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Seitai II

Revisão Geral
Arte – Técnica Japonesa

INTEGRATIVA Terapias Naturais


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“Procuramos criar um todo

que seja maior que a soma das partes.

Estamos procurando um método para favorecer

o surgimento de um homem que possa desfrutar

um uso humano de seu ser humano.”

IDA P. ROLF

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ÍNDICE

Lombociatalgias (ciática) ........................................................................................................................................ 04


Etiologia e Fatores Desencadeantes .................................................................................................................. 04
Quadro Clínico .............................................................................................................................................................. 05
Anamnese ........................................................................................................................................................ 05
Exame Clínico ................................................................................................................................................. 06
Diagnóstico .................................................................................................................................................................... 07
Tratamento .................................................................................................................................................................... 07
Ficha de Avaliação ...................................................................................................................................................... 13
Complementos ............................................................................................................................................................. 14

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LOMBOCIATALGIAS (CIÁTICAS)

As lesões radiculares constituem a causa mais frequente de lombociatalgia. Convém


separar lombalgia de lombociatalgia. Nas lombalgias, as dores se restringem à região lombar
sendo de ordem muscular, articular, óssea, neurológica, por dor referida (patologia genital,
abdominal, retal, vesical, renal, etc.) que se reflete na região lombossacra. Podem igualmente
constituir o quadro inicial de uma lombociatalgia. Nesta última, a dor é na grande maioria dos
casos de origem neurológica e radicular.
É comum dar-se o nome de lombociatalgia a qualquer dor simultânea da região lombar e
membro inferior. Entretanto, é de boa norma reservar o nome de lombociatalgia para as dores
lombares que se irradiam para o membro inferior e que se apresentam o caráter radicular
(distribuição em faixa longitudinal, seguindo o trajeto de raiz ou raízes comprometidas). As dores
difusas ao longo do ombro inferior não deve, ser rotuladas de lombociáticas ou ciáticas, pois lhe
falta o caráter radicular.

ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES

A coluna vertebral é formada por segmentos duros fixos (vértebras) e por segmentos
cartilaginosos, maleáveis (discos). O disco intervertebral é a estrutura que permite os movimentos
da coluna.
O disco intervertebral é constituído por duas porções:
a) Anel fibroso: na periferia do disco, formado de substância fibrosa que se fixa nas
margens superior e inferior dos corpos vertebrais.
b) Núcleo pulposo: formado por substância gelatinosa, amorfa que está contida no
interior do anel fibroso.

O disco intervertebral se nutre por embibição. Com o tempo vai ocorrendo um


ressecamento, uma desidratação do disco, predispondo-o a processos degenerativos (artroses).
Também os traumas repetidos ou trauma violento único, sobre a coluna lombar, por exemplo,
podem romper o anel fibroso com a passagem de material gelatinoso (núcleo pulposo) para fora,
constituindo a hérnia de disco.
A hérnia discal constitui a causa principal das lombociatalgias. A minoria dos casos se deve
a artroses, espondilolisteses, tumores primários ou metastáticos, anomalias congênitas, etc.

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QUADRO CLÍNICO

É importante considerar a anamnese e o exame clínico.

1. ANAMNESE: os principais dados a serem vistos são:

a) IDADE: pode ocorrer em qualquer idade, sendo frequente em indivíduos jovens. Não
são raros, casos, em pessoas de 18 a 20 anos.

b) TRAUMAS: da região lombossacra. Indivíduos com profissões que exigem a flexão


constante e exagerada da coluna lombar com levantamento de pesos, são propensos a
esse tipo de patologia. Traumatismo direto na coluna como, quedas e pancadas também
são fatores predisponentes.

c) LOMBALGIAS: podem anteceder o quadro de lombociatalgia. São dores lombares que se


exacerbam aos esforços físicos ou então quando o doente mantém muito tempo uma
mesma posição. Por exemplo, permanecer algum tempo sentado, seja no trabalho,
dirigindo, etc., favorece o aparecimento da sintomatologia.

d) TRAJETO DA DOR: é um dado fundamental. O trajeto tem que ser do tipo radicular. Sem
esse elemento não podemos afirmar, com segurança, a origem discal de determinada
dor. As hérnias discais mais frequentes encontram-se nos espaços L4-L5 e L5-S1,
respectivamente. São os espaços mais móveis da coluna lombar e mais propensos a
traumatismos. Trajetos dessas raízes:

a. TRAJETO DA RAIZ L5: face posterior da coxa, face anterolateral da perna, região
pré maleolar, dorso do pé e primeiro dedo.
b. TRAJETO DA RAIZ S1: face posterior da coxa, face posterior da perna, região
retromaleolar, face lateral do pé, borda lateral do pé e quatro últimos dedos.

e) PARESTESIAS: quando não há dor, junto com a dor, o doente pode referir parestesias no
território radicular, especialmente nas extremidades.

f) EVOLUÇÃO DA DOENÇA: é outro elemento importante para a anamnese. Geralmente o


doente se lembra bem do início de sua doença, quase sempre relacionada a um trauma
lombar. A evolução se faz por surtos, pois cada esforço ou movimento maior com a
coluna, pode desencadear a crise dolorosa.

g) INCAPACIDADE FUNCIONAL: sabendo que os movimentos da coluna podem


desencadear crises dolorosas, o doente procura proteger a região lombar, mesmo no
período de alcamia. Isto, é óbvio, leva a uma incapacidade funcional relativa.

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2. EXAME CLÍNICO:

2.a. EXAME DA COLUNA:

a) Estática da coluna: pode-se notar a perda da lordose fisiológica, retificação da coluna


(coluna reta). A presença de posição antálgica é frequente com escolioses
compensatórias.

b) Limitação dos movimentos da coluna: a flexão anterior está bastante diminuída pois
desencadeia dor violenta; os movimentos de lateralidade também podem estar
diminuídos. Uma hérnia discal à esquerda, por exemplo, pode limitar os movimentos de
lateralidade, tanto para a direita como para a esquerda.

c) Palpação: a palpação pode mostrar:

a. Hipertonia da musculatura peravertebral.


b. Sinal da campainha: a palpação dos espaços paravertebrais, nos pontos de
emergência das raízes, pode desencadear a dor radicular.

2.b. EXAME DO MEMBRO INFERIOR:

a) Sinal de Laségue: é o desencadeamento da dor radicular pela flexão do membro


estendido sobre a pelve. Quanto mais intensa a dor, menor é o levantamento necessário
para provoca-la.

b) Sinal de Laségue contralateral: sinal pouco usado, mas de grande valia. Consiste na
execução do Laségue no membro indolor e consequente desencadeamento de dor
radicular no membro doente.

c) Reflexo Aquileu: está diminuído ou abolido quando o comprometimento for da raiz S1.

d) Sensibilidade: pode-se ao exame, encontrar áreas de hipoestesia superficial no


território da raiz comprometida.

e) Motricidade: quando a raiz comprometida for a L5, pode-se encontrar uma diminuição
de força e movimentos (paresia) nos músculos da loja anterolateral da perna, ou seja,
nos músculos que fazem a flexão dorsal do pé e dedos (inervados pelo ciático poplíteo
externo ao qual pertence à raiz L5). O doente tem dificuldade em elevar a ponta dos pés
e não pode andar normalmente, somente com os calcanhares. Quando a raiz
comprometida for a S1, pode-se encontrar o comprometimento da musculatura da face
posterior da perna (inervada pelo ciático poplíteo interno, ao qual pertence à raiz S1). O

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doente terá dificuldade na flexão plantar do pé; terá dificuldade em elevar os
calcanhares e andar na ponta dos pés.

DIAGNÓSTICO

Geralmente a anamnese e o exame clínico já permitem o diagnóstico, o R-X simples da


coluna lombossacra, fornece elementos bastante úteis (retificação da coluna, pinçamentos, etc.).
Além disso, o R-X simples permite mostrar qualquer outra patologia óssea que possa ser
responsável pelo quadro clínico (tumor, anomalia congênita, espondilolistese, artrose, etc.). A
tomografia computadorizada e a ressonância magnética, atualmente são muito solicitadas.

TRATAMENTO

Crise aguda: é baseado no repouso absoluto. A perna dolorosa deve ficar imóvel,
geralmente em discreta flexão (travesseiro sob a região poplítea), anti-inflamatórios do tipo
corticoides, indometacina, etc.
Casos crônicos: nos casos crônicos em que o doente nunca fica livre das dores com recaídas
dolorosas frequentes, recomenda-se o tratamento cirúrgico.

Ajuste Geral de Extensão Axial

• Junções Cervicais, Músculos do pescoço – mobilização articular e ligamentar.


• Tratamento – mobilização com impulso, liberação ligamentar e muscular.
• Indicações – restrição da mobilidade articular, sensação de rigidez, dor muscular.
• Procedimento Geral – paciente supino, mãos sobre o peito, pernas ligeiramente
afastadas.
o Terapeuta – sentado apoiando a cabeça do paciente, dedos médio e indicador
sobre o arco posterior das vértebras envolvidas e polegares na altura do
processo transverso.
o Execução – as duas mãos se movimentam em direção ao terapeuta com leve
tração axial na expiração do paciente, ganhando jogo articular.
• Observação – esta manobra permite ao terapeuta tomar contato e examinar a
cervical do paciente; por sua delicadeza é indicado para idosos e crônicos.

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Ajuste Cervical Média

• Junções Cervicais, Músculos do pescoço – mobilização articular e ligamentar.


• Tratamento – mobilização com impulso, liberação ligamentar e muscular.
• Indicações – restrição da mobilidade articular, principalmente em rotação, sensação
de rigidez.
• Procedimento Geral – paciente supino, mãos sobre o peito, pernas ligeiramente
afastadas.
o Terapeuta – sentado ou de pé apoiando a cabeça do paciente, mão ativa
afasta os tecidos e contata o indicador apoiando pelo médio no arco posterior
da vértebra envolvida. Mão de apoio com o indicador no mesmo nível, do
lado contrário, suporta e estabiliza a cabeça. Polegares na altura do processo
transverso.
o Execução – a mão ativa vai girando o arco posterior da vértebra envolvida, no
sentido contrário da restrição, até o processo transverso do outro lado ficar
no ápice da convexidade. Quando não houver mais folga, impulso de rotação.
• Observação – a manobra só deverá ser feita no instante que o paciente relaxar,
observar o tônus dos músculos do pescoço. Manter a inclinação média até o fim da
manobra. Se o paciente sentir dor durante o exame, fazer o teste de tração e
compressão.

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Ajuste de Transição Toracolombar

• Junções entre a Torácica e Lombar – mobilização articular e ligamentar.


• Tratamento – mobilização com impulso, liberação ligamentar e muscular.
• Indicações – restrição da mobilidade articular, sensação de rigidez, dor muscular.
• Procedimento Geral – paciente em pé (posição do quatro) joelho fixo entre as pernas
do terapeuta, mãos cruzadas no pescoço, braços abetos.
o Terapeuta – em pé com uma das mãos presa na axila, puxando o ombro do
paciente enquanto a outra apoiada no mesmo nível empurra.
o Execução – na expiração do paciente, terapeuta gira o tronco do paciente no
sentido contrário a restrição até encontrar o limite. Impulso.
• Observação – esta manobra pode ser feita com o paciente sentado.

Pressão Torácica

• Junções Torácicas – mobilização articular e ligamentar.


• Tratamento – mobilização com impulso, liberação ligamentar e muscular.
• Indicações – restrição da mobilidade articular, sensação de rigidez, dor muscular.
• Procedimento Geral – paciente em pé, pernas abertas até a largura dos ombros,
joelhos levemente flexionados, braços cruzados no peito, mãos espalmadas sobre o
peito, cotovelos juntos.
o Terapeuta – em pé e atrás, com um dos pés entre os pés do paciente. Braços
envolvendo o corpo segurando os cotovelos do paciente. Externo do
terapeuta no centro das costas do paciente.
o Execução – na expiração do paciente, terapeuta retira toda a folga existente
entre ele e seus braços, e o paciente até encontrar o limite. Impulso.
• Observação – terapeuta pode variar o apoio do externo nas costas do paciente
conseguindo ajustes acima e abaixo na torácica.

Transição Cervicotorácica

• Junções entre a Torácica e a Cervical – mobilização articular e ligamentar.


• Tratamento – mobilização com impulso, liberação ligamentar e muscular.
• Indicações – restrição da mobilidade articular, sensação de rigidez, dor muscular.
• Procedimento Geral – paciente em pé, pernas abertas até a largura dos ombros,
joelhos levemente flexionados, mãos cruzadas atrás do pescoço, braços abertos.
o Terapeuta – em pé e atrás, com um dos pés entre os pés do paciente, braços
entre os braços do paciente fazendo alavanca nas axilas; mãos sobre as mãos

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do paciente, externo do terapeuta no centro das costas do paciente fazendo
extensão do tronco.
o Execução – externo do terapeuta aumenta a extensão do tronco do paciente,
os braços do terapeuta se abrem puxando os ombros do paciente pelas axilas
conseguindo a máxima extensão. Impulso.
• Observação – terapeuta ajusta os contatos do corpo e alavancas, solicitando ao
paciente que feche levemente os braços e levante um pouco a cabeça. Esta manobra
pode ser feita com o paciente sentado.

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FICHA DE AVALIAÇÃO

Nome: ___________________________________________________________________________________________________________________
Endereço: _______________________________________________________________________________________________________________
Bairro: ___________________________________________ Cidade: ____________________________________ UF: _____________________
CEP: _____________________________ Telefones: ____________________________________________________________________________
Data nasc.: ____/____/_________ Sexo: _______ Estado civil: _________________________ nº filhos: _________________________
Peso: ________ Altura: ________ Raça: _______________ Mão dominante: _______________ Parto:___________________________
Profissão: _________________________________________ Rotina diária: ______________________________________________________
Nível/Escolaridade: _________________________________ Tabagismo:________ Álcool:________ Drogas:___________________
Atividade Física: ________________________________________________________________________________________________________

Queixa: ________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________

Cabeça/Pescoço: _______________________________________________________________________________________________________
Aparelho Cardiorrespiratório: ________________________________________________________________________________________
Aparelho Digestório: ___________________________________________________________________________________________________
Aparelho Geniturinário: _______________________________________________________________________________________________
Aparelho Locomotor: __________________________________________________________________________________________________
Sistema Endócrino: ____________________________________________________________________________________________________
Obs. Dermatológicas: __________________________________________________________________________________________________
Acidentes: ______________________________________________________________________________________________________________

Cirurgias: _______________________________________________________________________________________________________________

Doenças Familiares: ___________________________________________________________________________________________________


Medicamentos: _________________________________________________________________________________________________________
Obs. Psicológicas: ____________________________________________________________________________________________

As informações prestadas e acima assinaladas correspondem à verdade.

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Ass. Cliente: __________________________________ Ass. Quiropata: _____________________________________

Complementos

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Nervos Espinhais

São os nervos que emergem bilateralmente da medula espinhal através dos forames
intervertebrais. Cada nervo possui duas raízes (uma ventral e uma dorsal) – ou seja, se bifurca
conectando-se com a medula espinhal em dois pontos. A raiz ventral possui fibras motoras, e a raiz
dorsal fibras sensitivas. O nervo espinhal então é sempre misto – possui fibras motoras e
sensitivas.
Após deixar a medula espinhal, cada nervo se divide e ramifica. Esses ramos vão inervar
músculos e pele. Os ramos que inervam os músculos do esqueleto vão supri-los com fibras
motoras (para a ação muscular), fibras motoras autônomas (para a musculatura lisa das artérias
musculares) e fibras sensitivas (para os receptores dos músculos e tendões). Os ramos que
inervam a pele a suprem com fibras sensitivas e fibras motoras autônomas (para as artérias
cutâneas e glândulas sudoríparas).
Os nervos espinhais formam “redes”, ou plexos nervosos que inervam áreas específicas do
corpo.

Principais plexos nervosos

PLEXO CERVICAL Inerva pele e músculos do pescoço

PLEXO BRAQUIAL Inerva braços e ombros

PLEXO Compõe-se dos plexos lombar e sacro. Inerva pernas, nádegas, região
LOMBOSSACRO inferior do abdômen e genitais. Faz parte do plexo sacro o nervo
ciático (ou isquiático), cujas ramificações (nervos tibial e fibular
comum) chegam até os dedos e solas dos pés.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

O sistema nervoso autônomo é parte do sistema nervoso periférico. Inerva os músculos


cardíacos e os músculos lisos e glândulas dos órgãos internos, controlando o funcionamento
involuntário do coração, estômago, intestinos, órgãos reprodutivos, etc. Controla assim as funções
da vida vegetativa (como a circulação sanguínea, a digestão, a respiração). É um sistema motor, e
não sensorial. Os neurônios motores autônomos das vísceras são diferentes dos neurônios
motores somáticos (voluntários), e vão caracterizar o sistema nervoso autônomo. Já os neurônios

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sensoriais viscerais são iguais aos somáticos – portanto, não são considerados parte do sistema
autônomo.
O sistema nervoso autônomo se divide nos sistemas simpático e parassimpático. O sistema
simpático é estimulante, e o parassimpático é regulador.

Sistema Nervoso Simpático

O sistema nervoso simpático reage a situações inesperadas ou de perigo de vida, ou em


manifestações emocionais – um barulho súbito, uma briga ou discussão, um quase acidente de
carro, etc. É ativado pela adrenalina. Quando o sistema simpático entra em ação, o coração bate
mais rápido ou dispara, a pressão sanguínea sobe, a traqueia se dilata e o ritmo da respiração
aumenta, a pupila se dilata, começamos a suar, o sangue flui para os músculos voluntários do
esqueleto, os sistemas digestivo e sexual são desativados – enfim, são tomadas medidas para
enfrentar uma situação de emergência. Prepara a pessoa para “lutar ou fugir” – to fight or to flight.
Essas reações ocorrem com maior ou menor intensidade, dependendo do caso específico.
Os nervos do sistema simpático se irradiam da medula espinhal (do nível da 1ª vértebra
torácica à 2ª lombar). Tão logo deixam a coluna vertebral, separam-se dos nervos espinhais e vão
formar uma cadeia de gânglios (agrupamento de células nervosas fora do SNC) situada ao longo da
coluna. Essa cadeia de gânglios se chama tronco simpático, e se estende bilateralmente do nível da
1ª vértebra cervical até o cóccix.
O sistema nervoso autônomo é associado aos diversos órgãos do corpo. Os pontos
associados, que também se relacionam ao órgãos, situam-se sobre o tronco simpático – existindo,
pois, uma relação entre eles e o sistema nervoso que parece justificar anatomicamente a mecânica
de funcionamento desses pontos.

Sistema Nervoso Parassimpático

O sistema parassimpático tem efeito calmante sobre o organismo. Reduz o ritmo cardíaco e
a frequência respiratória, estimula a digestão (e a absorção de nutrientes) e a função sexual. A
musculatura voluntária relaxa, o fluxo sanguíneo é orientado para os tecidos superficiais da pele e
para os órgãos digestivos (após uma lauta refeição, o parassimpático entre em ação). Logo, o
parassimpático regula o funcionamento da vida vegetativa, num efeito quase antagônico ao
sistema simpático. Na verdade, os dois sistemas inter-relacionam-se de forma complexa, às vezes
complementar. Por exemplo, o sistema parassimpático é responsável pela ereção do órgão
masculino (atua na vasodilatação dos órgãos genitais), e o simpático pela ejaculação (atua na
vasoconstrição). Quando fazemos um relaxamento profundo, ou meditamos, ativamos o
parassimpático. Na principal prática espiritual do tantra yoga, aonde o a energia sexual é
diretamente utilizada nas meditações, o homem se relaciona sexualmente com a mulher sem
ejacular.

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PONTOS DE ASSENTIMENTO

Observe que os pontos Associados apresentam uma relação anatômica com o sistema
nervoso autônomo que atua sobre – e regula – o funcionamento do órgãos do corpo humano.
Os pontos Associados são classicamente utilizados para a sedação, e os pontos de Alarme,
situados na parte da frente do corpo, para a tonificação. Aliás, sendo as costas de natureza Yang, e
o tórax e hara de natureza Yin, em geral Shiatsu nas costas apresenta uma qualidade mais
sedativa, e no hara mais tonificante.

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PONTOS DE ALARME

Localizam-se no tórax e no abdômen. Tornam-se espontaneamente sensíveis quando as


funções dos meridianos a eles relacionados apresentam alguma alteração. Não é necessário
verificar todos os pontos de Alarme – basta utilizar aqueles que sirvam para testar as observações
colhidas nas formas de queixa e palpação.

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Localização dos pontos:

E 25 - 2 t ao lado do umbigo P1 - 1,5 t abaixo do meio da clavícula


F 13 - 2 t na extremidade da 11ª costela VC 4 - 3 t abaixo do umbigo
F 14 - 2 t na linha do mamilo, entre a 6ª e 7ª costelas VC 5 - 2 t abaixo do umbigo
VB 23 - 1 t abaixo da prega da axila VC 7 - 1 t abaixo do umbigo
VB 24 - 2 t na linha do mamilo, abaixo do F 14 VC 12 - 4 t acima do umbigo
VB 25 - 2 t na extremidade da 12ª costela VC 14 - 2 t abaixo do esterno
VC 3 - 4 t abaixo do umbigo VC 15 - 1 t abaixo do apêndice xifóide
- 1 t acima do púbis (borda superior) - 1 t abaixo do esterno
VC 17 - 1 t na linha dos mamilos

Os 12 meridianos principais são agrupados em pares. Esse agrupamento baseia-se nas


funções dos meridianos. Os meridianos que compõem cada par são chamados Acoplados. Existe
uma relação profunda entre os meridianos Acoplados: “Cada um destes pares de meridianos
representa uma função inseparável, embora orgânica e mecanicamente estejam representados por
aparelhos diferentes. Nesta função total, há um órgão Yang e outro Yin, que polarizam a função em

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dois sentidos opostos, porém complementares” (Apontamentos de Acupuntura, p. 39), publicado
pela Seção de Santa Catarina da Associação Brasileira de Acupuntura). Na prática observamos que
quando um meridiano se encontra desequilibrado, frequentemente seu Acoplado o acompanha.
É por serem as funções essencialmente 6 que realizamos um trabalho completo sobre os 12
meridianos com aqueles 6 alongamentos vistos anteriormente (ver “Alongamentos dos
Meridianos”, p. 150 e segs.).

Essas funções basicamente são:

Meridianos Acoplados Função


Pulmão e Intestino Grosso Respiração e eliminação
Estômago e Baço Fermentação e digestão
Coração e Intestino Delgado Controle central e conversão material e psicológica
Bexiga e Rim Purificação e vitalidade
Circulação-Sexo e Circulação e proteção orgânica
Triplo Aquecedor Vesícula Biliar e Fígado Estocagem e remessa de nutrientes/energia

De acordo com os conceitos clássicos (extraídos do Nei Ching), os meridianos Acoplados


apresentam a seguinte relação:

Meridiano Yin Fígado Coração/C-S Baço-Pâncreas Pulmão Rim


Meridiano Yang Vesícula Biliar Int. Delg./TA Estômago Int. Grosso Bexiga
Elemento Madeira Fogo Terra Metal Água
Sentido Visão Palavra Paladar Olfato Audição
Órgão Olhos Língua Boca Nariz Ouvidos
Alimenta Músculos Sangue Carne Pele e cabelo Ossos e medula
(tendões, (circulação) (gordura)
ligamentos)
Perturbações Na garganta e No peito e Na coluna Nos ombros e Nas costas e
pescoço costelas costas coxas
Saúde se Unhas Cor da pele Cor e aspecto dos Cabelos do corpo Cabelos da
manifesta no lábios cabeça
estado dos (as)

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