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UNIVERSIDADE

FEDERAL DE
SANTA CATARINA
CENTRO DE
CIÊNCIAS DA
EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO
DE EDUCAÇÃO NO
CAMPO
CURSO DE
ESESPECIAIZAÇÃO
EM
PERMACULTURA

Kamé - Kairu: a narrativa episódica de uma educadora ambiental e suas


intersecções com a permacultura.

MARIA DE FÁTIMA MACIEL DOS SANTOS

Projeto de Trabalho
Conclusão do Curso de Especialização
em Permacultura do Centro de Ciências da
Educação da Universidade Federal de Santa
Catarina como requisito para a obtenção do
Título de Especialista em Permacultura.
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ORIENTADOR: PROF. DR. ARNO BLANKENSTEYN

FLORIANÓPOLIS, NOVEMBRO DE 2021.

As letras e a ciência só tomarão o seu verdadeiro lugar na obra do desenvolvimento


humano no dia em que, livres de toda a servidão mercenária, forem exclusivamente
cultivadas pelos que as amam e para os que as amam (Piotr Kropotkin). “

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 https://m.facebook.com/pg/Kam%C3%A9Kairu-
1724814624396698/posts/ elementos gráficos identificadores das
descendências .............................................................................. CAPA
Figura 2 Cartaz acervo da autora do primeiro encontro de escolas rurais de
Viamão/RS.... pg 2
Figura 3 Ilustração caliandra-rosa Calliandra brevipes Benth.: Planta arbustiva
muito ramificada com flores aromáticas comum em matas ciliares no Rio Grande
do Sul................................................................................................................pg 4
Figura 4 Cartaz do acervo da autora com a Flor dos Sete campos destacando os
princípios de trabalho da Permacultura........................................................ pg

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO

2 - OBJETIVOS

3 - JUSTIFICATIVAS

4 - MATERIAL E MÉTODOS

5 - CRONOGRAMA FÍSICO

6 - REFERAÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

7 - ANEXOS

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INTRODUÇÃO
Na cosmovisão dos Kaingang a dualidade é formadora do mundo, a metade
Kamé, o Sol, o Leste, a Pedra; e a metade Kairu, a Lua, o Oeste, a Água. Assim, como
na dualidade complementar dos Kaingang acreditamos que, a Educação Ambiental se
complementa com a Permacultura,1em diálogo como pedagogias da terra e com a
pluralidade característica da Educação. Desta forma este trabalho ressalta episódios do
meu diálogo com o saber que traduzi em práticas educativas e ativismo ambiental e as
minhas principais influências.
E o que nos move? Biologicamente a energia transformada em ações
cognitivas pelo metabolismo orgânico. Charles Darwin começou com o amor a
Natureza, assim como eu. No brincar e no cotidiano foi emergindo minha concepção de
vida sob influência do mundo natural. O que se deu durante os banhos de chuva, ao
comer terra, no roubo de goiaba consentido pelo vizinho ou quando meu avô nos
visitava trazendo em sua mala de garupa, além dos pertences materiais o seu semblante
cor de cuia, o cigarro de fumo picado e no sorver do chimarrão nossa memória indígena.
Uma verdadeira dádiva. Ainda mais no contraste com o séc. XXI, das mídias
eletrônicas, redes sociais cibernéticas e da virtualidade que nos suga a imaginação e,
onde sou quase um ser em extinção.
Aprendi a ler muito cedo. Sob supervisão e acolhimento do meu pai que era
tipógrafo. Os tipos móveis criavam signos que inundaram minha imaginação bem antes
de irmos para a escola. As grafias desenhadas eram colocadas em objetos pela casa e
livros ocupavam espaços, a imaginação e a curiosidade, minha e, de meus 03 irmãos.
Era o período da Ditadura Militar havia grande vigilância dos conteúdos
escolares e o afastamento da política de valorização dos sujeitos na educação de adultos
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inspiradas em Paulo Freire (Aranha, 2006). Todavia a comunidade participava
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Segundo o Prof. Dr. Arno Blankensteyn em comunicação pessoal, a matriz pedagógica seguida pela
Percultura tem suas raízes a Pedagogia Waldorf, ligada a Antroposofia; filosofi de fundada por Rudolf
Steiner. Nesta pedagogia é essencial ter empatia, entusiasmos, interesse em se cuidar bem das crianças. A
educação precisa ser comunitária, a comunidade precisa estar dentro da escola, porque as crianças veem a
escola como a extensão de sua casa. Sob a supervisão de adultos as crianças interagem com espaços
estruturados para seu livre brincar e para deixar a imaginação e a fantasia fluírem. Segundo ainda o Prof.
Arno Blankensteyn cada criança é única e deve ser respeitada desde o nascimento.
2
Paulo Freire: Paulo Reglus Neves Freire foi um grande educador e filósofo brasileiro. É considerado
um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento
chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira. Sua prática didática
fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma
prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e
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ativamente da nossa escola, creio que isso encorajava nossos professores na época que
valorizavam a leitura e o nosso contexto. Éramos levados a conhecer muito bem nosso
Bairro suas estruturas físicas (relevo, refúgios naturais pois havia uma encosta
completamente vegetada entorno da escola, lavouras de milho, batata doce, feijão,
algumas criações de porcos e aves, além de um arroio que findava no Lago Guaíba) e
sociais (Associação Comunitária, a Paróquia, os comerciantes do Bairro, as escolas
vizinhas, Estado (novamente os elementos naturais, nossa cultura regional e as
estruturas oficiais desta vez recebiam destaque) e o País em seus aspectos históricos e
geográficos.
Mas, nos primeiros anos escolares foi a literatura a grande formadora e
inspiradora. A Biblioteca era um local familiar. Vivia lá. E a Bibliotecária Dona Lia, seu
primeiro nome que, muitas vezes almoçava conosco. Assunto livros. Levava até em
casa livros para meu restaurar, assim li: Robson Crusoé, Viagem ao Centro da Terra, A
volta ao Mundo em 80 dias, Alice no País das Maravilhas e meu orgulho de leitora
infantil Dom Quixote em uma versão com ilustrações incríveis do cavaleiro andante. A
história daquele personagem em busca de aventuras e enfrentando injustiças invadiu
meu imaginário.
Quando no segundo grau em plena sala de aula que nos deparamos com aquela
figura quixotesca. Muito sério e irônico seu discurso apaixonante foi um chamado à
proteção da Natureza. Eloquente, afirmava que não havia nobreza em cortar árvores
centenárias em prol de estradas, muito menos em caçar pássaros e chamar isso de
esporte, sendo necessário a todos conhecer as matas, suas espécies animais e vegetais e
que deveríamos respeito aos monumentos e recursos naturais pois nossa vida dependia
de suas existências o que denominou, conhecimento ecológico. Que esse conhecimento
e respeito local seriam imprescindíveis para algo ainda maior, a proteção da Terra. Há
cerca de 41 anos foi assim conheci José A. Lutzenberger um dos maiores ambientalistas
mundiais, ganhador em 1988 do Prêmio Right Livelihood, RLA ou Prêmio Nobel
Alternativo, celebrado anualmente no Parlamento Sueco, para homenagear e apoiar
pessoas que "trabalham na busca e aplicação de soluções para as mudanças mais
urgentes e necessárias no mundo atual".

alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já
previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do
seu aprendizado. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a
escolarização como para a formação da consciência política.
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Em seu livro “ Fim do futuro”, 1ª edição, 1975, traz inúmeras reflexões sobre
os descaminhos entre o ser humano e a Natureza, amparadas em diferentes pensadores e
cientistas como Ivan I llich, Rachel Carson, James Loveloch, Alvin Toffler, além de
alertar para a necessidade de reconexão com Gaia (Loveloch, 1979). O conceito que
concebe a Terra como um imenso ser vivo, onde o ser humano é único como espécie e,
apenas mais uma na intricada rede da vida. É a vida que mantém a vida na trama de
relações com o meio ambiente quando rompemos as conexões desta rede abalamos a
saúde do Planeta. Suas reflexões, também já nos advertiram sobre questões
desconcertantemente atuais como declínio da biodiversidade, mudanças climáticas,
poluição das águas, ar e solo. Fazendo-nos observar que diante da Modernidade a
humanidade obteve imensos avanços tecnológicos, entretanto a concepção da vida
moderna fora estruturada para a produção, comércio e consumo de bens, utilizando-se
da exploração dos recursos naturais para atender esta demanda e não possui
planejamento para o resguardo da Natureza fonte única de utilização dos recursos.
Ressalta: “ A crise de energia e matérias-primas que hoje solapa os alicerces da
Sociedade Industrial demonstra que os recursos desta nave espacial, o Planeta Terra, são
finitos. Esta crise, refuta as premissas básicas da Sociedade de Consumo com sua
ideologia de expansão e esbanjamento ilimitados” (Lutzenberger, J. A. 1980, pg. 9).
Minha geração se constituiu na égide dos novos movimentos sociais como o
pacifismo, feminismo, ecologismo, a democratização e igualdade racial na segunda
metade do Séc. XX. Não nego a influência do movimento flower power (Allen
Ginsberg, 1965 apud Willer, 2010) que levou muitos estudantes norte-americanos se
tornarem militantes de esquerda denunciando a existência de milhões de pessoas
passando fome no país capitalista mais rico do mundo. Era uma postura crítica ao
dinheiro e a mercantilização da vida humana, um símbolo da ideologia da não-violência
e contra a Guerra do Vietnã (1959 - 1975) ressaltando a vida espiritual, em oposição ao
materialismo proposto pelo capital condutas influenciadas pelos pensamentos de Sidarta
Gautama, Buda (563 a.c – 480 a.c.), Mahatama Ghandi (1839 - 1948), Martin Luther
king, Jr. (1929 – 1968), entre outros. Os ensinamentos de Buda, um estado do ser na
cultura indiana, apontam para a unidade da vida, que não há intermediário entre a
humanidade e o divino, que os problemas do mundo residem na ignorância e que
poderiam ter fim com a prática do autoconhecimento. O pensamento de Ghandi conecta
o pacifismo e ecologismo na década 1970 quando ocorre a adoção de suas práticas e

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ética da não violência e desobediência civil entre os ativistas dos direitos humanos e
ecologistas em diversos locais do mundo. São pensamentos importantes pois, rompem
com o antroprocentrismo e utilitarismo da sociedade contemporânea que vêm solapando
a Natureza.
O Brasil rapidamente teve contato com os ideais da contracultura e da rebeldia.
No período da Ditadura Militar houve uma emergência de romper com o
comportamento social e cultural dominantes assim estudantes,  e artistas, como no caso
dos tropicalistas, buscaram o rock’n’roll e os novos movimentos como referência
principalmente pela defesa da liberdade de expressão. Liberdade para criticar as
esquerdas e seu projeto estético “dito nacional popular”. Liberdade para compor
músicas, sem ser acusado de incentivar o uso de drogas. Liberdade para não
“folclorisar” o subdesenvolvimento. Liberdade para atacar “os nacionalistas
passadistas” que “tentavam desmerecer e mesmo anular as conquistas da Bossa Nova”.
Liberdade… para reconhecer os méritos da juventude brasileira, da Jovem Guarda
(como fenômeno de massas) e para ver o panorama da Música Popular Brasileira.
Liberdade como nos anos de 1960, no diálogo, sem patrulhamento, nem ruptura das
amizades, entre personalidades da cultura erudita e da cultura de massas (Veloso, 2008).
Afinal como foi espraiado da França para o Mundo em Maio de 1968 “ É proibido
proibir”.
Vivíamos uma erupção cultural e o movimento ecológico brasileiro se constitui
nesta atmosfera de pluralidade, pela diversidade. A mensagem quixotesca dos pioneiros
da ecologia nos ensinava a viver; mesmo em meio a um mundo caótico, podemos lutar
por um mundo melhor, lutando pela justiça e pela liberdade dos que encontrávamos pelo
caminho, o outro, que ao fim integram a Natureza. No Rio Grande do Sul nos anos
1970-1980 vive o que Worster (2011) chamou de “Idade da ecologia”.
Associações como a AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente
Natural, fundada em POA, 1971 por José Lutzenberger e Augusto Carneiro) passam a
questionar fatores políticos, econômicos e éticos que levam a crise ecológica global.
Outra importante entidade ambientalista de POA foi a Associação Democrática
Feminina Gaúcha (ADFG), fundada em 1964. Ainda na década de 70, surgiram várias
entidades voltadas à proteção ambiental locais, como a Associação Nacional de Apoio
ao Índio (ANAÍ, em maio de 1977), a Cooperativa Coolmeia (1978) e o Movimento
KaaEté (1979). A ANAÍ surgiu a partir das discussões do “Seminário O Índio

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Brasileiro: Um Sobrevivente? ”, organizado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande


do Sul. A ANAÍ lutou pelo resgate das terras indígenas, sua não integração à sociedade
capitalista e a manutenção de seus direitos.
Embora seja questionada a concepção da Natureza intocada na origem ética
conservacionista é inegável a contribuição desta agenda política na luta ambiental.
Como estariam os inúmeros Biomas se não constassem repetidamente nas agendas para
conservação? Destacamos que também fazem parte da ética conservacionista o resgate
de uma relação de pertencimento do ser humano ao mundo natural : “ Toda criança tem
o direito de sentir o conforto e a segurança de saber que a natureza abrange sistemas
ordenados, e que não é nem estranha nem ameaçadora. Toda criança tem de nascença
o direito de conhecer o prazer e o incentivo derivado do fato de sentir-se em casa na
natureza, de maravilhar-se com a continuidade da vida, de observar a vida
desenvolver-se. Toda criança, no campo ou na cidade – deveria ter oportunidade de
experimentar o fascínio e encontrar a satisfação, a estimulação e a aventura de
conhecer o mundo natural. É um conhecimento deste tipo que conduz a uma apreciação
da natureza e a um desejo de salvaguardá-la’. Sociedade Nacional Audubon – USA 3
Com essa concepção foram lançadas as sementes para a criação do Parque
Estadual de Itapuã, Viamão – RS em 1973 seguindo os alertas de botânicos, ecólogos,
pesquisadores, historiadores, campistas, ecologistas. Mesmo incorporada na agenda das
entidades mais representativas do MEG (Movimento Ecológico Gaúcho: AGAPAN;
ADFG; Coolméia; ASCAPAN; UPAN; APNVG; Em Nome do Amor a Natureza;
Movimento Roessler associações estudantis DAIB –UFRGS e CAEG – UFRGS e de
classe IAB) foi necessária a criação da CLEPEI (Comissão de Luta pela Efetivação do
Parque Estadual de Itapuã) em 1985 para barrar ação predatória de invasões de
veranistas, pedreiras clandestinas, queimadas, injustiças fundiárias do então Parque. Ao
longo dos seus 16 anos de atuação a CLEPEI incorporou a Educação Ambiental como

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A Audubon Society  Audubon  é uma organização ambiental americana
sem fins lucrativos dedicada à conservação das aves e seu habitat. Localizada
nos Estados Unidos e incorporada em 1905, sendo uma das associações mais antigas do
mundo que usa a ciência, a educação e a defesa de base para promover sua missão de
conservação ( National Audubon Society, 2021).

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forma de abordar as problemáticas de implantação das Unidades de Conservação


(UC”s) em uma revisão crítica de seus fins estatutários (Buss et al., 1997).
O buraco ensina a caber
A semente ensina a não caber em si
A terra sabe receber
(---)
A chuva ensina a chorar
O tempo ensina a chover
A terra sabe receber a chuva
(---)

Arnaldo Antunes

Ao tomar contato com a Educação Ambiental a compreendemos como uma


oportunidade para promover a reflexão entre as pessoas de novos valores e a partir
deles a busca de alternativas e soluções justas e criativas, para suas necessidades e os
problemas ambientais. Nesta caminhada descobrimos que escola é de grande
importância por ser um local de transformações, fonte de informações, transmissora de
conhecimentos e com responsabilidades na realidade na qual está inserida. O meio
escolar desta forma é um elo de ligação direta com a comunidade, integrando-se com
outras organizações populares (clube de mães, associações comunitárias, entidades
ecológicas). Professores, alunos e comunidade podem trabalhar juntos na construção de
alternativas que tornem suas vidas mais felizes. A escola poderá ser um lugar aberto,
dinâmico, cooperativo, que beneficie a todos (Tanner, 1978; Araújo et al., 1994;
Wood, D.S.W. & Wood, 1987; Programa Homem e Biosfera, Unesco; Projeto Pró-
Guaíba).
Sendo ativista ambiental encontrará estímulos genuínos para a elaborar e
implementar com a CLEPEI o projeto Conscientização Ambiental para Preservação do
PEI (1996) que será um dos focos deste estudo de caso. Este projeto impulsionou ainda
os projetos Educação Ambiental com Escolas e Comunidades do Distrito de Itapuã
(1987), dirigido as escolas rurais e o curso de formação de educadores Educação
Ambiental para uma Escola Viva (1999) aberto a comunidade.
Com o contato cada vez maior com a realidade dos espaços rurais fomos nos
familiarizando com os princípios e técnicas da Permacultura buscando oferecer
elementos de organização para alternativas viáveis e compatíveis da comunidade com
sua região, além de fortalecer os vínculos existentes entre os moradores, e entre estes e
o local onde vivem.
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Permacultura é uma expressão originada do inglês “Permanent Agriculture” e


foi criada por Bill Mollison e David Holmgren na década de 70 do século passado que
passou a ser compreendida como “Cultura Permanente”, ao abranger a
multidisciplinaridade para além da agricultura. Integra a ecologia, da leitura da
paisagem, do reconhecimento de padrões naturais, do uso de energias e do bem manejar
os recursos naturais, com o intuito de planejar e criar ambientes humanos sustentáveis e
produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza (Neperma – UFSC, 2021).
Cabe ressaltar que muitas estratégias utilizadas nos projetos da CLEPEI com
professores e comunidade são identificados na linha de trabalho de Rosemary Marrow,
Professora/Cientista e Permacultura como: disposição contínua para avaliar sua própria
compreensão, ações, responsabilidades e conhecimento; Reforçar a cultura local;
Forneça apenas informações relevantes e precisas; Reconhecer e reconhecer o
sofrimento anterior /injustiças; Aplique os conhecimentos e princípios de forma
ambiental e socialmente correta; Incentivar a adaptação local da informação; Aproveite
o valioso conhecimento existente e práticas (Morrow, R., 2014).
Assim, as suas éticas fontes de inspiração fortalecedoras: “Central para a
permacultura são as três éticas: cuidado com a terra, cuidado das pessoas e ações justas.
Eles formam a base para o design de permacultura e também são encontrados na
maioria das sociedades tradicionais. Ética é culturalmente mecanismos evoluídos que
regulam o interesse próprio, dando-nos uma melhor compreensão do que é bom e do
que é mau resultados. Quanto maior o poder dos humanos, mais crítica a ética torna-se
para uma cultura de longo prazo e sobrevivência biológica. A ética da permacultura é
“destilada” de pesquisas sobre ética comunitária, aprender com as culturas que existiram
em equilíbrio com o meio ambiente por muito mais tempo do que civilizações mais
recentes. Isso não significa que devemos ignorar os grandes ensinamentos da
modernidade, mas na transição para um futuro sustentável, precisamos considerar
valores e conceitos fora do norma social atual.” David Holmgren, Na ética da
permacultura apud Marrow, R. 2014, p. 3.
Em todos estes projetos buscamos diversas parcerias como Associações
Comunitárias, financiadores, prefeituras, órgãos estaduais, colaboradores diversos,
artistas, voluntários e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, através do Instituto
de Biociências e Centro de Ecologia imprescindíveis nesta articulação comunitária-
conservacionista com a aliança entre ciência, educação e ativismo. A CLEPEI encerrou

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suas atividades em 2002 com a efetivação do PEI, atualmente aberto ao público para
visitação e com programa de EA. Seu último lema foi:
“Itapuã dos Farrapos, dos índios e de todos nós”.

REZA DA RESERVA –
É pedindo licença a todos,
Que alertamos:
“De todos os desígnios
o importante ao passo
é a base do chão”.
Se, temos a necessidade de uma Reserva Biológica
É que alguma coisa pouco lógica
Acontece nesse mundo.
E aí, não tem esquerda nem direita
Certo ou errado
É que, com toda essa sujeira que espreita
O lixo acumulado leva-nos, célere
Ao fundo.
Por isso clamamos:
Bem-aventurada vida,
Que é o abrigo,
Onde damos graças aos insetos e ao vento
Enquanto dispersam as sementes
Que nos darão o provento.
Sem macular imagens
Levaremos a mensagem
Da Graça desse conhecimento.
Ao lado do Lago Guaíba
É bom o aconchego
De estirar-se a margem do dia.
Rogamos que a conduta seja clara e grata
Onde é possível acreditar no que é dito
E não é feio sonhar com um mundo mais bonito
Elos de uma corrente infinita
Em busca da paz e equilíbrio da Terra.
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Onde a criatividade, a lealdade e a solidariedade ajudem a humanidade


A ter o bom senso do consenso
Que todos precisam comer,
Amar, respirar e preservar a felicidade como meio e fim.
Zhe Poeta, Morador do Lami
Historicamente, ao serem incorporadas pelos governos, as Unidades de
Conservação se dissociam das comunidades humanas vizinhas. Cortam-se os vínculos
dos usos cotidianos e estabelecem usos dos futuros que a comunidade desconhece e, por
isso, não os compreende. Esta situação consequentemente, traz enormes prejuízos para
estas áreas. A proposta conservacionista deve integrar as Unidades com a Comunidade,
pois afinal, estas dividem um espaço comum. A Comunidade, por sua vez, deve se
"apropriar" das novas finalidades desses espaços, pois somos parte da Natureza e com
as outras partes devemos nos sintonizar sabiamente. É importante também observar que
a Natureza tem limites de uso e a Comunidade e a Administração Pública devem
compreendê-los.
A Educação Ambiental torna-se assim um belo instrumento para uma associação
participativa, onde é necessária uma comunhão dos desejos dos interessados através de
acordos de gestão. A Gestão Participativa da UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
contudo deve contemplar sempre em primeiro lugar A VIDA. Com esse papel, foi
criado o Projeto Casa Verde - Centro de Interpretação e Educação Ambiental da
Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger em 1991 (Santos, et al. 1991; Brack &
Santos, 1992; Printes), segundo foco deste estudo de caso. Este projeto de caráter
governamental foi implementado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e seus
órgãos; Administração da REBIO Lami e Centro de Educação Ambiental durante o
período da Administração Popular em POA, quando atuamos como gestora daquela área
protegida em mais de uma oportunidade.
Na Casa Verde, e através dela, foram desenvolvidas ações educativas tendo
como objetos os elementos naturais da Reserva e os socioculturais da Comunidade:
visitações técnicas e orientadas; palestras; vídeos; cursos e oficinas; exposições; difusão
da Rede de Educação Ambiental da Biorregião do Lami; cultivo e distribuição de mudas
nativas da região; mini-museu; pesquisa; manejo de vida silvestre; participação e
organização de feiras comunitárias; mutirões; festivais, entre outras ações (Muniz, et al.
2003). Esta região está inserida em um mosaico de paisagens naturais como banhados,
matas de restinga e paludosas, matas ciliares, campos inundados, juncais, pontas
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rochosas, grandes sítios, fazendas e chácaras, delimitadas pelo Lago Guaíba que molda
ainda o belo e último balneário da capital.
Algumas correspondências de ações educativas realizadas na REBIO Lami com
a Permacultura já se faziam presentes desde a instalação da Casa Verde. A leitura da
paisagem era elemento principal durante a trilha interpretativa que convidava ouvir os
próprios passos e perceber nos sentidos a mudança de solo e ambientes, observar
texturas, cores, sabores na vegetação exuberante e conspícua, mimetizar alguns
comportamentos dos animais e seu sábio silêncio permitindo sua observação respeitosa.
A trilha fora concebida em circuito e estações de observação. No decorrer da vivência
passávamos a observação e degustação na pequena horta orgânica de cultivares
tradicionais e plantas ruderais que hoje são chamadas PANC’s (Plantas Alimentícias
Não Convencionais) no entorno da Casa Verde. Vale destacar que foi na REBIO Lami
em 2003 que ocorreu o primeiro curso para professores no Brasil sobre PANC’s com
seu grande divulgador Valdely K também um amigo da Reserva (Muniz, M et al.,
2003). No final da vivência os convivas recebiam sementes de espécies de árvores
nativas e orientações de plantio com demonstração junto ao Viveiro da Reserva e um
Guia de Campo da Fauna e Flora da REBIO Lami (Brack & Santos, 1992).
Com o passar do tempo fez-se necessário formalizar de forma documental os
elementos que proporcionavam de forma ordenada a interação da comunidade com a
REBIO Lami o que se deu na elaboração do Plano de Manejo Participativo (Printes, et
al., 2002) foram incorporados como patrimônio cultural da Reserva a Farmacinha
Caseira e Comunitária que previa estamentos para cultivo de ervas medicinais e coleta,
uso do prédio da Casa Verde pela comunidade do Lami, acordos com os pescadores
sobre os limites aquáticos e apoio da base operacional da Reserva em situações de
emergência, entre outras alianças de caráter comunitário-conservacionistas. São ações
buscando o permanente engajamento consciente através do reconhecimento do papel do
saber popular e da Ciência como a Biologia da Conservação.
Assim consideramos os projetos junto as duas UC’s emblemáticos necessitando
serem melhor estudados e divulgados em suas efetividades.

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OBJETIVOS

Objetivos geral:

- Descrever e analisar o desenvolvimento dos princípios da Permacultura nos projetos


de Educação Ambiental realizados com escolas e comunidades nos contextos da
efetivação do Parque Estadual de Itapuã, Viamão -RS (1996 - 2001) e ampliação
Reserva Biológica do Lami, Porto Alegre - RS (1989 – 1991; 2003 - 2005);

Objetivos específicos:

- Estimular sentimentos de maior conexão com a Natureza e uma concepção ativista em


redes de cooperação para sustentabilidade e qualidade de vida no planeta Terra;

- Subsidiar e fomentar ações de Educação Ambiental em escolas e comunidades com a


produção de materiais/memória como um vídeo educativo, um podcast e um caderno de
atividades educativas ligadas com a Permacultura em parceria com instituições de
educação e cultura.

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JUSTIFICATIVAS

Quando William Shatner, de 90 anos, popularmente conhecido como Capitão


Kirk de Star Trek, viajou ao espaço a bordo de um foguete Blue Origin, de Jeff Bezos a
espaçonave New Shepard não explorou novos mundos ou a galáxia, como Kirk fez na
saga de ficção científica, mas os 10 minutos e 17 segundos no ar foram suficientes para
causar-lhe uma epifania. Ao ver o céu passar do azul para a escuridão do espaço o fez
pensar: “A morte é assim? O que eu adoraria fazer é comunicar o máximo possível o
perigo, a vulnerabilidade de tudo”, ... A linha da atmosfera “que nos mantém vivos, é
mais fina do que a sua pele”. “Todos no mundo precisam sentir isso. Foi inacreditável.
Rapidamente, o céu deixa de ser azul e escurece, e ao olhar para baixo é a Terra que fica
azul. Nunca esperei [essas mudanças de cores]. Um azul que vai ficando tão claro e, em
um minuto, fica escuro. De repente, se atravessa o azul e se passa a ver o escuro,
enquanto a luz está lá embaixo”, disse o ator que, pela primeira vez, experimentou uma
sensação real de seu personagem mais famoso. A experiência proporcionou a ele
reflexões filosóficas sobre a fragilidade da vida. “Impressionante como é fina a camada
de oxigênio de nosso planeta. Lá em cima vi que fora dela o que haveria [se não fosse o
oxigênio da cabine] seria morte” (Toda Palavra, 2021).
Evidentemente, por uma questão capital não precisamos subir ao espaço para
ter certeza que temos a emergência de um novo pensar na relação Homem-Natureza.
Nossa viagem espacial pode se dar aqui mesmo em solo terráqueo com uma fantástica e
sensibilizadora leitura da paisagem e interpretação ambiental. O que o “Capitão Kirk”
alerta assim como ambientalistas no mundo inteiro é que a vida como conhecemos e
amamos acontece só aqui e não haverá plano B para nossa civilização e o momento de
engajamento nesta jornada é hoje.

Por essas razões a proposta do estudo de caso apresentado permitirá elucidar as


diferentes nuances nas propostas de engajamento e aprendizados dos públicos
envolvidos nos projetos de EA realizados junto as UC’s REBIO Lami e PEI somado ao
papel didático da Permacultura pois “O controle efetivo dos problemas ambientais
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requer um novo tipo de Educação” (UNESCO, 1977). Finalmente, ressaltamos que face
as políticas de precarização da Educação e da Ciência este estudo destaca e enaltece seu
encontro com o ativismo ambiental na busca de uma sociedade mais justa e plural.

METODOLOGIA

Trata-se de estudo de caso longitudinal (Sampieri et al.,2006), abrangendo os


projetos de Educação Ambiental realizados com escolas e comunidades nos contextos
da efetivação do Parque Estadual de Itapuã (PEI), Viamão - RS (1996 - 2001) e
ampliação da Reserva Biológica do Lami José A. Lutzenberger (REBIO Lami), Porto
Alegre - RS (1989 – 1991; 2003 - 2005). A escolha do método deve-se por ter o foco
em um fenômeno contemporâneo dentro do contexto de vida real (Yin, 2005).
A fonte dos dados serão os documentos e relictos elaborados pelos
participantes dos projetos como coordenadores, professores, alunos das escolas e
membros das comunidades vizinhas ao (PEI) e REBIO Lami nos períodos já
identificados como: textos, publicações, relatórios, narrativas documentadas, produções
artísticas, registros fotográficos, vídeos documentais, cartazes, folders, livretos,
questionários aplicados, entre outras produções de acervos da autora e publicações de
instituições participantes dos projetos. Os documentos deverão ser catalogados em
unidades de análise conforme o tipo de documento produzido e data (Pimentel, 2001).
Na análise de dados aplicaremos a estratégia da triangulação que combina análise de
dados qualitativos como entrevistas, avaliações e desdobramentos de ações realizadas
pelos participantes, com dados quantitativos como número de pessoas do público alvo
envolvidas pelos projetos.

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Buscaremos identificar nas práticas elementos canônicos da Permacultura e


suas práticas educativas fortemente ligadas a Pedagogia Waldorf e as práticas da
Educação Ambiental realizadas nos projetos, caracterizando a evolução ou as mudanças
de determinadas variáveis ou elementos, suas relações e a efetividade dos objetivos
almejados nas ações de EA.
O viés da confirmação deverá ser evitado com a revisão de conceitos de
ambiente, natureza nas obras de Friedrich Nietzsche a partir das reflexões da Filósofa
Viviane Mosé, 2020.
Os materiais/memória serão produzidos em parcerias com órgãos públicos ou
privados como forma de difusão cultural de práticas efetivas de EA e Permacultura
sendo: 1 - podcast editado pela Rádio Universidade de Santa Catarina (Udesc FM) com
a presença da autora, o Prof. Dr. Arno Blankensteyn e autoridade em EA e/ou
Permacultura da comunidade;
Figura 4 – Cartaz (65X95 cm) com a síntese da Flor dos Sete Campos utilizada pela autora

2 – vídeo educativo que deverá ser produzido com apoio do programa Educa SC da
Secretaria do Estado e Educação e Universidade Federal de Santa Catarina, pelo Grupo
de Pesquisa de Educação e Comunicação registrando etapas, inserção de atores e

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resultados de ações de EA e Permacultura da Rede Neperma em escolas de atuação da


autora;
3 – caderno de atividades lúdicas deverá ser construído com reprodução de dinâmicas,
brincadeiras, atividades artísticas e criativas selecionadas deste estudo de caso com
espaço para notas e observações do público alvo como educadores e estudantes de
licenciaturas visando sua retroalimentação com atividades e intercâmbio de
experiências.

CRONOGRAMA

Atividades/Mês 1 2 3 4

Revisão Bibliográfica X X X X

Coletada de dados X X

Catalogação dos documentos X X

Apresentação TCC X

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Produção dos Materiais X X X

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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YIN, R.K. Estudo de caso. Planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.

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ANEXO 1 – Foto, vista Pontal das Desertas, Parque Estadual de Itapuã do topo

do Morro da Grota com cerca de 263 mts de altura, acervo CLEPEI.

Apesar da intensa e desornada urbanização da região metropolitana de Porto


Alegre, o PEI mantém preservados ecossistemas únicos como descrito pelo naturalista
Balduíno Rambo em 1942: “ A ponta mais pitoresca do litoral lacustre rio-grandense é,
sem dúvida, a Ponta de Itapuã. Seus rochedos lavados pelas enchentes do Guaíba e pelas
vagas da lagoa sob o impulso do vento sul; sua vegetação cerrada de litófilos
espinhosos. Figueiras, gerivás e mirtáceas arbustivas; seus paredões ornados de rico
manto de líquens; seus topos adornados de um tapete ridente de gramas nos dão uma
ideia de como se apresentava o litoral rio-grandense, se os agentes geológicos não o
tivessem afogado na areia.”

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ANEXO 2 – Feira Comunitária do Lami no entorno da REBIO Lami.

Projeto de design da Feira – Vanderlei Silveira, Estagiário de Artes Visuais da


Reserva.

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Fotos da Feira Comunitária do Lami e Musecologia festival e concurso de


causos e canções organizado pela gestão da REBIO do Lami. M.F. M.S. 2004.

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