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Alexandre Marques
2020/2021
Índice
Introdução .............................................................................................................................. 3
Questões que serão abordadas ao longo do relatório ............................................................. 4
A APOM e a sua importância no desenvolvimento da Museologia ...................................... 5
RPM - Rede Portuguesa de Museus ...................................................................................... 6
Apresentação e descrição das Variáveis em Estudo .............................................................. 7
A Evolução do Número de Museus e Visitantes em Portugal ............................................... 9
Museus – Base de dados de 2013 e 2018 – Estatística Descritiva ...................................... 13
Estimação e Intervalos de Confiança................................................................................... 24
Testes de Hipótese ............................................................................................................... 25
Conclusão ............................................................................................................................ 28
Introdução
O objetivo do presente trabalho, proposto pela orientadora Anabela, consiste no estudo
de uma base de dados à nossa escolha. Após algum período a procurar nos mais diversos
sites onde se encontram disponíveis microdados, foi no INE – Instituto Nacional de
Estatística – onde achei a base de dados que será objeto de análise.
Esses dados dizem respeito a um inquérito feito aos Museus Públicos em 2013 e 2018,
tendo sido escolhidos esses anos para se poder fazer uma comparação dos números obtidos
entre esse período. Depois de elaborar um conjunto de questões previamente expostas, o
objetivo passará por responder a essas com base no que foi aprendido ao longo do semestre.
Devido aos números elevados que foram observados em algumas variáveis,
nomeadamente as Despesas com o Pessoal, Despesas Totais, Receitas Totais e Total de
Bens, aqueles que superam os 5 milhões foram considerados como outliers para que não
exerçam influência sobre os resultados de testes que serão feitos ao longo deste relatório.
Primeiramente será feita uma introdução teórica ao tema, onde abordarei a situação
museológica em contexto nacional, a sua evolução ao longo dos últimos anos e as medidas
tomadas pelo governo para fomentar uma maior coesão territorial, dando como exemplos os
casos da APOM e da Rede Portuguesa de Museus.
Após essa introdução serão apresentadas e descritas as variáveis em estudo,
procedendo-se também à sua classificação segundo a escala, com o objetivo de dar a
conhecer com que bases serão moldados os resultados estatísticos que teremos no término
do trabalho.
Depois dessa primeira avaliação será abordada a evolução do número de museus em
Portugal e do seu número de visitantes - no contexto geral e por NUTS II -, no período de
2012 a 2018 e nos últimos 50 anos, de 1960 a 2010, numa análise decenal, através dos
números disponibilizados pelo PORDATA.
Seguidamente será feita uma caraterização das duas amostras, num máximo de quatro
exemplos, representando-as graficamente e a partir de tabelas, bem como as suas medidas
estatísticas, com o objetivo de perceber as devidas diferenças.
No final, e concluindo o relatório, serão também apresentadas estimações para o futuro
com base em diferentes intervalos de confiança, formulação de testes de hipóteses,
regressões lineares múltiplas e verificação dos pressupostos adjacentes.
Questões que serão abordadas ao longo do relatório
• Os museus tiveram algum aumento em número de estabelecimentos e visitantes ao
longo dos últimos anos?
• Quantos Museus pertencem a Núcleos Museológicos?
• Qual a distribuição do número de pessoas empregadas nos Museus?
• Qual a distribuição das despesas com o Pessoal ao serviço nos Museus?
• Qual a caraterização das variáveis quantitativas em estudo?
• Qual a distribuição dos museus por região?
• Como difere a distribuição dos Museus por região (NUTS II) e as receitas? E com as
despesas?
• Existe uma relação linear entre o Pessoal Remunerado e o Total de Empregados?
• Há relação entre as despesas totais e o número total de bens?
• Há diferença significativa entre o n° total de visitantes e as receitas?
• O facto de um museu pertencer a um núcleo museológico influencia no número de
empregados?
• A quantidade de museus polinucleados difere por região?
• Existe alguma associação entre o tipo de abertura e o controlo de entrada de
visitantes?
• Quanto museus existem na região do Alentejo?
• Qual o número total de voluntários que trabalham nos Museus?
• Existe evidência estatística que o número de museus que se situam no Alentejo é
superior a 12%?
• Há diferença significativa entre a proporção de museus no Alentejo por tipo de
abertura? A média de visitantes anual é influenciada pelo número de núcleos?
• O número médio de visitantes estrangeiros difere por região?
A APOM e a sua importância no desenvolvimento da Museologia
A criação de uma associação, com o objetivo de fomentar colóquios a nível de todos
os museus do País, foi uma ideia que levou em 1965, pela parte da Dra. Maria José de
Mendonça, à criação da A.P.O.M (Associação Portuguesa de Museologia), vencendo as
muitas dificuldades que o governo, devido à situação política, punha à constituição de
associações de profissionais.
Pelas razões apontadas, a associação, “além de museólogos, incluía especialistas das
várias ciências que dão forma à museologia” (Mota, Maria).
A APOM viria a pertencer ao Conselho Nacional da Cultura em 1976, a funcionar
no âmbito da Secretaria de Estado da Cultura e, mais tarde, devido aos “relatórios, estudos,
propostas e conclusões sobre os diferentes problemas dos nossos museus” (Mota, Maria),
membro do Conselho Consultivo do Instituto Português dos Museus e do Instituto Português
do Património Cultural.
Assim, esta associação contribuiu substancialmente para que hoje exista, a nível
nacional, regional e inter-regional, uma consciência positiva acerca da importância que os
Museus exercem sobre a cultura do país, agora dotados de “pessoal habilitado, meios
suficientes e instalações condignas” (Mota, Maria).
Concluindo, só com uma eficiente organização coletiva, aliado a um enquadramento
das autoridades em relação à tutela, é que levou a que os Museus ocupassem um lugar
importantíssimo no seio da comunidade, atestada pela existência do Instituto Português de
Museus e pela contribuição notável da Rede Portuguesa de Museus, onde esta última será
abordada já de seguida.
RPM - Rede Portuguesa de Museus
As Redes de Museus “surgem nos anos 90 do século XX, acompanhando o
desenvolvimento da internet e verificando-se o surgimento de novas formas de gestão e a
abertura das instituições museológicas ao meio envolvente. Assim, estas são, numa primeira
instância, associadas à componente da comunicação” (Camacho, Clara).
A sua composição é feita através da “adesão voluntária de entidades museológicas”.
Contudo, muitas dessas instituições “que se autodenominam museus não cumprem os
requisitos” (Camacho, Clara), que variam de país para país.
A Rede Portuguesa de Museus foi criada no ano de 2000 e é composta atualmente
por 156 museus. O objetivo desta passa por “promover a valorização de cada um desses
estabelecimentos que a integra” (podendo eles ser públicos ou privados), através de
diferentes meios: o conhecimento aprofundado de cada entidade pertencente ao sistema –
através da ficha de candidatura e da interação regularmente estabelecida com os museus; a
circulação contínua de informação – garantida por “instrumentos formais como o Boletim
RPM e o website”; a articulação de recursos – com programas de apoios financeiros a novos
projetos; e a “existência de finalidades comuns às entidades envolvidas” (Camacho, Clara)
– baseadas na partilha de recursos e essencialmente na cooperação.
Entretanto, para que um Museu possa integrar esta rede terá de preencher um
conjunto de requisitos, entre os quais o “reconhecimento oficial da qualidade técnica dos
museus, tendo em vista a promoção do acesso à cultura e o enriquecimento do património
cultural, através da observância de padrões de rigor e de qualidade no exercício das funções
museológicas”.
O ProMuseus - Programa de Apoio Financeiro a Museus -, faz parte da RPM e tem
por objetivo o incentivo da qualificação dos museus portugueses, contribuindo para a
“preservação do património cultural e o melhoramento da prestação de serviços ao público”
(Camacho, Clara). Esta constitui uma das medidas estruturantes da política museológica
nacional para a correção das assimetrias existentes, bem como para a utilização integrada de
recursos no âmbito da política cultural.
Sendo um sistema organizado de museus baseado na adesão voluntária, é configurado
de forma progressiva onde o essencial será a “descentralização, a medição, a qualificação e
a cooperação entre os museus” (Camacho, Clara), onde os núcleos museológicos funcionam
como um importante instrumento na estabilização desses objetivos.
Apresentação e descrição das Variáveis em Estudo
• NUTS II (Variável qualitativa)
1- Norte
2- Centro
3- Área Metropolitana de Lisboa
4- Alentejo
5- Algarve
6- Região Autónoma dos Açores
7- Região Autónoma da Madeira
Ano Museus
2010 340
2000 198
1990 324 Tabela 1 – Evolução decenal do
número de Museus em Portugal.
1980 120
Fonte: PORDATA.
1970 122
1961 96
10000000
8000000
6000000
4000000
2000000
0
1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
Depois de ter sido feita uma análise decenal, procederemos agora ao estudo dessa
mesma evolução nos períodos que vão de 2012 a 2018, observando não só num contexto
nacional, mas também a nível das NUTS II, de modo a verificarmos a diferente distribuição
pelo território continental e ilhas.
Em relação ao número de museus, é na região Norte onde se situam o maior número
de instituições, seguida pelo Centro, AML, Alentejo, a R.A. dos Açores, o Algarve e por
último a R.A. da Madeira (tabela 3). Em todas essas, à exceção de 2018 – onde o número de
museus diminuiu na região Norte e no Alentejo – viram aumentadas o número de portas
abertas (gráfico 3 e 4).
Tabela 3 – Evolução anual do número de Museus em Portugal e NUTS II. Fonte: PORDATA.
440
420
400
380
360
340
320
300
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Tabela 4 – Evolução anual do número de Visitantes em Portugal e NUTS II. Fonte: PORDATA.
Norte Centro
Área Metropolitana de Lisboa Alentejo
Algarve Região Autónoma dos Açores
Região Autónoma da Madeira
Gráfico 4 – Evolução anual do número de Museus em Portugal por NUTS II. Fonte: PORDATA.
Gráfico 5 – Evolução do número de Visitantes por número de Museus em Portugal. Fonte:
PORDATA.
Gráfico 6 –Evolução da quantidade de Visitantes por número de Museus nas NUTS II. Fonte:
PORDATA.
Museus, Jardins Zoológicos, Botânicos e Aquários – Base de dados
de 2013 e 2018 – Estatística Descritiva
Em relação ao caso de estudo, iremos agora abordar as bases de dados obtidas no site
do Instituto Nacional de Estatística, relativos a inquéritos da própria entidade feitos a grande
parte dos estabelecimentos espalhados pelo território nacional, em que a “base de
amostragem é constituída pelos Museus e pelos Jardins Zoológicos, Botânicos e Aquários”,
sendo denominados por Museus.
Dando uma informação mais pormenorizada sobre o conteúdo destes ficheiros, eles
contêm “dados anuais de caracterização dos Museus”. Procedeu-se a uma requalificação por
parte do INE tendo em conta a nova Lei-Quadro dos Museus Portugueses, em que algumas
instituições classificadas como “Monumentos Nacionais” não foram incluídas neste
processo de recolha de informação.
Neste caso, a “operação estatística tem como objetivo obter dados anuais para a
caracterização dos Museus, Jardins Zoológicos, Botânicos e Aquários”, obtida através de
recenseamento, a fonte de informação é direta, – “recolhidos diretamente nas unidades de
observação” – e é feita através de um questionário previamente definido pela entidade
responsável (INE).
O Museus que são tidos em conta para posterior análise inclui apenas aqueles que
“obedecem em simultâneo aos seguintes cinco critérios estabelecidos para apuramento:
- Critério 1 - existência de, pelo menos, uma sala ou espaço de exposição;
- Critério 2 - abertura ao público, permanente ou sazonal;
- Critério 3 - existência de, pelo menos, um conservador ou técnico superior - incluindo
pessoal dirigente;
- Critério 4 - existência de um orçamento - ótica mínima: despesa;
- Critério 5 - existência de um inventário (ótica mínima: inventário sumário).”
Assim, bases de dados que irão ser trabalhadas no presente relatório serão relativas aos
anos de 2013 e 2018. A primeira tem uma amostra igual a 256 e a segunda um tamanho de
333, correspondendo consecutivamente a 66% e 71% do Universo dos Museus. Será feita
uma comparação entre estas duas amostras, dando exemplos relativos a três variáveis:
- A pertença, ou não, a Núcleos Museológicos;
- Total de Pessoas Empregadas nos Museus;
- Despesas com o Pessoal ao Serviço.
• Quantos Museus pertencem a Núcleos Museológicos?
Como pode ser visto nos gráficos 7 e 8, relativos a 2013 e 2018, a percentagem de
estabelecimentos pertencentes a Núcleos Museológicos aumentou, apesar da diferença não
ser assim tão significativa, passando de 31,25% para os 31,53% em 2018. Cerca de 75% das
instituições museológicas pertenciam no máximo a um núcleo em 2013 e a dois em 2018,
sendo que o maior número de núcleos que um museu pertencia seria a nove e a catorze
respetivamente.
Museus Polinucleados
em 2018
250
200 228
150
100
105
50
0
Sim Não
Gráfico 9 – Quantidade de pessoas empregadas nos Gráfico 10 – Quantidade de pessoas empregadas nos
Museus em 2013. Fonte: INE. Museus em 2013. Fonte: INE.
Gráfico 11 – Despesas com o Pessoal ao Serviço Gráfico 12 – Despesas com o Pessoal ao Serviço nos
nos Museus em 2013. Fonte: INE. Museus em 2018. Fonte: INE.
• Caraterização das variáveis quantitativas em estudo – 2013 e 20181
Passemos então à caraterização das variáveis quantitativas em estudo (tabela 5 e 6), no
qual serão referidas aquelas que considero mais pertinentes de serem avaliadas. Devido aos
valores assimétricos, não será tida em conta a média.
Em 2013 metade dos museus continham até 4923 bens e em 2018 esse valor situava-
se nos 4 151. Relativamente a esta variável há também a salientar um dos estabelecimentos
em Lisboa que teria perto de três milhões de bens, estando no outro extremo um Museu
situado em Macedo de Cavaleiros apenas com um bem registado.
Relativamente ao número de voluntários, cerca de 75% de entidades não possuía
nenhum, sendo que no total esse número fixou-se nos 209 (em 2013) e 259 (em 2018).
Outro dado que pode ser de relevância extrema é que dos quase 6 milhões e meio de
habitantes no primeiro ano em estudo, mais de um terço desses eram estrangeiros, sendo que
no segundo ano, dos mais de 9 milhões registados, mais de metade não eram portugueses.
Relativamente às despesas, estas foram em ambos os casos superiores às receitas,
registando-se desta forma um prejuízo a nível nacional, podendo ser devido aos diversos
investimentos feitos pelas instituições – apenas 17,5% em 2013 e 12,3% em 2018
apresentaram lucros.
Concluindo, como afirmado anteriormente, existe uma grande dispersão dos dados
relativamente à média – quanto maior o desvio padrão, maior a dispersão e mais afastados
da média estarão os eventos extremos – ou seja, as duas amostras demonstram não serem
homogéneas.
Tabela 5 – Medidas-resumo das variáveis quantitativas em estudo relativas a 2013. Fonte: INE.
1
*Valores superiores a 5 000 000 – relativos às Receitas e Despesas Totais, ao Total de Bens e às Despesas
com o Pessoal – foram considerados outliers, não tendo sido utilizados para alguns cálculos neste relatório de
modo a evitar que esses tenham influência nos resultados.
Tabela 6 - Medidas-resumo das variáveis quantitativas em estudo relativas a 2018. Fonte: INE.
Gráfico 13 – As Receitas por Museu (2013). Gráfico 14 – As despesas por Museu (2013).
Fonte: INE. Fonte: INE.
Assim, registou-se em 2013 (0.23) e em 2018 (0.204) uma associação muito fraca
positiva entre a distribuição por NUTS II e os museus polinucleados (tabela 7 e 8).
• Existe alguma associação entre o tipo de abertura e o controlo de entrada de
visitantes?
Concluindo, fizemos um último teste para verificar se o tipo de abertura –
Permanente ou Sazonal – levaria a que um museu fizesse um controlo de entrada ou não.
Primeiramente foi feito o teste qui-quadrado para perceber se existe uma relação
entre elas. Tendo como Hipótese 0: As variáveis Tipo de Abertura e Controlo de Entrada
estão relacionadas vs H1: As variáveis Tipo de Abertura e Controlo de Entrada não têm
qualquer relação, tivemos os seguintes resultados para o valor p:
‘‘Pearson's Chi-squared test with Yates' continuity correction
data: museus2013.2$Abertura_anual_comportam and museus2013.2$Controlo_Entr
X-squared = 0.48702, df = 1, p-value = 0.4853’’
Visto que o p-value para ambos os casos ser superior aos usuais níveis de
significância não rejeitamos a hipótese nula, ou seja, existe uma relação entre as duas
variáveis.
Entretanto, o coeficiente de Phi indica uma associação positiva fraca entre o tipo
comportamento da abertura dos museus e o controlo de entrada de visitantes (tabela 9 e 10).
Gráfico 25 – Número de Visitantes por tipo de Gráfico 26 – Número de Visitantes por tipo
museu (2013). de museu (2018).
Para podermos ter certezas relativamente a qual hipótese optar, teremos de verificar
os pressupostos. O primeiro diz respeito à dimensão da Amostra – em 2013 é de 252 e em
2018 de 329.
Visto as distribuições serem assimétricas, os testes à Normalidade serão feitos
através da verificação das medidas de assimetria e achatamento. Para a verificação da
primeira é utilizado o skewness, chegando à conclusão de que para ambos os anos a
distribuição é distorcida (4.366578 e 3.627148), visto os valores serem superiores a 1.
Relativamente à segunda foi medido o kurtosis, concluindo através dos valores (23.69479 e
14.01927) que a distribuição é leptocúrtica – apresenta picos mais altos que a distribuição
normal. Assim, não podemos validar o pressuposto da Normalidade.
Tendo falhado um dos pressupostos, para respondermos à questão teremos de utilizar
um teste não paramétrico, sendo o de Wilcoxon o melhor para este tipo de variáveis. Através
dos resultados (p-value inferior aos usuais níveis de significância) podemos rejeitar a
hipótese nula, ou seja, que existe uma diferença no número de visitantes consoante o tipo de
museu.
Há diferença significativa na média de visitantes estrangeiros por regiões?
No último teste de hipóteses iremos verificar se existe uma diferença significativa na
média de visitantes estrangeiros por regiões. A hipótese nula será que não há diferença
nessa média, ou seja, a média de visitantes estrangeiros é igual em todas as regiões de
Portugal e a hipótese alternativa afirma que há mais visitantes de origem estrangeiro em
algumas regiões relativamente a outras.
Na verificação dos pressupostos, rejeitamos a Normalidade visto o valor p ser
inferior aos usuais níveis de significância, ou seja, a distribuição não segue uma lei normal.
Para a Homocedasticidade, o valor p de 0,024 em 2013 possibilidade a rejeição das
variâncias para os níveis de significância 5 e 10% e em 2018 (p value = 0,066) rejeitamos
também para os 10% a igualdade das variâncias entre as regiões.
O próximo passo é verificar a Normalidade dos Resíduos (gráficos 27 e 28). Como
podemos observar nos gráficos apresentados, os erros não se encontram dentro da linha
que definiria a sua normalidade, ou seja, afirma-se a falha da normalidade dos resíduos
para ambas as amostras.
Devido à confirmação da falha nos pressupostos, teremos então de utilizar um teste
não paramétrico (métodos em que não se exigem hipóteses tão fortes como os métodos
clássicos, como por exemplo a Normalidade). Assim, para calcularmos o valor p, foi
utilizado o Teste de Kruskal – Wallis. Em H0 os grupos são provenientes da mesma
população e em H1 os grupos provêm de populações diferentes. Tanto em 2013 como em
2018, o p-value é inferior aos usuais níveis de significância, e dessa forma, rejeita-se a
hipótese nula e “aceita-se” a hipótese alternativa, ou seja, estatisticamente verifica-se uma
diferença no número de visitantes estrangeiros entre as diferentes regiões.