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Vale S.A.

é uma mineradora multinacional brasileira e uma das maiores operadoras de logística


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do país. É uma das maiores empresas de mineração do mundo e também a maior produtora
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de minério de ferro, de pelotas e de níquel. A empresa também produz manganês,
ferroliga, cobre, bauxita, potássio, caulim, alumina e alumínio. No setor de energia elétrica, a
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empresa participa em consórcios e atualmente opera nove usinas hidrelétricas, no Brasil, no
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Canadá e na Indonésia.
Fundada em 1942 como Companhia Vale do Rio Doce, nome usado até 2007, a empresa foi
criada durante o governo Getúlio Vargas para a exploração das minas de ferro na região de
Itabira, no estado de Minas Gerais. A Vale é hoje uma empresa privada, de capital aberto, com
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sede no Rio de Janeiro, e com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), na
Bolsa de Valores de Madrid (L17) (LATIBEX (L18)) e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE),
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integrando o Dow Jones Sector Titans Composite Index. Na Bolsa de Valores de Hong
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Kong(L19) (R4) (HKEx) (L20) (R5) a Vale esteve listada de 2010 até julho de 2016.
Opera em 14 estados brasileiros e nos cinco continentes e possui cerca de dois mil quilômetros
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de malha ferroviária e nove terminais portuários próprios. É a maior empresa no mercado
de minério de ferro e pelotas (posição que atingiu em 1974 e ainda mantém) e a maior produtora
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de manganês e ferroligas do Brasil, além de operar serviços de logística, atividade em que é
a maior do país. No Brasil, os minérios são explorados por quatro sistemas totalmente
integrados, que são compostos por mina, ferrovia, usina de pelotização e terminal marítimo
(Sistemas Norte, Sul e Sudeste).Em outubro de 2016, foi lançado o Complexo S11D Eliezer
Batista(S11D), no Pará, uma usina construída fora da floresta, para minimizar os impactos
ambientais, e que produzirá um minério com qualidade superior ao produzido no Sistema Sul e
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Sudeste. A Vale consome cerca de 5% de toda a energia produzida no Brasil.
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Em 24 de outubro de 2006, a Vale anunciou a incorporação da canadense Inco, a maior
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mineradora de níquel do mundo, que foi efetivada no decorrer de 2007. Após essa
incorporação, o novo conglomerado empresarial CVRD Inco - que mudou de nome em
novembro de 2007 - tornou-se a 31ª maior empresa do mundo, atingindo um valor de mercado
de 298 bilhões de reais, à frente da IBM. Em 2008 seu valor de mercado foi estimado em 196
bilhões de dólares pela consultoria Economática, perdendo no Brasil apenas para a Petrobras
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(287 bilhões), estando entre as dez maiores empresas da América Latina. Em 29 de
novembro de 2007, a marca e o nome de fantasia da empresa passaram a ser apenas Vale S.A,
nome pelo qual sempre foi conhecida nas bolsas de valores, mas foi mantida a razão social
original. Em 2008, a Companhia Vale do Rio Doce deixou de usar a sigla CVRD, passando a
usar o nome Vale e se tornou a 33° maior empresa do mundo (de acordo com o Financial Times
de 2008) e a maior do Brasil em volume de exportações, com quantidade superior à da
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Petrobras. Em assembleia geral extraordinária de acionistas, ocorrida no dia 22 de maio de
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2009, foi decidida a mudança de nome legal da empresa para Vale S.A.
Em janeiro de 2012 foi eleita como a pior empresa do mundo, no que refere-se a direitos
humanos e meio ambiente, pelo “Public Eye People´s”, premiação realizada desde o ano 2000
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pelas ONG's Greenpeace e Declaração de Berna. Na sequência, a empresa ficou marcada
negativamente no Brasil e no mundo pelos desastres ambientais de Mariana em 2015 e
Brumadinho em 2019, ambas no estado de Minas Gerais. Nos dois casos, houve o rompimento
de barragens pertencentes à mineradora, deixando centenas de vítimas e desaparecidos em
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meio aos rejeitos de mineração.
Índice
● 1
● História
○ 1.1
○ Fundação

○ 1.2
○ Consolidação

○ 1.3
○ Privatização

● 2
● Segmentos de atuação
○ 2.1
○ Logística e energia

○ 2.2
○ Minerais ferrosos

○ 2.3
○ Minerais não ferrosos

● 3
● Controvérsias
○ 3.1
○ Privatização

○ 3.2
○ Desastre de Mariana (2015)

○ 3.3
○ Desastre de Brumadinho (2019)

○ 3.4
○ Evacuação em Barão de Cocais (2019)

○ 3.5
○ Tentativa de despejo em Parauapebas (2021)

● 4
● Ver também

● 5
● Referências

● 6
● Bibliografia

● 7
● Ligações externas

História
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(Novembro de 2012)

Fundação

Getúlio Vargas em 1930.

Vários grupos de investidores internacionais adquiriram extensas glebas de terra próximas a


Itabira-MG, e em 1909 se reuniram fundando o Brazilian Hematite Syndicate ("Sindicato
Brasileiro da Hematita"), um sindicato que visava a explorá-las. Em 1911 o empresário
estadunidense Percival Farquhar adquiriu todas as ações do Brazilian Hematite Syndicate e
mudou seu nome para Itabira Iron Ore Company ("Companhia de Minério de Ferro de Itabira").
Percival Farquhar fez planos para que a Itabira Iron Ore Co. exportasse 10 milhões de
toneladas/ano de minério de ferro para os Estados Unidos, usando navios pertencentes a seu
sindicato, que trariam carvão dos EUA ao Brasil, tornando assim o frete mais econômico. Esse
plano antecipava em mais de 40 anos um conceito que, modificado e atualizado, viria a se tornar
realidade, sob a direção de Eliezer Batista, na década de 1960, quando da inauguração do Porto
de Tubarão.
Percival Farquhar não logrou sucesso. Embora pudesse contar com a simpatia do presidente
Epitácio Pessoa, que lhe deu uma concessão conhecida como Contrato de Itabira de 1920,
Farquhar encontrou ferozes opositores a seu projeto, dentre eles o governador do estado de
Minas Gerais (então quase autônomo), Artur Bernardes, que depois se elegeria presidente da
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República.
Décadas de debates acalorados se seguiram, com o país praticamente dividido entre os adeptos
das duas posições, sem que o projeto de Farquhar saísse da prancheta. Este plano foi
inviabilizado quando Getúlio Vargas assumiu o poder, à frente da Revolução de 1930, e
encampou as reservas de ferro que pertenciam a Farquhar, criando com elas, em 1942, a
Companhia Vale do Rio Doce, como uma empresa estatal, para o que obteve o beneplácito dos
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Estados Unidos e da Inglaterra nos Acordos de Washington.

Consolidação
Após sua fundação, a Vale conseguiu ir, pouco a pouco, expandindo sua produção de minério
de ferro, mas de forma ainda muito lenta. O Brasil tinha grandes reservas do mineral, mas a
demanda era reduzida. A Vale vivia praticamente só para fornecer matéria prima para as
siderúrgicas nacionais, sendo a maior delas, então, a Companhia Siderúrgica Nacional. Em
dezembro de 1952, Francisco de Sá Lessa, engenheiro civil de formação, assumiu a presidência
da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), permanecendo no cargo até 1960. Neste período a
Companhia modernizou seus postos e conquistou novos mercados. Sá Lessa inaugurou os
primeiros escritórios da empresa no exterior.
Em 1961, nomeado por Jânio Quadros - em seu último ato político antes da renúncia - entra em
cena seu novo presidente, Eliezer Batista, "o engenheiro ferroviário que ligou a Vale ao resto do
mundo". Percebendo a necessidade dos japoneses de expandir seu parque siderúrgico,
grandemente danificado na segunda guerra, criou o conceito de distância econômica, o que
permitiu à Vale entregar minério de ferro ao Japão - antípoda do Brasil - a preços competitivos
com o das minas da Austrália, através do Porto de Tubarão, depois de sua inauguração, em
1966.

Abrimos o mercado para um produto que podia valer pouco, mas a ideia era
ganhar dinheiro com a "logística", transformando uma distância física (a rota
Brasil-Japão-Brasil) numa "distância econômica" , (o valor para colocar o
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minério nas usinas japonesas), explica Eliezer.

Logo da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).


Foram assinados, em 1962, contratos de exportação, válidos por 15 anos, com 11 siderúrgicas
japonesas, num total de 5 milhões de toneladas/ano - quase que dobrando a produção da Vale.
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Ainda em 1962 a Vale produziu cerca de 8 milhões de toneladas de minério de ferro.
Com a criação da Docenave, em 1962, e a inauguração do Porto de Tubarão, em 1966, a Vale
entrou numa fase de crescimento vertiginoso, em que sua produção passou de 10 milhões de
toneladas/ano, em 1966, para 18 milhões, em 1970, e atingiu a incrível marca de 56 milhões de
toneladas/ano, em 1974, ano em que a então estatal assumiu a liderança mundial na exportação
de minério de ferro, a qual nunca mais perdeu. A Docenave, criada para levar parte do minério
(40%) ao Japão, chegou a ser a terceira maior empresa de navegação graneleira do mundo.
As primeiras iniciativas da Companhia Vale do Rio Doce no setor aurífero foram nos anos 1970,
época em que foram empreendidos estudos para o aproveitamento do ouro encontrado em
conjunto com o minério de ferro de suas reservas em Itabira. Na década de 1980, com os
primeiros resultados das pesquisas feitas pela Docegeo em depósitos descobertos em 1978 no
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interior da Bahia (na chamada faixa Weber, entre os municípios de Araci e Teofilândia).
Em 1979, quando tomou posse como presidente da República, o general João Batista
Figueiredo reconduziu Eliezer Batista à presidência da Vale. Ex-ministro do presidente deposto
João Goulart, Eliezer foi, durante o regime militar, diretor-presidente da Minerações Brasileiras
Reunidas S/A (MBR), vice-presidente da Itabira lnternational Com­pany, diretor da Itabira
Eisenerz GMPH, com sede em Dusseldorf, na Alemanha Ocidental, presidente da Rio Doce
Internacional S/A, subsidiária da Vale com sede em Bruxelas, consultor e promotor de negócios
para o governo mineiro e presidente da Paranapanema, uma das maiores mineradoras do país.
Em 2016, Eliezer foi homenageado pela empresa através do lançamento do Complexo S11D
Eliezer Batista, o maior projeto de mineração do mundo que substitui o uso de c

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