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Importância da leitura
Não basta ir às aulas para garantir pleno êxito nos estudos. É preciso ler
e, principalmente, ler bem. Quem não sabe ler não saberá resumir, não saberá
tomar apontamentos e, finalmente, não saberá estudar. Ler bem é o ponto
fundamental para os que quiserem ampliar e desenvolver as orientações e
aberturas das aulas. É muito importante participar das aulas; elas não
circunscrevem, não limitam; ao contrário, abrem horizontes para as grandes
caminhadas do aluno que leva a sério seus estudos e quer atingir resultados
plenos de seus cursos. Aliás, quase todas as cadeiras desenvolvem programas
de pesquisa bibliográfica para que o aluno desenvolva temas e reconstrua
ativamente o que outros já construíram. Para elaborar trabalhos de pesquisa, é
necessário ir às fontes, aos autores, aos livros; é preciso ler, ler muito e,
principalmente, ler bem. Durante as primeiras aulas de qualquer disciplina, os
mestres apresentam criteriosa bibliografia; alguns livros são básicos, ou de
leitura obrigatória, para quem quer colher todo fruto das aulas; outros são mais
especializados ou se concentram em algum item do programa, e pode, entre os
tratados gerais de consulta obrigatória, ser indicado um, como livro de texto. A
indicação do livro de texto tem vantagens e inconvenientes cuja análise
ultrapassaria os limites que este compêndio impõe. Diremos, apenas, que o livro
de texto é muito bom para a preparação da aula, mas que o aluno não pode ater-
se exclusivamente a ele. Timeo hominem unius libri, diziam os antigos. Devemos
temer o homem de um livro só. É necessário abeberar-se de outras fontes mais
amplas, mais especializadas sobre cada tema ou sobre cada pormenor dos
programas.
Se não é possível pensar em fazer um bom curso sem descobrir ou fazer
aparecer espaços de tempo para o estudo extra aula e se é necessário
programar criteriosamente a utilização desse tempo, não seria igualmente
impossível pensar em fazer um bom curso sem ter à mão boas fontes de leitura?
É possível que se pretenda fazer um curso universitário sem frequentar
bibliotecas ou sem adquirir, ao menos, os livros básicos para cada programa?
A leitura amplia e integra os conhecimentos, desonerando a memória,
abrindo cada vez mais os horizontes do saber, enriquecendo o vocabulário e a
facilidade de comunicação, disciplinando a mente e alargando a consciência pelo
contato com formas e ângulos diferentes sob os quais o mesmo problema pode
ser considerado. Quem lê constrói sua própria ciência; quem não lê memoriza
elementos de um todo que não se atingiu. E, ao terminar um curso superior,
deveríamos não só estar capacitados a repetir o que foi aprendido na faculdade,
como também estar habilitados a desenvolver, através de pesquisas, temas
nunca abordados em aula. Deveríamos ser uma pequena fonte, não um pequeno
depósito de conhecimentos, ou mero encanamento por onde as coisas apenas
passam.
É preciso ler, ler muito, ler bem.
É preciso sentir atração pelo saber, e encontrar onde buscá-Io. É
necessário iniciar este trabalho com determinação e perseverar nele; o
crescimento cultural tem crises como o crescimento físico; quem não sente
apetite não deve deixar de alimentar-se; comprometeria sua saúde. Também na
leitura trabalhada devemos ser perseverantes; só esta perseverança garantirá
aquela espécie de saltos de integração de dados, que se vão acumulando e
associando como frutos da leitura continuada.
ATIVIDADES