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Manaus – Amazonas
1999
i
UNIVERSIDADE DO AMAZONAS
DEPARTAMENTO DE MEDICAMENTOS E ALIMENTOS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DE ALIMENTOS
Manaus – Amazonas
1999
ii
AGRADECIMENTOS
À Dra. Jerusa de Souza Andrade, minha orientadora, por todas às vezes que
desviei do caminho e ela me conduziu à direção certa.
OLIVEIRA, H. P.
Elaboração de néctar de cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal) e avaliação das
características físico-químicas e sensorias durante o armazenamento.
Manaus: UA, 1999.
Dissertação de Mestrado.
1. Cubiu 2. Solanum sessiliflorum 3. Néctar 4. Bebidas 5. Frutos da Amazônia.
Sinopse:
RESUMO
SUMMARY
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 1
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 51
QUADROS: Pág.
TABELAS: Pág.
LISTA DE FIGURAS
Pág.
1. INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 CUBIU
das folhas e dos frutos permanece quase invariável, ao contrário do que acontece
com o tomate, pimentão, jiló e berinjela, nos quais o tamanho dos frutos e das
folhas varia de acordo com o desenvolvimento das plantas.
De acordo com SILVA FILHO (1998), a semeadura pode ser feita em
qualquer época do ano, em lugares sombrios, com pouca intensidade solar, em
canteiros ou recipientes individuais. Em condições favoráveis de temperatura e
umidade, a germinação ocorre a partir do 7º dia após a semeadura e se estende por
mais 40 dias (SILVA FILHO et al, 1996).
A plantação definitiva (transplante) se faz a partir dos 60 dias depois da
semeadura, etapa em que as plantas apresentam quatro ou mais folhas definitivas e
15 cm de altura. A produção se inicia 6 meses depois do transplante, com produção
econômica de frutos durante 3 meses e produção baixa continuada de frutos por
mais um ano, dependendo do manejo e da fertilidade do solo (SILVA FILHO,
1998).
Quando não recebe nenhum tratamento no cultivo, a planta produz entre 2 a
4 kg de fruto. As plantas de cubiu cultivadas com frutos pequenos (25 a 40 g),
médios (40 a 160 g), médios-grandes (60 a 140 g) e grandes (140 a 215 g),
produzem entre 87 e 119, 83 e 95, 41 e 55 e 24 e 39 frutos respectivamente, isto
significa que o número de frutos produzidos pela planta está associado ao tamanho
dos frutos (SILVA FILHO, 1989).
Segundo PAHLEN (1977), uma adubação com 250 ton/ha de lixo orgânico e
uma fertilização em cobertura no início da produção com 10 g de superfosfato
triplo, 10 g de uréia e 10 g de cloreto de potássio em solo arenoso com 80 a 85% de
areia, representa um rendimento entre 5 kg/planta nas linhagens menos produtivas e
14 kg/planta nas linhagens mais produtivas, em três meses de produção.
As plantas da família Solanacea são severamente atacadas por diversas
espécies de insetos. Estudos sobre os insetos que atacam o cubiu foram realizados
na Estação Experimental de Hortaliças do INPA, em vários bairros de Manaus e em
algumas partes situadas no município de Manacapuru, Estado do Amazonas, Brasil.
8
COLEOPTERA Curculionidae xx **
Phyrdenus muriceus Germar Curculionidae xx **
Cryptorhynchinae sp. Cerambicidae x **
Alcidion deletum Bates Chrysomelidae x **
Colaspis aff. Aerea Lefevre
1
Espécies classificadas como “xxx” causam danos mais importantes, merecendo intervenção fitossanitária oportuna; “xx”
danos medianos; e “x” danos não significativos.
2
Espécies classificadas como “***” merecem ser vigiadas; “**” podem ser vistas como de incidência possível no caso
de aumentar a população; e “*” sem perigo para a planta.
Fonte: Conturier (1988) citado por SILVA FILHO (1998).
AUTORES
COMPONENTE VILLACHICA PAHLEN ANDRADE YUYAMA
Umidade (g) 89 91 93 90
Energia (Kcal) 41 33 31 45
Proteína (g) 0,9 0,6 - 0,9
Lipídios (g) - 1,4 - 1,9
Extrato livre de N (g) - 5,7 - 4,7
Fibra (g) 0,2 0,4 - 1,6
Cinza (g) 0,7 0,9 - 1,9
Açúcares totais (%) - - 4,6 -
Açúcares redutores (%) - - 3,9 1
Aúcares não redutores (%) - - - 1
Sólidos solúveis (ºBrix) - 5,0 8,0 -
Ácido cítrico (%) - 1,8 1,51 -
Brix/acidez - - 5,93 -
Componentes fenólicos (mg%) - - 14,4 -
Fonte: PAHLEN (1977), ANDRADE et al. (1997), VILLACHICA, 1996, YUYAMA et al. (1997, 1998) citados por
SILVA FILHO (1998).
11
AUTORES
COMPONENTE VILLACHICA PAHLEN ANDRADE YUYAMA % NRC
.
Fonte: PAHLEN (1977), ANDRADE et al. (1997), VILLACHICA (1996), YUYAMA et al. (1997, 1998) e NRC
(recomendação diária da National Research Council (1989) citados por SILVA FILHO (1998).
2.2 NÉCTAR
preparados com frutas maduras, sãs, limpas e isentas de matéria terrosa, de parasitos
e de detritos animais e vegetais. Podem ser simples, quando fabricados com uma
única fruta e mistos, que poderão conter até três espécies de frutas diferentes.
SALOMÓN et al. (1977) utilizando o método de processamento industrial
de enchimento à quente, propôs a elaboração de néctares de frutas tropicais como
abacaxi, maracujá e laranja. Foram elaborados dois tipos de néctares, abacaxi-
maracujá e abacaxi-laranja e três formulações para cada néctar. As formulações
foram obtidas misturando-se os sucos dos diferentes frutos e em seguida adoçando-
os com xarope de 16 ºBrix. Durante o período de armazenamento de 180 dias à
temperatura ambiente, foram realizadas análises físico-químicas e organolépticas
para avaliar a vida de prateleira dos produtos.
Após a obtenção da polpa de pitanga GUIMARÃES et al. (1982)
elaboraram néctar de pitanga diluindo a polpa em água e adicionando açúcar. Foi
realizado um pré-aquecimento à 70 ºC por 3 minutos e em seguida foram utilizados
dois métodos de conservação para o néctar: a alta temperatura (através de um
tratamento térmico em banho-maria à 100 ºC por 15 minutos, resfriamento e
posterior armazenamento à 29 ºC) e a baixa temperatura (através do armazenamento
em congelador a uma temperatura de -18 ºC). A estabilidade dos produtos foi
avaliada através de análises físico-químicas e sensoriais realizadas durante o
período de 180 dias de armazenamento.
Alguns néctares durante o processamento, além de tratamentos térmicos
também sofrem adição de aditivos químicos (Quadro 4) como coadjuvantes no
aumento da estabilidade, diminuição do pH, aumento no tempo de conservação, etc.
No néctar de banana prata elaborado por MAIA, (1980) além da polpa, água
e açúcar, foram também utilizados na formulação ácido cítrico (acidulante),
benzoato de sódio e metabissulfito de sódio (conservantes). As bananas utilizadas
para a elaboração do néctar, após descascadas, foram imersas em solução de ácido
cítrico e ácido ascórbico a fim de promover o abaixamento do pH e prevenir o
escurecimento. Após tratamento térmico à 100 ºC por 15 minutos e resfriamento, o
15
Conservadores ác. Benzóico e seus sais de sódio, cálcio e P.I 0.10 (a)
potássio
ác. Sórbico e seus sais de sódio, potássio e P.IV 0.10 (b)
cálcio
Dióxido de enxofre* P.V 0.02 (c)
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 MATERIAL
3.2 METODOLOGIA
3.2.1.1 Recebimento
3.2.1.3 Branqueamento
RECEBIMENTO
ÁGUA
SELEÇÃO E LAVAGEM
ÁGUA
BRANQUEAMENTO
ÁGUA RESÍDUOS
EXTRAÇÃO DO SUCO
SUCO + XAROPE
FORMULAÇÃO
PASTEURIZAÇÃO
ENVASE E
RESFRIAMENTO
ESTOCAGEM
3.2.1.5 Formulação
3.2.1.6 Pasteurização
3.2.1.8 Armazenamento
3.2.2.1 pH
N x fc x Vg x meq.ác.cítrico x 100
Ácido cítrico % =
V
23
Onde:
f = fator de correção da solução de hidróxido de sódio
v = volume de hidróxido de sódio gasto na titulação
V = volume de amostra (ml)
N = Normalidade da solução de hidróxido de sódio ( 0,1 N)
Meq ác. cítrico = 0,06404
3.2.2.4 Açúcares
Média geral = p. a x P. A.
Nº de provadores
Onde:
p.a. = ponto atribuído (sete pontos – 1 a 7)
P. A. = ponto adquirido (vezes em que se repetiu o ponto atribuído)
NÉCTAR DE CUBIU
Análise Sensorial
NOME:
DATA:
1. Dê sua opinião quanto a Aparência do produto marcando uma das opções na escala abaixo:
1. Péssima
2. Muito ruim
3. Ruim
4. Regular
5. Boa
6. Muito boa
7. Excelente
1. Péssimo
2. Muito ruim
3. Ruim
4. Regular
5. Bom
6. Muito bom
7. Excelente
Comentários:
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 PROCESSAMENTO
INGREDIENTES QUANTIDADES %
INGREDIENTES QUANTIDADES %
4.2 pH e ACIDEZ
3,44
3,42
3,4
pH
3,38
3,36
3,34
3,32
0 30 60 90
Tempo de armazenamento (dias)
0,4
0,35
Ácido cítrico (g%)
0,3
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 30 60 90
15,2
Sólidos solúveis (ºBrix)
14,8
14,4
14
13,6
13,2
0 30 60 90
90
80
Relação Brix/acidez
70
60
50
40
30
20
10
0
0 30 60 90
450
Ácido ascórbico (ug/100 ml)
400
350
300
250
200
150
100
50
0
0 30 60 90
14
Péssima
Nº de Provadores
Muito ruim 11 11 11
Ruim 9 9
Regular
6
Boa
Muito boa 4 4
3
Excelente 2 2
1 1
0 30 60 90
13
11 11
Péssimo
10
Muito ruim
Nº de Provadores
8
Ruim
7
Regular 6
5
Bom 4
Muito bom 3 3 3
2
Excelente 1 1
0 30 60 90
Te m po de Arm aze nam e nto (dias )
64%
Péssima
50% 50% 50%
Nº de Provadores
Muito ruim
Ruim 41% 41%
Regular
Boa 27%
0 30 60 90
59%
Péssimo
Muito ruim 50% 50%
Nº de Provadores
46%
Ruim
36%
Regular 32%
27%
Bom
23%
Muito bom 18%
14% 14% 14%
Excelente 9%
5% 5%
0 30 60 90
Te m po de Arm aze nam e nto (dias )
Muito boa
51,1%
Regular Excelente
5% 14%
Boa
33%
Muito boa
47%
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS