessed while
simultaneously their government-military-intelligence experts and
organizations were expanding mind control, covert ops and psychic
warfare.
To what extent did Ufology collude with labeling and
covert intelligence activities by marginalizing extraterrestrial
experiencers, albeit indirectly and unintentionally? Historically this
is a complex issue and not an easy question. Ufology brought forth
essential information about mind control. They disclosed the reality
of covert ops and psychic warfare. That fact cannot be denied. But,
they did so while ignoring and marginalizing the extraterrestrial
experiencers.
Did Ufology inadvertently excuse the antics of government-
military-intelligence because they believed them to be their only
sources?
Human knowledge and beliefs are created by those persons
deemed to be experts. Educators have long known this fact.
Students identify with their teachers. This identification grows
both consciously and unconsciously until students become their
teachers. Humans become their given or chosen experts. Humans
become their given or chosen sources. Identification happens
quickly and easily.
If the primary sources of Ufology and Exopolitics are
government-military-intelligence, then have ufologists, in a sense, 145 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
become their own sources? Are they in a closed information loop
where facts and events are fed by government- military-intelligence
and digested as identity? Mythically, this closed loop is called
Ouroboros5, the snake eating its tail. Hollywood terms it the Matrix.
Science terms it holographic consciousness.
When humans become aware of their closed loop, a change
occurs in their relationship to the matrix. To use the familiar

5 Ouroboros. Retrieved from http://en.wikipedia.org/wiki/Ouroboros


consciousness illustration, humans can be the fish aware of
swimming in water. Humans have the ability to be above and
beyond the water and live outside the loop.

Exoconscious Extraterrestrial Experiencer


Exoconsciousness is the study of the extraterrestrial origins,
dimension and abilities of human consciousness. 6 The two
primary sources of Exoconscious information and expertise
are consciousness scientists and extraterrestrial experiencers.
Exoconsciousness focuses on proving through science and witness
experiences that our human species is created, equipped to experience
extraterrestrial contact—and that this ability is sourced in our
consciousness—our Exoconsciousness.7
Unlike Ufology, Exoconsciousness embraces the categorization of
visitation—a study of the supernatural or spiritual. This is the realm of
consciousness science, the non-local quantum field.
Furthermore, while Ufology and Exopolitics clamor for Disclosure
delving ever deeper into classical science, the Exoconscious
extraterrestrial
experiencer lives with Confirmation. At some point (which differs
individual
to individual), exoconscious extraterrestrial experiencers no longer
need
to question or prove the extraterrestrial presence. They live alongside
and
within the extraterrestrial presence. Confirmation is acknowledgement

of their reality. Their experiences function as the long-sought bridge


between science and spirituality. The extraterrestrial experiencers
have
confirmation they are not alone.
Today, a perfect storm of experiencers are flooding into
consciousness research labs: extraterrestrial experiencers, near
death experiencers (NDE), out of body travelers (OBE), mediums,
psychics, healers, and telepaths. To name a few.
As these experiencers are validated by quantum consciousness
science, Ufology has a decision to make. Affirm and accept
extraterrestrial
experiencers as experts with valid information or cling to traditional
classic
government-military-intelligence experts and sources. An affirmation
of
extraterrestrial experiencers generates an infusion of new information,
a
realignment of expertise and possibly most important, a release of vital
6 Rebecca Hardcastle, Exoconsciousness: Your 21st Century Mind (Authorhouse, 2008).

7 Exoconsciousness. Retrieved from http://www.exoconsciousness.com/


146 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
citizen energy that becomes a social movement.
The path of affirming extraterrestrial experiencers as experts
involves
acceptance of the reality of human-extraterrestrial consciousness. It
involves affirmation of the human ability to connect, relate and
communicate
with the extraterrestrial presence. It shifts science from classical to
quantum via consciousness science. Consciousness beyond the brain as
a
field, a fundamental principle of science, is primary for
Exoconsciousness.
This exoconscious path involves experiencers, alongside consciousness

science experts. It is a clear-cut choice—Disclosure and Ufology by


government-military-intelligence experts or Confirmation by
exoconscious
extraterrestrial experiencers.
Confirmation involves each human maturing through self-
awareness.
This maturation involves looking at aspects of self that may be
unsettling.
John Mack taught that extraterrestrial experience involved “ontological

shock”8 because a person’s world-view would be shattered. And then,


another emerges. This new emergence is transformation. Facing the
unidentified within oneself generates this experience whether it is
extraterrestrial or of other origins. Ontological shock is experiential. So
is
transformation.
The language of Ufology terms the extraterrestrial craft as UFO,
unidentified flying object. Exoconsciousness asks—who or what is
“unidentified?” Is UFO referring to a psychological shadow? If so, is
UFO/
ET an unconscious aspect of every human that eventually comes to
light?
Is this unidentified shadow an aspect of every human, which has been
both
denied and repressed?
Exoconsciousness proposes that every individual “identifies their
unidentified”. This happens naturally when humans become
Exoconscious
by connecting, relating and communicating with the extraterrestrial
presence. Through the integration of identity, the Exoconscious
experiencer
emerges. The conscious experiencer becomes a self-contained expert.
Humans become their own source of information and expertise.
At this point Confirmation replaces Disclosure. One person at a
time.
While the choice of a path into Exoconsciousness may be obvious
to an extraterrestrial experiencer, the choice of this path may not be as
easy for those in Ufology.
John Gardner’s theory of Multiple Intelligences offers one way to
envision the path to Exoconsciousness.

8 John Mack, Passport to the Cosmos: Human Transformation and Alien Encounters (NY: Crown,1999)

147 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


The Theory of Multiple Intelligences

Howard Gardner, Harvard Professor of Psychology, revolutionized


the
field of intelligence testing with his 1983 book, Frames of Mind. He took

aim at the educational establishment’s narrow definition of intelligence


by
positing that intelligence is not a single property of the human mind, as
is
commonly believed, but rather each human being is endowed with a
set
of several intelligences each of which can be nurtured and channeled in

specific ways.9
Gardner began his research by asking two questions: “How did the

human mind and brain evolve over millions of years? And, how can we
account for the diversity of skills and capacities that are or have been
valued in different communities around the world?” 10 The primary
focus
of Gardner’s intelligence research involved locating a sector of the
brain
for each intelligence. Gardner also opened his research to a world
platform
where diversity and skills were valued in other countries. Thus, he
introduced world values into his primarily Western value-laden
audience.
Through his research, Gardner universalized intelligence, asserting that
all
people possess eight identified intelligences. Furthermore he detailed
that
each person’s intelligence varied in respect to environment, education,
opportunities, heredity and interactions.
In Frames ofMind: the Theory ofMultiple Intelligences, Gardner theorized

seven basic intelligences: linguistic intelligence, logical-


mathematical
intelligence, musical intelligence, bodily-kinesthetic intelligence, spatial

intelligence, interpersonal intelligence and intrapersonal intelligence.


Gardner’s Multiple Intelligences were enthusiastically
embraced by educators, who sought the means to reach the minds
of a diverse classroom and strengthen the individual gifts of each
student. His theory became a tool for classroom teachers eager to
offer their students affirmation of their intellectual gifts and as a
way to teach respect for one another’s contributions.
Gardner’s original work on Multiple Intelligences was
published in 1983, and then 16 years later he expanded his work. In
2000 Gardner published Intelligence Reframed: Multiple Intelligences
for the 21st Century. His new work addressed restructuring

9 Howard Gardner, Frames of Mind: The theory of Multiple Intelligences, (Basic Books, 2004)

10 Gardner, Howard. (1999, February 1).Who owns Intelligence? Retrieved from http://www.theatlantic.
com/magazine/archive/1999/02/who-owns-intelligence/377435/?single_page=true
148 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
the educational system’s dependence on psychometrician
quantification of intelligence. He claimed that his work “has helped
break the psychometricians’ century-long stranglehold on the subject
of
intelligence…Intelligence is too important to be left to the intelligence
testers.”11
Little by little, Gardner inched into quantum science. Early on he
noted
the limitations and liabilities of quantifying children as data. But
Gardner
did not venture too far. His next step was to consider several
additional
intelligences: existential, moral, spiritual and naturalist intelligence. He

settled on selecting naturalist intelligence and added it to his theory.


He
defined naturalist intelligence as the ability to recognize and classify
natural species and understand ecological relationships.

Gardner’s 8 Intelligences

Sensitivity to the spoken and written word, mastery of


Linguistic
language
Logical-
Ability to analyze problems logically and scientifically
mathematical

Musical Skill in composition, performance, appreciation of music

Bodily- Ability to move as exemplified by dancers, athletes,


kinesthetic surgeons
Ability to identify space as exemplified by pilots, artists
Spatial
and architects
Talent for empathizing and relating to people,
Interpersonal
exemplified
Intrapersonal by salespersons
Talent and capacity for self-understanding
Ability to recognize and classify natural species,
Naturalist
ecological
relationships
In his reframing, Gardner considered including Existential
Intelligence
in his theory. He defined Existential intelligence as the capacity to ask
profound questions about the meaning of life and death. 12 Some labeled

Existential Intelligence as cosmic intelligence because it concerns


11 Howard Gardner, Intelligence Reframed: Multiple Intelligences for the 21st Century (Basic Books, 2000)

12 Ibid

149 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


metaphysical and spiritual questions--wonder, mysticism,
consciousness.
According to Gardner, this intelligence is concerned with questions
such as
who we are, where we are and the purpose of our life. While this
intelligence
was the foundation of religion, spirituality, and many of our cultural
beliefs,
Gardner’s stumbling block was his inability to locate a region of the
brain
related to Existential Intelligence. He set aside Existential Intelligence.

Psychic Intelligence
Proposing psychic intelligence as a multiple intelligence in
Gardner’s model, Exoconsciousness maintains that all humans share a
psychic intelligence that is innate. Psychic Intelligence is the primary
intelligence of extraterrestrial experiencers, NDE, OBE, psychics,
mystics, telepaths, healers, whisperers and mediums. Just to name a
few.
Persons with psychic intelligence show sensitivity to energies
and vibrations, what some term subtle energy fields. Through their
consciousness, those with psychic intelligence connect with energy
fields to communicate, learn, gather information and form
relationships. Psychic intelligence abilities include remote viewing,
precognition, clairsentience, clairaudience, clairvoyance and telepathy.
Psychic intelligence as a 9th intelligence offers a solution to
Gardner’s
problem of locating a region of the brain for its intelligence. Psychic
intelligence is located beyond the brain in the non-local, the field of
consciousness that exhibits the unity of entanglement. According to
the
organizers of the 2014 Science and Nonduality Conference,
“Entanglement
is recognition that when science drills down into the core of even the
most solid-looking object, separateness dissolves, and all that remains
are
relationships extending throughout and possibly beyond, space and
time.”13
Gardner’s first 8 intelligences, all located in regions of the brain,
represent classical science, what David Chalmers calls the easy
problem of
consciousness. These identified regions of the brain process
information
by discriminating, categorizing, reacting to stimuli, focusing attention,
and controlling behavior. The Bush and Obama Brain Initiatives funded

scientists who work with the easy problem. They are building a
databank
of brain cells and their connections. This is similar to development of
the
Genome Project, but for the brain.
13 Bunzel, Tom. (2014, October 31).The Science of Entanglement and the Illusion of Separation . Retrieved
from http://www.collective-evolution.com/2014/10/31/the-science-of-entanglement-the-illusion-of-separation-
sand-2014/
150 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
But, according to Chalmers, brain centered consciousness research
is limited.14 He cites the hard problem of consciousness as the biggest
road-block. Chalmers’ consciousness hard problem deals with
subjective experience. How do we know we know? The basis of this
problem is that consciousness always studies consciousness.
Despite well-funded government initiatives, building a brain
edifice
may not accomplish consciousness. It would be similar to building a
BMW
with brain cells and connections. Would it know it was driving? Or
where
it was going? Would a similar designed radio be aware of being a
receiver
and a transmitter? On a more basic level, does a rose know it is red?
This is the great divide between brain based neural science and
consciousness science. To date, Gardner sides with the brain based
neural scientists. However, his book Intelligence Reframed opened the
consideration of consciousness science via existential and spiritual
intelligence.
Consciousness science includes scientists such as Rupert
Sheldrake
whose Morphic Field research expanded the base of our knowledge
beyond the brain into a field that all humans access. Gary Schwartz,
Deepak
Chopra, Menas Kafatos, Dean Radin and Karla Galdamez are all
involved
in quantum research that focuses how humans interact with the field of

consciousness. It is a demanding scientific arena, one not given to the


ease of experimentation available through classical scientific
experiments
where data is more easily quantified, measured and verified.
And yet they persist, because consciousness science recognizes
psychic intelligence and because these abilities pose questions science
must address. In consciousness science the experiencer drives the
science. The experiencer poses the difficult questions and challenges
the scientist to creatively structure experiments and data-gathering.
These experiencers, pushing deep into abilities examined
by
consciousness science, include extraterrestrial experiencers—those

ignored and marginalized by ufologists. Extraterrestrial experiencers


are
joined by NDE, who may offer the best source as to how humans
interact
with the field of consciousness because they experience death in a
clinical
setting.
For decades many with psychic intelligence were tested and
retested
in university labs for ESP and telepathy. Based on a Meta-Analysis of
Free-
Response studies by Storm, Tressoldi and Risi published in the
Psychological
14 Chalmers, David. (1995). Facing up to the Problem of Consciousness. Retrieved from http://consc.net/
papers/facing.html

151 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


Bulletin in 2010, Dean Radin proclaimed that human to human
telepathy was a scientifically proven fact based on analysis of 30 years
of laboratory testing. Storm, Tressoldi and Risi examined 29 ganzfeld
studies from 1997 to 2008. Of the 1,498 trials, 483 produced hits,
corresponding to a hit rate of 32.2%. Radin declared this hit rate
statistically significant. Human to human telepathy is a proven
scientific fact. Experiments designed to test human to extraterrestrial
telepathy are next.
Dr. Diane Powell researched the telepathic abilities of
mathematically gifted autistic savant children. Her research led her to
assert that psychic abilities, such as telepathy, were a human innate
ability.

I don’t think it is supernatural, I think it is an innate ability but


that
autistic children are able to demonstrate it to the type of
precision
and reliability that is necessary for scientific proof and I don’t
think
it is a supernatural ability. I think it is something that is part of
who
we are as human beings and it is innate in all of us. 15

Like Dr. Powell, Exoconsciousness research theorizes that the


ability
to connect, relate and communicate with extraterrestrials is an innate
human ability. Exoconsciousness is an ability that develops over time,
as
a person relates to extraterrestrials and allows the experience to move
into their conscious mind. Consciousness is the crux of the
extraterrestrial
experience.

Common Ground of Consciousness


Regardless of decades of being marginalized, common ground
exists
between extraterrestrial experiencers whose abilities lie in accessing
the
field of consciousness and ufologists whose validation remains in
classical
science. Consciousness is the common ground. And this ground is
forming.
Consciousness science is working to overcome the methodological
hurdles
of decoherence, experimenting in a quantum field that collapses. They
are developing quantum experiments in the brain that is warm and
wet,
rather than cool and dry which is the optimum environment for a
quantum
research.16 The next generation of quantum measurement is on the
15 Tsakiris, Alex. (2014, October 28) Dr. Diane Powell finds Telepathy among Autistic Savant Children .
Retrieved from http://www.skeptiko.com/257-diane-powell-telepathy-among-autistic-savant-children/

16 Center for Consciousness Studies. (2014, September 18) New Study favors Quantum Mind. Retrieved from
http://www.newswise.com/articles/new-study-favors-quantum-mind
152 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
horizon enhanced by particle accelerators and advanced fMRI.
Information on neutrinos, scalar, and plasma physics hold promise, as
does Stuart Hameroff’s microtubules brain research. Sir Roger
Penrose’s consciousness space-time geometry and Edgar Mitchell’s
quantum hologram propose ways of mathematically describing
consciousness.
Consciousness scientists Deepak Chopra and Menas Kafatos17 insist

the classical scientists address the hard problem. Radin and Galdamez 18
promote telepathy as a proven fact. All of these scientists are carving
out a common ground that classical scientists are slowly moving to
accept. Several mainstream scientists now agree that consciousness is
a
fundamental field of reality. The fundamental field of consciousness
offers
the best hope of a common ground.
Ufology and Exopolitics will and should continue their historical
research, but increasingly their sources and experts may be
extraterrestrial
experiencers. Classical scientists and neural scientists will continue to
identify cells and cellular connections in the brain, but increasingly
they may
integrate how the brain relates to the fundamental field of
consciousness.
Through this common ground of consciousness, the human species
gains affirmation, recognition and identity as possessing the abilities
and talents of psychic intelligence. For it is in and through this psychic
intelligence that confirmation of the extraterrestrial presence becomes
a reality, not just for experiencers, but for those who watch for lights in
the skies. Ultimately, each human, as extraterrestrial experiencer, taps
an inner source of common cosmic identity and expertise.

Rebecca Hardcastle Wright, Ph.D. Philosophizes. Director of Exoconsciousness Institute,


Washington, USA.

17 Chopra, Deepak. (2014, June 14). Skepticism and a Million Dollar Challenge. Retrieved from http://www.
huffingtonpost.com/deepak-chopra/skepticism-and-a-million-_b_5522690.html
18 Radin, D. I., Michel, L., Galdamez, K., Wendland, P. Rickenbach, R., Delorme, A. (2012). Consciousness
and the double-slit interference pattern: Six experiments.

153 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


Investigacion Sobre EC IV VDD e
Avistamentos OVNI na Argentina
Gustavo Cia

Introducción
“Fenomalias” es un grupo en formació n de profesionales en las área

de psicología, psiquiatría, física y sociología que trabajan en


investigació n
de anomalías (fenó menos psi, fenó menos luminosos y experiencias
anó malas). En esta línea de estudio incluimos varios ítems, que como
veremos, pueden estar íntimamente ligados, ya sea por sus
características
o por las similitudes observables má s allá del fenó meno en sí. Tales
rubros
los agrupamos de la siguiente forma:

• Fenó menos luminosos: En esta rama se incluyen observaciones de 155 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
objetos o formas luminosas inexplicables (EVI = Estímulos Visuales
Indeterminados).

• Contactos cercanos: Esta es la rama má s conocida y frecuentada por


la
ufología, comprende avistamientos, aná lisis de huellas,
abducciones, implantes, visitas de dormitorio, etc.

• Fenó menos Psi: Comprende una amplia variedad de fenó menos


asociados a la Parapsicología (Poltergeist, materializació n
plasmá tica,
telepatía, telekinesia, etc.), aná lisis de los estados alterados de
conciencia, etc.
Proyecto Demeter-Persefone

Con este fundamento, hemos desarrollado un proyecto que agrupa


y cataloga la investigació n de todos los fenó menos anó malos buscando
diferencias y coincidencias que permitan acercarnos a su conocimiento
má s
profundo y, si fuera posible, a su origen y esencia. Lo llamamos
“Proyecto
Deméter - Perséfone” en directa referencia al mito de la cosmogonía
griega.
Como se podrá ver a continuació n, elegimos este mito debido a que es
el
que má s clara y grá ficamente muestra, en todas sus etapas y
variaciones,
los diferentes estadios por los que atraviesa una experiencia anó mala.

No voy a extenderme sobre mitología má s allá de lo mencionado y


algú n otro punto que se relacione con nuestro proyecto.
El proyecto apunta a construir la mayor base de datos de ECMs
EAAs y VDs cuyo objetivo es comparar datos físicos, neurofísioló gicos,
psicoló gicos y anó malos de este tipos de experiencias para elaborar
hipó tesis sujetas a investigació n futura
Creemos que no es abducido quien quiere sino quien puede; esto
significa que existe la posibilidad de que aquello que sea que esté
detrá s
del fenó meno, elige ciertas características psicoló gicas,
neurofisioló gicas
y estructurales del sujeto que las experimenta. También creemos que el

fenó meno posee una característica singular: utiliza una longitud de


onda
electromagnética y de ondas hertzianas que entra en fase con
determinada
frecuencia de actividad eléctrica del cerebro (en algunos casos sino
patoló gica, algo inusual). El fenó meno utiliza marcadores que nosotros
llamamos marcadores unificados; estos son:
156 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
a) Características geoló gicas del lugar de manifestació n (lecho
geoló gico).
b) Actividad Geomagnética global.
c) Actividad eléctrica correspondiente en hertz a los 7 a 4 ciclos por
segundo de la actividad eléctrica del cerebro humano.
d) Sujetos susceptibles neurofisioló gicamente a entrar en fase con
dicha
longitud de onda.

MATERIALES Y MÉTODOS
BATERÍA DE TESTS PSICOLOGICOS EN ABDUCCIONES (ECIV) Y
VISITAS DE DORMITORIO (VDD)

La naturaleza del proyecto incluye también la colaboració n de


personas que hayan experimentado cualquier evento relacionado con
las características de estos dos fenó menos; así como una participació n
activa de aquellos que han pasado por estas experiencias, una
contenció n
psicoló gica y emocional de los mismos, y, finalmente, un intento de
acercar
a dichas personas una posible explicació n del fenó meno, de la
naturaleza
del impacto del mismo en sus vidas y sobre todo, ayudarles a
desarrollar
herramientas para la integració n y comprensió n de estas profundas y
paradojales experiencias.
La batería de test consiste en dos tipos de encuestas / inventarios
de naturaleza técnica y profesional. 157 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

1. Batería de experiencias de abducció n


2. Batería de experiencias de visitantes de dormitorio

• Inventarios de perfil de personalidad como el MMPI y el PF16 de


Cattell
• Técnicas proyectivas (TAT Cuestionario Desiderativo. EXNER).
• Técnicas psicométricas ( Bender, Escala Binet Simon).
• Test de Matrices Progresivas de Raven.
• Técnicas Grá ficas http, Dibujo Libre, Test de la Pareja.
• El Cuestionario de Síntomas del Ló bulo Temporal.
• Inventario de Cambios de Vida (Greyson y Ring)
También analizamos los efectos a posteriori (si la experiencia
produjo o no desorganizació n, estados de disociació n, o por el
contrario si la experiencia es integradora y modifica los patrones de
conducta y pensamiento, y los amplía).

BATERÍA DE MEDICIONES DE EVENTOS


FÍSICOS
1. Datos magnetometricos, los datos del radar y algunos componentes
de datos radiometricos para detectar correlació n con la actividad
solar del día. Hipó tesis de la formació n de plasmoideos solares, que
adquieren un campo electromagnético (EM) autó nomo.
2. También se discute mas adelante otra posibilidad de que la
actividad
solar interfiera con un EM todavía desconocido debido al fenó meno
luminoso.
3. Tabla de actividad geomagnética global (hemisferio sur).
4. Telescopios que se conectan a un detector de CCD, espectró grafos y
fotó metros para contar los fotones. También se evalú a tiempo de
exposició n esperado para adquirir una buena señ al de sonido del
objetivo utilizando todos estos instrumentos.

A comienzos de 1984 un grupo de investigadores noruegos,


apoyados
por físicos externos, elaboraron investigaciones de fenó menos
luminosos
que estaban ocurriendo con frecuencia en la zona de Hessdalen en
Noruega.
Estos fenó menos se vieron sin interrupció n durante 3 días empleando
diferentes instrumentos y permitieron a los investigadores obtener un
conjunto de datos valioso. Actualmente, una nueva estació n que se
instalo
en 1998 en la zona de Hessdalen dotada de una videocá mara
automá tica,
esta obteniendo datos a tiempo real. El fenó meno luminoso que
aparece
sobre todo durante la noche y el invierno muestra una fuerte señ al de
radar y ocurre junto con algunas perturbaciones magnéticas
peculiares, y
algunas veces con emisiones de radio sin explicació n.
158 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
EXPERIENCIAS DE EC IV Y VDD
INVESTIGACIÓN Y RESULTADOS
Comenzamos por definir los objetos de nuestro estudio:
Abduccion: rapto de seres humanos por presuntas entidades
extraterrestres. los abducidos dicen que fueron sacados de sus coches
o casas contra su voluntad, trasladados a lugares desconocidos, donde
pequeñ as criaturas humanoides los examinaron y les practicaron
implantes
en el cuerpo. la experiencia vivida no puede ser recordada sin ayuda.
Visitas de Dormitorio: Están caracterizados por la aparició n de
“entidades” casi siempre antropomorfas, rodeadas de gran luminosidad
y semitransparentes, siendo interpretadas por el perceptor como
presencias de familiares fallecidos, fantasmas o espíritus, aunque hoy,
se ven en estas historias la intervenció n de criaturas extraterrestres.
Aquí se expone má s traumá tica y crudamente las tres fases de las
experiencias de abducció n y de las ECM, a saber:
• Separació n
• Ordalía
• Regreso

La Separación es representada por el rapto (abducció n) o el


desdoblamiento del cuerpo (ECM), constituye una forma de muerte o
despojo de la vida anterior.
La Ordalía supone los experimentos a que son expuestos los
sujetos
(abducció n), los aprendizajes y/o mensajes percibidos.
Finalmente, el Regreso es la devolució n del sujeto a su entorno 159 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
original (abducció n).

Consideramos aquí también el Sindrome Post Abducció n. Algunos


abducidos pueden recordar concientemente la experiencia de
abducció n,
sin embargo la mayoría necesita recuperar el recuerdo de la
experiencia
bajo hipnosis u otro procedimiento menos controvertido. Aquellos que
han
sido abducidos usualmente exhiben un abanico de efectos colaterales
de la
experiencia, conocidos como síndrome de post abducció n. Los
síntomas
mas comunes son:
• Pesadillas e insomnio: Se repiten unas pesadillas, en ocasiones
protagonizadas por “entidades” de diferentes aspectos segú n los
casos.
La persona se despierta asustada y ansiosa, después le resulta muy
difícil volver a conciliar el sueñ o porque teme revivir la experiencia.
• Interés por los ovnis.
• La presencia de misteriosas manchas, cardenales, marcas de agujas
• Segmentos de tiempo perdido, generalmente 1 hora y media o 2
horas
y media.
• Cicatrices y heridas: Má s del 25% de los abducidos presentan estas
extrañ as marcas. Sangrado frecuente por la nariz, dolor en los
senos,
presió n.
• Mirar un objeto y tener la sensació n de estar mirando algo má s.
• Deterioro de la salud, perdida de cabello, etc…
• Tendencia a la espiritualidad y a los fenó menos paranormales

ANTECEDENTES
Variables físicas

Efectos electromagnéticos: Las respuestas anó malas a los campos

electromagnéticos han sido sugeridas como una causa de la EC IV y


VDD.

• Budden (1994) reacciones alérgicas al ambiente de campos


eléctricos
de líneas de fuerza y equipos electró nicos.
• Persinger (1990) manifestació n de una actividad especial de
labilidad
ló bulo-temporal en respuesta a los efectos de un estrés tectó nico.
• Spanos y col. (1993) evaluaron la labilidad ló bulo-temporal con una
subescala de 52 ítems de ló bulo-temporal del Inventario de
Filosofía
Personal diseñ ado por Persinger y Makarec (1987). No
encontraron
diferencias entre los participantes del grupo control y los
protagonistas
de abducciones.
• Persinger (1986, 1987 y 1988), y Radin y otros (1994) relació n
entre
lo psi y la actividad geomagnética. Afirman que la percepció n psi y
la
psicoquinesis son mejores cuando las fluctuaciones geomagnéticas
160 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
está n bajas, y peores si están altas o son tormentosas. También
algunos
sugieren que los OVNIs está n ligados a á reas de actividad
geomagnética
(Devereux 1982)

Sin embargo, los intentos de reproducir estos resultados han


fallado.
Wilkinson y Gauld (1993) no han podido reproducir los experimentos
que
demostrarían la supuesta relació n entre los fenó menos psi
espontá neos y
la actividad geomagnética) usando la mayoría de las mismas
colecciones
de datos. Sin embargo no existen referencias en relació n a ECMs EEAs
o
VDs.

Variables Psicológicas

Hartmann (1984): individuos con una historia de frecuentes


pesadillas
comparten una constelació n de rasgos caracterizados por una débil
discriminació n entre categorías cognitivas bá sicas como el sí mismo o
el
no sí mismo, fantasía y realidad, y experiencias de sueñ o y despertar.
Estos
delgados “límites” se muestran como resultados en individuos quienes
son
sensitivos, artísticos, empá ticos, vulnerables, imaginativos, quienes
tienen
un débil sentido de identidad personal o sexual, y que tienen
dificultades
distinguiendo períodos de tiempo, o quienes son percibidos por otros
como “diferentes”.
En la colecció n de Spano y col.: los sujetos mostraron la má s alta
autoestima, la má s baja esquizofrenia, el má s alto bienestar, la má s baja

aberració n perceptual, la má s baja percepció n de un mundo hostil, la


má s
baja agresió n, y ninguna diferencia en potencia social. Es má s, Spanos y
col.
No encontraron diferencias entre el grupo control y el de los
participantes
de encuentros cercanos, en las mediciones de absorció n, tendencia a la
fantasía, y propensió n imaginativa, todos los cuá les deberían ser
elevados
de acuerdo a la teoría del déficit fronterizo, o de límites delgados. “Los
protagonistas de una abducció n a menudo mencionan haber
incrementado
sus habilidades paranormales como un efecto posterior de la EAA
(Bullard,
1994; Ring, 1992) y muchos reportes con largas historias de eventos
ostensiblemente paranormales preceden sus EAAs (Basterfield, 1994;
Bullard, 1987, Randles, 1988; Ring, 1992). Sobre varias mediciones, los

161 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


protagonistas de abducció n comparten características de personalidad
con los no protagonistas quienes se consideran psíquicamente
sensitivos.
En cuanto a las experiencias de anomalías en sueñ os La
susceptibilidad a ciertos concomitantes subjetivos y fisioló gicos, de
sueñ o natural o de los trastornos del sueñ o ha sido propuesto como
una explicació n para la EAA (p.e., Baker, 1992a; Spanos y col., 1993).
Las razones para esto son numerosas. Las EAAs son comú nmente
reportadas ocurriendo a la hora de dormir o durante el curso del
sueñ o. Es el primer recuerdo que ellos tienen de un aparente (aunque
“inusual”) sueñ o o por otra parte como un ensueñ o de calidad subjetiva.
Posteriormente les acompañ a la experiencia de pará lisis, una condició n
que ocurre durante esa parte del período del sueñ o cuando el tono
motor se pierde.
En nuestro proyecto, consideramos que cualquier sujeto no puede
tener una experiencia de esta naturaleza, sino que deben tener algunas
características especiales. Ademá s, tampoco ocurrirá n en cualquier
momento.
Lo que acabo de afirmar no es una idea caprichosa, sino que surge
de los resultados de estudios realizados en distintos Centros de
investigació n en el Mundo. Al ver tales resultados, nació la idea “no es
abducido quien quiere, sino quien puede…”, frase que no nos pertenece,
pero que hemos hecho propia porque expresa en su síntesis todas
nuestras creencias y los resultados de nuestras comparaciones.
Los estudios realizados por Donn y Mouras a través de mapeos
162 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

topográ ficos cerebrales sobre abducidos, al igual que los experimentos


de Persinger acerca de las “Apariciones Marianas”, demostraron que los
sujetos, sin ser patoló gicos, presentaban una inusual actividad sobre
los ló bulos temporales-frontales (normalmente relacionados con el
aprendizaje y la atenció n) y con frecuencias en los EEG del orden de los
30 a 70 Hz.
En síntesis, los individuos que má s probablemente perciban
“Apariciones Marianas”, sean contactados, sufran una abducció n o una
ECM, etc. tienen cierta facilidad para alcanzar estados Beta
exacerbados (algunos lo llaman estado Superbeta o Beta II). Ademá s de
las tendencias propias de los artistas y creadores.
ANALISIS DE LOS DATOS
Ver casos argentinos en un documento aparte

PROYECTO DEMETER-PERSEFONE RESULTADOS EC IV Y VDD

Se puede observar coincidencia entre ambos tipos de experiencia


en los siguientes items:

1. Recuerdo de detalles
2. Segmentos de tiempo faltantes
3. Comunicació n y mensaje de las entidades
4. Estrés
5. Marcas

En ambos casos cabe señ alar que la actividad geomagnética y solar

baja se da en la generalidad de las muestras de ambos tipos de


experiencias.
La actividad EM curiosamente aparece en mayor grado en las 163 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
VDDs.
Se puede observar coincidencia entre ambos tipos de experiencia
en los siguientes items:

1. Percepciones visuales inusuales


2. Reevaluació n de vida
3. Hiperalerta
4. Audició n aguda
5. Oir voces
6. Aumento en el rendimiento intelectual

Se puede concluir que la actividad del cortex prefrontal se halla


aumentada (coincidiendo con el trabajo de Donn y Mouras).
Las percepciones visuales inusuales muestran actividad de los
ló bulos temporales.
La reevaluació n de la vida es un proceso de deconstrucció n y
reestructuració n cognitiva que involucra tanto actividad de los ló bulos
temporales como prefrontales

RASGOS AFECTIVOS EC IV RASGOS AFECTIVOS VDD


NEGATIVA POSITIVA
NEGATIVA POSITIVA
99,99% 99,99%
99,99% 99,99%

66,66% 66,66% 66,66%


66,66%
33,33% 33,33%
33,33%
0,00% 33,33%
0,00%
0,00%

0,00%

Se puede observar coincidencia entre ambos tipos de experiencia


en los siguientes items:
164 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

a) Negativos:
1. Desinterés
2. Angustia
3. Terror

Cabe evaluar el estado de estrés postraumá tico que deja la


experiencia
en los sujetos. Una de las características de los procesos
postraumá ticos
es que dejan como residuo estadios depresivos temporarios
(desinterés).
La angustia y terror son propios y característicos de estos tipos de
experiencia e involucran actividad emocional disparada por los ló bulos

temporales.

b) Positivos
1. Paz (sobre todo en VDDs)
2. Euforia gozo y plenitud (en EAAs)

La respuesta emocional positiva involucra una actividad conjunta


de los ló bulos temporales y prefrontales, entre otros, ya que es el
producto del monto afectivo mediado por la valoració n de la
experiencia. El proceso de reestructuració n de la personalidad debe ser
considerado de manera relevante para comprender los pró ximos
grá ficos.

Rasgos Paranormales EC IV Rasgos Paranormales VDD

99,99%
99,99%

66,66%
66,66%

33,33%
33,33%

0,00%

0,00%

Se puede observar coincidencia entre ambos tipos de experiencia


en los siguientes items:

1. Experiencias extracorporales
2. Comunicació n con entidades

Si bien las coincidencias son má s dispares hay que considerar en 165 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
menor grado otro tipo de activdad paranormal que supera el 50%.

1. Telepatía (en mayor grado)


2. Precognició n
3. PK y poltergeist

La actividad de los ló bulos temporales solo explica parte del


potencial
PSI. Actualmente los investigadores serios de fenó menos paranormales
no
consiguen descubrir donde se halla ubicada la regió n cerebral donde se

originan este tipo de fenó menos, cuya característica es trascender


límites
espacio-temporales y alterar los conceptos de materia y energía.
Muchos investigadores de distintas partes del mundo confirman que
este tipo de episodios van acompañ ados de fenomenología paranormal.
Quizá esta evidencia pueda explicarse a través de la poderosa
acció n emocional y espiritual (por así decirlo) del proceso.
Las experiencias extracorporales son característica del estado de
trance en sus dos modalidades:
Extá tico (actividad Teta de 7 a 10 hz) y de hiperexcitació n
(actividad B+ aumentada/superconciencia de 40+ hz).

EC IV VDD

Se puede observar coincidencia entre ambos tipos de experiencia


en los siguientes items:

1. Valores éticos mejorados


2. Sentido de propó sito

Este tipo de experiencias parece generar en los sujetos respuestas


al sentido de la vida y el sentimiento de formar parte de algo má s
grande e importante que los eleva de la rutina diaria y les dá una
direcció n, un propó sito, una reestructuració n hacia valores má s éticos.
166 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

EC IV VDD
Se puede observar coincidencia entre ambos tipos de experiencia
en los siguientes items:
1. Fe profunda
2. Rol en la vida
3. Sentido trascendente
4. Bienestar espiritual

Desde la visió n transpersonal este tipo de experiencias parece


comunicar al sujeto con algo superior a sí mismo, otorgá ndole un
sentimiento de bienestar espiritual, a evaluació n de su papel en el
Universo y un sentimiento de fe profunda.
Es altamente destacable que dichas experiencias espirituales no
parecen estar conectadas con la imagen de un dios religioso o de
alguna
religió n determinada, es má s un proceso experiencial espiritual
integrado,
en donde el sujeto contribuye y forma parte a su vez, del mismo. El
valor
terapéutico del proceso es inmenso y altamente integrado, a pesar de
que
inicialmente resulta traumá tico.
Por otra parte, suponemos y enseguida lo mostraremos, que se
deben dar ciertas condiciones facilitadoras para la manifestació n de
estos fenó menos. Tales condiciones facilitadoras resultan
absolutamente
naturales y son:
1. Actividad y radiació n solar baja.
2. Valores geomagnéticos bajos.
167 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345
La confirmació n de estos pará metros como elementos facilitadores
la obtenemos comparando las tablas de avistamientos y otros
fenó menos con las tablas proporcionadas por el NOAA sobre los
valores geomagnéticos y de actividad solar por fecha.
Hasta aquí y manejando datos de hace 5 a 10 añ os, provenientes de
EEUU y Europa, veíamos confirmadas estas hipó tesis. Pero cuando
quisimos aplicarlas en la base publicada por UFO Tracker, obtuvimos
un gran dolor de cabeza y está bamos a un paso de descartar esta teoría,
ya que si no se cumplía en Argentina debía existir otro tipo de
pará metros que relacionaran al fenó meno a nivel mundial.
Cuando echamos un ú ltimo vistazo a las comunicaciones del NOAA
respiramos más aliviados (y debo decir “con mucha alegría”), porque
nos dimos cuenta que, erró neamente, estuvimos empleando para la
base
2010 de UFO Tracker las predicciones del NOAA elaboradas en el 2007,
las que fueron desechadas como erró neas a partir de los nuevos
modelos
predictivos en el 2009. Pero las predicciones del 2009 para el 2010
también
debimos descartarlas al recibir el resumen de los valores reales
medidos.
La tabla de avistamientos OVNI durante el 2010 confirma nuestras
hipó tesis con un mínimo del 95% de aciertos.
Para terminar, debo decir que esta hipó tesis no só lo se confirma en

casos de avistamientos, sino que se reafirma en los casos de abducció n,


contactos cercanos, fenó menos Psi, etc. Podemos establecer como una
regla general que:

Los bajos niveles de actividad y radiación solar y geomagnetismo actúan


como agentes facilitadores para la manifestación y percepción de
fenomenología anómala.

Empleamos los promedios planetarios representativos de la


actividad Solar (Nú mero de Manchas y Nivel de Radiació n) y de los
niveles geomagnéticos (Kp y Ap).
Kp: Es el promedio planetario medido cada 3 hs. del grado de
alteració n
del campo Geomagnético producido por las tormentas solares y sus
niveles
de radiació n. A nivel general afecta al comportamiento de la Ionó sfera e

indirectamente, a la propagació n de las ondas electromagnéticas.


Ap: Es el promedio planetario diario del valor del campo
magnético
terrestre. Afecta directamente al escudo protector de la Tierra
permitiendo
mayor o menor penetració n de las radiaciones del espacio exterior.
A nivel humano, ambos pará metros afectan las percepciones y el
comportamiento.
A nivel de la vida en el planeta, la actividad solar interactú a con los
movimientos del Nú cleo Terrestre y sus consecuencias directas
(sismos,
tsunamis, etc.).
¿Có mo trabajamos con UFO Tracker?
168 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015
• Tomamos los datos y los tabulamos tratando de agrupar un dato
ú nico
por campo.
• Agregamos los campos adicionales de Ap y Kp y descartamos los
registros incompletos.
• Con la base armada de esta forma se crearon tablas auxiliares para
volcar el resultado de los filtros aplicados.
• Finalmente, conseguimos un conjunto de grá ficas de las cuales las
má s
importantes son las que relacionan los valores Ap y Kp con la
cantidad
de casos registrados.

Tanto el valor Kp (en el momento de la experiencia) como el valor Ap (diario)


supera el
95% en todos los casos

DISTRIBUCIÓN DE AVISTAMIENTOS Y EXPERIENCIAS


DE ENCUENTROS MENSUAL 2010
169 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345

Los picos má s altos de actividad corresponden a los niveles má s


bajos de actividad geomagnética y solar
Conclusiones

PROYECTO DEMETER-PERSÉFONE
ELEMENTOS COMPARTIDOS EN LOS DOS TIPOS DE
EXPERIENCIA.

Rasgos de personalidad (psicopatológica / normal)

a) Personalidad psíquicamente sensitiva. (Bullard, 1994; Ring, 1992)

Rasgos neurocognitivos y sensoriales

a) Síntomas del ló bulo temporal (Neppe)


b) Trastornos del sueñ o (Baker, 1992; Spanos y col., 1993)
c) Distorsiones cognitivas (deconstrucció n / reconstrucció n)
d) Actividad cognitiva mejorada. (lobulos prefrontales. Estados no
ordinarios de conciencia
e) Hiperexcitació n beta 2 y ritmos alfa aumentados en el á rea fronto-
orbital con alguna actividad temporal

Parámetros físicos que favorecen la fenomenología

a) Actividad solar reducida.


b) Actividad geomagnética reducida

Estructura semántica / ontológica de las experiencias


170 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

a) separació n - ordalía - regreso (semantizació n mitoló gica /


deconstruccion-reestructuració n).
b) reestructuració n cognitiva y sentido trascendente.

Los abducidos generalmente padecen tanto una violació n física


(similar a las violaciones comunes) como un aislamiento psicoló gico
que es el resultado del temor de admitir--incluso a sí mismos--la
validez de sus recuerdos de la abducció n.
El Dr. Mack y otros terapeutas han sugerido que es importante que
los
terapeutas no consideren las abducciones extraterrestres como
“locuras”.
É l sugiere que la terapia exitosa para las víctimas de esta experiencia
espantosa requiera que los recuerdos reprimidos sean reconocidos y
aceptados como verdaderos, sin tener en cuenta la creencia personal (o

escepticismo) de sus terapeutas. Los pacientes parecen poder


recuperar
algú n sentido de control sobre sus vidas cuando se permitan la
expresió n
vá lida de estos eventos.
El procedimiento de abducció n parece ser estructurado y
rutinario. . Los escépticos creen que pueden fabricarse abducciones
fá cilmente debido a la inmensa cantidad de informació n disponible.
Tampoco, la hipnosis es una técnica de recuperació n de recuerdos
fiable. En cambio, aumenta el la habilidad del cerebro para fabricarlas.
Aunque desde hace tiempo algunas comunidades (profesionales y
no profesionales) sostienen que la víctima de rapto por ET deben estar
seriamente perturbadas, o ser engañ osas o mentirosas, el examen
cuidadoso
de los informes ponen en duda estas afirmaciones. Las investigaciones
clínicas y psicométricas de los abducidos revela dos á reas de diferencia

entre los datos esperados y los fenó menos observados y hace pensar en
la
necesidad de una investigació n extensa. Estas á reas discordantes son:

1. LA AUSENCIA DE PSICOPATOLOGÍA: Una ausencia inesperada de


psicopatologías severas se contrastó con el alto nivel de
funcionamiento
encontrado en muchos abducidos. Las evaluaciones psicométricas
de la muestra de EAA Y VDD reveló una heterogeneidad notable en
las características psicoló gicas y psicométricas.. El á rea mayor de
homogeneidad estaba en la ausencia significativa de
psicopatología..
En lugar de encontrar un subconjunto de població n severamente
perturbada y con cuadros psicopatoló gicos, hay evidencia clínica de

que por lo menos algunos abducidos son individuos saludables y


con
un alto potencial de funcionamiento mental y cognitivo.. Esta
diferencia
interesante requiere una investigació n extensa.
2. CONCORDANCIA DE INFORMES: Personas con grandes diferencias
(de personalidad, extracto social y bagaje cultural) relatan
similares
episodios de abducció n. Esto es sorprendente a la luz del estado
cultural, socio-econó mico, educativo, profesional, intelectual y

emocional extensamente disímil de los abducidos Así que, los


escenarios en sí mismos no parecen mostrar el mismo nivel de

171 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


riqueza simbó lica y afectiva presente en otros materiales
analizados
con propensió n a la fantasía. En cambio, la complejidad simbó lica y
conceptual está centrada alrededor del significado de la experiencia

individual, y no alrededor de la forma, rasgos, actividad,


intenciones,
etc., de los extraterrestres y su ambiente. Esto está en contraste
severo
con la complejidad esperada y diversidad de elaboració n temá tica y

simbó lica encontradas en nuestro material analizados con sujetos


con
tendencia a la fantasía.

3. COMPORTAMIENTO DEL FENÓ MENO: El fenó meno parece elegir


un perfil psicogenético de sujeto y manifestarse a través de un onda
de fase de entre 30 y 50 hz (Beta 2) de extrema vigilia y atenció n..
(afectando no solo al proceso de avistamientos sino también a los
procesos de EC IV y VDD) rondando en un frecuencia eléctrica de
50
c/s o hz y manifestá ndose en períodos de calma solar y baja
actividad
electromagnética, lo cual sugiere un fenó meno que se desarrolla
a través de una onda portadora capaz de producir radiació n de
naturaleza EM. En cuanto al origen mismo de la emisió n, este
estudio
no ha sido capaz hasta el momento de remontarse al mismo.

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Gustavo Cia es psicólogo clínico e investiga el fenómeno OVNI y el contacto extraterrestre en


Argentina con “FENOMALIAS”.

173 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


Revista EXOCIÊNCIA Envio de Propostas
Uma Abordagem Multidimensional da Os artigos devem ser originais e redigidos
Consciência e dos Fenômenos Anômalos em Português (formato compatível com
Microsoft Word) até 31 de Maio ou 30 de
Apresentação Outubro a:
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Revista EXOCIÊNCIA - Uma Abordagem loryel@brasilan.com.br
Multidimensional da Consciência e dos
Fenômenos Anômalos é uma publicaçã o Devem cumprir-se as seguintes especi-
do Instituto Mukharajj Ediçõ es & Instituto ficações:
Integral da Consciência de Ensino de Página de título e subtítulo com o nome
Extensã o de Sã o Paulo centrado na do(s) autor(es), afiliação acadêmica
investigaçã o, pesquisa e documentaçã o atual, bem como endereço eletrô nico e
no â mbito da Consciência, dos telefone; o texto deverá estar organizado
Fenô menos Extraordiná rios e Anô malos, com uma hierarquia clara de títulos
com ênfase nos objetos voadores nã o e subtítulos (máximo três níveis);
identificados (OVNIs), na possibilidade referências inseridas no texto (autor,
de vida inteligente extraterrestre, ano: página), ex.: (Cascudo, 1960:19-23);
extradimensional e extratemporal, sendo estritamente necessárias, notas
exotecnologias e formas de energia. ao pé, não devendo incluir-se nenhuma
referência bibliográfica; as tabelas, figuras
Os artigos, textos, estudos, documentos desenhos e ilustraçõ es (originais), com
e imagens fazem parte dos acervos do contraste e qualidade apropriados, estarão
Instituto Integral da Consciência de Ensino claramente identificadas e numerar-
de Extensã o de Sã o Paulo e do Instituto se-ão consecutivamente; apartado
Mukharajj Brasilan. de Referências Bibliográficas depois
do texto; os textos que não cumpram
A Revista EXOCIÊNCIA anuncia a chamada as especificaçõ es supracitadas serão
de colaboraçõ es para os seus volumes, que devolvidos aos seus autores; o texto deverá
devem ser encaminhados no início de cada
semestre dos correntes anos. ser apresentado em Word na fonte Times
New Roman tamanho 12, espaçamento 1,5,
Site: justificado, com identificação de parágrafo
www.revistaexociencia.com.br no início do mesmo.
174 | ANO 1 - VOLUME 1 - JUNHO 2015

E-Mail:
revistaexociencia@bol.com.br Apontamentos legais

Cronograma para os Volumes Os autores serão sempre titulares dos


I Semestre: direitos legais dos seus textos; os autores
Colaboraçõ es: Até 30 de Outubro são responsáveis pelas autorizaçõ es para
Decisõ es editoriais: Dezembro a reproduçã o de citaçõ es, ilustraçõ es, etc.
Ediçã o e acabamento: Janeiro/Fevereiro
II Semestre:
Colaboraçõ es: Até 31 de Maio
Ediçõ es editoriais: julho
Ediçã o e acabamento: Agosto/Setembro
Normas de publicação Ex.: Cardim, Paulo (1998). Marco teó rico.
Andrade, Carlos, ed., Pedra da Paraúna, São
Sistema de referências bibliográficas Paulo: Imery, pp 12-34.

As referencias devem seguir a seguinte Revistas e jornais: Sobrenome e Prenome


formataçã o: (ano). Título da revista/jornal (em
Em monografia e similares: Sobrenome e itálico), volume e/ou nú mero, página
Prenome do autor e autores (ano). Título inicial-final do artigo. Ex.: Cardim, Paulo
(em itá lico). Local: editora. Ex.: Cardim, (1998). Introdução ao símbolo. Revista
Paulo; Andrade, Carlos (1998). Pedra de de Arqueoastronomia, vol. 1, n0 1, pp.23-
Paraúna. Sã o Paulo: Imery. 35. No caso de artigos sem autor explícito,
colocar nome da revista/jornal.
Mais de três autores: Sobrenome e Para teses e outros trabalhos acadêmicos:
Prenome seguindo de: et Al. Ex.: Cardim, Sobrenome e Prenome (ano). Título (em
Paulo; et al (1998). Pedra de Paraúna. Sã o itálico) [tipo de trabalho]. Local:
Paulo: Imery. Instituição.
Ex.: Cardim, Paulo (1998). Teoria do
Entidades coletivas: Nome da entidade símbolo [memó ria de licenciatura]. Rio de
(ano). Título (em itá lico). Local: editora. Janeiro: Pontifícia Universidade Cató lica do
Ex.: Fundaj (1998). Estatísticas. Recife:
Fundaj, Presidência. Rio de Janeiro, Departamento de Letras.

Autor (editor) da obra difere do autor Para documentos em-linha: mesmos


do capítulo: Sobrenome e Prenome do critérios que edição impressa, acres-
autor da parte (ano). Título da parte. centando [em-linha], seguido do título,
Sobrenome e prenome do autor (editor) disponibilidade e data de consulta no
da obra, responsabilidade [seja ed., dir., fim. Ex.: Cardim, Paulo (1998). Manual
org., etc]. Título da obra (em itá lico). Local: de símbolo [em linha]. Rio de Janeiro:
editora, pá g., inicial-pá g. final da parte. Perímetro. Disponível em: [consulta: 17/-
7/13]: <http://www.perimetro.net/estilo.
pdf>

175 | REVISTA EXOCIÊNCIA | ISSN: 2359.5345


NESTE NÚMERO:

Projeto Editorial
Loryel Rocha e Monica S. Borine

Exopsicologia
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As Ativações dos Lóbulos Cerebrais no Êxtase Místico e


nos Contatos Extraterrestres
Gilda Moura

A Hierarquia Celeste e os Seus 9 Coros


Manuel J. Gandra

As Inteligências Supremas, Breve Ensaio


Loryel Rocha e Ana Maria Dutra de Meneses de Carvalho 

Exopolitics: Discipline of Choise for Public Policy


Issues Concerning Extraterrestrial Life
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An Exoconscions Proposal: The Common Ground of


Consciousness Science and Psychic Intelligence
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Investigação Sobre EC IV VDD e Avistamentos


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