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Plano de Aula 3 – Módulo 1: A Assistência

Social e a Garantia de Direitos Socioassistenciais


por meio do SUAS
Unidade II
Eixo 1 - Princípios, Diretrizes, Conceitos, Público
e Eixos Estruturantes do SUAS

Atividade assíncrona

A partir de uma situação familiar complexa proposta, responder detalhando


para o caso concreto:

(a) como garantir o conjunto de seguranças afiançadas pelo sistema;

(b) dificuldades de acesso a serviços, programas e benefícios necessários à


garantia de tais seguranças, no município em que você atua.

(Carga horária 4h, abre a plataforma dia 08/11 e fecha dia 16/11) O tutor deve
acompanhar a entrega do documento pela plataforma.

Caso:

Composição familiar: Lurdes, 50 anos; Carla, 17 anos; Manuela, 9 anos; e Alceu, 79


anos.

Situação/Dinâmica:

Família monoparental feminina. Lurdes oriunda de cidade do interior de Minas Gerais,


é analfabeta, está desempregada e tem como atividade laboral a “catação” autônoma
de material reciclável. Seu companheiro, pai de sua primeira filha, fazia uso abusivo
de álcool e morreu de cirrose hepática. O casal nutria um bom relacionamento. O
genitor de sua segunda filha também é falecido, por envolvimento em uma briga de
bar. A renda familiar é composta pelo salário mínimo, proveniente do BPC, já que
Carla é pessoa com deficiência (surdez em decorrência de um quadro de meningite)
e pelo que Lurdes consegue auferir coma venda do que cata.

Manuela está matriculada na rede pública, cursando o 4.º ano do ensino fundamental;
Carla também possui matrícula, porém é aluna infrequente com defasagem na

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relação idade – anos de escolarização. A mãe é avaliada como presente pela equipe
escolar sem, no entanto, dispor de condições de apoiar as filhas nas atividades,
devido ao analfabetismo.
Lurdes dispõe de uma rede de apoio informal constituída por pessoas da igreja que
frequenta e que, por vezes, a auxilia na compra de alimentos e remédios.
Há 14 anos, ao migrar para o estado do RJ com seu marido e filha mais velha (cada
cursista considerará a família residente no município em que atua), Lurdes perdeu o
contato com sua família de origem (pai, primos e irmãos), mantendo-o apenas com
sua madrinha, que trabalhava e morava no sítio ao lado da casa de seu pai.
No final de 2019, durante a pandemia, recebeu telefonema da madrinha, informando
que seu pai tinha sido diagnosticado com doença demencial e não tinha ninguém para
cuidar dele. E que conseguira o favor de um caminhoneiro que se dispôs a dar uma
carona até o RJ para que ela o acompanhasse, caso Lurdes aceitasse acolhê-lo em
sua casa.

Tendo boas lembranças dos cuidados recebidos da parte de seus pais, Lurdes
aceitou, embora preocupada acerca de como acomodar, alimentar e tratar da saúde
de mais uma pessoa na pequena casa e sem emprego fixo.
Sr. Alceu foi recebido pela filha em janeiro de 2020 e Lurdes começou a buscar
informações acerca de como garantir tratamento de saúde e alguma “renda” para seu
pai, em função da idade e da doença.
No entanto, logo em seguida e com o início da pandemia de covid-19, as condições
de acesso a material reciclável pioraram consideravelmente, com a família passando
a ter dificuldades inclusive com a alimentação cotidiana.
Esse é o contexto em que Lurdes vai à sede da Secretaria de Assistência Social do
município em busca de atendimento.

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